Tarde Para Amar escrita por imradioactives


Capítulo 90
Capítulo 90


Notas iniciais do capítulo

DESCULPEM A DEMORA! Mas tá aí, do jeitinho que vocês pediram!



Este capítulo também está disponível no +Fiction: plusfiction.com/book/299930/chapter/90

- Desliga essa merda, eu não vou conseguir dormir!!! – ela gritou enquanto tentava tampar a visão com a almofada.
- Você quis colocar agora assiste! – eu disse enquanto tirava a almofada dela. Ela olhou para o lado a procura de outra almofada, mas já estavam todas longe dela. – Caio! É sério, eu não vou conseguir nem cochilar por causa desse filme! – eu comecei a rir – Me dá uma almofada! – ela se debruçou sobre mim tentando pegar alguma.
- Não! – eu gritei a empurrando de volta para seu lugar – Você aí, almofadas aqui, fim da história! – eu disse tentando segurar a risada. Ela bufou e cobriu o rosto com as mãos, se afundando nos joelhos. – Leandra! Assiste o filme!
- Não! – ela gritou com a voz abafada.
- Então é melhor eu ir embora. – eu falei me levantando.
- Não! – ela exclamou, levantando a cabeça. Sorri. Pude perceber que ela tinha ficado um pouco vermelha . – Quero dizer...você não vai me deixar sozinha agora né?
- Mas uma hora eu vou ter que ir embora.
- Mas não agora. – ela riu, nervosa. Sorri, voltando a me sentar e a puxando pra perto de mim.
- Posso pegar uma almofada agora? – ela sussurrou, quanto encostava a cabeça em meu peito.
- Não.
- Mas eu não quero ver essas coisas feias, elas vão ficar me perseguindo depois! – ela choramingou.
- Ninguém vai ficar te perseguindo depois Leandra, é um filme! – eu falei revirando os olhos.
- Você vai estar aqui no meio da madrugada pra saber? – ela levantou a cabeça pra mim, arqueando uma sobrancelha. A encarei e suspirei, vencido. Me estiquei até o controle e dei stop no filme, deixando a tela da TV toda preta. Um silêncio constrangedor pairou na sala.
- Satisfeita? – eu perguntei baixo enquanto passava a mão em seu cabelo. Ela não respondeu, se aconchegando mais perto de mim. – Obrigado. – finalmente falei.
- Pelo quê? – ela levantou a cabeça mais uma vez, me olhando.
- Por hoje.
- Não precisa agradecer. Eu não programei nada. – ela sorriu.
- Eu sei que não. E isso é o que torna as coisas melhores. – eu disse enquanto me aproximava e colava nossos lábios devagar. Voltei, abrindo meus olhos e a observei respirando fundo, ainda de olhos fechados. Talvez essa fosse seu pedido de “quero mais”. E se não fosse, bom, já era tarde demais. Avancei em seus lábios a deitando no sofá e ficando por cima, ela me deu permissão para aprofundar o beijo e eu seguirei sua cintura com força, a grudando comigo o máximo que eu conseguia. Eu não queria pensar em nada, eu obrigava minha mente a ficar ali, na sala da casa da Leandra, no sofá da Leandra, beijando a Leandra. Eu não podia pensar em mais nada.

Leandra POV ON
E eu não conseguia dizer não a ele. Eu nunca consegui. Era demais pra mim. Tudo o que eu sempre quis estava acontecendo. Será que eu não podia esquecer das consequências só por um instante? Depois eu poderia lidar com isso...
Mas eu sei que não poderia. Eu não sabia lidar com as consequências, eu nunca soube. Mas ainda era demais pra mim, eu não conseguia parar, eu não queria parar.
- Caio... – sussurrei enquanto ele mordia meu pescoço e colocava as mãos por dentro da minha blusa, brincando com o fecho do meu sutiã. Ele ignorou meu quase protesto e o abriu, passando a mão por todas minhas costas. Senti suas mãos subindo minha blusa e não protestei, mas ainda lutando a favor do pingo de sanidade que ainda me restava. – Caio, eu... – ele me calou com um beijo, enquanto colocava suas mãos por dentro de minha blusa novamente e fechava meu sutiã. Hã?  Ele continuou a me beijar por um longo tempo ainda. Eu não queria explicações, eu estava bem daquele jeito. Ele tinha entendido sem eu nem precisar falar. Eu não precisava de mais nada naquele momento, só dos beijos dele, só dele.

- A gente se vê amanhã então? – ele perguntou enquanto saía porta a fora de minha casa e se virava para mim, me puxando pra ele e me dando um selinho.
- Minha vontade era ficar em casa dormindo até tarde, mas sim, a gente se vê amanhã. – dei de ombros e ri, colando nossas bocas de novo e dessa vez dando um beijo de verdade. O observei se afastando de mim e suspirei. Ai, Leandra, onde é que você está se metendo.
Subi as escadas do meu quarto e me joguei na cama, pegando meu celular e teclando os números que eu já sabia de cor. Depois de alguns bipes eu ouvi a voz super simpática do outro lado da linha:
- Fala, Leandra.
- Carol, preciso de você aqui, agora. – eu pedi.
- Nem pensar...Fala por telefone mesmo. – ela disse com voz sonolenta.
- Tá, que seja. O Caio acabou de sair daqui de casa. – fiz uma pausa, esperando que ela já entendesse e começasse o escândalo.
- Nossa, que babado. – ela murmurou no meio de um bocejo.
- Mas que merda Carolina! A gente ficou! – soltei de uma vez.
- Pera, quê? – sua voz parecia alarmada.
- É, a gente ficou. Fi-cou.
- Uau, não sabia que o Caio seria tão rápido assim.
- Quê? – perguntei confusa.
- É, pensei que ele iria enrolar mais depois que a Clara se assumiu com o Bernardo. – arregalei meus olhos.
- Carolina, você tá ouvindo o que você tá falando? – fiz uma pausa, nenhuma resposta – Você tá dizendo que o Caio só ficou comigo porque a Clara se assumiu com o Bernardo?
- Claro que não Leandra, se liga. – quase puder ver ela revirando os olhos do outro lado da linha – Só to dizendo que você sabe como ele é apegado a Clara, é difícil ele ver eles juntos desse jeito, a atenção dela não está cem por cento voltada pra ele. Endgame. Mas ele já queria faz tempo, ele só precisava perceber que você não iria grudar nele. Coisa que você não vai fazer, né?
- Não, claro que não. – Suspirei. Eu ainda não tinha pensado nessa parte. Era óbvio que pra ele tinha sido só aquele pega no sofá, mais nada. E eu cega não consegui enxergar isso na hora. Depois que a Carol soltou sua ultima frase eu percebi meu peito cheio de esperanças de que amanhã, ele me recebesse de uma forma diferente. Burra, estúpida. Eu não sei lidar com a essas coisas, eu nunca soube. Ah, que droga!
- Lê? – ela indagou.
- Oi, to aqui. – tentei fazer uma voz animada.
- E aí, me conta, ele beijar bem? – sua voz pareceu interessada. Ri.
- Você não faz ideia. – de alguma forma, eu teria que tirar proveito da situação.


Não quer ver anúncios?

Com uma contribuição de R$29,90 você deixa de ver anúncios no Nyah e em seu sucessor, o +Fiction, durante 1 ano!

Seu apoio é fundamental. Torne-se um herói!