Lycanthrope escrita por Kyoto, tomm


Capítulo 7
6. Tréguas


Notas iniciais do capítulo

Existe malícia até mesmo nos mais inocentes. A menos que lhes falte vida.



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- Não tem muita coisa pra ver por aqui... Geralmente quando temos tempo livre e estamos chateados vamos para a floresta ou pra alguma cidade por perto. - Jeremy dizia sem muito ânimo.

- Na verdade nós três somos os mais novos por aqui... Os outros todos não tem menos de 25 anos humanos. - Disse Thimoty.

 Eles andavam entre as casas brancas manchadas da pequena vila, mostrando as partes mais importantes - pequenas lojas e casas de pessoas conhecidas - enquanto andavam. Tomas respondia apenas com grunhidos e monossílabos. Se aproximava o horário do meio dia, estavam andando há algumas horas tentando entreter o jovem emburrado após a reunião entre os envolvidos nos incidentes que ocorreram depois de sua chegada. 

- Tive uma idéia! - Disse Jeremy parando e ficando alguns passos para trás - Devíamos ir comer algo. Já tá perto do meio dia e não tem como ser feliz de estômago vazio. Sei lá quanto a vocês, mas eu to com fome.

- Pode ser... Mas comer não é necessariamente algo divertido sem alguns detalhes a mais... - Disse Thimoty estacando e virando para o outro garoto com um sorriso malicioso nos lábios.

- Que...?

 Ambos ficaram em silêncio, como se tentassem conversar usando expressões faciais. Mais intrigado que interessado com os dois, Tomas também parou, com os olhos dançando na direção hora de um, hora de outro.

- Nós podíamos ir almoçar na cidade... - Disse Thimoty finalmente, sustentando o olhar cúmplice do óbvio tabu por trás da idéia ''brilhante''.

- Na verdade eu tava pensando só em ir almoçar lá em casa e assistir um filme de comédia...

- Pode ser uma boa ideia! - Ignorou completamente o colega - A gente vai, come, faz alguma coisa e volta pra cá antes da reunião com os Hemfils. - Explicou o garoto ansioso com o sorriso cada vez mais largo.

- Não viaja Tobby. A gente não tem permissão pra ir até a cidade sem estar em missão. Se alguém descobre, e por alguém eu quero dizer Kristopher, a gente já era.

- Por isso que eu to dizendo que a gente devia ir antes da reunião! Eles acham que estamos mostrando a vila e os arredores pro Tom, então não vão pensar em nos procurar. Como vai ser dia, é impossível que algo aconteça. Se a gente topar com Hemfils é só ignorar e pronto!

- Não sei... O risco não vale a o mau humor de um cara que eu nem conheço. - Começaram a conversar se esquecendo da presença de um terceiro.

- Jeremy... Quando foi a última vez que você ficou com alguém?! Pensa bem... A gente pode topar com alguma gata em algum lugar... Pode acabar rolando um cinema...

- Urgh... - A menção a possíveis encontros fatais com garotas fez a idéia se tornar imensamente mais atraente, para o desespero do garoto.

- Eu... - Sussurrou Tomas para os dois, que viraram as cabeças na direção dele subitamente surpresos com o fato de outra pessoa se juntar à conversa - Eu gostaria de ir até a cidade. Tem algo que eu preciso... Ver.

- Então tá decidido! - Disse Thimoty triunfante - Nós saímos agora mesmo.

 

 Passaram pelo portão na entrada da vila avisando a alguém desconhecido que estariam fora passeando pela floresta até perto do entardecer, e saíram correndo pulando pelos obstáculos do caminho. Haviam parado em casa para vestir roupas mais normais para o convívio com os cidadãos da pacata cidade  Canadense de Cloudy Summit, a mais próxima e onde Tomas morava antes de ser transformado em um Garou. Planejavam almoçar em uma lanchonete qualquer e depois perambular pelas ruas do centro comercial até alguma praça, onde ficariam conversando até que soubessem que se  aproximava o horário de irem embora. Logicamente, o risco de encontrarem garotas com quem pudessem de divertir tornava este roteiro facilmente maleável.

 Passaram pelo muro que servia de limite para o bosque e início da área residencial silenciosa e despercebidamente, com o fato de a rua estar deserta a seu favor.

- Ainda bem que a cidade cresceu perto do bosque, não quero andar muito pra chegar no centro. To  varado de fome. - Disse Thimoty massageando a barriga com as mãos.

- Não sei como você pode achar isso tão normal. A gente tá quebrando uma regra importante, depois de tudo.

 Andaram normalmente, Jeremy e Thimoty rindo enquanto andavam, Tomas andando dois passos para trás sem falar. Cada garota que passava na rua era alvo de cantadas, facilitava o fato de não irem para a cidade socialmente, então não precisavam ter vergonha de ninguém. Ao chegarem no centro da cidade, formado praticamente de uma avenida ladeada de lojas de conveniência, restaurantes e antiquários, acharam o restaurante mais cheio a vista e entraram.

 Não chegava a ser um restaurante, era mais como uma lanchonete com estilo de anos 70, que servia apenas lanches variados. Haviam várias famílias almoçando com os filhos - provavelmente consequência do fim de semana ensolarado - além de vários jovens, grupos de amigos ou namorados, distribuídos entre as mesas próximas às janelas e no  balcão abarrotado. Thimoty e Jeremy prontamente atendidos por uma garçonete jovem e loira, que ganhou de gorjeta uma piscadela debochada do segundo. Quando se viraram para ver o que Tomas ia pedir, porém, ficaram chocados ao não ver o novato sentado na cadeira onde os dois tinham certeza que estava a cinco segundos atrás.

 De repente, notaram o motivo do estranho entusiasmo que o fizera motivar Jeremy a aceitar a proposta de Thimoty: Evelyn, a garota que fora encontrar enquanto estava transformado em Lobisomem há algumas noites atrás. Simplesmente ignoraram os pedidos para que esperassem da garçonete e saíram correndo da lanchonete olhando para os dois lados da avenida principal procurando por qualquer sinal do foragido.

- Mas que merda! Como que não desconfiei antes? O cara simplesmente resolve sair e almoçar do nada! - Gritava Thimoty enquanto chutava o chão, angariando olhares atentos por de trás das janelas.

- Nós dois devíamos ter desconfiado. Agora não dá pra fazer nada. Consegue rastrear? - Respondeu Jeremy mais calmo, olhando preocupado para o outro.

- Sem chance... Não tem nem sinal da Lua ainda e o Sol tá a pino.

- Bom, então a gente vai ter que ir na pista mais forte mesmo. Lembra onde é a casa da garota?

- Acho que consigo lembrar se a gente voltar um pouco o caminho.

 

 Tomas estava correndo por jardins naquele momento. Era incrível como mesmo em forma humana tinha a constituição física e reflexos mais desenvolvidos que o normal. Pulava facilmente por muros e conseguia desafiar a física usando paredes como apoio para subir em telhados e pular de uma casa para outra silenciosamente, sem sequer ser notado. Corria faziam alguns minutos e não sentia sinal algum de cansaço.

 Não podia negar que havia planejado tudo, desde que Thimoty dera a ideia de ir almoçar na cidade. Conscientemente, ele negou que tivesse planejado, mas agora não tentava mais tapar o Sol com uma peneira, e em parte se culpa por ter traído a pouca confiança que tinha com as duas únicas pessoas que tentaram se tornar seus amigos desde que chegara na vila dos Garou. Afastou estes pensamentos de sua mente e pela primeira vez pensou no que diria para Evelyn quando a visse. Imaginava o que ela teria feito naquela noite, e nos dias após ela. Se teria comentado com alguém ou se teria pedido para seu pai para ir embora de uma vez por todas. Se a conhecia bem, ela deve ter passado algumas noites em claro, pensando sobre o assunto. Devia ter ido até a casa de Tomas para ter certeza de que tudo realmente acontecera, apenas para voltar para casa e ficar sem dormir de novo. Ele conseguia vê-la fazendo tudo isso com clareza, como se estivesse assistindo a um filme.

 Porém, algo que não passava por sua cabeça era uma cena em que ela estivesse chorando por ele. Dúzias de vezes a garota havia usado seu ombro para chorar por assuntos diversos, mas mesmo assim, ele nunca conseguia vê-la chorando. Pensava sempre no rosto sorridente fazendo piadas inocentes e rindo baixo elegantemente, cobrindo os olhos delineados pela tinta preta. Seus olhos. Tomas nunca confessou estar apaixonado por ela, nem para ele mesmo. Talvez por ser sua amiga há tanto tempo, e o sentimento de amizade e o de amor se confundirem, mas agora ele tinha certeza disso, cada parte de seu corpo quente pulsava gritando a frase de três palavras que evitara por tanto tempo.

 Estava perdido pensando nisso e imaginando qual a primeira palavra que diria ao vê-la, quando não prestou atenção o suficiente e ao pular menos que o necessário, deixou um pé para trás engatado no último muro da casa logo à frente da casa de Evelyn. Caiu com tudo no chão, enchendo o rosto de grama molhada e terra preta e fofa do pequeno jardim que enfeitava a calçada.

- Tom...? - A voz melodiosa e aguda rasgou seus tímpanos, e enquanto se levantava cabisbaixo, pensou o mais rápido que pôde no que diria ao olhar no rosto dela. Nuvens negras começavam a se amontoar no céu.

 

 E lá estava ela, claro, no pior momento possível. Não que houvesse alguma convenção que Lobisomens não podem tropeçar na frente da garota pela qual são apaixonados, mas de qualquer forma não poderia ter sido mais vergonhoso.

- Eve... Você... - Ela estava com a mão na maçaneta do portão da frente, provavelmente saindo de casa naquele momento. Estava vestida como ele se lembrava, praticamente um uniforme. A calça jeans justa clara, o cinto de rebistes clássico, a camisa de bandas de rock estranho e deprimente na opinião de Tomas, Soundgarden desta vez. O cabelo castanho claro cacheado estava preso levemente em um coque preso por espetos no alto da cabeça, com algumas mechas caídas no rosto de pele branca e limpa. Os olhos cor de mel começavam a marejar.

- Tomas... - Levou as mãos ao rosto, incapaz de conter as lágrimas que começavam a cair descontroladamente. - Eu... Eu não estava louca, afinal. - Lentamente a boca rosada esboçou um sorriso, e ela entrou de novo pelo portão, deixando-o aberto atrás de si.

 Levantou- se e sorrindo, entrou pelo portão, seguindo pela porta da frente que também estava aberta na casa de dois andares com pintura branca. Aparentava certa opulência, com uma arquitetura arrojada e o jardim bem cuidado. Ao entrar, encontrou-a sentada em um dos sofás fofos com o rosto enterrado nas mãos.

- Eve eu...

- Tom... Deixa eu começar, por favor. - Olhou para ele com os olhos inchados, mas ainda com a expressão tranquila. - Acho que eu tenho mais perguntas do que você pode explicar agora.

- ...

- É meio obvio mas... Você é um... Lobisomem, né?

- Acho que seria idiota negar isso a essa altura. - Ele olhou para o lado, com uma expressão que misturava rancor e vergonha.

- Então você... O Henrique e seus pais...?

- Não! Por Deus Eve, não! - Tomas disse e correu para ela, segurando-a nos ombros e olhando fundo em seus olhos. - Isto... É uma história muito complicada, e muito grande pra ser contada agora. Nem eu mesmo ainda entendo bem.

- Ah Tom! Que alívio! - Ela retribui o abraço, deixando cair mais algumas lágrimas e o conduzindo à almofada ao seu lado. - Mas eles estão mesmo...

- Henrique ainda está... Bem, eu ainda tenho que encontrá-lo. Nos últimos dias eu tive que aprender muita coisa nova, além de me acostumar com bastante coisa... Nova. Desculpa, eu acho que ainda não posso te contar tudo.

- Tudo bem... Só tem uma coisa que eu quero saber realmente, acho que o resto pode esperar. - Evelyn disse soltando as mãos do garoto e assumindo uma expressão mais séria. - Por que você... Não me matou? Naquela hora, eu acordei e fui pra janela, e você estava lá. Você ficou me olhando por algum tempo antes de pular e o outro Lobisomem me salvar. Por que você não me atacou quando me viu?

 Ele se levantou, ficou de costas para ela e soltou um suspiro grande. Afinal, a pergunta mais difícil de todas era a única dúvida que ela tinha.

- Eu... Eu não sei. Naquele dia eu ainda não tinha controle de mim mesmo depois que me transformava. Mas eu acho que... Eu acho que dentro de mim, eu devo ter gritado. Eu acho que por um momento eu domei a fera. Por que... Por que eu não queria machucar você. De nenhum jeito eu queria que justo você... Que logo você fosse vítima de mim. Acho que... Qualquer um antes de você.

- Tomas...

- Se bem que eu não tenho como ter certeza, né? - Completou o garoto, virando-se para ela com um sorriso debochado.

 Um momento de silêncio em que os dois pensavam sobre tudo que conversaram se passou como uma eternidade.

- Bem, acho que eu tenho que ir. Jeremy e Tobby devem estar loucos me procurando.

- Já? Quer dizer... Por que você não...

- Eu não sou mais humano, Eve. Não posso mais viver como um. - Sua expressão se tornou séria novamente.

- Mas eu vejo você! Você é humano!

- Um humano que se tranforma em um pseudo-lobo gigante todas as noites. Agora... Eu tenho outra realidade. Eu não podia te deixar sem nenhuma explicação, e é por isso que eu vim aqui hoje, mas não tem como eu conviver com você. Acho que também vim... Pra dizer adeus.

- Mas Tomas...! - Ela também se levanta.

- Não é como se eu gostasse Evelyn. - Ele correu na direção da garota e a abraçou de surpresa. Talvez a velocidade a tenha deixado meio perdida. - Mas é como tem que ser... Adeus. - Sussurrou deixando-a paralizada no centro da sala de estar, saindo pela porta ainda aberta.

 

- Se você tivesse pedido a gente te trazia aqui na boa, sabia? - Tomas ouviu a voz debochada de Thimoty ao sair pelo portão. Tanto ele como Jeremy esperavam por ele encostados no muro.

- Verdade. Mas no final, a gente não vai precisar te bater nem nada. - Jeremy falou rindo também.

- Que seja. Acho que a gente tem que voltar, né?

- Opa! Surto de bom humor de repente? - Thimoty disse ao se desencostar.

- Acho que vocês já me suportaram demais por alguns dias. Não custa tentar viver, afinal.

- Assim que se fala! - Jeremy falou enquanto tomavam a rua e começavam a andar. Lentamente, começou a chuviscar.

 

 Quando chegaram na vila, já havia chuva, ainda que fraca. Depois de irem na casa de Evelyn, foram realmente almoçar e depois andaram por algum tempo, conversando. Tomas ainda se perdia em pensamentos de vez em quando, mas conseguiu sustentar um mínimo de conversa para no mínimo se divertirem e não quebrarem o clima bom que se instalara.

 Ao passarem pelos portões, foram recebidos por Arilla, que ofegava de irritação.

- Estou procurando vocês há horas! Em que parte desta maldita floresta vocês se meteram?!

- Ah... Estávamos por aí. - Disse Thimoty naturalmente.

- Sei. Não vou perguntar mais nada. Os Hemfils ligaram, vão chegar logo após o início da noite. Como parece que você ficaram amigos e Tomas não vai poder faltar, Nehemiah mandou que vocês fossem junto. É bom irem tomar um banho.

 

 Um misto de dia e noite se fez depois que o Sol caiu no horizonte. Era a hora marcada, e vários Garous se reuniram na frente do portão para esperar os famigerados visitantes. Tomas sentiu um misto de vergonha e orgulho ao ver Kristopher chegando, com o braço ainda enfaixado por ataduras brancas.

- Notou? Parece que o ferimento foi mais forte do que imaginamos, para o braço dele ainda estar ruim. - Disse Thimoty ao perceber os olhares do companheiro para Kristopher.

- Como assim? Eu quebrei o braço dele.

- Ah, parece que você ainda não notou algumas coisas básicas. Um dos traços que temos em comum com os Hemfils é uma alta taxa de regeneração. Em média vinte e quatro horas bastam para ficarmos cem por cento curados de qualquer machucado. É bem difícil nos matar.

- Mas se os Hemfils estão mortos, não deveriam se regenerar, certo? - Perguntou Tomas depois de alguns segundos pensando.

- Pois é. Por isso que chamamos de 'mortos-vivos', afinal. Eles são estranhos demais, não nos importamos com este tipo de coisa. Sabendo os lugres certos para atacar e matar já está bom.

 Interrompendo-os, alguns começaram a murmurar, e quase imediatamente depois três figuras apareceram em meio à neblina que se formava. Eram dois homens e uma mulher, todos de pele branca como mármore e com os mesmos olhos prateados grandes e brilhantes que não piscavam. Uma beleza estonteante completamente oposta aos Garous.

 Quem vinha a frente do grupo era uma mulher de cabelos loiros escuros compridos e lisos, e suas feições eram debochadas e autoritárias. Vestia roupas de época mais curtas que o normal, uma saia e espartilho de cor predominante preta. A maquiagem pesada lhe deixava com o mais gutural estilo gótico. O primeiro homem que a seguia tinha cabelos castanhos compridos e ondulados que cobriam completamente as costas. Seu rosto risonho tinha traços de algo que se poderia chamar de bondade, contrariando completamente as espectativas de todos. Tinha roupas normais, calças jeans e jaqueta de couro esportiva, de prodominância também preta. O terceiro era o único que caregava alguma bagagem, uma mochila de couro grande. Era também quem mais chamava atenção, por seu moicano baixo rente ao couro da cabeça e vários piercings por todo o rosto. Tinha o olhar feroz e um sorriso maníaco mal saía de seu rosto enquanto encarava atrevidamente cada um dos Lobisomens presentes. Vestia roupas de couro surradas e mal cuidadas, travestindo o clássico esteriótipo punk. Todos os três andaram pisando fortemente e pararam alguns metros na frente do grupo que os esperava.

- Nós somos enviados da família Ytlayor para assistência ao clã Garou conforme estabelecido no pacto de aliança. Eu sou Annielandra Ytlayor, líder da comitiva.

- Como primeiro e atual líder do clã Garou, eu lhes dou boas vindas, e espero que nosso momento de necessidade sirva primeiramente para estreitar os laços de companheirismo estabelecidos na aliança. - Disse Nehemiah em um tom grave. A tensão entre todos era tão densa que poderia ser cortada com uma faca.

- Assim também desejamos nós, conforme palavras de Phelippe Ytlayor, nosso patriarca. - Respondeu a mulher sem sorrir. - Meus companheiros são Richard e Brunnë Ytlayor.

- São todos bem vindos em nossas acomodações. - Completou o líder dos Garous. O silêncio entre as frases era sepucral.

- Acredito que devamos começar nossas investigações com uma breve conversa sobre o ocorrido que os incitou a nos pedir ajuda.

- Concordo plenamente. Acredito que neste caso, quanto menor o número de pessoas para falar, melhor. Vou deixar a tarefa de os guiar e conduzir a conversação com minha segunda em comando, Arilla Altha. - Ele gesticula na direção da mulher postada ao seu lado.

- Tudo bem, contanto que tenhamos todos os detalhes necessários.

 Todos começaram a se mover para dentro dos portões da vila, menos Tomas, Jeremy e Thimoty, que encaravam os Vampiros inescrutavelmente. Em poucos segundos os olhares dos visitantes foram atraídos, e as seis pessoas se acaravam furiosamente, em um misto de sentimentos que iam desde a curiosidade de Tomas até o desejo ardente de vingança de Thimoty.

- Parece que você é o famoso Tomas Ravenclawn, não é? - Disse a garota, com um sorriso irônico.

 Ele não responde, apenas continua a dançar o olhar de uma pessoa para outra.

- Bem, teremos tempo para conversar e nos conhecermos melhor depois, mas de qualquer forma, você pode me chamar de Anna. - Completou sorrindo deixando parcialmente a mostra os caninos salientes.


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Notas finais do capítulo

╚ Demorou bagarai, sim. É que tive o início das aulas e talz. xP Mas acho que valeu a pena, apesar de tar meio sem ação, o capítulo ficou bom. :D
╚ Qualquer erro que achem, podem me mandar mp ou no review mesmo, eu fico agradecido. :3