POV Percy

Duas cadeiras surgiram e eu me sentei, Annie continuou em pé olhando atônica ainda para sua mãe. Levantei-me e puxei-a para que se sentasse. Sentei-me ao seu lado e peguei sua mão a apertando, assim ela pareceu acordar e me olhou, consegui sorrir, mas ela não me acompanhou.

- Bem como sabem profecias são feitas e ficam rondando por dias, anos, eras... – Disse meu pai se sentando e seu trono em miniatura, mas foi cortado por Atena.

 - Sabe que essa não é melhor maneira de fazer isso Poseidon. Conte logo a verdade e pronto. – Ela disse se sentando também em seu trono de prata em miniatura. – Annabeth, sei que ira entender filha, mas... Vamos do começo.

“Há muitos anos um filho de Poseidon e uma filha minha se apaixonaram. No começo o reino onde eles moravam era abençoado pelos deuses, até que houve a noticia de que ele queria ter um filho depois de seu casamento. O oráculo da cidade deu uma profecia dizendo que o filho deles iria se voltar contra o olimpo. Os dois semideuses não aceitaram e mesmo assim se casaram e tiveram um filho, um menino e...

- Me deixa adivinhar... – Annabeth se levantou furiosa. – Os deuses mataram a criança e os pais dela. Foi isso não foi? Vocês destruíram tudo, até mesmo o reino por tentar protegê-los. Vocês sempre fazem isso.

- Annabeth, filha, entenda...

- Eu não vou entender nada! Eu e Percy salvamos o mundo, a pele de vocês e agora vocês querem nos separar? É por isso que Afrodite vivia dizendo que nossa historia seria trágica. É por que não podemos ficar juntos! Eu odeio essas profecias! Eu odeio ter que fazer parte delas!

Nunca vi Annie tão brava. Nem mesmo quando sem querer eu mexi nas coisas dela. Levante-me e tentei a puxá-la de volta pra a cadeira. Meu pai nos olhava triste, e Atena encarava Annabeth. Zeus continuava comendo sua pipoca gigante nos olhando atentamente.

- Annie, se acalme. Pai isso é verdade?

- Infelizmente sim, filho. Mas, talvez...

- Calado, Poseidon... –Atena disse, sem tirar os olhos de Annabeth.

- Mas Atena, eles tem de saber da profecia...

- Não! Minha filha não vai fazer isso...

- Fazer o que? Você não decide por mim. – Annabeth disse furiosa para sua mãe. Logo se virou para meu pai. – Por favor, senhor, me diga a profecia?

- Pai, por favor? – Disse ainda segurando o braço de minha furiosa namorada.

Meu pai olhou para Atena e depois para Zeus e se pronunciou.

- Já chega! Você disse que iria resolver Atena! Que sua criança entenderia, mas to vendo que ela quer cometer o mesmo erro que sua outra filha cometeu. – Atena abaixou a cabeça, mas logo olhou para Annie.

- Desculpe pai. Eu pensei que ela me entenderia. Claro que ela foi corrompida por esse filho desse imoral! – Atena se levantou apontando para meu pai.

- Eii, meu filho não fez nada! Os dois se amam Atena, mas claro você não enxerga isso. Nunca amou ou foi amada! – Meu pai se levantou também e afastou o dedo de Atena com um tapa.

- Poseidon tem razão! – Annabeth agora tinha lagrimas nos olhos e eu estava ficando com uma raiva real de Atena. – É por isso que você me fez ter aquele sonho, não é?! – Annie gritava.

- Eu tentei te prevenir! Eu tentei te salvar de ter um destino trágico com ele! – Ela caminhava lentamente para Annie enquanto falava então me coloquei na frente de Annie. – E olha agora? Você esta contra mim! Sua mãe!

- Bem, você quem fez isso! – Annabeth dizia por cima do meu ombro.

De repente um trovão estourou lá fora, e todos pararam. Zeus se levantou com seu raio na mão.

- Eu pensei que tinha dito: JÁ CHEGA! – Ele gritou fazendo outro trovão estourando ao céu. O cheiro de ozônio era forte.

- Onde está Apolo? Afrodite? Quero os dois aqui agora! – Um cheiro de perfume Chanel cinco encheu a sala e um raio de sol quase me cegou. Apolo e Afrodite estavam na sala.

- Chamou papai? – Apolo tirou os óculos e ficou em seu tamanho humano e caminhou até ficar ao lado de seu pai. – Olá, Percy, Annabeth, Atena, Tio. Reunião de família? – Ele disse rindo.

- Não, Apolo. Preciso de uma antiga profecia. – Zeus disse.

- A claro. Qual delas? – Apolo pegou um tablet e olhou para o pai.

- A do filho de Poseidon e da fila de Atena...

- Ahh entendi a reunião de família. – Ele nos olhou como se estivesse com dó.

- Vai logo, Apolo. – Zeus disse.

- Profecia... Filho...Poseidon...Achei! – Ele nos olhou. – Prontos? – E recitou a profecia:

“Um filho de Poseidon e uma Filha de Atena,

Trará ao mundo um filho apenas

Do semideus a revolta vira

E contra o Olímpo ele ira ficar

De seus pais pode vir à salvação

“Que só as Moiras dirão.”

Meu primeiro pensamento foi: Eu vou ser pai? E o segundo foi: quem são as Moiras?

Percebi que tinha feito a ultima pergunta em voz alta. Todos me olharam com cara de: Dããã.

- As Moiras, ou as Parcas, são as irmãs deusas do destino dos humanos e deuses. Elas tecem o fio da vida e também o cortam. – Annabeth me respondeu. Percebi que durante a pronuncia da profecia ela me abraçou e meus braços se fecharam em sua cintura.

- Ah entendi. Então temos uma missão. Vamos atrás das Parcas ou moiras... enfim.

- Não é assim Percy! Elas nunca ajudam os humanos. – Annabeth disse triste.

- Por que não?

- Elas apenas odeiam os humanos. – Atenas disse.

Senti Annabeth começar a chorar. A abracei mais forte, e Atena me lançou um olhar fulminante, enquanto Afrodite fazia: Aaw! Revirei os olhos e coloquei meu rosto no cabelo dela.

- Calma Annie.

- Viu você não é o melhor para minha filha.

Tive que ficar quieto, afinal Atena sempre nos avisou para ficarmos um longe do outro q agora era tarde demais. Beijei os cabelos de Annie e senti que ela molhava minha blusa. Zeus nos olhou e disse:

- Bem, crianças. Sinto muito por tudo isso, mas não podemos arriscar por causa de uma paixonite de adolescência. Então vocês têm duas opções: 1º vocês se separam por conta própria; 2º Afrodite ira fazer com que vocês não se sintam mais apaixonados. Essa brincadeira já foi longe demais. – Ele voltou a seu trono e ficou me olhando.

Olhei meu pai, ele deu de ombros. Olhei Atena e ela apenas virou as costas.

- A escolha pertence a vocês e não seus pais. Andem, logo. - Zeus disse impaciente.

Afastei Annabeth levemente e a olhei nos olhos. Vi medo ali. E odeie os deuses por serem tão medrosos. Sequei suas lagrimas com o polegar e ela fechou os olhos. Nunca a vi tão frágil. Não ira abandonar ela. Levantei seu queixo e a beijei, me importando pouco com quem estava em volta. Ela retribuiu colocando os dedos nos meus cabelos e puxando contra si.

- Escolham. – Ouvi Zeus dizendo.

E agora? Eu não queria ter meus sentimentos por Annabeth tirados de mim. E nem queria me separar dela. Mas os deuses nos olhavam e tínhamos que tomar uma decisão. Provavelmente a mais difícil de minha vida. 

Leiam as notas finais, por favor!