(LEIAM AS NOTAS INICIAIS POR FAVOR!)

POV Percy

Não dormi a noite inteira com medo de acordar e perceber que noite passada havia sido um sonho.

Permaneci deitado olhando para o teto e me recordando de como era ter os lábios de Annabeth junto aos meus. A sensação era tão boa que eu fechava os olhos para torna-la ainda mais real, mas assim o sono tentava tomar conta de mim, então logo abria os olhos e sonhava acordado mesmo.

Fiquei me lembrando de como ela sorrio depois de nosso beijo, de como ficamos deitados na grama de mãos dadas olhando as estrelas. Às vezes me virava e plantava beijos em seu ombro a fazendo rir e me beijar. Ficamos lá por horas até que escutamos a concha anunciando o fim da captura.

Annie e eu corremos de mãos dadas, e demos a volta pela floresta evitando sermos vistos, até a área de trás do chalé 6. Lá ela me beijou novamente e nos despedimos com boa noite, como sempre fazíamos quando estávamos juntos.

Estávamos... Passado... Não parecia certo.

Me levantei e fui tomar um banho. Em contato com a água, como sempre, minha mente clareou e decidi que não tinha que ficar escondendo meus sentimentos por Annabeth... Eu a amava e sempre amei... Tínhamos vivido muitas coisas juntos para que agora deixemos esses deuses tomarem conta de nossas vidas.

Sai do banho e me vesti, estava prestes a sair do chalé quando ouvi minha fonte borbulhar, anunciando um visitante. Apolo me surge no meu quarto.

– Por que eu tenho que falar com ele? Ele é seu filho poxa... – Ele se vira e me olha. – O que eu estou fazendo aqui? Ah droga... Eu já estou aqui. – Ele disse emburrado, retirou os óculos escuros e se sentou na minha cama. – Olá, Percy.

– Oi Apolo, o que o trás aqui? – Digo emburrado.

– Bem, na verdade seu querido e covarde pai. – Apolo não parecia estar mais feliz do que eu.

– Por que covarde? O que ele fez? – Digo na defensiva.

– O que ele não fez né? Bem eu fui até seu reino, com permissão, claro e lhe contei sobre uma visão que tive sobre você. – Ele me olhou bravo. – Ai ele disse que não iria interferir e que eu viesse falar com você eu mesmo. – Ele bufou.

– O que você viu?

– Vi você e Annabeth saindo escondido para uma missão. – Ele respondeu se levantando.

Uma missão? Não havia ameaças, os acampamentos estavam em paz.

– Missão do que? – Perguntei curioso.

– Bem é claro que eu sei do que é a missão, mas não devo dizer. – Obvio. – Mas Percy, você deve se policiar. Afrodite gosta de brincar, mas quem assumira as consequências serão vocês, sei que sabe do que estou falando.

Ele falava de nosso beijo e reaproximação.

– Apolo sabe que é inevitável. Nós tentamos...

– Mas não interessa... Vocês devem ficar o mais afastado possível. Ou talvez Atena tenha razão...

Minha “sogrinha” não ia muito com a minha cara.

– O que Atena disse?

– A profecia tem de acontecer... – Ele disse e me olhou sombrio.

Na hora me sentei em minha cama, ao lado do deus. Não podia ser verdade... eles nos fizeram passar por tudo isso para dizer que a profecia teria de acontecer? Tipo, sofremos por nada?

– E agora? – Disse já muito bravo.

– Agora... – Ele coçou a nuca. – Não sei não...

– Você não sabe? Você é o deus das profecias e não sabe? – Me levanto e começo a andar pro todo o quarto.

– Alguns futuros nem eu posso ver Percy. – Ele recolocou seus óculos de sol. – Tenho que ir, ainda não terminei o nascer do sol. Lembre-se da minha visão Percy, você pode fazer o que quer, mas não pode mudar o futuro.

E assim ele sumiu me deixando ainda mais confuso.

__§__

Deixei minha mochila pronta para minha saída do acampamento e fui tomar café. Encontrei Grover no meio do caminho.

– Ei cara, esta tudo bem? – Ele perguntou trotando ao meu lado.

– Tudo sim, por que não estaria. – Eu já avistava o pavilhão, já sabendo quem queria encontrar.

– Você sumiu ontem e Quiron disse que você deveria estar auxiliando a captura. – Entramos no pavilhão e pegamos um prato.

– Tive que fazer outra coisa. – Digo levantando meu prato e recolhendo meu sucrilhos azul, com leite azul.

– Espero que não tenha feito algo que não deveria... – Ele disse me olhando de canto.

Viro-me e encaro ele.

– Não fiz nada que não deveria cara. Pelo contrario, fiz algo que deveria ter feito há muito tempo. – Dei de ombros e fui levar minha maçã até a pira de oferenda. – Pai, fique do meu lado. – Sussurro ao jogar a maçã.

Ao voltar para minha mesa, meu olhar varre o pavilhão e encontro o par de olhos cinza que tanto gosto. Não consegui deixar de sorrir, e o sorriso que recebo de volta é o mais maravilhoso que existe, tornando toda e qualquer coisa ruim em nada.

Me sentei e comi o mais rápido que podia, com meu olhar sempre encontrando com o de Annabeth. Assim que terminei, me levantei e esperei por ela no final do pavilhão.

– Bom dia Cabeça de Alga. – Ela disse sorrindo. Vestia shorts jeans, all star e camiseta do acampamento. O cabelo estava num rabo de cavalo alto. Perfeita.

– Bom dia sabidinha. – Consegui responder. – Pronta para dar uma volta? – Digo rindo.

– Claro, só preciso buscar minha mochila. – ela responde enquanto andamos para o chalé 6.

– Eu também. Te encontro na colina?

– Ótimo, te vejo lá.

Esperei por Annabeth na colina não me aguentando de ansiedade, precisava conversar com ela. Sobre ontem, sobre nosso futuro.

Sorri ao ver ela subindo, linda, com o sol atrás dela, parecendo um anjo. Ri de meus pensamentos.

– Pronto pra mais uma aventura em Nova Iorque? – Perguntei sorrindo.

– Sim. Mesmo que a nossa experiência anterior tenha sido horrível! – Ela faz uma careta.

Rimos e descemos a colina.

Annabeth iria entrar comigo em uma igreja, eu mal podia esperar.

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