Pov. Percy

Depois de nosso show particular, declarações de amor e muitos aplausos, nós descemos a rua novamente sentido a Starbucks onde estávamos antes, rindo de mãos dadas e tudo que meu cérebro pensava é: Ela disse que me ama!

– Não sabia que você patinava tão bem cabeça de alga. – Ela disse sorrindo.

– Ah, qual é Anne, eu sou nova iorquino. Eu vou a pistas de patinação desde que me lembro. – Ri e ela me acompanhou. – Eu não posso levar todo credito. Minha mãe me ensinou e algumas coisas eu fiz pela primeira vez lá.

Ela parou e me olhou com aqueles olhos cinza arregalados.

– Você esta me dizendo que nunca tinha feito todas aquelas coisas antes? – Ela meio que gritava. Eu não conseguia parar de rir. – E se você me deixasse cair cabeça de alga? – Ela perguntou com as mãos na cintura.

Ela parecia tão brava, mas ao mesmo tempo sabia que ela escondia um sorriso. Aproximei-me dela e substitui suas mãos pelas minhas em sua cintura e suas mãos foram para o meu pescoço. A puxei pra mim.

– Acha mesmo que eu deixaria você cair, Anne? – disse baixinho, só ela poderia ouvir.

– Deixaria? – Ela me perguntou. Nós nos olhávamos do mesmo jeito que na pista de patinação. De verde para cinza.

– Nunca. Eu sempre vou estar aqui pra te pegar. – Dito isso ela sorriu e soltou um mínimo “Aww”. Eu a curvei em meus braços igual a aquelas cenas de filme e a beijei longamente.

Escutei um “arranjem um quarto” e pensei ser Clarisse, mas me lembrei de que ela estava no acampamento e apesar de parecer um comandante do exercito ela era uma menina.

Levantei Annabeth e ela sorria bobamente para mim, eu não deveria estar diferente. Hoje estava inspirado. Ela havia me dito que me ama.

Ela abraçou minha cintura e eu passei os braços em volta dela e nós continuamos a descer até o parque, que já havia aberto.

Entramos e havia poucas pessoas ali. Apenas corredores, babás de cachorros e crianças, velhas que alimentavam os pombos... Pessoas assim...

A levei a um lugar afastado do parque, em baixo de uma arvore aonde havíamos ficado ontem... Nossa me pareceu que tinha sido a uma eternidade atrás... Nem imaginávamos que aquela visita ao Olimpo poderia... Calada consciência, prometemos não pensar sobre isso por enquanto, apenas aproveite e... Ela disse que me ama! (N/P: ok parei)

Deitei-me e Annie se deitou com a cabeça na minha barriga. Minhas mãos logo se enroscaram em seus cachos loiros. Ela fechou os olhos. Eu sorri e olhei para o céu.

Estava nublado e ainda fazia um pouco de frio. Mas um sol queria se assanhar por entre as nuvens. Apolo deve estar preguiçoso hoje. Pensei com um sorriso.

– Percy?

– O que, Annie? – Desci meu olhar até ela que continuava com os olhos fechados.

– Você chegou a conversar com a minha mãe? Enquanto eu estava dormindo?

– Não. Ela apenas disse para eu dormir com você... Disse que você se sentiria melhor. – Então me lembrei de minha nova fonte de esperança. – E eu vi algo diferente em seu olhar... Tipo como se ela entendesse... Queria que ficássemos bem... Por que?

– Nada não. – Ela disse e logo depois ela sorriu e se virou ficando com o queixo apoiado em uma mão que estava apoiada em minha barriga. – Sabe o que eu realmente queria nesse momento?

– Um big mc? – Disse rindo.

– Não seu bobo. – Ela bateu na boca do meu estomago, mas rindo. Eu senti um leve falta de ar, mas logo me recuperei.

– Brincadeira. O que você queria?

Ela sorriu se ajoelhou e se deitou do meu lado, olhando para o céu, olhei também esperando ela falar.

– Queria que tudo parasse. Que ficássemos aqui para sempre sem ter que se preocupar com profecias, deuses... Apenas eu e você... – Ela se virou e me olhou, mas eu não. Continuei a olhar para o céu.

– Nós vamos resolver isso Annie. Eu prometo.

– Não depende, mas de nós Percy... Se os deuses disserem não é não e o que faremos?

– Ei, não prometemos esquecer isso por hoje? – Disse emburrado, pois não estava mais gostando do rumo da conversa.

Por que ela tinha que estragar a manhã?

– Sim, mas temos que decidir o que fazer Percy... Assim teremos tempo de nós prepararmos para qualquer decisão que eles possam tomar... Ter um plano B, C...

– Annabeth isso não é um campo de batalha! – Agora eu havia ficado realmente chateado. – Ok, eu entendo, mas como podemos ficar preparados para ter nossos sentimentos arrancados de nós? – Disse me sentando.

Ela suspirou e se sentou apoiando os braços nos joelhos levantados.

– Nada vai fazer a dor ser menor, Percy... mas temos que saber que isso pode acontecer... – Senti que ela iria chorar e me odiei por isso.

– Desculpe Annie... é que eu não quero nem imaginar ter que ficar longe de você. – Disse e a abracei fortemente. Ela deitou sua cabeça no meu ombro.

– Eu também não, Percy... – Ela beijou meu pescoço me fazendo arrepiar. Logo levantou o rosto para mim e sorriu.

Eu amava aquele sorriso. A única coisa que o estragou foi um lagrima que descia por sua bochecha levemente corada. Coloquei minha mão em seu rosto e a limpei com meu polegar. Ela sorriu e deitou sua cabeça na minha mão, fechando os olhos. Não resisti.

Puxei seu rosto e a beijei.

Nosso beijo foi demorado, cheio de selinhos e mordidas em lábios. Eu não me cansava de ouvir o leve gemido que Annabeth dava toda vez que eu mordia e puxava seu lábio.

Parei o beijo lhe dando um longo selinho, encostei nossas testas e quando abri os olhos ela estava chorando, ainda com os olhos bem apertados.

– Ei, Annie o que foi? Por que esta chorando? Eu te machuquei? – Eu estava desesperado. Ela penas sorriu, limpou as lagrimas e me deu um selinho, pegando meu lábio inferior por entre seus dentes e puxando.

– Logico que não cabeça de alga. Eu apenas estou chorando de felicidade. Por que eu tenho o melhor namorado do mundo. – Ela disse sorrindo. Logico que eu nem me achei e sorri também.

– Eii você esta com muito frio? Quero te levar num lugar... Depois podemos ir para minha casa e tomamos banho. – Ela arregalou os olhos minimamente e olhou para as arvores na nossa frente. – Não! Não juntos... você pode ir primeiro...enfim você entendeu...- Aposto que estava mais vermelho do que a roupa do papai noel.

Annabeth riu alto e jogou a cabeça para trás.

– Ok cabeça de alga, mas aonde quer me levar?

– Você vai ver...

Levantei-me e lhe ofereci minha mão. Ela sorriu e a pegou se levantando.

Andamos até a saída do parque e logo dei sinal para um taxi.

Pov. Autora

Enquanto isso no Olimpo, Afrodite acompanhou cada passo de nosso casal favorito (N/A: muito sessão da tarde?... kkk me perdoem).

Desde sua... ahh... Brincadeirinha na banheira e no quarto com Ares ela se deitou em seu sofá roxa com varias almofadas em formato de boca e ficou olhando uma televisão de tela plana de 56”.

Ali ela viu Percy e Annabeth se dirigindo até o Central Park.

Logo seus “cupidinhos” chegaram e ficaram ao seu lado acompanhando-os.

– Ahhh

– Awww

– Aiiin

Era tudo que se ouvi na sala a cada momento fofo do casal.

– Ai mamis por que eles não podem ficar juntos, poxa?! – Um cupidinho disse limpando as lagrimas em um lenço.

– Ah meu amorzinho por que... Enfim é complicado. Cala a boca e escuta. - Afrodite era um poço de delicadeza e boas maneiras.

Eles continuaram assistindo...

– Aonde será que eles vão mamis?

– Num sei... Vamos assistir...

Mas uma batida na porta os impediu. Era uma ninfa.

– Com licença senhora.

– Sim ninfa, fale. – Afrodite disse sem tirar os olhos da tela onde Annabeth e Percy se beijavam.

– A senhora Atena quer lhe falar. Pediu para que se encontre em seu aposento em 5 minutos. Disse que é importante.

Afrodite bufou fazendo sua franja subir.

– Ok, ninfa. Diga a ela que eu estarei lá. O senhor Zeus já acordou?

– Ainda não, senhora.

Isso explicava o silencio. Zeus surtaria quando soubesse que os dois estão juntos e pior... quando saber que eles pretendem ficar sozinhos em casa...

Bem eles não sabiam, mas Sally e Paul haviam saído para ver os detalhes do casamento já que Percy havia voltado. Afrodite estava a par disse, pois adorava esse casal também.

Afrodite desligou a televisão. E os cupidinhos reclamaram.

– Calados!...Vocês deveriam estar trabalhando... Vamos, Vamos, Vamos...

Eles saíram ainda indignados e Afrodite foi até um dos muitos espelhos que possuía ali. O que será que Atena queria...?

Saindo de seu quarto, pelo corredor, escutou gemidos.

Ahh esta explicado por Zeus ainda não surtou.

Ela correu até o quarto de Atena.

A mesma se encontrava apreensiva. Nervosa. Esse caso de Annabeth estava tirando seu sono.

E ela preveniu tanto sua menina... até mesmo ameaçou aquele imprestável do filho daquele inútil...mas ela sabia que era mais inútil ainda ficar tentar evitar o inevitável...

Então após sua conversa com Annabeth ela precisa de Afrodite...

Duas batidas na porta à fez acordar de seus devaneios.

– Entre. – Ela gritou levemente.

– Me chamou Atena? – Afrodite disse entrando no quarto.

– Sim. Precisamos conversar...

Então antes de Afrodite fechar uma mão a impediu e uma voz suou no quarto.

– Não acha que deveríamos participar dessa conversa, Atena?