Alguns dias passaram-se e Luna continuava a tentar ignorar Draco, enquanto ele fazia de tudo para conseguir falar com ela e desculpar-se.

Era fim-de-semana e naquele dia solarengo ia haver um passeio a Hogsmeade, um passeio que Luna não tencionava ir.

- Por favorrrrrrr!! – pediu Caroline pela milésima vez – Vem comigo e com o Harry.

- Não quero – afirmou Luna – O draco vai estar lá e eu não quero falar com ele.

- Um dia vais ter de falar com ele, sabes disso né? – perguntou Caroline cruzando os braços.

- Eu sei, mas não hoje. – afirmou Luna.

- Ok, ok, tu é que sabes – respondeu Carol acabando de se vestir.

Caroline saiu minutos depois e foi-se encontrar com o Harry no hall de entrada, Luna ficou mais uns minutos na cama e depois levantou-se e foi dar um passeio pela floresta proibida.

Depois de ver alguns testrálios e lhes dar de comer, voltou para o castelo, sem saber o que ia fazer.

Quando chegou à entrada do salão comunal da Corvinal, encontrou uma visita inesperada.

- Luna, eu preciso mesmo de falar contigo, por favor para de fugir de mim – afirmou Draco.

- Eu não estou a fugir – afirmou Luna dando as costas para ele e aproximando-se do retrato.

- A sério que não estás? – perguntou Draco com um sorriso irónico.

- Eu estou muito desiludida contigo – disse Luna virando-se e olhando para ele.

- Eu sei, mas por favor, deixa eu me desculpar.

- Ok, ok. Fala!

- Vamos para um lugar mais sossegado – disse o loiro, pegando na mão da garota e levando-a até uma sala vazia – Pronto, aqui ninguém nos incomoda.

- Ok

- Luna, tu sabes que eu não tive um passado bonito, sabes que eu era um idiota, que gozava com as pessoas, que me sentia o maior, que usava as garotas, tu sabes isso tudo. Mas também sabes que eu mudei… Eu sei que devia ter dito algo, pelo menos ter pedido desculpa, mas eu não consegui, fiquei chocado com o que eu tinha feito, nem conseguia falar… Eu sei que o que fiz foi horrível e até já falei com o Joseph e desculpei-me embora eu saiba que ele nunca me vai perdoar. Por favor Luna, tu conheces-me e sabes que estou a falar a verdade – afirmou Draco passando a mão pelo rosto dela.

Luna sentiu um arrepio percorrer-lhe a espinha, o contacto da mão de Draco contra o seu rosto ainda lhe fazia aquilo…

No fundo ela sabia que ele estava a falar a verdade, mas ainda se sentia desiludida.

- Eu sei que estás a falar a verdade, eu posso vê-lo nos teus olhos, mas ainda assim sinto-me desiludida… - a loira abaixou a cabeça.

- Desculpa, desculpa por te desiludir. Mas por favor, perdoa-me.

Luna abriu um pequeno sorriso e deu um selinho nos lábios do loiro.

- Tudo bem, eu perdoo-te, mas promete que nunca mais vais voltar a ser o Draco de antes.

- Nunca – ele sorriu e abraçou-a.

Luna sentia-se tão bem nos braços dele que não queria que aquele abraço acabasse.

Draco afastou-se e colocou uma mecha do cabelo dela atrás da orelha e beijou-a intensamente. Luna colocou os braços em volta do pescoço dele diminuindo a distância entre os dois. Era um beijo intenso, apaixonado e com certeza, inesquecível.

O tempo passou depressa, as últimas semanas de aulas passaram a correr, entre exames e jogos de Quadribol, ninguém queria acreditar que as férias estavam tão próximas.

Luna e Draco estavam inseparáveis e as pessoas começavam finalmente a aceitar que realmente Draco Malfoy tinha-se apaixonado de verdade. Harry e Caroline eram outros que não se desgrudavam um segundo, era até difícil estar com eles, pois estavam sempre aos beijos e a falar coisas fofas.

Por estranho que pareça, Blásio finalmente conseguiu conquistar o coração de pedra de Pansy, eles não estavam bem a namorar, mas sim a ter uma amizade colorida. Pansy estava agora a aceitar um pouco melhor o namoro de Draco e Luna.

No último dia de aulas, Draco e Luna combinaram de se encontrar nas férias, Draco queria apresentar a sua namorada aos pais, embora soubesse que eles provavelmente não iam gostar da ideia, já que Luna não era o tipo de garota rica, convencida, conhecida e da elite bruxa que eles gostavam. Mas ele não se importava, amava a sua namorada e não iam ser os seus pais que iam separá-los.

Luna também queria apresentar Draco ao seu pai, sabia que o pai iria ficar feliz, pois ela raramente trazia amigos a casa e nunca antes tinha tido um namorado.

Na estação King’s Cross, Draco e Luna abraçaram-se e beijaram-se prometendo que iam enviar corujas todos os dias ou então conversar atrás do livro de capa vermelha.

Draco quando viu os seus pais ao longe deu um beijo rápido à namorada e foi ter com eles enquanto Luna ficou à espera do seu pai que estava atrasado.

As duas primeiras semanas de férias passaram lentamente, Luna ansiava o dia em que Draco ia finalmente convidá-la para ir à sua casa. Os dois apaixonados conversavam todos os dias por cartas ou pelo livro.

A ansiedade de Luna aumentou quando numa manhã acordou com uma coruja batendo o bico na sua janela, era uma coruja negra e que ela rapidamente reconheceu como sendo a coruja de Draco.

Levantou-se e foi até à janela deixando o pequeno animal entrar. Deu-lhe alguns biscoitos e abriu a carta.

“Bom dia, amiga secreta, espero não te ter acordado. Escrevi-te porque ontem falei com os meus pais sobre ti e eles disseram para te convidar a vires jantar aqui, hoje à noite. Espero-te às 20:00. Do teu amigo secreto”

Luna sorriu ao ler a carta, mas depois pela primeira vez na vida ficou preocupado com o que vestir, ela sabia que a família de Draco preocupava-se muito com a imagem e não queria fazer algo que envergonhasse o seu namorado.

Mas Draco gostava dela mesmo ela sendo esquisita e diferente, e mesmo que os pais dele não gostassem dela, que importa? Para ela a única opinião que importava era a opinião de Draco.

Foi com esse pensamento que abriu o seu armário e começou a procurar um vestido para o jantar.