NOVE ANOS DEPOIS...

Edward POV.

O tempo passou depressa. Eu e Bella nos casamos quando a Brenda já estava com seus quatro meses, ela ficava mais linda a cada dia e muito parecida comigo; ela tinha os meus olhos verdes e os cabelos castanhos da mãe, mas as atitudes eram todas minhas. Hoje ela já estava com seus nove anos, linda e graciosa. E lá vinha ela, descendo as escadas como uma bela mocinha que era, vestida para o aniversário da irmã caçula. Seus cabelos castanhos caindo pelas costas e fazendo cachos nas pontas, sorrindo abertamente, seus belos olhos verdes, me fitando.

- O que tanto olha papai? – ela disse assim que chegou ao chão.

- O quanto você cresceu, pequena. – sorri para ela.

- Ah... – ela cruzou os braços – Pai, cadê a mamãe?

- Ela não estava lá em cima? – a indaguei.

- Não, eu estava me arrumando sozinha. – ela revirara os olhos – Ela deve estar com a Deborah. Falando nisso, cadê a minha anã? – ela sorriu.

Eu achava graça das brigas da Brenda e da Deborah, a diferença das duas era de quatro anos, mas a Brenda sempre se trocava com a Deborah. O Dave que era o imparcial, sim nós tínhamos um garoto também.

- Deve estar correndo pelo jardim, por que você não vai lá pra fora enquanto o papai se arruma? – sorri torto.

- Ok, daddy. – ela sorriu e saiu correndo para o jardim.

Nós tínhamos uma bela casa fora do centro de Boston. Compramos assim que nos casamos, achei melhor, afastada da cidade, era ótima. Subi para o quarto e coloquei uma roupa mais casual, saí do closet e encontrei a mãe dos meus filhos terminando de se arrumar.

- Onde você estava? – perguntei.

- Terminando de arrumar o Dave. – ela suspirou e eu ri.

- Você não acha esse vestido curto demais, Isabella Cullen? – a indaguei, cercando-a por trás.

- Hm... Não. – ela sorriu e nos beijamos apaixonadamente.

- ECAAA! – uma voz nos fez afastar e rir – Sério que vocês têm que ficar se beijando aí? – era o Dave, nosso filho do meio.

- Tudo bem Dave, eu beijo você se quiser... – Bella disse, fazendo o garoto arregalar seus belos olhos castanhos cor de chocolate herdados da mãe.

Dave era a cópia masculina da Bella, olhos castanhos, cabelos cor de mogno, corava bastante quando estava envergonhado e super atrapalhado. Mas tinha um pouco do nosso temperamento. Ele estava vestido com uma bermuda azul e uma camisa vermelha, todo engraçado.

- Não, mãe, obrigado. – ele sorriu.

- Ok, cadê a sua irmã? – eu perguntei.

- Qual delas? – ele sorriu debochado, era meu filho mesmo.

- A Deb, amor. – Bella respondeu.

- Ela está lá embaixo com a Brenda. – ele sorriu.

- Ok, vamos descer. – eu disse e peguei o Dave no colo.

Bella e eu descemos e escutamos as risadas das nossas duas princesas. Era o aniversário de cinco anos da Deborah, nossa caçula, e ela escolheu o tema de fadas, ela as adorava. O painel estava montado e as mesas estavam espalhadas pelo jardim.

Deborah estava com sua fantasia de fadinha, estava descalça e com seus belos cabelos cor de bronze presos em um rabo-de-cavalo totalmente bagunçado pela correria. Ela era a minha cópia, olhos verdes, cabelos da minha cor e o temperamento igual ao da Bella, mas era de todos os meus filhos, a mais parecida fisicamente comigo.

- PAPAI! – ela gritou assim que me viu e veio correndo na minha direção.

Dave já estava no chão e a Deborah se jogou em meus braços, eu a peguei no colo e a baixinha me encheu de beijos.

- E aí, minha fadinha? – disse a ela.

- Oi papai. – ela sorriu – A Brenda disse que os titios e as titias com os priminhos estão chegando, é verdade?

- Sim, amor, assim como seus avós e seus outros coleguinhas da escola também. – eu respondi.

Bella POV.

Eu achava lindo o modo como Edward era pai, parecia que ele tinha nascido para isso. Nós havíamos tido três filhos: Brenda, Dave e Deborah. Era escadinha, a Brenda estava com nove anos, o Dave com sete e a Deborah estava fazendo cinco anos. Ela estava tão linda com aquela fantasia de fadinha; ela era a cópia do Edward, assim como o Dave era a minha cópia, a Brenda era uma mistura de nós dois. Eu os amava tanto, mas tanto...

Os convidados estavam chegando, primeiro chegaram o clã dos Swan. Sim, eu os chamava de clã. Derick e Betina superaram as expectativas, sério. Tiveram cinco filhos, Marcus e Andrew nasceram três semanas depois da Brenda. Eles são gêmeos idênticos, ambos muito parecidos com a Betina, mas herdaram os olhos claros do Derick, são lindos os meus sobrinhos. Depois vieram as gêmeas: Anne e Jullie, as duas eram as cópias do Derick, branquinhas, cabelos castanhos e olhos claros. Elas são da idade do Dave também, dois meses mais velhas; e por último o caçula, Oliver, já tinha cinco anos, era mais velho que a Deh um mês.

Minha mãe e meu pai chegaram depois que meu irmão, paparicaram bastante os netos e mesmo já radiantes por terem oito netos, ainda pediam mais. Logo após eles, os pais do Edward chegaram, Carlisle e Esme também tinham bastantes netos, mas não tanto quanto meus pais. A Deborah foi pega no colo pelo avô e pela avó materna mais algum tempo, mas não demorara muito, foi logo para o chão. Ela queria correr com os primos. Alice e Jasper chegaram com o casal de gêmeos: Louise e Lionel, ambos tinham os olhos azuis, mas os cabelos eram escuros como os da pequena; eles tinham seis anos.

- TIA FAAADINHAA! – era a Deborah ao ver a Alice.

- MINHA PRINCESA! – Eu não sabia quem era a criança ali.

Para Deborah, a Alice era a fadinha dela. Não sei por que, mas desde que a Deborah começou a falar, ela sempre chamou a minha melhor amiga assim. Eu achava graça disso. A Brenda estava correndo também, ela amava a tia Alice.

- Tia Alice! – ela dizia, agarrada a cintura da baixinha.

- Oi Brendinha. – Alice deu um beijo estalado na testa da minha primogênita.

- Oi Allie. – eu disse e dei um beijo na bochecha dela – O que a Lou, tem? – a minha pequena estava com chorando.

- Ela vinha fazendo birra no carro. – Alice revirou os olhos – Estava brigando com o Lionel, aí eu tive que intervir.

- As brigas são horríveis mesmo. – suspirei.

- Ah... Mas o Lionel e a Louise implicam muito um com o outro, parece muito comigo e com o Emmett e o Edward quando éramos pequenos. – ela bufou, enfadada.

- Então eles têm a quem puxar. – e ri.

Depois a Rose chegou com o Emmett e os garotos. Pronto, foi a Brenda ver o tio ursão que ela correu atrás dele.

- TIO EEEEEEMMMETTT! – ela gritou e pulou no colo dele.

- PRINCEEESAAA! – ele gritou e a pegou no colo, girando-a.

- Emmett! – Edward intervira – Não a rode dessa maneira, ela pode vomitar. – meu marido ralhou com o irmão.

- Ah Edward, pára de ser chato! – ele disse ao irmão e a Brenda ria da cara do pai, safada.

Rose estava com o mais novo dos filhos no colo, o Victor, ele tinha seis anos e era parecido demais com ela, loirinho e dos olhos azuis. O Thomas estava correndo com o Dave já, e a cada dia ele parecia mais com o Emmett.

- Mamãe, mamãe! – a Deborah puxava a barra do meu vestido e eu me agachei à altura dela.

- O que foi fadinha? – sorri.

- Quero que o tio Emmett me carregue. – ela fez um bico muito lindo.

Eu a peguei no colo e entreguei ao Emmett, que carregava as duas. Emmett e Alice eram os padrinhos da Deborah, Rose e Jasper eram os padrinhos do Dave.

[...]

A nossa casa estava cheia, as crianças corriam de tudo para quanto é lado. Jacob, o irmão da Betina estava presente com sua esposa Leah e seus dois filhos: Yasmin e Gabriel; os dois eram muito parecidos com o pai. E para a minha surpresa, Kevin e Carol – sim, o meu ex e a ex do Edward – estavam juntos havia cinco anos. Kevin não voltou para Olympc quando terminamos e ele acabou se tornando vizinho da Davis no prédio onde foi morar, conversa vai e vem, e hoje estão juntos e casados, com um lindo bebê de um ano: o Josh.

Já no começo da noite, eu decidi que já era à hora de cortar o bolo da Deborah. Edward a pegou na piscina de bolinhas e nós fomos para onde estava o painel. Brenda estava ao meu lado e o Dave entre nós, a nossa pequena fadinha no colo do Edward. Cantamos os parabéns e a Deborah assoprara a vela, ajudei a minha pequena a cortar o bolo e era à hora do primeiro pedaço.

- Para quem você vai dar pequena? – Edward a perguntou.

- Hm... – ela estava pensando – Apesar da gente brigar bastante, eu vou dar para minha irmã. – e estendeu o pedaço de bolo no pratinho pra Brenda.

Eu senti meus olhos encherem de lágrimas. A Brenda pegou e deu um abraço apertado na irmã, muitos flashes cercaram as duas. Edward também estava contente pelo pequeno ato de amor da nossa caçula.

[...]

A festa foi um sucesso, nossa aniversariante se divertiu, nossos outros filhos também e agora estávamos os dois sentados a beira da piscina observando a noite. Eu já estava descalça. Deborah dormia no colo do Edward e a Brenda estava deitada com a cabeça no meu colo cochilando também, Dave estava dormindo com a cabeça sobre a barriga da irmã mais velha.

- Eles quietinhos são uns anjinhos, né? – Edward disse aos sussurros.

- Só quando estão quietos. – sussurrei.

Ficamos em silêncio por mais alguns segundos.

- Quero outro filho, Bella. – ele disse de repente.

- Outro Edward? – disse fingindo surpresa, mas na verdade, eu já estava esperando mais um filho.

- É sinto falta de um bebê. – ele sorriu – A Deborah já está com cinco anos, está na hora de mais um bebê. – ele disse como se estivesse coberto de razão.

- Talvez você tenha razão. – e apoiei minha cabeça em seu ombro.

- Como assim? – ele me encarou e eu fiz o mesmo.

- Eu estou grávida, de novo. – e sorri.

- Isso é sério? – ele me perguntou incrédulo.

- Uhum. – e bocejei, mas não tive tempo de terminar o bocejo, pois a boca de Edward já estava sobre a minha, me calando com um intenso beijo.

Eu o amava, amava demais. O meu amor por Edward era imenso, infinito até... Assim como o amor por meus filhos, meus preciosos presentes. Eu o fazia feliz, ele me fazia feliz e seríamos assim pelo resto de nossos dias.