Castle

-Mãe, por favor, não assuste a Kate ok? Ela é importante para mim.

-Eu nunca assustei nenhuma das suas namoradas Richard, eu só estava testando-as e todas elas casaram com você.

-Nem todas mamãe. Lembra-se da Victoria?

-Ok, sem comentários.

-Pai, Kate não é a detetive que veio te fazer perguntas sobre uma mulher morta? – perguntou Alexis.

-É sim.

-E como vocês estão juntos assim, tão sério, só em, o que? Três dias?

-Nem mesmo eu sei querida. Nós só... Demos certo, eu acho.

-Espero que você esteja feliz, eu só não quero que ela quebre seu coração.

-Não se preocupe filha. – ele beijou sua testa. – É mais fácil eu quebrar o coração dela.

-Richard! – repreendeu sua mãe.

-MAS EU NÃO VOU! É claro! Calma mãe.

Então ouviram batidas na porta.

-Ok, as duas comportem-se entendido?

-Claro! – falaram em coro.

-É sério gente.

-Calma Richard, não faremos nada que te envergonhe. Mas, onde coloquei o álbum de fotos de seu pai pequeno Alexis?

-Oh vovó. – Alexis riu.

Castle ignorou o comentário e foi atender a porta.

Kate estava ainda mais bonita que na noite anterior. Não estava de vestido e sim com uma blusa vermelha e uma saia preta. Dessa vez os cabelos estavam presos num coque.

-Oi linda. – ele deu sorriso mais sincero. Estava mesmo feliz por vê-la. Não conseguia mais ficar longe dela.

-Oi. – ela sorriu de volta de o beijou.

-Entra.

Ela entrou e ele fechou a porta.

-Kate, essa é minha mãe, Martha.

-Oi querida. – Ela disse beijando-a na bochecha. – Prazer em te conhecer.

-O prazer é meu.

-E essa é minha filha, Alexis.

-Oi. – ela também beijou Kate na bochecha.

-Olá.

Eles sentaram para comer e foi Richard quem colocou a comida na mesa, um belo banquete na verdade.

Ele não queria se gabar, mas fez bonito.

-Surpreendentemente Kate, quem cozinha aqui em casa é o papai, não a vovó. – disse Alexis.

-Eu decidi me dedicar a uma arte de verdade: ser atriz, querida. – respondeu Alexis. – Mas, veja só, te fiz um favor Kate. Assim o Richard aprendeu a cozinhar e você não terá trabalho nesse relacionamento. - Piscou para Kate.

-Ah, bom saber... Bom saber. – ela riu.

O jantar correu bem, conversas normais rolaram e nada sobre ele por parte de sua mãe foi dito, graças a Deus.

Mas tudo que é bom acaba e Martha decidiu pegar o tal álbum de fotografias (sim, era de verdade) enquanto Castle limpava a mesa. Kate tinha se oferecido para ajudá-lo, mas ele recusou.

-Kate querida, você TEM que ver essa foto de Richard tomando banho quando pequeno! – Martha falou alto de propósito para que ele ouvisse.

“Clássico mamãe, clássico!” Ele pensou da cozinha. Decidiu que não deixaria sua mãe ganhar essa, mas também não tinha nada que se envergonhar do seu corpinho de criança nu.

-Mostra a do hallowen que você me obrigou a usar aquela fantasia de abelha. Você sempre disse que estou fofo nesta foto! – berrou da cozinha.

Depois disso pôde ouvir Kate rindo e dizendo coisas como: “Ah que fofo!” e “Que lindo.”.

Ele voltou para a sala de jantar com a sobremesa (que tinha calda de chocolate com morango e chantily). Virou-se para Kate com olhar sexy e brincalhão ao mesmo tempo e piscou. Percebeu que ela riu discretamente da mesma maneira que ele enquanto prestava, ou fingia prestar, atenção numa história que Martha contava sobre alguma foto.

De repente um pensamente lhe ocorreu involuntariamente: aquele cenário era o que ele queria para seu futuro e estava começando achar que queria Kate nele também.

-Vocês me desculpem, mas tenho duas provas amanhã e preciso descansar. – disse Alexis levantando-se.

-Não vai comer a sobremesa que fiz filha?

-Guarda um pedaço para mim, por favor? – disse beijando-o.

-Ok. – ele beijou sua testa. Alexis beijou sua avó também.

-Foi um prazer conhecer você Kate. E obrigada por falar sobre seu trabalho, adorei saber sobre ele também.

                -Igualmente Alexis. E sempre que tiver alguma dúvida sobre o trabalho de detetive, por favor, pergunte a mim e não a seu pai, ele tende a dramatizar um pouco as coisas.

-Pode deixar. – ela riu. –Boa noite.

-Boa noite e boa prova. – Kate piscou.

-Acho que essa é minha deixa... Vou me deitar também.

-Você também não vai comer minha sobremesa mãe?

-Vou deixar esse trabalho para Kate. Boa noite queridos.

-Ah que pena Martha, adoraria ouvir mais histórias do ‘’little Castle’’. – riu.

-Podemos marcar outro jantar qualquer dia que quiser Kate. – piscou para ela. – Boa noite queridos e os dois pombinhos comportem-se ein?!

-MÃE! – repreendeu-a Castle, fazendo Kate rir.

-Boa noite.

Quando Martha subiu, surpreendentemente, Kate chegou mais perto de Castle e colocou a mão em sua coxa.

-Querido, quando você estava na cozinha descobri muitas coisas sobre suas travessuras.

-Deu tempo para saber de tudo? – ele riu. – Mas isso não é  justo porque não sei quase nada sobre você.

-Você nunca perguntou nada...

-Talvez eu possa fazer um interrogatório enquanto comemos a sobremesa.

-Fechado.

Rick cortou o bolo e serviu um pedaço para cada um.

-Só não vale passar a calda em mim de novo mocinha.

-Só se você não passar chantily em mim, mocinho. – ela marcou as sílabas da última palavra. – O que você quer saber sobre mim? – perguntou enquanto comia o bolo.

-Como você era quando pequena...

Enquanto ela contava suas próprias histórias, ele prestava total atenção.

Descobriu que ela era a primeira da classe desde sempre, adorava andar de patins e skate e, por conta disso, quebrou a perna duas vezes.

-Não, não acredito que você teve que usar aparelho, seu sorriso é perfeito.

-Agora! Para ficar assim tive que usar aquele ‘troço’ horrível por cinco anos. Acredite, eu não era tão fofa quanto você.

-Tadinha. – ele acariciou seus cabelos e a beijou. Mas não acredito que você não era fofa.

Kate

O jantar com a família de Castle foi ótimo.

Martha, sua mãe, é engraçada e Alexis é muito inteligente.

Depois que elas subiram, os dois ficaram conversando por uma hora e, nos momentos que não tinham nada para falar, se beijavam.

Kate estava num sonho. Seu curto relacionamento com Castle era tudo que ela sempre quis e mais. Os dois estavam apaixonados e ela sabia disso, mas tinha medo de se entregar e admitir isso.

-Kate, posso te falar uma coisa? – Rick disse e ela o olhou com medo nos olhos.

-Pode...

-Calma, não se assuste. – ele passou a mão em sua bochecha, depois enterrando os dedos em seus cabelos. Olhou em seus olhos tão intensamente que ela imaginou que ele podia ver sua alma. –Eu acho... Não, acho não, eu sei que estou apaixonado por você Kate Beckett. – Ela ficou surpresa com essa repentina declaração e sem reação também. Ela, ao mesmo tempo em que adorou ser amada por um homem que sentia o mesmo, odiou, porque não estava pronta para se entregar. Talvez ele tenha percebido algo porque recuou.

-Hey. – Ela levantou sua cabeça gentilmente procurando seu olhar. – Me sinto lisonjeada por isso, Castle. E eu adorei saber o que você sente, mas espero que você entenda que eu não posso me entregar assim, não agora. Eu só... não dá. – Agora foi a vez dela de desviar o olhar, timidamente.

-Eu entendo Kate. Não quero te forçar a fazer nada. – ele sorriu de novo. – Me sinto feliz só por estar com você, aqui e agora. Não importa mais nada. – alternou o olhar por seus olhos e sua boca e então a beijou, verdadeira e intensamente. Talvez ele nem precisasse ter dito que estava apaixonado porque aquele beijo mostrou isso. Mas então Kate os interrompeu, sem fôlego.

-Castle, aqui não... Alexis e sua mãe estão lá em cima.

-Ok, tem razão. Desculpa.

-Bom, acho que tenho que ir anyway. Tenho que ir para o trabalho cedo porque deixei umas papeladas para preencher.

-Você e suas papeladas. É por isso que não quero ser um policial de verdade. Bom, eu te acompanho então.

Saíram e decidiram ir a pé. A noite estava linda, a lua brilhava alto no céu. Caminhavam de mãos dadas, num silêncio pleno. Até que Castle o quebrou:

-Kate, você se importa se eu perguntar sobre sua mãe? É que você não disse muito sobre ela e fiquei curioso, você sabe como minha mente de escritor funciona.

Ela abaixou o olhar e mordeu os lábios, tentando ganhar tempo e formular alguma coisa para dizer. Talvez tenha sido tempo demais.

-Não precisava falar se não se sentir confortável Kate, tudo bem. – ele sabia conseguia lê-la como ninguém jamais pôde.

-E-ela morreu, – Kate gaguejou, e odiou ter feito isso. Não gostava quando as pessoas a viam vulnerável. – quando eu tinha 15 anos. – Levantou o olhar e respirou fundo. – Eu e meu pai a esperávamos para jantar numa sexta-feira. Era aniversário de casamento deles, mas decidiram fazer um jantar em família para comemorar. Como ela não apareceu imaginamos que tinha ficado presa no trabalho, era normal isso acontecer. Então fomos para casa. Quando chegamos o detetive já estava nos esperando e contou o que tinha acontecido. A esfaquearam e deixaram-na num beco numa rua qualquer... O detetive disse que foi um ato de rebeldia de alguma gangue das ruas... Nunca pegaram os assassinos. – Depois que terminou de contar sentiu seus ombros mais relaxados.

Fazia tempo que Kate não falava sobre isso em voz alta. Pensava nela, obviamente, todo dia.

-Sinto muito, eu não sabia. – Rick tinha um tom culpado em sua voz.

-Não tinha como você saber querido. – ela colocou as mãos em volta de sua cintura, reconfortando mais a si mesma do que ele. – Não se preocupe. Estou feliz por ter te contado isso.

-Última pergunta, prometo: qual era o nome dela?

-Johanna. Johanna Beckett... Todos falam que sou parecida com ela.

-Se for verdade, ela deveria ser uma mulher muito bonita.

-Você sempre fala a coisa certa né Castle?

 -Acredite se quiser, sai sem querer.

Chegaram ao apartamento ainda abraçados um no outro. Subiram os 5 andares entre beijos quentes. Quando chegaram ao andar, Castle empurrou Kate para parede e começou a beijar seu pescoço.

-Castle... – ela disse entre gemidos baixos – deixa eu abrir a porta primeiro.

Ele a soltou um pouco, mas não parou de beijar seu pescoço. Quando entraram, ele a empurrou para a parede novamente e começou a tirar sua blusa, beijando seu pescoço então seu busto. Tirou sua blusa por completo e a levou para cama.