Dear Violet escrita por w0lff


Capítulo 10
It's Halloween, little Vi. Dress up like me. Part2


Notas iniciais do capítulo

De novo, demorei um mês para atualizar a fic e vocês não tem ideia do quanto eu sinto por sempre fazer vocês esperarem. É só que minha vida está uma loucura e não tenho tido tempo para quase nada, então mais uma vez peço paciência. Espero que vocês não desistam de mim e da minha história. Obrigada a todos.



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Ao perceber o ódio queimando em meus olhos, ela dá um sorriso.

— Violet, não é educado encarar assim - Hayden zomba, apenas fazendo o sangue subir para minha cabeça.

— O que você quer? - mando, já cerrando os punhos.

— O que eu quero, pequena Vi? - ela anda até onde estou parada e brinca com meu cabelo, o jogando para cima de meu rosto.

O simples fato de ela estar me tocando me causa repulsa, na medida em que meu ódio vai aumentando.

— O que você quer, Hayden?

E me arrependo de ter perguntado assim que fecho a boca. Ouço os gritos de Tate, vindos do quintal, e corro para janela. Assisto paralisada enquanto Chad e Patrick o arrastam para longe da casa, longe do meu alcance. A risada frenética de Hayden ecoa em meus ouvidos.

Me viro novamente, mas dessa vez estou completamente fora do controle. O desespero percorre cada centímetro do meu corpo.

— QUE DIABOS VOCÊ FEZ?

— Se acalme, Vi. Hoje é um dia feliz.

Aquela maldita filha de uma puta desgraçada.

— Hayden, aonde eles o levarão? O que você quer?

Repito a mesma pergunta, descontrolada, gritando. As lágrimas acumuladas em meus olhos passam a escorrer pelas minhas bochechas. Não quero chorar na frente dela, mas o medo toma conta de mim. Não consigo me controlar.

Esse é o efeito de Tate sobre mim. Descontrole. Desespero.

— Oh, querida Violet, tenho contas a acertar com o rapaz, digamos assim - contas? - Meus amigos cuidarão muito bem dele, não se preocupe.

O movimento de seus lábios soava perverso.

— Aonde ele está, Hayden? - todo meu ódio é transmitido nas palavras.

— Sinta-se a vontade para procurar, mas não acho que você irá encontrá-lo tão cedo. Ou a tempo.

A risada ecoa uma vez mais, antes que ela dê as costas e saia do quarto.

Me dou conta da situação, e então meu corpo queima. O desespero ricocheteia por cada fibra, me causando pontadas de dor.

Dor.

Na maioria do tempo, Tate me causa dor. Mas uma dor razoavelmente boa. A dor que sinto agora é dilacerante, destruidora. Mata tudo que encontra em mim.

Eu preciso o encontrar. Antes que seja tarde demais.

Deixo tudo para trás e saio correndo, tropeçando pelos degraus e perdendo o equilíbrio muitas vezes. Tento seguir fielmente o lado pelo qual eles foram, mas é difícil adivinhar. O mundo é muito grande. Porém muito pequeno quando o amor da sua vida está em perigo.

Depois de todo um dia de preocupação, com a garganta fechada e agonia profunda, me sento no paralelepípedo. Perco todas as esperanças, mas uma continua viva. Sempre há uma nova esperança quando se trata dele.

"Tudo está perdido" repito para mim mesma, tentando me fazer aceitar. Por que tanta parte de mim cisma que tudo esteja bem? Só quero que Tate esteja a salvo.

Me convenço a caminhar de volta para casa e quando chego, me aninho na cama, em meio aos lençóis. Inspiro o cheiro dele ainda presente, misturado com o cheiro do nosso amor.

E as lágrimas continuam caindo.

— Violet?

Dou um pulo e me viro na direção da voz. Seu rosto está machucado e sangrando, grande parte inchada. Mas é ele.

Corro até seu encontro e Tate me segura em seus braços. Me abraça e me aconchega enquanto molho sua camisa e agarro seu pescoço.

Ele está aqui, comigo.

Me lembro de seus hematomas quando aperto sua cintura e ele solta um gemido abafado, então me afasto e observo com cuidado.

— Oh meu Deus... - passo os dedos suavemente pelo pedaço da boca que está danificado e pelo corte fundo na testa.

— Não se preocupe, Vi. Nada pode acontecer comigo, lembra?

Lembro. Mas não digo, porque me preocupo de qualquer forma. O limpo e o deito. Penso em deixá-lo descansar. Não consigo.

Dessa forma, me sento na beirada da cama e aliso os músculos de sua perna, devagar.

— O que aconteceu, Tate? - pergunto, quase sem voz.

— Os dois malditos me levaram a um depósito e me espancaram - ele parou por alguns segundos, antes de umedecer os lábios machucados e continuar - Gritavam dizendo para que eu a ajudasse com o bebê. Eu recusava... E bem, foi isso que aconteceu.

Balanço a cabeça, cada vez mais horrorizada. Uma lágrima desce antes que eu possa controlá-la.

— Vi, não chore. Eu causei isso, de certa forma. Acabou, ok? Estou bem agora. Olhe para mim.

Obedeço. Seus olhos me chamam para perto e Tate abre o braço esquerdo para que eu possa me apoiar nele, mas não parece certo. Então me aproximo e deito sua cabeça em meu colo.

— Eu tive tanto medo - sussurro, com os dedos entre seu emaranhado de cachos.

— Eu não, Vi. Porque sabia que, não importa o que acontecesse, eu voltaria para você.

Tate levanta e segura meu rosto, firme e suave ao mesmo tempo. Quando sua boca está a centímetros da minha, sussurra.

— Eu te amo, Violet Harmon – apoio minhas mãos em seu peito e me aproximo até não haver mais nada entre nós, senão nossa própria respiração. - Para sempre e mais que isso.

Não preciso responder nada. Ele sabe.



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