Cold Blood escrita por Sky Salvatore


Capítulo 3
Capítulo 2 - Primeiro Dia


Notas iniciais do capítulo

Hello Brother ~le eu voz do Damon.
Aqui está o segundo capítulo de Cold Blood, espero que vocês estejam gostando e não esqueçam por favor não deixem de comentar, isso incentiva muito a escrever.
Obrigado os reviwes do capítulo passado :D
Boa Leitura Miih



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“Eu sou uma atriz para mim. Eu finjo que sou uma determinada pessoa, mas, na realidade não sou nada”.

Clarisse Lispector

POV Charlie

O despertador tocou ao meu lado fazendo um barulho insuportável, abri os meus olhos e ainda chovia até mais forte do que noite anterior o que dizia que consequentemente fazia frio, embora fosse uma temperatura que conspirava a meu favor, preferia ficar dormindo a sair da cama.

-Ótimo – murmurei mal humorada, afinal acho que ultimamente não tinha outro humor reserva que não fosse mau humor, era muita pressão sobre mim e embora eu conseguisse lidar bem com ela havia momentos em que eu pensava que estava ficando louca.

Arrastei meu corpo cansado para fora da cama, calçando meus chinelos rosa que minha tia me dera, mesmo não gostando nada da cor deles, usava em consideração a ela, andei até o banheiro disposta a tomar um banho quente e tranquilo.

E depois que o fiz, andei até o guarda-roupas enrolada em uma toalha peguei uma calça jeans uma regata da mesma cor e por conta do frio peguei uma jaqueta verde água que minha tia me dera, ela tinha as golas levantas curtinhas e não era muito comprida, ressalva as minhas curvas deixando a mais a mostra.

Secando-me rapidamente e colocando minhas roupas para evitar o vento frio que entrava pela frestada janela, por fim escolhi um tênis all star branco de couro, fui até o banheiro e arrumei meus cabelos deixando-os soltos que mostravam melhor minhas californianas loiras em meu cabelo castanho claro.

Esfumei meu olho com uma sombra preta deixando meus olhos caramelo em destaque e passei um gloss, peguei minha mochila dentro dela havia vários instrumentos de caça, por tanto não poderia tirar os olhos dela nem por um misero minuto que fosse, embora os mesmos estivessem discretamente guardados sempre havia pessoas curiosas o suficiente para mexer em sua bolsa.

Ela era de um modelo para se colocar de lado e então desci as escadas saltando para melhor velocidade pegar, comi alguma coisa rápida e corri em direção ao carro tomando um pouco de chuva.

Dei partida e depois de jogar minha bolsa ao meu lado no banco do passageiro, sai dirigindo até a minha nova escola.

[…]

A escola ficava a uma distância boa da minha casa e quando na mesma me encontrei estava cheia de alunos dispersos pela entrada principal da escola, onde havia mesas com cadeiras e algumas árvores.

Nos letreiros em branco estava escrito o seu nome Mystic Falls High School, era uma escola de longe muito bem estruturada, mesmo assim era uma escola e eu não gostava de frequentar.

Estacionei o carro, coloquei meus óculos escuros pretos peguei minha bolsa e desci do carro, andava com leveza e sensualidade, aquela que eu aprendera muito bem a lidar, meus passos leves eram acompanhados de perto por vários que me olhavam e contemplavam a garota nova.

Fui até o meu armário que era o 510, ficavam próximos a algumas salas, como conseguira meus horários pela internet pegara também o número do meu armário. O abri vendo seu espaço pequeno, porém bem distribuído, então coloquei meus livros e escondi duas seringas com verbena para se algo saísse do meu controle, elas estavam guardadas dentro de dois livros com fundo falso.

Fechei a porta do meu armário, relevando o rosto curioso de um garoto ele era bonito, tinha pele clara, porém com um toque de bronzeado, seus olhos eram escuros como os meus, usava os cabelos negros arrepiados e tinha uma pinta charmosa do lado esquerdo.

-Oi – disse simpática – Não repara na bagunça do meu armário, ainda não consegui me organizar direito.

-Oi – sorriu ele, abrindo um belo sorriso – Não se preocupe com isso, estudo aqui desde sempre e ainda não consegui me organizar.

-É organização não é comigo – dei uma risada simples – A propósito, sou Charlotte Winslet, como deu pra ver sou nova por aqui.

-Prazer Charlotte, eu sou Jeremy Gilbert – disse ele me estendendo a mão e eu educadamente o cumprimentei, notando o anel que tinha em seu dedo eu tinha visto apenas uma única vez, de que seres sobrenaturais alguém como ele poderia estar se protegendo?

-O prazer é meu Jeremy, mas, pode me chamar de Charlie – disse.

-Então, Charlie é de onde? – questionou curioso.

-Manhattan

- Manhattan? O que veio fazer aqui nesse fim de mundo? – perguntou.

Matar alguns vampiros – pensei.

-Minha mãe morreu e eu não me dou muito bem com o meu pai, essas coisas de adolescente – disse fazendo-me triste – Vim morar com os meus tios.

-Sinto muito – disse ele e fora possível ver nos seus olhos de que ele realmente sentia muito, como se algo do gênero realmente tivesse acontecido com ele – Perder os pais não é muito fácil.

-Não é algo que nós nos acostumamos nunca – menti confiante – Mora aqui mesmo?

-Sou mais como um museu na cidade – riu de forma brincalhona – Está indo para qual aula?

Olhei na minha folha e disse:

-Matemática – disse.

-Você é do segundo ano?

-Sou - confirmei

-É da sala da minha irmã – sorriu – Sou um ano mais novo, primeiro ano.

-16 anos? – questionei verdadeiramente incrédula.

-É – disse meio envergonhado – Tenho que ir para minha aula, quer que eu te deixe na porta da sua?

-Claro – sorri.

Jeremy e eu andamos conversando sobre coisas banais até a porta da sala, que por sinal já estava cheia de gente.

-Obrigado Jeremy – disse amigável.

-Nos vemos por aí Charlie – disse ele antes de sumir.

Entrei na sala, olhando rapidamente em volta encontrei vazia apenas uma mesa no fundo da sala próxima a uma janela, que por conta da chuva estava fechada.

Como um animal exótico e único de um zoológico, todos me olhavam e eu como uma boa garota fingia não olhar, coloquei meus cadernos na mesa e suspirei fundo.

Olhei discretamente para os lados, absorvendo cada feição, cada rosto, uma loira sorria para mim e como era educada sorri de volta, ao lado dela uma morena dos cabelos da cor dos meus, porém, sem as californianas e bem mais careta e uma linda morena dos olhos escuros.

Fora treinada de tal maneira, que eu conseguia escutar com a mesma intensidade que um vampiro, desde pequena programei meu cérebro para se concentrar em apenas uma coisa, assim meus ouvidos captavam exatamente o que eu gostaria de ouvir.

-Você está bem mesmo? – perguntou a loira para a garota dos cabelos sem graça, liguei meus pensamentos a elas, captando suas falas e me desligando da sala barulhenta.

- Estou – concordou a garota, a contra gosto como se fosse só mais uma desculpa esfarrapada.

-Péssima mentirosa – constatou a morena com uma voz maternal.

-É só que isso é uma loucura – disse a garota – E o Stefan está não sei onde com o Damon e parece que tudo vai desabar.

Ergui uma das sobrancelhas, Stefan e Damon não são os nomes mais queridinhos da América para um pai presentear seu filho e muito menos um nome tipicamente americano, com sorte esses dois a qual elas se referiam eram os mesmos que eu estava atrás.

Teria que procurar isso a fundo, depois da escola talvez, eu sábia que eu tinha vindo procura lós, mas, tinha que combinar que se eram os mesmos que eu procurara estava me saindo melhor que encomenda.

A professora entrou então calando a sala inteira e consequentemente me tirando dos meus devaneios devido à interrupção bruta da falta de silêncio.

-Bom dia á todos – disse ela séria.

-Bom dia – todos responderam em um coro mórbido e forçado.

-Vejamos, temos uma aluna nova – sorriu – Qual é seu nome querida?

-Charlotte Winslet – forcei aquele sorriso que treinara noite passada enquanto olhava para o escuro.

-Bem, seja muito bem-vinda – sorriu a professora daquela forma natural e maternal.

Ela então deu continuidade a sua aula, em menos de dez minutos de aula eu me desliguei totalmente minha mente viajava por vários lugares e como era de se esperar nenhum deles eram na escola.

A sala estava tão quieta que eu conseguia ouvir meu coração batendo, ter uma audição aguçada era um problema porque às vezes isso me distraia facilmente, mesmo que meu foco para determinadas situações fossem inabaláveis.

Quando aquela aula finalmente acabou eu sai pelo corredor discretamente, mesmo que tenha todo esse jeito nunca dispenso um bom silêncio e um ótimo livro de terror.

[…]

Passaram-se então três aulas, significava que era hora do almoço e para variar não estava com fome, então apenas andei graciosamente até uma das mesas mais afastadas onde eu poderia observar todos ao longe.

Tirei da minha bolsa o que parecia um livro, mas, na verdade era um Ipad que se encaixava no fundo falso, precisava descobrir melhor sobre o Jeremy, seu sobrenome não me era estranho e além do mais o anel que ele tinha em sua mão, era uma herança de família que protegia contra mortes sobrenaturais, ou seja, se um vampiro o matasse minutos depois ele voltava à vida.

Mas, antes que eu começasse a digitar, olhei de canto de olho e senti alguém chegando rapidamente troquei os livros, guardando aquele e pegando o Drácula de Bram Stoker, um dos meus favoritos.

-Hey, Charlie – disse alguém atrás de mim, então me virei vagarosamente como se estivesse surpresa.

-Hey Jeremy – sorri ao ver ele atrás de mim.

-Está se escondendo de alguém? – questionou brincalhão sentando-se na mesma mesa, ficando de frente para mim.

-Na verdade, não – sorri.

-Você foi o assunto em três períodos seguidos, isso é um Record e quando vão procurar a aula nova ela está quase se escondendo na última mesa que tem na escola – disse ele.

-Não gosto muito de ser o centro das atenções – disse meio tímida, embora de tímida eu só tivesse a vontade de ser mesmo.

-Por enquanto você ainda vai ser a garota da cidade grande que veio morar no fim do mundo, mas, depois o assunto acaba, foi assim quando meus pais morreram – disse fazendo uma pausa – Era todo mundo perguntando como eu estava os professores enchendo a paciência.

-Seus pais? – perguntei.

-É faz um ano que eles morreram em um acidente de carro – disse.

-Sinto muito – disse cordialmente.

-Faz tempo, mas, agora está tudo bem – sorriu fraco – Mas, e você gosta de vampiros?

-É tenho uma leve fascinação – disse mexendo no livro.

-Acha que é só ficção?

-Acho que o mundo esconde muitas coisas, principalmente dos céticos.

-Ainda bem que tenho mente aberta – sorriu.

[…]

Finalmente a escola acabara, tinha conversado muito com o Jeremy, ele era muito legal tinha que admitir, mas, não estava com tempo de fazer amigos embora ter alguns não me fizesse mal algum.

Voltei para minha casa solitária, depois de estacionar o carro e jogar minha mochila no sofá corri para o meu quarto, peguei meu notebook e desci as escadas novamente sentando-se a e na mesa quadrada da cozinha.

Liguei o notebook, logo procurando em meus arquivos algo sobre os Gilbert e depois colocando coisas sobre eles na internet, descobri que eram os donos daquele diário que eu tinha do de Jonathan.

Eles eram lendários caçadores de vampiros, muita das técnicas que eu usava hoje fora melhorada através dos conhecimentos deles e além do mais ele tinha uma irmã, Elena Gilbert.

Procurei a foto dela nos arquivos e sorri, havia encontrado meu primeiro alvo, mas, que por ser humana ainda teria mais alguns dias felizes.

-Acho que você esconde algumas coisas Jeremy – disse maliciosa para mim mesma.


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Notas finais do capítulo

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