Perdão? (em hiatus por tempo indeterminado) escrita por Samantha Grace


Capítulo 4
Fui modificada pelas circunstâncias


Notas iniciais do capítulo

Olá o/ Tudo bem com vocês? Então, novo capítulo aqui. Espero que gostem. Esse capítulo é dedicado para a fofa e diva Karolina Wittstain, pela linda recomendação, e para a minha divosa deusa das capas perfeitas de fanfics, Giu Grecco. Enfim, curtam o capítulo >.



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- Thalia! Thalia, acorda!

A filha de Zeus se sentou rapidamente na cama e pegou sua adaga que estava debaixo do travesseiro. Jason estava à sua frente, sacudindo-a para acordar.

- O que? Aconteceu alguma coisa? Qual a emergência?

- Nenhuma. Abaixa essa adaga, por favor. Uma cicatriz no meu rosto já basta, não acha?

Ela guardou novamente a arma no cinto. Passou as mãos nos cabelos desordenados e olhou para o irmão.

- E por que me chamou, então? Não tem mais o que fazer? Tipo, não tem uma namorada, amigos e outras coisas mais interessantes que perturbar sua irmã?

Ele riu.

- Sim, eu tenho. Não estou aqui pura e simplesmente porque é divertido implicar com você. Vim chamar você porque chegamos. Estamos em Roma.

Jason levantou e tirou uma moeda dourada do bolso. Ficou brincando com ela com os dedos.

- Calce seus sapatos e venha para a área comum.

- Em que lugar de Roma estamos exatamente?

- Na pista de pouso do aeroporto. Sorte nossa que a Névoa existe, não é? Se não existisse, a essa altura vários mortais iriam querer embarcar no navio. Ou explodi-lo. Nenhuma das opções é agradável.

Thalia riu e balançou a cabeça.

- Concordo. Agora saia daqui. Daqui a pouco o encontro.

Ele assentiu e se retirou. A garota se olhou no espelho. Usava uma camisola preta de alcinhas que ia até a altura dos joelhos. Estava descalça. Seu rosto, antes marcado pelo cansaço, agora portava uma expressão feliz. As olheiras haviam diminuído consideravelmente. Havia tempos que não dormia em uma cama descente. Seus cabelos negros já estavam na altura dos ombros. Normalmente, ela os usava na altura do pescoço, de modo prático e repicado. Mas desde que havia se juntado às caçadoras, não teve a oportunidade de cortá-los, de modo que haviam crescido alguns bons centímetros. Respirou fundo e olhou para o lado. Havia uma tesoura com o cabo roxo na escrivaninha. Pegou-a e segurou uma mecha do cabelo. Hesitou, mas apenas por um segundo. Quando viu, os fios escuros já estavam na sua mão. Fez o mesmo com o restante do cabelo, resultando em um corte curto e repicado. Ela o bagunçou um pouco e sorriu. Já havia feito aquilo algumas vezes, de modo que estava acostumada. Despiu-se e foi para debaixo do chuveiro, tomando um banho bem gelado. Era assim que ela gostava da temperatura da água, de modo que quando se enrolou na toalha, seu corpo inteiro estava arrepiado. Escovou os dentes e foi se vestir. Olhou para suas roupas de caçada. Como estava em uma missão fora, preferiu “mudar o visual”. Escolheu uma camiseta branca sem mangas, uma calça comprida jeans escura. Deixou o casaco de lado, pois abriu a janela e viu que o tempo estava quente. Não precisaria dele. Manteve suas botas de caçada.

Abriu a porta e caminhou até as escadas de madeira no fim do corredor. Os degraus rangiam sob seus pés. Os raios de sol logo atingiram seu rosto, juntamente com uma rajada de ar fresco. Todos estavam lá. Percy e Annabeth conversavam um pouco afastados, ele sorrindo e fazendo carinho na mão dela. Jason e Piper estavam sentados perto de umas caixas, falando descontraidamente sobre algo. Hazel ajeitava algo na camiseta roxa de Frank, ele a olhava com um olhar obviamente apaixonado. Leo mexia em seu cinto de ferramentas, numa tentativa de ter algo para fazer em meio a todos aqueles casais. Quando Thalia entrou, todos se levantaram e se juntaram em um círculo. A filha de Zeus se aproximou e os encarou.

- Então? Qual é o nosso plano?

- Viemos aqui para resgatar o Nico.

- O Di Angelo?! Ele foi capturado? Por quem?

- Não sabemos. Só sabemos que ele está aqui. Hazel irá rastreá-lo. Por serem irmãos, tem algum tipo de conexão que irá nos ajudar. Certo, Hazel? – Percy disse.

- Sim. Mas não será fácil. Roma é uma cidade antiga, então talvez eu tenha alguns problemas em achá-lo.

- Que tipo de problemas? – Annabeth perguntou.

- Se eu fosse escolher um termo para definir, seria interferência. Há muita interferência, o que dificulta bastante. Mas vou fazer o máximo que puder.

Frank passou os braços ao redor da cintura dela e deu um beijo em sua testa.

- Nós sabemos. Você sempre faz o máximo que pode.

Leo pigarreou. Todos olharam para ele. O filho de Hefesto parou de repente e então, suas bochechas começaram a ficar vermelhas. Thalia teve de se esforçar para segurar uma risada. Valdez estava constrangido. Normalmente, acontecia o contrário. Ele fazia as coisas sem pensar e não estava nem ai, principalmente quando se tratava de garotas. Mas agora, estava completamente indefeso e envergonhado. Era óbvio que ele gostava da Hazel. Não uma quedinha inocente, mas gostava ao ponto de não bombardeá-la com cantadas baratas que não convencia nenhuma. A coisa era séria.

- Então... acho que devemos começar, não é? Digo, o tempo é curto. Temos de salvar o Nico o quanto antes. Além disso, mais missões. Monstros a destruir. Derrotar Gaia. Uhul!

- Hazel, tem ideia de por onde começar?

A filha de Plutão deu um passo à frente e se concentrou. Fechou os olhos e respirou fundo. Aquilo durou alguns minutos. Thalia estava começando a achar que ela havia pegado no sono enquanto estava de pé, quando Hazel abriu os olhos e apontou para uma direção qualquer.

- Lá. Aquela é a direção que temos que seguir.

Thalia apertou os olhos tentando distinguir algo de diferente na direção qual ela havia apontado. Era apenas uma área que dava para a cidade, mas havia vários aviões no meio do caminho, de modo que ela não pode ver nada de relevante.

- Tem certeza?

- Sim. Absoluta. É melhor nos apressarmos. Estou preocupada.

Os sete semideuses se dirigiram à escada de cordas. Estavam prontos para descer a escada de cordas. E foi ai que ouviram um barulho de passos. Era rápido, seguido por uma respiração arfante, entrecortada. Havia uma pessoa correndo na direção deles. Todos se armaram. Percy puxou Contracorrente no mesmo momento que Annabeth pegou sua adaga. Leo começou a repetir diversas coisas para seu cinto de ferramentas, esperando que algo que pudesse protegê-lo saísse de lá. A única coisa que conseguiu foi um taco de golfe. Hazel e Frank se armaram, ao lado de Piper e Jason. Thalia puxou uma flecha de sua aljava e colocou-a no arco. O som vinha de um espaço entre dois aviões. Ela mirou, esperando para acertar seu alvo. A pessoa se aproximava. A filha de Zeus um pouco os olhos. O corpo da pessoa apareceu por completo. Ela devia ter atirado a flecha, sua mira estava perfeita. Mas não pode. Ao invés disso, cambaleou para trás e deixou as armas caírem com a visão daqueles cabelos loiros e a grande cicatriz no meio do rosto de Luke Castellan.

Como ele pode estar aqui? ela se indagava. Devia estar morto! Ele estava morto! Esfregou os olhos algumas vezes, mas nada mudou. O filho de Hermes estava lá, próximo ao navio, respirando pesadamente. E o pior de tudo: ele não atacava. Apenas olhava para ela. Para ninguém mais. Percy abaixou Contracorrente e fez uma expressão de confusão. A boca de Annabeth se abriu em um perfeito “O”. Os outros ficaram sem entender nada.

- Quem é ele? Vocês o conhecem? Por que estão com essas caras?! Devemos atirar? – Jason perguntava

Thalia tentou falar, mas apenas palavras sem sentido saíram de sua boca. Uma confusão de sentimentos a invadiu de repente. Medo. Raiva. Fúria. Ódio. Confusão. E, a pior de todas: felicidade. Felicidade por vê-lo ali, são e salvo. Por mais que ele houvesse quebrado suas promessas, partido seu coração, machucado todos a sua volta e feito o mundo virar de cabeça para baixo. Mas o alívio de vê-lo ali era maior do que qualquer outra coisa, fazendo todas aquelas lembranças ruins desaparecerem. E era o que mais doía: a facilidade que ele tinha de fazê-la se render.

- Olá pessoal! Sou eu, Luke! – ele acenou, aproximando-se do navio e subindo as escadas.

Jason, Piper, Leo, Frank e Hazel continuaram com as armas levantadas, mas sem saber o que fazer. Annabeth foi a primeira a sair do seu estado de confusão, dando um passo à frente.

- Luke?! O que você faz aqui?! Devia estar morto!

- Eu sei. Tenho muito a explicar. É que aconteceram algumas coisas e...

O rosto de Thalia estava vermelho de raiva. Como Luke, depois de tudo o que fez se atrevia a se quer se aproximar de qualquer um deles? Ela puxou sua adaga avançou contra o garoto, espremendo-o na parede e colocando a arma em seu pescoço.

- COMO OUSA APARECER AQUI? VÁ EMBORA!

- Thalia, por favor. Deixe-me explicar. Eu mudei...

- NÃO MUDOU NÃO! VOCÊ TEVE ESSA OPORTUNIDADE NO PASSADO, E OLHA AS COISAS QUE FEZ! EU DEVIA MATÁ-LO! EU VOU MATÁ-LO!

Ela apertou mais a adaga em seu pescoço, fazendo com que um fio de sangue escorresse na pele do garoto. Um som sufocado saiu de sua garganta. Ela estava pronta para acabar com aquilo de uma vez por todas, quando alguém a puxou para trás, segurando seus braços. Percy a puxava. Thalia começou a gritar e espernear, tentando se soltar a todo custo. Por que ele não a deixava fazer aquilo? Ela deu uma cotovelada na boca do estômago dele, fazendo-o soltá-la e cair no chão, respirando com dificuldade. Annabeth correu para ajudar o namorado. A filha de Zeus ia se lançar novamente para cima de Luke, mas Jason e, surpreendentemente, Leo a seguraram. Ela gritou e tentou se soltar, mas não podia lutar contra dois. Eles a colocaram de costas para o painel de controle do navio.

- DEIXE-ME ACABAR COM ELE!

- Thalia, pare! Matar esse garoto, quem quer que ele seja, não vai resolver nada! – Leo disse.

- Eu não escuto conselhos seus, Valdez!

- Essa sua raiva não vai dar em lugar algum! Olha o que você fez com o Percy!

A filha de Zeus direcionou o olhar um pouco para o lado, vendo o amigo deitado no chão. Ele respirava pesadamente. Uma cotovelada na boca do estômago havia sido um golpe baixo. Annabeth tentava, sem sucesso, acalmá-lo e fazê-lo sentir-se melhor. Os olhos de Thalia subitamente se encheram de lágrimas. Ela não tinha a intenção de machucá-lo. Por que havia feito aquilo? Ela se soltou dos braços de Jason e Leo, olhou para o amigo no chão e disse:

- Desculpa. Por favor, me desculpa.

Depois, saiu correndo escada a baixo, em direção à sua cabine. Bateu a porta e se jogou na cama, entregando-se às lágrimas. Por que ele havia aparecido novamente? Se tivesse um pingo de bom senso, teria ficado o mais longe possível deles. A questão era exatamente essa. Luke não tinha bom senso. Ele havia se tornado uma pessoa má, cruel e completamente diferente do garoto que Thalia havia conhecido e, infelizmente, se apaixonado. Aquela pessoa havia ido embora, mas as lembranças não haviam sido levadas pelo vento. Ainda estavam lá, vivas. Elas haviam sido transformadas em dor, castigando-a. E agora, aquela dor havia se multiplicado um milhão de vezes, destruindo-a por dentro.

Algum tempo se passou. As lágrimas secaram, mas ela ainda estava em pedaços. Demoraria algum tempo para poder juntá-los novamente. Ela tirou os cabelos molhados do rosto e fungou. Seu olhar foi, por algum motivo, parar no bracelete em seu pulso. Thalia riu secamente. Era a única lembrança concreta da pessoa que Luke fora. Ela se lembrava exatamente do dia em que haviam conseguido aquele bracelete, que na verdade era um escudo. Haviam quase morrido, obviamente. Coisa comum para semideuses. Também fora o dia em que haviam encontrado Annabeth. Sua família estava completa. As coisas haviam mudado bastante desde então. E como haviam mudado. Mas, espera aí. Ela era uma caçadora. Tinha feito um juramento e devia esquecer os garotos, manter distância. Por que ela se importava, afinal? Essa questão a perturbou por um longo tempo.

A resposta não veio.

Ela ficou olhando para o teto por algum tempo, contanto as rachaduras e tentando tirar da mente toda a realidade que estava esperando por ela do outro lado da porta. Um garoto morto até que se provasse o contrário, um amigo machucado e cinco semideuses que estavam completamente alheios a situação. É, definitivamente não era a situação que ela esperava ter que enfrentar quando se levantou da cama pela manhã.

Uma batida na porta. Leo colocou a cabeça e depois o corpo para dentro do quarto. Ele colocou as mãos nos bolsos e respirou fundo, liberando o ar pela boca durante um longo tempo. Como se estivesse pensando no que deveria dizer. Por fim, disse:

- Você é bem forte, sabia?

- Tive de aprender a ser. Fui modificada pelas circunstâncias.

- Não disse que era uma coisa ruim.

- Que bom.

Silêncio.

- Como o Percy está? – ela disse, com a voz miúda.

- Melhor. Ele não está chateado, Thalia. Só está preocupado com você.

- Eu o machuquei e ele é quem fica preocupado comigo?!

Valdez deu de ombros.

- Ele é assim. E claro que está preocupado. Eu também estou. Não sei o que está acontecendo, não sei quem é aquele cara. Não gostaria de ser ele, pois sei que está encrencado.

- Sim, ele está. Ninguém explicou nada para vocês? – ela fungou.

- Não. Vão explicar agora, vamos ter uma reunião na mesa de jantar. – ele sentou na cama, próximo a ela.

Em outras circunstâncias teria se sentido desconfortável com a proximidade de seus corpos, mas agora ela estava triste e chateada. Quando se recuperasse, talvez voltasse a tratá-lo como de costume. Talvez.

- Você é melhor do que eu pensava, Valdez.

- Vou considerar isso um elogio. – ele sorriu.

Ela retribuiu o sorriso.

- Obrigada. Sabe, por ter vindo ver como e estava e tal.

- Não foi nada. Queria ver se estava bem.

Leo levantou e estendeu a mão para ela.

- Vamos. Os outros estão nos esperando.

Thalia hesitou, mas acabou aceitando a mão dele.

- Não vai me bater? – ele provocou.

A filha de Zeus riu e deu um soco de leve no braço dele.

- Essa é a Thalia que eu conheço. Agora vamos! Quero pizza!

Eles seguiram para a sala de jantar. Todos já estavam lá. Quando viu Percy, a garota largou a mão de Leo, correu e pulou encima do amigo, abraçando-o bem forte.

- Desculpa desculpa desculpa por favor me desculpa.

Ele retribuiu o abraço e depois a colocou no chão.

- Claro que desculpo. Eu estou bem. Calma.

Ela sorriu.

- Ainda bem, Cabeça de Alga. Ainda bem.

- Então, acho que deveríamos começar essa reunião, não acham? Eu, particularmente, estou curioso pra saber quem é esse cara e o porquê de tanta confusão. – Jason disse, se sentado ao lado de Piper na mesa de jantar.

Todos fizeram o mesmo. Thalia se sentou entre Annabeth e Frank, a uma distância considerável de Luke. Quando viu a que distância ela havia se sentado, Luke fez uma cara triste. A garota baixou a cabeça, evitando olhá-lo novamente.

- Estamos aqui, obviamente, para esclarecer os acontecimentos de hoje. Temos muito a explicar para vocês: Jason, Piper, Frank, Hazel e Leo. – Annabeth anunciou

- Por que meu nome veio por último?!

- Ah, cala a boca Garoto de Reparos. – Piper disse

Thalia riu e começou a mexer nos espaços de sua calça que eram meio rasgados. Passou seus dedos e encostou os dedos gelados em sua perna.

- Enfim, vamos aos esclarecimentos. Esse aqui é Luke Castellan, filho de Hermes. Ele é um...amigo nosso. Eu, Thalia e Percy éramos próximos a ele antes da Guerra dos Titãs.

Luke baixou a cabeça, nitidamente envergonhado com as lembranças.

- Luke nos traiu e liderou o exército inimigo, cedendo o controle de seu corpo para Cronos. Porém, ele pereceu durante uma batalha, pondo fim à guerra.

Frank levantou a mão.

- Espera. Se ele morreu durante a batalha, como está aqui? Digo, ele é como a Hazel?

- Isso terá de escutar dele. Também desconhecemos como e porque ele está aqui.

O filho de Hermes levantou a cabeça e encarou todos os que estavam sentados na mesa. Seu olhar se demorou um pouco em Thalia.

- Dois dias atrás, eu estava no Mundo Inferior. Estava caminhando pelos Campos de Asfódelos, como sempre faço. Mas dessa vez, havia algo diferente. Uma pequena rachadura na parede aumentou de tamanho em segundos, abrindo um enorme buraco. As Portas da Morte foram abertas. E foi como eu fugi. Eu, e vários outros fantasmas. Fiquei uma noite em um hotel no centro da cidade e depois vim para o aeroporto, com a intenção de pegar um avião para Manhattan e voltar para o Acampamento Meio Sangue. Mas então, vi o navio e vocês. Tive que vir.

- Como vamos saber que você não está tentando nos enganar novamente? Há uma nova inimiga, e dessa vez é bem mais poderosa. Como podemos saber que ela não lhe prometeu oportunidades e poder, assim como Cronos? E se você for um aliado e só está tentando nos enganar?

- Eu sei, fiz coisas erradas durante a minha vida. Coisas que nunca vou poder reparar. Tenho consciência disso e, se pudesse voltar no tempo e apagar tudo aquilo, faria. Mas infelizmente não posso. Tudo o que eu quero é uma segunda chance. Quero provar que mudei e que não vou causar nenhum mau. Quero concertar as coisas, na medida do possível. Por favor. Quero ficar e ajudar.

Um silêncio sepulcral se instalou na sala. Era uma questão muito difícil. Se ele estivesse falando a verdade, era ótimo! Poderia ajudar e, de alguma forma, amenizar as coisas que haviam acontecido. Mas e se não fosse verdade? Poderiam arriscar sua segurança novamente confiando nele?

Annabeth quebrou o silêncio.

- Não. Luke, nós...

- Você pode ficar. – Thalia disse.

Todos viraram as cabeças na direção dela, com olhares confusos estampados nos rostos.

- Eu posso? Isso é sério? – Luke perguntou

- Thalia, isso não é uma boa ideia. E se...

- Pode ficar. Mas, se estragar tudo novamente, eu juro que mato você. E não vai ser com uma adaga ou flecha. Vai ser com as minhas próprias mãos, para eu ter certeza de que nunca mais vai voltar.

Dizendo isso, ela deixou a sala e se retirou para a cabine.


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Notas finais do capítulo

Ui. A coisa tá feia pro lado do Luke, hein? Será que ele vai dar motivos para a Thalia quebrar a cara dele?
Digam o que acharam do capítulo, preciso de opiniões para continuar!