Mulher América escrita por Lady Snow


Capítulo 14
Capítulo 14- Momento de reflexões.


Notas iniciais do capítulo

N/A: Olá pessoas! ((:
Nome meio paradinho, mas foi o que a criatividade permitiu... Sorry.
AAAAAAAAAH! HOJE É MEU PRIMEIRO ANINHO DE NYAH! *-------------------*
#happy birthday to me, happy birthday to me... Não? tá =/
O aniversário é meu (só de nyah, rs), mas o presente é de vocês! *u* #ou não g.g'
Desculpem se o cap saiu ruim ): sabem que eu não sou lá essas coisas pra escrever D: #deprê. Se não gostarem vou entender ç.ç
O próximo garanto que está mais emocionante, espero que curtam esse e...
PARABÉNS PRA MIM DE NOVO! *------* #felicidades mil
Tá, vou parar de enrolar vocês!
Beijos e uma ótima leitura! :*



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Pode-se dizer que o humor de Chris vinha piorando gradativamente e isso já não é nenhuma novidade pra ninguém, mas o que a ajudava melhorar isso, era a esperança de encontrar Rick são e salvo. Ela talvez só tivesse a dúvida de qual sentimento havia feito ela cometer tudo aquilo, ter tanta coragem e ousadia para burlar militares. Estaria apaixonada por Rick? Mas, tão rápido? Ele era sim muito especial, principalmente por ele ter protagonizado seu herói quando chegara na base e fora desrespeitada, depois passaram um tempo sem trocarem muitas palavras, e em seguida a notícia bombástica e aterradora chegou, e por fim, o beijo, e agora, essa loucura.

Enquanto o furgão sacolejava e aqueles dois soldados trocavam palavras inteligíveis, ela fazia um monólogo interno. O que sentia por Richard Thompsom? O que ele representava para ela? Por que ela estava fazendo tudo isso? O que aconteceria depois? O que ela fazia, era certo ou errado? Ele sentiria recíproco? Ele estaria vivo? Ele gostaria da intromissão dela em seu serviço?

Começando pelo primeiro questionamento, assim será mais fácil refletir. Pensou ela.

Definitivamente, Rick desempenhava o papel de herói na vida dela, o sentimento era amplo e complexo, era vasto, carinhoso e protetor, entretanto, era duvidoso e não se encaixava em alguma espécie de amor. Ela sabia que era amor, mas não sabia distinguir se era mais fraternal ou não-fraternal. Mas, pensando bem, depois daquele beijo, seria duvidoso o sentimento ser fraternal, e que de fato, ela estava acreditando não ser. Todavia... Era cedo demais para ela se apaixonar. Foi pouco tempo de convivência, então... Seria um amor platônico? De todos, esse era o mais plausível. Mas... Era realmente amor? Ou ela estaria apenas julgando ser para arranjar uma resposta para isso?

Bom, se o amor não levava a cometer coisas que jamais cogitara cometer, então, que sentimento poderia ser esse? A complexidade de seus sentimentos não a ajudavam em nada, levando em conta que ela realmente nunca amou alguém e que sequer foi amada.

Apaixonada? Foi um dia. Sequer foi apaixonada de verdade, era um amor de infância, que resultou em seu frágil coração despedaçado cruelmente mais uma vez. Talvez fosse isso, o amor começava a invadir seu peito de tal forma, que nem ela mesma podia compreender. Era um sentimento novo, o qual deveria ser já conhecido por ela, como para as pessoas comuns ao seu redor era. Entretanto, sua história não fornecera esse sentimento, nem deu chances para ele tomá-la. Então, ela estava apaixonada? Julgando pelas respostas concluídas anteriormente por ela, ela podia dizer que sim. Apaixonada platonicamente, e desesperadamente. O que ele representava para ela, era a figura protetora e carinhosa que ela nunca teve, era seu herói, os pilares que mantinham sua sanidade no lugar. Se bem que, atualmente, ela se julgava qualquer coisa, menos . Porque ela fazia isso, era simplesmente pelo fato do medo de perdê-lo, como uma criança perde seu objeto preferido, o que mais continha valor sentimental. Não que ele fosse um brinquedo para ela, mas ele era especial, e tinha medo de perder. Ou de ser descartado/pego por outra pessoa. Se era certo ou não o que ela fazia, ao menos teria a desculpa do amor, o eloquente que poderia salvá-la. Seu objetivo afinal, era finalmente encontrar alguém que a amasse como ela era, que se importasse com ela, que ela fosse especial e valorizada para alguém.

Agora... Ele sentiria o mesmo? Essa era uma questão bem diferente. Ela podia lidar consigo mesma, refletir sobre os fatos até chegar a uma conclusão, mas saber o que se passa no interior de outra pessoa é algo totalmente diferente e complicado. Se ele lhe dissesse, seria muito mais simples, mas corria o risco de ser mentira. Mas ela tinha de dar uma resposta a si mesma, ou todos esses questionamentos matariam-na lentamente, mergulhada em pensamentos, afogada em milhares de possibilidades, boas e ruins, uma bipolaridade e sequência de cenas sem fim que a deixava atordoada e louca. Porém, a maldita esperança sempre preenchia qualquer vaguinha esquecida, e ela achava que pelos atos dele, ele devia sentir algo no mínimo, semelhante que ela. Talvez menos intensamente (ou nesse caso, insanamente), mas havia a possibilidade, e isso a deixava contente. Pelo menos, era um conforto pensar nisso. Era provável que estivesse vivo, ou ao menos, era isso que ela queria crer. O resto, deixaria por conta do destino, gostando ou não, ela se intrometeria na missão dele.

Cansada demais para continuar fervilhando sua mente, recostou-se em qualquer parte do furgão e fechou as pálpebras, ignorando a estrada, a paisagem enjoativa, a conversa estúpida daqueles outros dois soldados. Só queria dormir. Dormir e sonhar com nada, ou sonhar com Rick. Ela só queria isso, e esperava que não fosse pedir de mais.

[...]

– Soldado, acorde. Chegamos. - Disse o homem alto abrindo a porta e chacoalhando-a pelos ombros. Ela abriu os olhos sobressaltada, mas tratou de retomar a compostura e descer dali.

O coração de Chris parou. Estava na hora da tão esperada verdade.

–--

Rick sentia-se exausto, estava quase mandando todos ao quinto dos infernos, principalmente aquela agente Carter. Nunca vira uma mulher insuportávelmente mandona e prepotente. Via como ela olhava para o Capitão, e algumas vezes, ele parecia retribuir-lhe, mas era algo orgulhoso, e ele tímido daquele jeito, não ajudaria ninguém. Richard via a confusão nas feições de Rogers, e achava que era mais que hora de retribuir o favor que o Capitão prestara-lhe algum tempo atrás. Levantou da mureta, onde afiava um canivete com uma pedra de amolar, guardou a pedra no bolso e depositou o canivete na bainha, pendurou sob o outro bolso e saiu à procura de seu Capitão. Não demorou para que o encontrasse exasperado sob uma pilha de mapas, quase arrancando os fios loiros platinados da cabeça, enquanto a agente Carter saía da tenda de queixo erguido, dirigindo-lhe apenas um seco aceno com a cabeça. Rick entrou timidamente, com medo de ser linchado dali, já que os humores naquela região não pareciam ser muito receptivos.

– Senhor? - O belo e jovem rapaz que lutava pelo país, encarou o soldado ruivo que o chamou.

– Pois não? - Respondeu prontamente, com um toque de cansaço.

– Eu posso? - Disse Rick encarando a cadeira em frente ao Capitão, este assentiu e indicou com a mão.

– É claro, sente-se. Em que posso ajudá-lo? - Rick tamborilou os dedos, ainda perguntando-se se deveria ou não abordar aquele delicado assunto. Suspirou longamente, como se aquilo fosse lhe dar alguma coragem. Quem sabe desse.

– Na verdade, senhor, eu estou aqui para ajudá-lo. Se lhe aprouver, é claro. - Steve franziu as sobrancelhas, confuso, e duvidoso sobre como responder o rapaz ruivo.

– Ajudar-me em que questão? - Respondeu ele, com uma expressão confusa. Rick remexeu-se desconfortavelmente na cadeira dobrável. Estava começando se arrepender de dar uma de conselheiro amoroso para seu superior. Mas... Ele já estava na metade do caminho, se seus planos dessem errado, apenas alguns resmungos ofensivos não iriam afetá-lo tanto assim.

– Desculpe, senhor, mas é muito visível esse paradoxo seu e da agente Carter. Eu sozinho tomei a decisão de vir ajudá-lo, sabe, conversar sobre isso... Acho justo depois do senhor ter me ajudado também. - Rick ofereceu um sorriso genuíno ao capitão, um sorriso amigável, como se fossem dois irmãos enfrentando algo perigoso.

– Oh, eu fico muito agradecido soldado Thompsom... Eu... Eu realmente estou confuso e todas as circunstâncias não me permitem pensar claramente sobre um ou outro assunto. Tudo se embaralha e eu tenho medo de acabar agindo erroneamente. Ah – suspirou ele, mais exausto que o que aparentava diariamente -, essa mulher está me deixando maluco. Ela é segura de si, isso eu não tenho dúvidas, mas eu não sou seguro. E ainda depois desse experimento as mulheres parecem vir até mim como se eu fosse um perfume ou qualquer cosmético novo. Deus, isso é cansativo. - Rick não pôde evitar de gargalhar um pouco, Rogers olhou-o mal humorado.

– Ora, não tem nenhuma graça... - Resmungou o capitão. Rick enxugou as lágrimas dos risos no canto dos olhos e aspirou profundamente, buscando por calma e controle de si.

– Bem, esse é o preço a ser pago por ser famoso e um exemplo de beleza para a população feminina. - Disse ele simplesmente. Como se ensinasse a uma criança que um mais um é dois.

– Não é como se eu desejasse tudo isso. - Retrucou.

– Mas era o que você queria. Queria ser soldado, servir ao país. E aqui está você.

– Mas não queria ser famoso. - Arriscou responder.

– Isso é uma consequência do seu bom trabalho. - Steve parou. Ele estava certo. Rick pousava as mãos entrelaçadas sob sua barriga, olhando-o satisfeito pelo rumo da conversa. E sentindo-se orgulhoso de suas conclusões.

– Quando é que ficou tão filósofo assim, soldado? - Disse Steve debochadamente, com um sorriso eviesado e cansado, em uma tentativa de fazer sátira de seu estado caótico. Rick deu um fraco riso em resposta.

– Ora, não fuja do assunto tão covardemente assim. Vamos, é só uma mulher, não um monstro de sete cabeças.

– Ela é Carter, seu humor pode variar para pior do que o de um monstro. - Disse Steve exasperado. Ambos riram, mas tão logo espiaram as costas para ver se a dita cuja não estava por perto e ouvindo as piadas sobre ela.

– Acho que o senhor devia dizer a ela. Sabe, mulheres não gostam de viver sob incertezas, em um terreno instável, elas precisam de alguém para ser a base delas. Para dar força, sabe?

– Não é tão fácil assim. Eu não sei se vou sobreviver a essa missão. Ao mesmo tempo que estou aqui, vivo, eu posso sair daqui e ser morto em uma emboscada. O destino pra mim nada mais é que um borrão preto e branco, incerto, duvidoso. Eu não posso prometer algo que não sou capaz de cumprir, isto é... Eu não quero prometer ficar ao lado dela e morrer segundos, minutos, horas, dias, meses depois. Consegue me entender? - Rick assentiu.

– Entendo. Eu entendo. Mas você tem que viver cada momento, não pode deixar a mercê do destino. Como disse, cada segundo pode ser o último. Dê uma chance a ela, o senhor bem sabe do perigo que ela pode ser com uma arma. - Steve riu, se não fosse o escudo feito pelo Stark, provavelmente Steve já teria ido dessa para uma melhor.

– É, talvez esteja certo, soldado. Vou arriscar. Que pode dar errado? - Steve sorria largamente, esperançoso, mas Rick não poderia perder a chance de fazer graça. Deu de ombros e respondeu despreocupadamente.

– Ah... O quê? Ela te dar um fora, só isso... - Steve encarou-o surpreso e medroso.

– Como assim?! - Disse exasperado.

– Não, não, eu só estava brincando, senhor. Vá em frente, dará certo. Qualquer coisa, podemos comprar um engradado de uísque 12 anos para sua companhia. - Ambos riram novamente, e Rick deu um tapa amigável no ombro do Capitão.

– Boa sorte, senhor. - Falou Rick em um tom encorajador.

– Muito obrigado, soldado. - Steve agradeceu-o sinceramente. Rick assentiu e saiu da tenda, sentindo-se contente por ajudar, não era mais que um débito pago e o sentimento de missão cumprida reinava. Viu o Stark trabalhando com armas em outra tenda, acenou para ele e o outro retribuiu, viu Carter supervisionando o acampamento, e a cara dela não era das melhores. Que novidade. Pensou ele, portanto, resolveu fingir que não a viu, quem teria de vê-la era Steve Rogers, e que Deus o ajudasse. Deu-se conta da carta que começara a escrever para Chris, esses dias tinham sido corridos e ele sequer tivera um tempinho para pensar a respeito. Vendo a calmaria dos serviços, resolveu aproveitar. Como não tinha levado a carta consigo, decidiu por escrever uma nova, mas isso depois de seu monólogo interno. Pegou papel e caneta e depositou no bolso, andou até uma árvore perto e recostou-se no tronco, sentando no chão úmido e gelado, mas com aquele calor, não era uma sensação desagradável. Christine Wright. Rabiscou no papel, encarou aquele nome como se fosse um hieroglifo, um mistério a ser desvendado dentro dele. Algumas vezes ele sentia falta de vê-la na base, das poucas palavras que ela trocara com ele. Chris era especial para ele, mas não sabia bem a forma. Pensou, pensou, não sabia quanto tempo ficou ali, sentado e pensando, encarando sua letra apressada escrevendo a carta, outra folha ele fazia questionamentos retóricos, para ele mesmo, escrevia possíveis respostas abaixo da questão e prosseguia com a carta. Quando acabou, releu com calma o que tinha escrito, e aquilo o fez corar de vergonha. Sentia-se culpado e envergonhado, mas era a pura verdade escrita de seu próprio punho. Levantou-se buscando por coragem, não poderia guardar aquilo em qualquer lugar, não era nada que alguém além da destinatária tivesse que ler, resolveu então, deixar no seu bolso e seguir caminho como se nada tivesse acontecido. Se ele não tivesse a chance de entregar a carta à devida dona, alguém faria isso por ele como uma última vontade. Fosse como fosse, aquela era a verdade, e ela tinha de ser mostrada um dia. No dia certo.


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Notas finais do capítulo

N/A: Então, fofuras, mereço reviews? (:



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