Plus Que Ma Propre Vie. escrita por Isabella


Capítulo 27
Capítulo 27




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Ao nos aproximarmos, Renesmee se soltou dos braços de Jacob e pulou entre eu e Edward, nos envolvendo com seus braços e toda a força que eles possuíam. Jacob tinha em seu rosto uma expressão mista de raiva e impotência, sabendo que não poderia fazer nada além do que já estava fazendo para ajuda-la. Ele olhou fixamente em meus olhos, e eu entendi que ele queria saber se eu tinha matado o vampiro. Eu apenas assenti e sorri carinhosamente para ele.

- Mamãe, papai. – Renesmee choramingava. – Vocês não podem ir embora.

- Shh. – Eu tentei acalmá-la. – Ninguém vai a lugar nenhum

Depois de alguns segundos, ela começou a enxugar as lágrimas, mas se manteve colada conosco.

- Foi… – Ela começou. – Foi horrível! Eu senti enquanto os meus piores medos e pensamentos eram revirados! E então ele pegou o mais profundo medo e me fez sentir como se tivesse se tornado realidade. Eu estava… – Ela enterrou a cabeça no peito de Edward. – Completamente sozinha.

- Você nunca vai ficar sozinha, Renesmee. – Eu acariciei seu cabelo. – Nenhum de nós vai deixar isso acontecer.

            Rosalie e Emmett, que haviam chegado logo depois de nós, se aproximaram dela também, e tudo se transformou em um grande abraço. Até mesmo Jacob se uniu a nós, até que fomos todos invadidos por um pequeno pensamento. - Eu amo vocês. - Não foi necessária nenhuma resposta, o silêncio já dizia tudo. Nós nos afastamos depois de alguns segundos, e ela se apoiou em Jacob.

- Sabem do que eu preciso? – Ela olhou em volta, passando pelos rostos de todos nós com seus lindos olhos castanhos. – De um puma. Um bem grande.

            Foi só então que eu percebi que realmente estava com sede, e que nenhum de nós tinha caçado desde nossa viagem. Com apenas um olhar, nós decidimos que caçaríamos juntos.

- Vou ligar para Alice antes, para o caso de ela chegar em casa e não nos encontrar. – Rosalie sorriu.

- Não conte nada ainda, Rose. – Edward a encarou, sério. – Se ela não tiver visto, é melhor que ela passe o dia sem essa frustração. E Esme também.

Rosalie assentiu e tirou seu telefone do bolso, discando rapidamente o número de Alice. Porque eu tive uma visão onde Bella matou um vampiro?! Foi tudo o que eu ouvi. Enquanto Rosalie respondia dizendo que era uma longa história, e que ela explicaria depois, eu fui assaltada pela realidade do meu ato. Eu havia matado alguém. Tirado uma vida. Tudo aquilo que eu sempre quis evitar que acontecesse comigo e com as pessoas que eu amava, eu fiz com um ser que eu nem conhecia. Ele poderia ter uma família também. Mas ele havia machucado a minha filha, e eu não podia simplesmente deixar que qualquer um que fizesse isso saísse intacto. Fiquei completamente dividida entre a culpa e a certeza de que tinha feito a coisa certa.

- Edward… – Eu perguntei, desacelerando o passo e deixando que os outros tomassem a frente e alguns metros de distância enquanto nós corríamos pela floresta, procurando algum animal apetitoso – Qual foi a primeira vez que você matou um vampiro?

- Catorze anos atrás. – Ele nos parou subitamente, me segurando pelos dois ombros. – Porque ele queria matar a mulher que eu amo. – Ele olhou fixamente em meus olhos, e então me beijou suavemente.

- Você entende o que eu acabei de fazer? – Eu interrompi o beijo, segurando seu rosto em minhas mãos e fazendo a expressão mais séria que eu pude. – Eu matei alguém, Edward. Não um puma, não um cordeiro. Eu matei um vampiro.

- Ele machucou Renesmee, Bella. – Ele me encarou, sério. – Ele machucou-a da pior forma possível. Foi tortura.

- Eu não estou dizendo que me arrependo do que fiz. Eu faria de novo, se fosse necessário. Ninguém pode machucar a minha filha. Mas é… Assustadora a ideia de que eu posso matar tão facilmente.

- Então você não precisa pensar nisso, amor. – Ele me beijou mais uma vez e sorriu para mim, e eu senti como se tudo fosse ficar bem. – Pense por outro lado. Você colocou em prova a funcionalidade do seu escudo. E deu tudo certo. Assim que você tentou, Renesmee não sentiu mais nada. Apesar do trauma, ela parou de ser invadida com as imagens.

- Você está certo. – Eu sorri. – Vamos procurar alguma coisa para comer. Estou morrendo de sede.

            Ele me beijou suavemente mais uma vez e sorriu, afastando seu rosto do meu.

- Eu vou pegar o maior, querida. – Ele se virou e começou a correr para longe de mim.

- Eu duvido. – Eu sorri e corri também, tentando deixar para trás os pensamentos que tanto me atormentavam.


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