Ele III: Com Ele escrita por MayLiam


Capítulo 73
Com Ele: curioso


Notas iniciais do capítulo

Olá pessoal!
Levei um susto quando vim postar hoje e vi as duas recomendações. Eu realmente não esperava isso a esta altura da fic, então, obrigada! À Marlee e may dobrev, pelas palavras e incentivo para que eu continue com essa mania estranha de escrever kkkkkkkkkkkkk
Boa leitura!



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—Você vai me falar porque veio, ou vai ficar aí com essa cara esquisita olhando pro nada?

—Você disse que eu deveria te mandar uma lista de perguntas ao final de cada dia, mas... acho que assim funciona melhor.

Na verdade, Damon tinha certeza de que daquele jeito funcionaria melhor. Ainda mais estando com todos aqueles novos sentimentos e imagens sendo repetidos em sua mente.

Ele soltou uma respiração lenta e exaustiva.

—Então abre a boca de uma vez.

Alaric sempre seria o melhor amigo dele, não importa a quem tentasse comparar.

—Depois que saí daqui ontem, Elena estava mais que decidida a... Bem, saber porque eu vinha agindo estranhamente desde o acidente. – Alaric assenti a tudo, tomando assento na sala, com sua bebida em mãos, olhando fixamente pra Damon, que narrava tudo enquanto assistia a cidade da janela do apartamento.

—Acabei sendo rude com ela. – Ele faz uma careta. – na verdade, eu gritei com ela. Depois de subir pro meu quarto eu tive um sonho estranho. Acho que era uma lembrança. – Alaric se ajeita na poltrona para ouvir melhor. – Ela estava chorando, me pedia pra ficar, falava sobre não conseguir dormir nunca mais e... Eu sentia uma necessidade tão grande de estar com ela, ser tudo o que ela precisasse. Parece até loucura isso.

‘Então eu acordo, ouço seu grito, um grito assustador, e corro até ela, no quarto. Ela estava assustada, perturbada, chorava. Dizia que tinha tido um pesadelo sobre o bebê e que não queria que se tornasse real nunca. E então ela me pediu pra ficar, e eu simplesmente sabia que era o certo a fazer. Ela demorou muito a dormir e eu também. Quando consegui abrir meus olhos, ela já estava me olhando. Parecia me estudar. Me senti exposto. Disso eu não gostei nada. Quando ela me olha... Não sei, é como se...

—Ela olhasse pra você. Não para o empresário bem sucedido da Salvatore. – Damon olha pro amigo, confuso por ele ter terminado seu pensamento. Alaric sorri. – Eu sei, você já me disse isso uma vez. – Damon engole e continua.

—Perguntei como ela estava. Ela se desculpou pelo susto, falou que grávidas tinham certo descontrole emocional, e que eu certamente sabia do que ela falava já que tinha tido uma ex-mulher com problemas de aceitação na gravidez. Entendi que ela falava de Rose. – Damon se volta pra Alaric com um olhar extremamente confuso, e caminha até o amigo, sentando-se perto. – Ela me beijou depois disso. Ela apenas riu de um piada interna, se inclinou e me deu um beijo casto.

—E? – Alaric quis saber, porque, do nada, Damon parou de falar e ficou com um olhar distante. – Damon! – Ele chama mais uma vez e o amigo lhe encara, com o olhar ainda enevoado. – Como foi? Como se sentiu?

—Eu não lembro de a amar, não lembro do porquê comecei a fazê-lo, não lembrava dos seu beijo, nem lembro de toda a nossa relação. – Ele suspira.

—Mas...? – Ric incentiva.

—Mas quando eu senti os lábios dela encostarem nos meus com aquela fluidez, eu... – Ele sorri com timidez, e leva uma mão ao queixo. – Foi o beijo mais doce que alguém me deu.. Eu não sei, pareceu... pareceu certo, sabe? Foi como respirar, só... Você apenas precisa respirar, entende o que digo? – Alaric sorri quando nota um brilho no olhar do amigo. – Todos os beijos deveriam trazer essa sensação. A sensação de certeza. Certeza de que algo está muito certo.

—Você gostou. – Damon assenti sem hesitar.

—Eu gostei. Meu único problema agora... na verdade, o que me deixa pensando sem parar, é como.

—Como o quê?

—Como algo assim foi possível entre a gente. Quer dizer... Ah! Eu sou um ogro.

—Ela sabe. Mas ela também sabe que você tem ciúmes de cabelos soltos, ou tinha, ao menos. Que você é teimoso, arrogante, inseguro. Morre de medo de demonstrar sentimentos.

—Ah, para!

—Ela te conhece como ninguém neste mundo. Se tornou sua amiga, mesmo você sendo um chefe esnobe e arrogante. Ganhou sua confiança, te apaixonou, se tornou sua mulher e vai te dar um filho. Eu poderia te dizer que Elena é uma doida, mas eu estaria mentindo, Damon. Por que parece que só você não enxerga o quanto merece alguém como Elena com você.

O silêncio toma o apartamento de repente, Damon tem a testa franzida, Ric apenas o observa, em silêncio. Esperando seu tempo para assimilar tudo o que falou e ouviu.

Damon começou a descrever todo seu dia ao lado de Elena. O que tinham conversado, como ele assentia e ouvia com cuidado para não entrar numa questão comprometedora. Com respostas quase sempre mecânicas, ele acreditava ter se dado bem. Elena não parecia ter notado nada.

—Foi aí que eu notei que não fui a empresa. Como o expediente já tinha acabado, bem... Eu vim até aqui. Depois que ela foi dormir, exausta. Ela me distraiu por um dia inteiro, eu não toquei num papel sequer.

—Gostou disso? – Damon fez uma careta.

—Não sei. Mas gostei de estar com ela. Vê-la relaxar, conversar sobre tudo sem receio. Bem, o que me lembrava dela era apenas sua postura sempre muito tensa e travada diante de mim, foi... novo, vê-la assim.

—O engraçado em você Damon, é que adora deixar todo mundo a sua volta maluco, mas se alguém se mostrar calmo você admira. Se sente incomodado, mas admira. Você é uma confusão só.

—É, acho que sim.

—Mas você está desviando... Começou a conversa falando sobre alista de perguntas do fim do dia, e eu estou esperando.

—Sabe... Minha assistente. – Ele para e revira os olhos, bufando antes de se corrigir. – Minha esposa ficou o dia inteiro muito carinhosa comigo, e eu estava travado demais para saber como reagir, então... Basicamente estou assumindo que não sei nada da minha vida conjugal com ela. E com muita vergonha, eu sei, com certeza, que você sabe mais do que eu, então...

Alaric começa a rir, gargalhar, na verdade, alto e sem controle.

—Fala sério! – Damon rosna.

—Sabe... – Ofega Ric, com olhos marejados. – Você sempre foi travado nesse tipo de conversa, e eu esperava que ontem nós tivéssemos tido algo parecido. Então você surtou e se foi, e eu achei que tinha perdido a chance de te zoar. – Damon ergue a sobrancelha.

—Zoar por quê?

—Sua vida “conjugal”, – Alaric faz aspas irônicas na direção do amigo que torce a boca em desagrado, - com Elena é uma das coisas que mais me faz rir de você na vida. Por muitas razões.

—Estou ansioso. – Ironiza Damon ao revirar seus olhos.

Depois de uma hora de nova revelações, Damon decidiu que, em algum momento de sua relação com Elena, ele perdeu totalmente o juízo.

—Eu já te falei que nada disso funciona mais, Damon.

—Esse acordo pré nupcial é uma piada. Porque diabos eu assinaria algo assim?

—Por que você estava morrendo de medo de perder sua mulher e seu filho. Só por isso. – Damon passa a mão no cabelo enquanto os olhos percorrem os papeis em sua mão. Ele deveria estar desesperado.

— Eu concordei mesmo com tudo isso aqui? – Alaric assenti.

—Mesmo agora, quando vocês estão bem e já não mencionam nada disso aí, você segue muitas dessas coisas, porque simplesmente te fizeram bem. – Damon, pondera, observando o que pode ter vindo de bom do contrato.

—Tenho hora certa para estar em casa e dormir. Minha alimentação mudou completamente. Não pratico meu boxe mais. Só não entendi essa parte. – Ele olha para Ric. – Não deveria entrar na lista de exercícios?

—Bem... Elena não tem mais essa cópia. A dela foi a primeira que foi feita. Depois tivemos quefazer umas alterações. Eu guardei essa cópia pra ter o poder de te zoar pra sempre, claro. Mas... – Alaric hesitou, sabendo que seria difícil.

—O quê? – Damon estava lhe olhando com a sobrancelha erguida.

—No começo você estava indócil com o contrato...

—Jura? Nem imagino por quê. – Alaric ignora.

—Aconteceu uma coisa que fez com que Elena tirasse o boxe da lista de exercícios.

—Fala logo, Ric!

—Você enfartou. – Damon arregala os olhos, se jogando pra frente.

—Eu, o quê?

Alaric deu de ombros.

—Um dia isso iria acontecer. Além de você não se adequar bem as suas novas condições de vida, estava estressado no casamento e no trabalho.

—Que droga! – De repente Damon ficou confuso. Havia sofrido ameaças de enfarto por quase uma vida, e seu médico nunca lhe proibira de praticar boxe. – Por que parei de praticar?

 Damon vê Alaric se remexer na cadeira e sabe que tem algo muito errado vindo aí.

—Alaric?

—Tiveram que colocar um marca passo em você. – O queixo de Damon, neste momento, quase deslocou.

—Um... O quê? Não!

—Olha não começa a surtar outra vez, porque você já superou isso. No começo foi difícil, você ficou intragável. Elena teve que suportar, Sofia, eu, enfim, todo mundo teve que suportar você relutando contra os cuidados, mas hoje em dia nem parece que você usa um.

—Cada vez que você me conta algo mais fico entre o estar louco e amar muito essa mulher.

—Pode crer que é a segunda opção.

—Estou quase totalmente convencido disto.

— O que falta?

—Eu lembrar. Você tem o cartão do terapeuta que falou? Acho que ele pode ajudar nas coisas dos gatilhos e tudo mais.

—Você me disse uma vez que ele trabalha com regressão. Mas não estou certo se isso vale agora.

—Bem, eu vou dar uma passada no consultório dele.

—Damon... – Alaric decide que há algo que o amigo precisa saber antes de ir até Maximus.

—Quê?

—Você procurou Maximus pra se livrar dos seus pesadelos. Você sabe a razão pelos quais os tem hoje em dia, mas é melhor deixar os gatilhos agirem. Não seja impaciente.

 Damon considerou o conselho, e depois de pegar tudo que precisava e voltar pra casa, ele se viu, minutos depois, diante da porta do quarto de sua esposa. Entrou devagar, temendo acordá-la. Sentou-se na poltrona mais próxima à cama e ficou no escuro, observando-a dormir. Refletindo sobre tudo o que seu amigo lhe contara esta noite.

—Queria muito lembrar do momento que soube que te amava. – Damon isso tão baixo que mal se ouviu, pareceu um pensamento.

Ele solta um suspiro alto e vê Elena reagir, movendo-se na cama, ele paralisa, não quer acordá-la. Quando faz um movimento sutil para levantar e sair do local, em direção à porta que liga o cômodo ao seu quarto, ouve a voz dela.

—Sabe... é muito assustador, você ficar aí no escuro, me olhando. – Ele se volta e encontra ela com a luz do abajur ligada, sentada, sorrindo pra ele.

—Não quis te acordar, desculpa.

—Você saiu, e eu fiquei me perguntando pra onde, porque ouvi o carro. Acabei pegando no sono por cansaço. – Ele fez um gesto de desdém. – bem, de qualquer forma, meu sono fica leve quando você não dorme comigo. Pra onde foi?

Ele caminha até ela, sentando-se frente à frente.

—Fui ver o Alaric, conversar, essas coisas.  – Ela assenti.

—Foi bom? – ele concorda.

—Estava indo pro outro quarto? – Damon remexe-se incômodo.

—Você já estava bem acomodada e tranquila aí, eu não ia me meter. – ela bufa.

—Que conversa fiada. Você adora dar uma escapada para ver contratos. – Ela diz sorrindo. – Se bem que não tem feito isso há um tempo. Você me deu um mau costume de te ter comigo sempre nas últimas semanas.

—Foi um mau costume, mesmo? – Ele se vê ironizando com ela, na verdade, isso foi um flerte, enfatizado pela sobrancelha erguida e o riso torto.

Elena sorri, corando.

—O que você está tramando, Damon? – Ele sorri.

—Nada.

—Hum! Bem, então acho que você pode ir trocar de roupa e pular na nossa cama.

—É, acho que sim. – diz sorrindo.

—Ótimo! Não vou sair daqui. – Diz já voltando ase acomodar nos travesseiros.

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—Duas horas da manhã e você ainda está cordada, falando dessas coisas. – Damon reclama, enquanto Elena chacoalha em seu peito de tanto sorrir.

—E você vem reclamar de mim? Por Deus! Foi você quem fez aquelas perguntas estranhas. – Damon abre a boca pra relutar, mas é verdade. – Eu acho que nenhum magnata da tecnologia atual pode se gabar de um bom sexo no fundo de um carro bem no meio do estacionamento de sua empresa.

—Eu posso. – Ele diz sorrindo de verdade

—Você pode mesmo.

—Aquilo foi loucura. – Ele fala como se, de fato, estivesse lembrando da situação, mas apenas podia imaginar tudo pela descrição que ela dera.

—Deixe-me qual outra coisa louca você já fez comigo. – Elena fala enquanto brinda com os dedos no peito de Damon. Ali abraçados na cama, ele fica surpreso de como aquilo o deixa relaxado agora, e como toda a tensão dos primeiros dias parece estar sumindo.

Talvez, um pouco da conversa de sexo em carros seja a razão, mas depois de refletir melhor, ele sabe que é só ela, Elena.

—No seu antigo apartamento, uma vez... – Ela fala sugestiva, disso eu lembro, porque foi algo que Alaric compartilhou comigo. Me remexo desconfortável, ela nota e começa a sorrir. =- Nunca superei o fato de ter sido a primeira vez, você tinha quase trinta anos.

—E isso significa que deveria ser obrigado eu já ter feito sexo oral com alguém?

Como a voz dele estava mal humorada, ela se mexeu para o encarar.

—Não, claro que não. – Disse como se fosse óbvio. – Mas fiquei surpresa. Você sempre me pareceu saber tudo, ter vivido mais do que pra alguém pra sua idade. No começo você me parecia velho demais. Eu te via, seu rosto jovem, olhar misterioso, mas era como se por dentro já tivesse uns 100 anos.

De repente ela para e suspira, Damon fica a observando confuso.

—Você sempre foi tão tempestuoso, difícil de lidar. Mas você mudou muito. Na verdade, acho que voltou a ser quem era antes de entrar neste mundo louco da tecnologia e ser pai. – Ela volta a deitar a cabeça no peito dele, se apertando mais. Damon apenas corresponde o abraço. – Acho que a nossa vida é a única tempestade agora. Nunca achei que fosse ser tão difícil.

Damon franze o cenho a ouvir aquilo.

—Não ligo pra imprensa, os boatos sobre nós, nosso casamento. As fofocas de traições e tudo o que mais nos rodeia. Eu falo da pressão, da falta de tempo, dos compromissos, de minha gravidez. Eu sabia que não seria fácil, amor, e você se esforça tanto pra dar certo, você se mata entre as horas pra me fazer sentir bem, amparada, e eu tento te dar o mesmo, mas às vezes, por mais que consigamos, eu só queria que não fosse preciso tanto esforço e sacrifício de nossa parte.

Damon estava mastigando e engolindo devagar cada palavra. Institivamente, ele aperta o abraço na cintura de Elena e beija o topo de sua cabeça.

—Posso te fazer uma pergunta? – Ele sente o movimento dela dizendo que sim. – Quando você percebeu que me amava tanto assim?

O tom doce da voz dele fez Elena o encarar, confusa. Ela olhou bem dentro dos olhos dele.

—Sinceramente eu não lembro de ter ouvido esta pergunta vinda de você, mas do jeito que você é inseguro com isso, eu tenho certeza de que já respondi isso algumas vezes.

—Então vai ser fácil responder outra vez.

Ela sorri.

—Acho que foi em Paris. – Diz esnobe, sorrindo e voltando a repousar no colo dele. – Dizem que é uma ótima cidade pra se apaixonar. – Ele sorri. – Eu já te achava um Deus grego na época. Mais eu lutava com meus pensamentos porque você era meu chefe mal humorado e o seu mau humor ás vezes te deixava feio como um ogro nojento. – Damon se vê gargalhando. – Mas... Naquela viagem aconteceram tantas coisas. Conheci um lado seu que... é o que mais amo em você. – Damon senti o coração vacilar, paralisado pela expectativa, levou um segundo para pensar no marca passo, mas ignorou a lembrança. – Eu vi o pai, o homem lastimando não ter sido um bom marido. Vi como você podia sofrer, como todo ser humano, que você era de carne e osso, e que seus medos te tornavam tão comum, real. Acho que meu coração parou por um segundo, vendo você com os olhos vermelhos, cabelo desalinhado, postura desabada. Eu te vi. E você não se importou que eu estivesse vendo.

— Você me viu? – Ele falou em tom de dúvida.

—Vi o cara que você esconde, o que deveria ser. Na época, pelo menos, porque hoje você o deixa livre por aí. Embora às vezes, quando está na defensiva, como nos últimos dias. – Ela cutuca ele, fazendo-o pular um pouco.

—Para! – Ele pede, já querendo sorrir outra vez.

—Bem, aí, você volta a ser o empresário durão, esnobe e seco.

—Hum! – Ele resolve provocar. – E você pensava tudo isso de mim enquanto ia buscar meu café? – Ela assenti começando a sorrir. – Quantas vezes você cuspiu no meu café? – Elena gargalha, o fazendo sorrir ainda mais.

—Olha... Era tentador, mas eu nunca fiz isso.

—Que coração mole.

—Idem. – Ela pula pra cima o surpreendendo com um selinho estalado.

—Posso ser bem insuportável às vezes. – Ele diz, tentando apaziguar.

—Às vezes? – Ele estreita os olhos pra ela, que sorri ainda mais.

—Tá, você não precisa ser má. – Ela dá de ombros e rola para o seu travesseiro, onde fica, olhando pro teto e vendo o sorriso morrer, aos poucos.

—Estava com medo de você voltar aos seus piores dias. – Damon que estava na mesma posição que ela vira a cabeça para encará-la, mas antes de perguntar porque, só decide que é melhor deixar ela falar. – Com todos os nossos problemas, e você tão preocupado... Estava com medo que você voltasse a se fechar e se escondesse no trabalho. – Damon franze o cenho ao se dar conta de que era sim, tudo o que pretendia fazer. – Mas acho que já passou desta fase. – Ela vira o encara. – Não passamos? – Damon se vê assentindo antes de formular qualquer pensamento concreto. Quando o olhar dela continua insistente, ela sabe que deve fazer algo mais consistente.

—Passamos. – Ele afirma com o seu tom de voz mais convincente.

A mão dela viaja até os cabelos dele, depois desce a caria pra sua face, e Damon sente sua respiração sair mais quente, e depois quase solta uma lufada.

—Eu te amo, Damon Salvatore. – As palavras e o olhar dela são tão poderosas que...

—Te amo, Elena. – O susto interno ao se ouvir não foi aparente pela baixa luz do quarto, mas ele tinha certeza que estava pálido, no mínimo, pois mal acreditava no que tinha saído da boca dele, e de maneira tão natural. Foi como a sensação do beijo que descreveu para Alaric. Só parecia certo. Ele piscou, e encontrou o olhar especulativo de Elena.

O beijo!

Ele queria outro. Queria sentir mais daquela sensação. Queria não se sentir tão perdido.

Ele agarrou a nuca dela e a puxou para um beijo ansioso, inquieto. Um beijo onde ele procurava, mais que tudo, uma razão para merecer ser beijado daquela forma.


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Notas finais do capítulo

Até amanhã!



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