Ele III: Com Ele escrita por MayLiam


Capítulo 7
Progresso


Notas iniciais do capítulo

Mais um, como pedido de desculpas. Eu vou tentar postar com mais frequência. Está complicado.
Boa leitura!
p.s.: Este vai para Flávia e Tielly. ^^



Este capítulo também está disponível no +Fiction: plusfiction.com/book/282493/chapter/7

Chego bem cedo no escritório. Encontro com Caroline. Damon ainda não está. E ela está... Céus! Ela está chorando?!

-Tudo bem? – eu pergunto hesitante, lhe oferecendo um lenço de papel. Ela o pega da minha mão e responde que está bem.

-Apenas os homens e nós mulheres sendo umas idiotas. – falou com rancor e eu entendo.

-Problemas com o namorado? – pergunto deduzindo e ela confirma.

-Digamos que ele não entende meu trabalho. Não acha que eu consiga conciliar. – fala tristonha. – Mas não é lugar pra isto. Damon já vai chegar. Vou pegar o jornal dele. – ela diz e se vai. E eu vou colocar as pastas que Damon pediu em sua mesa.

Minutos depois Caroline está de volta e Damon logo em seguida. Ele está meio abatido. Eu poço notar. Ele fica a manhã quase toda dentro da sala e nos pede pra não transferir nenhuma ligação. Caroline e eu estranhamos muito isso, mas não podemos contestar.

-Caroline! – ele grita. E já sei que sou eu. Ele mal me deixa entrar e já vai disparando. – Ligue para o Robert e diga a ele que vou ver a amostra agora pela manhã. Avise a todos do setor criativo. Esteja pronta pra sair em meia hora. – eu anoto tudo e saio da sala. Vou direto no Stefan, pois ele é o feche do departamento de produção.

-Não era pra ser só na segunda? – ele me pergunta atordoado. – Ele te disse porquê? – eu reviro os olhos e o olho sugestiva. Ele bufa. – Ok entendi.

Logo estamos prontos pra sair. Caroline ficou no escritório e fomos Damon e eu em seu carro. Stefan no dele com sua assistente, Melissa e mais dois carros, com alguns responsáveis de criação da empresa. Pegamos um trânsito horrendo e estávamos paralisados bem perto da casa de Robert. Damon estava impaciente ao meu lado no carro. Ele havia marcado com o Senhor Richeemorth de onze da manhã e eram dez e meia. Ele baixou o vidro do seu lado do carro e não era como se estivéssemos muito longe da casa. Eu reconhecia a rua, estávamos a menos de dois quarteirões.

-Oh, tenha santa paciência! – Damon rosna e abre a porta do carro. – Eu nunca me atraso. – ele diz e bate a porta indo direto pra calçada. Eu estou paralisada, me movo e saio do carro, estamos em pleno trânsito, eu já o vejo longe. Ele anda rápido mesmo. Tenho que correr pra alcançar.

Ele chega na mansão e não vai pra entrada principal, se dirige a uma lateral e adentra, eu corro ainda mais pra não perdê-lo de vista. Quando finalmente o alcanço ele está parado diante de um elevador que abre as portas, ele entra e faço menção de entrar, mas lembro que ele não divide este tipo de espaço, eu travo, me afasto olhando pro chão. A porta do elevador não fecha e eu ergo os olhos e dou de cara com Damon acenando com a cabeça para que eu entre. Como é?

Organizo meus pensamentos e entro de imediato. As portas se fecham e o clima fica bem pesado. É realmente muito inquietante, eu nunca estive tão perto dele antes e em um lugar tão fechado. Ele é muito cheiroso. E está sereno do meu lado. Parado. E eu estou inquieta e impaciente. Não consigo ficar calada.

-Conheci o senhor Elijah ontem na festa. – Damon não expressa nada. – Pessoa arrogante. – eu falo, e nem sei bem o porque, eu estou nervosa. Damon olha pra direção oposta a minha e eu consigo o encarar agora. Eu acho que ele sorriu. Ou sou apenas eu delirando. Que bobagem pra se falar. Elena, você é muito idiota. Eu respiro aliviada quando o elevador finalmente abre as portas e estamos diante de uma espécie de laboratório. Uma moça nos recepciona e nos encaminha até um local enorme, com um computador gigantesco. Nossa! É como estar na casa do Senhor Johnny Stark.

Logo vejo Robert vindo em nossa direção.

-Damon. – ele está empolgado. – Que bom que veio. Estou surpreso, você veio antes. Recebeu a proposta? – Damon está calado e olha ao redor. O clima é inquietante e não só pra mim, o homem está ansioso pela resposta.

-Recebi. – Damon fala simplesmente. Robert o olha com cara de: ‘E então?’ – Obrigado! – Damon fala simplesmente e vai se sentar.

-Senhorita Gilbert. – ele me cumprimenta forçando um sorriso. Damon é difícil pra todo mundo. Eu sigo meu chefe e me sento atrás dele. Pouco tempo depois Stefan e os outros chegam e se juntam a nós, eles estão afobados, como se estivessem acabado de correr uma maratona.

Stefan está ao meu lado. Eu realmente não sei o que é tudo isto, mas quero saber.

-Do que se trata tudo isto? – pergunto a Stefan.

-Damon desenvolveu um novo recurso para captura de imagem. Uma nova panorâmica, de maior alcance. E o Robert quer a exclusividade para a Nikon. Damon não vai aprovar tal contrato, não até que o Robert e seus inventores, desenvolvam um projeto acessível a tecnologia, e principalmente, que seja capaz de se comprometer a lançar a câmera com um bom preço de mercado. – eu estou bem impressionada.

-Alguma empresa já conseguiu contrato de exclusividade com a Salvatore? – Stefan sorri.

-A Apple. – Claro! A lídere de vendas.

-O que acontece?

-Bem, vamos ouvir a proposta do Robert. Se o Damon gostar diz sim com a cabeça, se não diz não, ele pode acenar pro lado e quer dizer que está considerando a ideia, e ele também pode entortar a boca. – ele para e eu estou perdida.

-E o que quer dizer? – ele bufa e sorri.

-Uma catástrofe. – eu gelo e logo depois os técnicos de Robert iniciam a mostra.

Já estávamos perto das uma da tarde. Robert nos apresentou dois projetos, um Damon acenou, ele estava para começar o último.

-Bem, Damon. – Robert diz. – Este é o modelo de base pra seu aplicativo. Eu pedi que desenvolvessem assim que você me mandou sua ideia. - E então ele explica, e os técnicos apresentam e respondem a todas as questões de Damon que no final se remexe na cadeira. Ele passa a mão pelo cabelo e se vira pro irmão. Stefan não parece precisar de mais nada e baixa a cabeça risonho. Damon se vira e então eu vejo. Oh Droga! Foi uma catástrofe!

Robert faz uma carranca horrenda. Damon se despede dele e agradece aos técnicos. Logo estamos todos de saída.

-Então, ao invés dele oferecer suas ideias as empresas, as empresas corem atrás de suas ideias, e se ele não aprovar o projeto, não há contrato? – Eu pergunto a Stefan indignada com o poder deste homem.

-Você ainda não entende Elena? A opinião do Damon é de fato a única que importa. – ele diz e segue pro seu carro, eu vou até o de Damon e abro a porta pra ele, é estranho, mas eu sinto que devo fazer.

-Ligue pra minha esposa e confirme o nosso jantar.

-Às sete certo? – ele não responde.

-Vou precisar de uma muda de roupa, pois irei do trabalho. – ele lembra.

-Tudo bem Damon, já fiz isto. – ele vira e me encara. Ele está surpreso!

-Muito bem. E Elena... – Uou! Chamou-me de Elena. – quero que você leve os protótipos na minha casa hoje. Peça a chave do escritório para a Caroline. – ele entra no carro e eu estou a ponto de gritar. Ele me chamou de Elena. Nossa! Dou a volta e entro no carro sentando ao seu lado, não podemos nos falar mais, pois ele fica ao telefone até estarmos de volta a Salvatore.

Já é final do expediente quando falo com Caroline.

-Tome cuidado com isto Elena. – ela diz me passando a chave.

-Foi tão legal Caroline. Ele me chamou de Elena e eu posso levar os protótipos, isto com certeza é um progresso. – ela revira os olhos.

-Sim Elena, é. – diz carrancuda. Eu vou sentar na minha mesa e ela chama a minha atenção.

-Escuta! – eu a olho. – é importante que você faça exatamente o que eu vou falar se quer continuar a progredir. – ela fala séria e eu engulo. Certo, ela quer me ajudar e eu sei que só ela pode, ela é demais.

-Tudo bem.

-Você vai com o nosso motorista e ele vai te deixar na casa do Damon. Você entra e vai direto pro escritório, é a primeira porta da entrada da direita. – eu escuto com atenção. Elena, mesmo a Sofia sendo brincalhona com você, não caia no jogo dela. Na casa do Damon as regras são diferentes. A relação dele conosco é profissional, fora daqui é como se fossemos estranhos. Não demonstre qualquer intimidade, mesmo que você saiba mais sobre ele do que a própria esposa, mesmo que esteja mais familiarizada com os horários e coisas da filha mais do que ele pensa. Não abusa da sorte. – E Caroline não faz ideia do quanto eu sei. Principalmente por Sofia.

-Eu entendi.

-Seja esperta. Eu sei que você é. - fala sorrindo e volta pra mesa. Eu respiro. Posso fazer isto.

Damon vai embora e eu fico esperando os técnicos finalizarem os protótipos, quando finalmente isto acontece são mais de dez da noite. O motorista me deixa na casa de Damon. Eu achei que ela seria bem mais escandalosa, mas nem se trata de uma mansão. É uma propriedade grande, mas bastante discreta, em comparação com as demais do bairro. Que aliás, é bastante luxuoso.

-Elena! – dou de cara logo com Sofia e congelo, lembrando das palavras de Caroline.

-Oi! – respondo apressada indo na direção da porta que julgo ser o escritório, graças ao que Caroline me falou.

-Depois você sobe, preciso te mostrar umas ideias pra festa. – eu passei a semana passada inteira vendo coisas com a Sofia, resolvendo algumas por telefone, mas agora a ex madrasta dela estava de volta, porque ela ainda precisa de mim?

-Eu realmente não posso. – e eu estou sussurrando. Ela revira os olhos.

-Não seja boba Elena. Meu quarto é a segunda porta da esquerda, seguindo pelo corredor. Te espero. – ela fala risonha e sobe escada acima. Eu espiro. Faço o que tenho que fazer e parece que não há mais ninguém em casa. Eu subo e encontro o quarto de Sofia.

-Fecha a porta. – ela pede e está diante do notebook, acenando pra mim para que me aproxime. – Estava vendo uns modelos pra vestido. – Eu bufo.

-Realmente não acho que possa te ajudar com isto. – ela me olha incrédula.

-Você anda se olhando no espelho ultimamente? Acredite, você pode.

-Bem, eu estou recebendo dicas de uma amiga. Não sou acostumada com esse estilo de roupa, você sabe bem.

-Mas agora você já entende um pouco e quero sua opinião. – Tão teimosa como o pai. Eu me rendo.

-No que pensou? – ela me dá um sorriso lindo, e agora com toda certeza posso dizer que é o sorriso do pai. Não que eu tenha o visto muito, na verdade só por uma ou duas vezes, mas definitivamente é o sorriso dele.

Ela começa a me mostrar as peças e eu noto o quanto está ficando tarde, quase meia-noite.

-Eu gostei do último. – eu falo.

-Você disse isso de todos Elena. – ela bufa.

-Falei que não era boa nisso.

-Mas tudo bem, eu também gostei dele.

-Eu tenho que ir.

-Vai, amanhã é domingo, você deve estar maluca pra sair com seu namorado. Qual o nome mesmo dele?

-Mattew.

-Isso. Obrigada Elena.

-Disponha.

E então eu saio, quando estou no meio das escadas ouço vozes na sala.

-Todo mundo me olhava Damon. E eu lá, toda sem jeito.

-Rebekah, eu tentei sair, mas estava complicado, eu não tive escolha.

-Sabe o que aquelas pessoas no restaurante diziam? Olha ela lá esperando por ele outra vez...

-Oh, por favor, não seja tão radical.

Eu estava ouvindo uma discussão dele com a esposa, estava paralisada no meio da escada. Ele certamente não poderia me notar ali. O que eu faço? Volto pro quarto da Sofia e espero a melhor hora pra sair? Ou tento sair pelo menos do foco da visão dele?

-Eu não estou sendo radical. Você é alheio a tudo isto. Com quem você estava?

-Eu já te disse eu estava em reunião.

-É sábado a noite Damon. Que diabos de reunião pode ser esta? Você foi ver ela?

-Rebekah você está saindo dos limites.

-Você foi ver ela não foi? – e ela agora grita e chora com histeria. – Meu Deus Damon.

-Rebekah eu não fui ver ninguém. – ele grita e gira o corpo exasperado e eu me movo em reação, ele poderia ter me visto e ao me mover o que consigo é derrubar o meu celular e chamar a atenção dos dois pra mim. E então meu mundo cai, pois a expressão de Damon é mortal. Rebekah sorri amarga e deixa a sala. Damon me olha por mais uns segundos e então resolve seguir a mulher. – Rebekah, volta aqui. – ele sai da sala e é a minha chance de fugir. Eu realmente quero fugir dali.

Saio mais que apressada e encontro o carro exatamente onde ficou, no outro lado da rua. Vou até lá e meu motorista me deixa em casa. Matt já está lá, ele dorme sereno na nossa cama e eu vou direto pro banheiro, a adrenalina corre por meu corpo. Que droga! O que isto irá me custar? Elena porque, você simplesmente não ignorou a Sofia e foi embora?

Depois do banho eu só consigo pensar que aquilo vai me custar caro. Vai me custar meu emprego. E as lágrimas começam a rolar. Isso não pode acontecer. Depois de tudo que consegui esta semana. Eu adormeço em lágrimas, e pela primeira vez eu anseio a segunda- feira e tremo por saber que amanhã é domingo, mais um dia pra me torturar pela burrada.

...

-Talvez, seja até melhor Elena. – diz Matt, estamos tomando café, e eu o olho com reprovação. – Você está muito diferente depois deste emprego, mal tem três meses que você trabalha pra este cara. Você quase não tem tempo pra mim, ou nossos amigos, trabalha nos fins de semana quase sempre e o maluco ainda te ocupa nos domingos.

-Seja como for Matt, eu já fiz muito pra me adaptar neste emprego e agora quando finalmente estou começando a me destacar acontece isto, eu realmente não quero pensar que perdi tudo por bobagem.

-Você não vai perder muita coisa. Vai ganhar sossego. Vai voltar a viver Elena.

-Matt eu não quero isto. O Damon estava agindo diferente comigo. Céus, eu te falei, ele dividiu o elevador comigo. – Matt revira os olhos.

-Isso é o natural. Ou pelo menos deveria ser, mas com aquele maluco isso vira uma exceção. – eu fico emburrada, ele realmente não entende o quanto significa pra mim, ficamos em silêncio e depois ele se ergue. – Eu tenho que ir. Tenha um bom domingo. Te vejo mais tarde. - Ele se inclina e beija minha testa.

-Tchau! – eu digo quando ele chega na porta.

A única coisa que vem na minha mente é deitar e ficar imaginando como vai ser na manhã de segunda, eu realmente não quero sair com Matt ou meus amigos hoje. Primeiro porque tenho certeza que irão falar as mesmas coisas que o Matt – menos talvez o Tyler – e segundo porque eu não tenho a menor vontade pra nada. Eu estava adorando meu trabalho agora, estava aprendendo muito com Damon, na Salvatore. Eu via que só poderia aprender muito mais e eu não queria perder isto.

...

É segunda. Estou de saída pro trabalho. Coração a mil. Saí sem nem me despedir do Matt, é muito cedo ainda, mas eu estou ansiosa. Chego na Salvatore e encontro logo com Caroline, ela me arrasta até a sala de café, e eu noto que Damon já está em sua sala. Deus! É tão cedo. Caroline está me olhando bastante brava.

-Eu já sei o que você vai falar tá, mas a filha dele me pediu pra ajudá-la. – Caroline fecha os olhos e inala.

-Elena você não trabalha pra Sofia. Pelo amor de Deus! – ela está exasperada. – Você trabalha pro Damon e o Damon não suporta estranhos na casa dele, se metendo na vida dele, muito menos ajudando a filha dele ou ouvindo discussões dele e a mulher. Você é maluca? Se você dançar, eu danço, porque provavelmente não encontrarei outra assistente a tempo de viajar com ele pra Paris. Você estava indo tão bem... – e as palavras dela me dão medo. É como se todo o meu temor do fim de semana estivesse confirmado.

-Ele vai me demitir? – eu ofego.

-Eu não sei. Ele me ligou no domingo de uma hora da manhã indignado, querendo saber se eu não tinha lhe contado como tudo funcionava. Eu não tive como responder, pois mesmo que eu tenha feito, deu a parecer que não fiz. E ele não está feliz com isso.

-Caroline, desculpa. Eu realmente não queria isto. Não quero te prejudicar, muito menos eu mesma. – ela batia o pé ouvindo o que eu dizia.

-Elena! – é a voz de Damon e eu travo. Caroline aponta pra que eu me mova. Respiro fundo. Chegou a hora.

Me dirijo pra sala dele e ele não me olha, sinto todos os meus nervos travados, e com voz vacilante eu tento me justificar.

-Damon, sobre o que houve sábado...

-Sofia quer que você a acompanhe em umas compras nesta tarde. – ele diz sem me olhar e eu acho que levei um soco. Um soco que me permite respirar outra vez. Não estou demitida?

-Certo, eu o farei. – e já estou me virando pra sair dali, antes que ele diga algo que me sugira que estou errada e sim, estou demitida.

-Pra quem você trabalha Elena? – Merda! Eu me viro e o encaro.

-Pra você. – minha voz é falha e eu tenho um sorriso patético na face. Eu trabalho ainda, certo?

-Sofia me falou que você andava ajudando ela. Foi uma justificativa por eu ter te encontrado no meio das escadas de minha casa, num momento inoportuno. – eu engulo.

-Sofia me procurou no fim de semana que você estava em Los Angeles. Ela e Andie queriam que eu a ajudasse na parte da festa que elas estavam organizando. Pelo menos até que Andie voltasse de viagem. Ela estaria fora naquela semana.

-E você não pensou em ligar pra mim e me comunicar sobre isto? – Droga!

-Ela falou que seria melhor eu manter segredo, pois você não iria gostar se soubesse.

-E mais uma vez eu pergunto... Pra quem você trabalha Elena? – me sinto gelada e tonta.

-Pra você Damon.

-Exatamente. Deve satisfações a mim e fidelidade também. Não a minha filha, muito menos a ex madrasta dela. A mim.

Estou quieta, e ele me olha fulminante e então se debruça na cadeira e leva a mão direita ao queixo e me olha.

-Sofia está realmente animada com esta festa agora. Deu muito trabalho conseguir isto e bem, ela me falou que você tem grande participação nisso tudo. E é só por isso que eu não te mando pra fora da minha empresa agora. – eu perco a respiração. – Mas vamos deixar claro uma coisa... Tudo o que for decidido vai ser reportado a mim. Eu estou a cegas na parte dela nessa festa e não quero surpresas desagradáveis como a da dançinha que ela queria encenar na noite. E estaria muito aborrecido se soubesse que você teve haver com isso, mas ela já me disse que não. – eu estou tremendo. – Em suma, você vai ajudar minha filha, mas vai me deixar saber de tudo o que ela está aprontando.

-Eu entendi.

-Ótimo. Mason vai vir lhe pegar às uma da tarde, vocês tem duas horas. Quero você às três da tarde de volta. Sem atrasos Elena.

-Claro.

-É só isso. – eu dou as costas, quando estou perto da porta ele fala outra vez. – Elena... – viro devagar, não sei como me apresento, minha expressão certamente é de pavor total em mescla com alívio.

-Sim.

-Eu não costumo dar segundas chances. Nunca. Não me faça arrepender-me por isto. – eu apenas aceno que entendi e então saio de lá. Foi por pouco.

-E então? – é Caroline, discreta ao meu lado.

-Foi uma segunda chance. – ela arregala os olhos.

-Graças aos céus! Acho que você é a certa. Como eu disse iria demorar pra conseguir que Damon fosse assim com outra e isto iria me custar Paris. – ela respira aliviada. – Quer água? – respondo com a cabeça e ela sorri enquanto vai pegar.


Não quer ver anúncios?

Com uma contribuição de R$29,90 você deixa de ver anúncios no Nyah e em seu sucessor, o +Fiction, durante 1 ano!

Seu apoio é fundamental. Torne-se um herói!


Notas finais do capítulo

Beijos! ^^