-Nem acreditei quando você me ligou pra compras Elena. O que deu em você?

-Bem, Bonn, eu levei uma bronca enorme do Damon e do Stefan... – ela me olha perplexa.

-Mas você disse que o irmão era legal?! – fala interrompendo-me incrédula.

-E ele é. E justamente por isso, eles tem razão. Eu não estou me esforçando, e eu queria tanto este emprego, uma chance dessas, mas o Damon é tão frustrante que ele me desanimou, mas agora eu quero e vou melhorar.

Nós estávamos visitando a quarta loja. Bonnie tinha muito bom gosto pra roupas, ela não tinha era dinheiro pra comprar e bem, agora eu tinha. E eu tenho que confessar era maravilhoso ter um cartão de crédito com este limite. Visitamos a Azzaro, Chanel, Dolce&Gabana e a Banana República agora. Bonnie ainda estava empolgada para dar uma passada na Calvin Klein e na Louis Vuitton. Eu estava morta. Ela chamou um amigo da galeria para me ajudar na parte final, meu cabelo. Ele estaria nos esperando na casa dela. Avisei a Matt, ele até achou legal, pois ele estava preso no restaurante e não chegaria em casa tão cedo, então estava feliz por eu estar com Bonnie, mas não sabia exatamente o que  fazíamos.

Terminadas as compras, - eu devo dizer, foram cansativas, de sapatos a acessórios, bolsas e perfumaria, maquiagens... Muita coisa - fomos direto pro apartamento da Bonn, seu amigo Gigio já nos esperava. Eu estava realmente exausta e com muita pena do meu cabelo, ele era longo e tinha um corte reto, eu adorava. Queria manter, mas Bonnie insistiu para que eu cortasse em camadas. Eu iria encontrar Matt na saída do restaurante e ela estava empolgada quanto a uma surpresa pra ele, afinal eu estaria toda repaginada.

-Como estão as coisas com o Jer? – perguntei enquanto Gigio terminava a escova em meu cabelo.

-Estão bem. Ótimas, na verdade. E você com o Matt? Ele realmente gosta muito de você. – Bonnie me pergunta sorrindo. Eu gosto do Matt. Ele não é muito ambicioso, mas é um ser humano incrível e me faz bem.

-Ele é muito atencioso. – falei simplesmente.

-Ainda estou curiosa pra saber o que eles te falaram na empresa que te fez mudar assim. Eu sei que você está querendo manter este emprego, mas nunca pensei que mudaria tanto o seu jeito por conta de um.

-Não estou mudando meu jeito Bonnie. Sou a mesma Elena. Tenho os mesmos planos de vida e penso da mesma forma. Apenas eu preciso me adaptar mais ao meu ambiente de trabalho, daí poderei me encontrar nele e progredir. Simples. Explorar e conquistar. – ela gargalha.

-Bem, com o que eu estou vendo você pode acabar conquistando não só uma promoção. Talvez até um dos magnatas de lá. – ela ri em deboche e eu lhe mostro a língua. Não tenho menor interesse nisto.

-Pronto amor... – diz Gigio me virando pra que eu possa encarar-me no espelho.

Eu só consigo ouvir os risinhos dele e de Bonnie e sei o porque, minha cara deve estar hilária, pois... Nossa!Eu acho que sou bonita. Estou bonita. O cabelo com um corte impecável, o cara fez milagre, e agora uma franja maravilhosa desenha divinamente a minha expressão assustada no reflexo. As camadas caem minuciosas e os fios adquiriram um volume natural, dadas as novas pontas que enroscam levemente. Uau!

-Acho que você conseguiu outra vez Gigio. – diz Bonnie piscando pra mim, eu estou feito uma criança boba brincado com meu novo penteado.

-Eu sempre consigo amor. – diz ele com vaidade.

Depois de nos despedir de Gigio, fiquei escolhendo uma roupa com Bonnie para ir encontrar com Matt. Ela me deu várias dicas de combinações. Era muita informação, eu nunca gostei destas coisas, sempre fui muito prática.

-Ele não vai te reconhecer. – diz ela analisando sua obra finalizada.

-Não exagera.

-É sério Elena. Eu quase não reconheço, se você não estivesse falando e eu não tivesse visto cada passo dessa transformação, iria dizer que você era uma maluca que estava fingindo ser a minha amiga.

Bufei. Bonnie escolheu uma calça justa, bem justa, botas cano longo, camiseta, uma jaqueta e colares, era simples, mas bem diferente do que eu vestia, eu estava bem vestida, mas minha essência estava intacta. Fui encontrar com meu namorado, estava na saída de seu restaurante e já havia ligado pra avisar, ele falou que não demoraria e minutos depois eu o vejo sair, enquanto se despede de um amigo, Matt passa por mim e eu o cumprimento:

-Boa noite! – e sim, ainda é noite.

-Boa noite. – ele responde após me olhar brevemente e seguir seu caminho. Bonnie estava certa, ele não me reconheceu. Fico parada onde estou e segundos depois Matt paralisa e se volta pra mim novamente. Agora sim.

-E então...? - pergunto com malícia e dou uma volta ao redor de mim. Matt pisca de boca aberta e devagar chega perto de mim e brinca.

-Acho melhor a gente sair daqui, antes que minha namorada apareça. – fala me envolvendo pela cintura e eu gargalho enquanto abraço seu pescoço e nos beijamos. Ele adorou, e eu estava bem ansiosa pelo dia de amanhã na Salvatore.

...

Chegando ao trabalho dei de cara com Caroline e Sofia, ela estava esperando o pai sair de uma reunião. - A esta hora da manhã?

-Elena?! – Sofia fala indignada após me ver. Estou usando um vestido e meias, as mesmas botas de ontem, um sobretudo e alguns colares e pulseiras. Caroline me olha incrédula. – Uau!

-Bom dia Sofia. – falo me livrando do sobretudo – Caroline... – cumprimento e ela finalmente engole e volta a respirar ainda de boca aberta.

-O que ouve com você Gilbert? – ela me pergunta sentando devagar em sua mesa e Sofia continua me olhando incrédula enquanto sento na minha. – Você está usando botas da...

-As botas da Chanel? Estou! – digo esnobe e foco no meu trabalho.

-Está bonita. – diz Sofia sorrindo.

-Está mesmo. – diz Caroline e uou...! Primeiro efeito positivo, a loira chata me elogiou e só precisei mudar o guarda-roupa.

-Obrigada! – sorrio faceira e então escutamos o grito de Damon.

-Você só pode estar ficando maluca! – ele fala surgindo diante de nós e para atordoado ao ver a filha, ele está ao telefone. – O que você está fazendo aqui? – pergunta pra garota que dá de ombros. - Não, não estou falando com você Samantha. Resolva esta droga e só me ligue quando você tiver liquidado aquele imbecil. – rosna pro celular e desliga, os olhos faiscando na filha. – Não me respondeu Sofia. – a voz dele é dura, e é a primeira vez que eu vejo ele falar neste tom com a filha.

-Precisava falar com você sobre ontem Damon. – ele inala bruscamente fechando os olhos e quando os abre outra vez, acho que Sofia virou pó diante de nós. – Pai. – ela corrige de olhos arregalados.

-Tenho dez minutos. – ele diz e vai pra sala, Sofia suspira e o segui, não antes de olhar pra mim com cara de: “hoje ele está com tudo.”

Sofia passa e fecha a porta, minutos depois Stefan surge diante de Caroline e eu.

-Bom dia Caroline. – ele diz cortês.

-Bom dia senhor Salvatore. – fala a loira sorrindo. Ela sempre vai se derreter quando ele falar com ela?

Ele não me cumprimenta, parece que não me viu ali e me pergunto se ainda está aborrecido por ontem. Ele foi bem duro comigo.

-Bom dia senhor. – eu tomo coragem e falo e ele se vira pra me encarar, os olhos arregalam.

-Elena! – foi quase um grito. – O que...? Nossa! – ele perdeu mesmo a fala? Eu coro e noto Caroline revirar os olhos.

-Eu já falei que não Sofia! – é Damon outra vez gritando.

-Nossa, se continuar assim ele vai enfartar. – diz Stefan olhando feio na direção do grito. – Me deem licença. – nos pede entrando na sala do irmão. Dá pra ouvir toda a conversa.

-Damon, você nem me deixou te mostrar.

-Eu não quero você dançando aquilo. Eu te coloquei no balet, não numa... Aquilo é muito forte pra sua idade garota.

-Sério? Pai eu vou fazer 15 anos e eu gosto de dança de salão.

-Não Sofia! – outro grito.

-Damon... – é a voz de Stefan.

-Calado! – gritam pai e filha juntos e não sei porque, tenho vontade de rir.

-Não vou calar. - Stefan grita. – Olha pro seu pai. Damon dá pra ficar calmo, você vai ter um troço. O que diabos está havendo aqui?

-Acontece que seu irmão não me deixa dançar Tango no meu aniversário.

-Claro que não. Onde já se viu? Você vai valsar, como toda garota normal. É assim que se debuta, não com danças indecentes com amigos de colégio.

-Sofia, não havia outra hora melhor pra falar? Seu pai está no trabalho, você não vai poder argumentar com ele agora, estamos tendo alguns problemas e...

-E quando posso argumentar com Damon tio? Nunca! Ele só quer o que quer.

-Sofia Marie Salvatore. Você está sinceramente fora de controle agora. Eu sempre faço o que você quer. Você tem de tudo. Só pode por favor, me retribuir isso com um pouco de bom senso? Você não vai dançar feito rameira no seu aniversário.

-Damon! – Sofia grita. Céus! Que confusão.

Olho para Caroline, ela está atenta a discussão também, o telefone da mesa dela toca e ela atende no segundo toque.

-Claro que pode deixar subir Heitor. – ela fala indignada e desliga.

-Problemas? – pergunto e ela bufa assentindo, minutos depois surge Rebekah. A discussão na sala de Damon continua.

Ela passa por nós sem nada falar.

-Oh, pelo amor de Deus! – é a vez de Stefan falar exasperado. – Vocês estão fazendo mesmo um inferno por isto?

-Sofia, podíamos resolver isto em casa, depois que seu pai chegasse.

-Não podíamos Rebekah. Damon eu vou valsar. Só me deixe dançar com meu amigo depois. Eu realmente quero fazer isto. Venha nos ver ensaiar, tire estas ideias arcaicas da cabeça. – há silêncio na sala, muito silêncio, e eu não sei se é algo bom.

-Eu tenho trabalho a fazer. – diz Damon e sua voz é baixa.

-Irmão? – a voz de Stefan está ansiosa.

-Querido... – é Rebekah.

-Vão pra casa, as duas. Eu tenho trabalho a fazer aqui.

-Sofia, vamos. – pede Rebekah.

-O que você tem? – é a voz de Sofia – O que ele tem? – ela está assustada.

-Droga Sofia, só... Me obedeça! – grita Damon e segundos depois as duas saem da sala, logo em seguida Stefan sai.

-Caroline, por favor, traga água pro meu irmão. – ele pede e volta pra sala. Caroline e eu nos olhamos, o que houve ali?

Caroline entrega a água na sala. Stefan e Damon conversam em tom baixo, ouço apenas sussurros. Minutos depois os dois saem juntos e Damon está desalinhado, nó da gravata desfeito, e ele parece suado.

-Estaremos em uma reunião. Eu não estou pra ninguém. – ele diz para Caroline, nem me olha. – Ninguém Caroline. – a loira assente e eles se vão. Stefan com a mão no ombro do irmão e então Damon sacode o ombro e rosna. – Já falei que estou bem. – diz grosso e Stefan ergue as mãos em sinal de rendição e os dois se vão.

...

O resto da semana correu tranquila, eu havia adquirido o hábito de chegar mais cedo no prédio e adiantar as coisas, estava dando certo e eu ganhava tempo. Quando a sexta-feira chegou, eu estava feliz, por que como de costume iria encontrar meus amigos no final do expediente, cheguei cedo no escritório, Caroline não estava então fui organizar a mesa de Damon e o ouvi chegar, ao telefone.

-Precisarei que você me mande isto mais tarde para...- ele me olha, estou diante dele parada, e é a primeira vez desde que mudei que ele consegue de verdade me olhar, e está paralisado. Boa! Ele engole, desvia o olhar e continua. – para que eu possa ter um parecer. – Eu estou radiante, deixei Damon Salvatore paralisado. Eu não consigo evitar o riso e saio de sua sala sem olhar pra trás, cheia de mim. Foi ótimo!

Eu estou vestindo uma saia preta, justa, uma camiseta em tom rosa claro e sapatos de salto. Nada muito gritante, mas bem sofisticado. As pulseiras dão um toque especial a tudo.

...

Já estava saindo quando eu ouço a voz de Damon me chamar. Caroline ainda estava lá e eu sempre pensava antes de me mover quando isto acontecia, pois ele nos chamava da mesma forma, então ela sinaliza pra mim e eu sei que é comigo, ela deve estar fazendo outra coisa.

-Damon... – eu falo entrando na sala com meu bloco de notas. Ele me olha.

-Quero que vá até o departamento de criação e encontre o senhor Mikaelson. Chame ele aqui. Então pode ir. – ele volta a encarar o computador, eu assinto e saio. Pego minha bolsa e me despeço de Caroline, ela está até mais simpática comigo.

Eu procuro Klaus por todo o setor e não o encontro. Estou ficando atrasada. Droga! Matt me liga, perguntando onde estou, lhe digo que não vou demorar. Quando finalmente encontro meu objetivo, ele está conversando com uma moça e bem, não é uma conversa em si, ele está quase a beijando e pelo crachá e uniforme, eu noto que é uma das funcionárias do setor de limpeza. Ele poderia ser mais cafajeste?

-Senhor Mikaelson. – eu chamo, ele pula, a garota sai de perto dele e ele me olha de boca aberta.

-Sim... – diz e não parece me reconhecer.

-Damon o espera na sala dele. – ele revira os olhos e solta um sorriso safado.

-Muito obrigada senhorita. – eu me retiro então, senti nojo dele.

Finalmente quando chego no restaurante, meus amigos já me esperam.

-Oi gente. – falo cumprimentando Matt e Bonnie, depois Jer e Ty. – Desculpem o atraso, eu estava procurando pelo sócio sacana do meu chefe. – todos me encaram sem entender.

-Como estão as coisas no trabalho? – Bonnie me pergunta curiosa. Eu estou empolgada em responder.

-Nossa! Eu realmente estou adorando aquilo. – Todos me olham surpresos. – Gente a Salvatore está investindo numa pesquisa esplêndida sobre energia solar. Há tanto o que se pode fazer com isto, coisas maravilhosas. O Damon é um gênio. Ele desenvolveu tantos protótipos, e eles deram certo, todos. E foi maravilhoso.

-Humm... Parece que alguém aqui está entrando pro meu clube. – diz Tyler e eu fico perdida, encaro Matt que me olha estranho, assim como Bonnie, eles parecem não me reconhecerem, Jeremy apenas sorri, como Tyler.

-O que quer dizer...? – eu peço olhando pro meu amigo e colocando o celular na mesa, segundos depois ele toca e Bonnie lhe dá um bote, chegando nele mais rápido que eu. – O que tá fazendo? – pergunto atordoada.

-Uou! – diz Tyler – Será ele? – Bonnie sorri.

-É sim. O gênio. – diz Bonnie e meus olhos arregalam. Droga! Eu tenho que atender.

-É o Damon? Me dá isso! – eu peço e antes de alcançar o aparelho ela o arremessa pra Matt.

-Eu vou atender e pedir pra ele mesmo ir pegar o seu café. – Ele só pode estar brincando.

-Matt, me dá isso. – ele joga pra Tyler e ele pra Jeremy e quando vai voltar pra Bonnie eu consigo alcançar finalmente e Deus, era quase o sétimo toque.

-Damon... – minha voz está arrastada e eles abafam risadinhas ao meu redor, eles não percebem o quanto isso é importante?

-Quero que vá até a casa de Robert. – presidente da Nikon. Nossa! – Ele tem umas coisas importantes pra mim. Quero que pegue, elas devem estar amanhã bem cedo na minha mesa. Eu mandei o Mason ir te pegar na sua casa. – Uou! O motorista dele.

-Eu entendi. – ele desliga. Ainda ouço os risinhos ao meu redor. Pego minha bolsa e olho pra eles irritada. – Porque vocês não crescem? – saio sem olhar pra trás. Eles são as pessoas mais importantes pra mim nessa droga de cidade e parece que eles não estão nem aí pros meus planos e ainda por cima caçoam do meu emprego, ainda mais o Matt que deveria me apoiar.

Vou para a direção do meu apartamento e fico do lado de fora, minutos depois o carro de Damon surge e as pessoas na rua ficam me olhando entrar. Realmente chama muita atenção. É um belo carro. Belo e muito caro. É muito bom andar nele.

Quando chego no meu destino, estou diante de uma mansão. A casa está cercada de carros e eu ouço música. Damon me mandou mesmo a uma festa? Estou insegura quanto ao que visto, mas depois de entrar, noto que não estou tão fora de contexto e, uau, eu me sinto bem.

-Por favor... – eu me aproximo de um casal, pois não faço ideia de quem seja o homem, embora já tenha ouvido falar dele. – O senhor Robert. – a moça me olha com simpatia, ela está muito bem vestida, rola o olhar pelo salão e aponta.

-Ele está bem ali. – fala risonha e eu agradeço indo na direção do homem.

-Senhor Richeemorth? – eu o chamo. Ele está distraído conversando, mas logo me dá atenção.

-Sim... – diz cortês.

-Damon Salvatore me mandou. – ele logo solta um sorriso largo.

-Hum. Você deve ser a nova Caroline. – diz risonho e eu assinto. – Tem muita sorte garota. – eu penso nisso por um segundo e a dias atrás eu certamente estaria revirando os olhos, mas ele está certo. Tenho muita sorte.

-Obrigada!  Elena Gilbert. – falo risonha.

-Venha comigo Elena. – ele pede e há vários fotógrafos no local, muita gente rica e bonita.

Ele me guia até uma sala afastada e lá me entrega uma pasta.

-Bem, você terá que ter cuidado com isto. Ai está o modelo desenvolvido pela minha empresa, é muito importante. – Nossa! Um projeto.

-Vou proteger muito bem. – falo sorrindo.

-Se você trabalha pro Damon, deve estar precisando de uma bebida. Venha comigo. – ele diz e eu até poderia protestar, mas eu realmente quero uma bebida.

Ele me dirige até o bar e pede um drink pra mim. Logo depois me entrega.

-Aproveite! – diz e depois beija a minha mão, me deixando meio constrangida e sorrindo se afasta.

-Tome cuidado com esta. – uma voz grave fala pra mim e me viro pra dar de cara com um homem bastante atraente. Ele é alto, com olhar profundo e bem misterioso.

-Como disse? – eu estou um pouco fora de contexto, ele sorri pra mim e consegue ficar ainda mais bonito. Sim, ele é muito bonito.

-A bebida. – ele aponta pra minha taça. –É bem forte. Da última vez que eu tomei uma nas festas do Robert, acordei pelado no meio de um bar. – falou num tom sugestivo e eu achei melhor não arriscar, entendendo seu recado. Coloco a bebida de volta no balcão do barmen. – É melhor assim. – ele fala risonho. – Elijah Mikaelson. – estende a mão pra mim. Droga! O dono da empresa Krhomos, rival do meu chefe. Eu engulo enquanto aperto sua mão.

-Elena Gilbert. Assistente de Damon Salvatore. – eu falo pra ele. Mas pra que dizer isto? Ele me olha numa expressão especulativa.

-É uma pena. – ele fala e eu o olho confusa, soltando sua mão.

-Porque uma pena? – ele dá de ombros.

-É que você parece uma pessoa legal e o Damon... – ele hesita, sua expressão é cuidadosa. – O Damon é osso duro de roer.

Certo, não sei porque, isso me atinge. Damon é muito bom no que ele faz, ótimo profissional.

-Eu preciso ir. Foi um prazer senhor.

-O prazer foi meu. Garota do Damon. – ele diz sorrindo e eu não sei se gostei de sua piada, mas certamente ele é bastante interessante. O seu olhar mexe comigo. Concentre-se Elena!

Saio daquele lugar com mil coisas na mente. Foi uma semana longa e amanhã eu estarei no escritório, em pleno sábado. É, eu realmente amo meu trabalho.