Meu Amor Imortal escrita por LILIAN oLIVEIRA


Capítulo 29
Capítulo 29 - A LUA DE VOLTERRA


Notas iniciais do capítulo

Dize:
O vento do meu espírito
Soprou sobre a vida.
E tudo que era efêmero
Se desfez.
E ficaste só tu, que és eterno...
Cecília Meireles
Canticos



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(Narração do autor )

(Conversa Alec e Ness. Volterra)


Depois de um longo silêncio, quando somente o som da noite podia ser ouvido, Alec resolveu cortar o silêncio. Olhar pra ela, alí encostada na árvore, com seus cabelos cor de bronze balançando na brisa da noite, era como admirar um quadro de Renoir. Queria saber o que estava na mente dela, mesmo instintivamente sabendo o que atormentava a menina.

– É o lobo, não é?

A voz de Alec, a fez despertar de seus devaneios. Fazendo-a levantar bruscamente. Nessie deu um suspiro longo e lento, tentando organizar tudo em sua mente. Lembrar dele era doloroso demais. Tudo dentro dela, veio como ondas fortes, como se tudo que estivesse guardado até alí, estivesse em um recipiente, e agora ele transbordava. Seus olhos se encheram de lágrimas e foi impossível segura-las. Os soluços fortes vieram sem controle, e a dor em seu peito, era como se alguém estivesse rasgando seu coração ao meio. Teve que se escorar na árvore, para não perder totalmente o equilíbrio. A dor era forte demais. Deixava suas pernas vacilantes. Ela tentava organizar seus pensamentos. Não! Ele não tem o direito de perguntar sobre isso, pensava. Ele também fora o responsável por isso. Ele estava lá, no dia que deixou seu coração em Forks. Embora, agora tente lhe ajudar. Ness não permitiria se enganar por estes olhos de rubi. Fechou suas mãos em punho, tentando de todas as maneiras, se segurar em um fio de força.

– Não fale dele!

Sua voz saiu seca e vazia. Mesmo com seu rosto contorcido em dor e ódio. Alec respirou fundo. Não que ele precisasse respirar. Mas o cheiro dela o acalmava. Seu perfume era inebriante. Queria grava-lo na memória, para lembrar dele por toda a eternidade.

– Sei que não tenho nenhum direito sobre qualquer coisa, que diga respeito a você. Renesmee . Eu lamento, se isso lhe causa tanta dor.

Ele queria abraça-la. Conforta-la e secar suas lágrimas. Dizer que a amava. Que a amou desde o dia que a viu na clareira, em meio à batalha. Com sua coragem, clamando por sua família e por seus amigos. Implorar por seu perdão, mesmo sabendo que ela não o daria. Passaria a eternidade guardando aquela imagem em sua memória. A dor dela era a dele pra todo o sempre.

Nessie olhava pra ele confusa.

– Eu… Lamento!

Era só o que conseguiu dizer. Era pouco. Era nada. Ele sabia, mas as palavras não saiam. Virou as costas, e voltou ao castelo. Não tinha mais forças para continuar alí.

Ainda recostada na árvore, ela observava ele se afastar, com seu semblante escurecido e seu olhar de dor. O que é isso agora? Pensava . Piedade do vampiro. Ele sofria. Era visível a sua dor. Mas por quê? O motivo era desconhecido para ela. Consciência pesada? Os vampiros de Volterra tinham este tipo de coisa. Estaria ela enlouquecendo ou tendo fortes alucinações. Só pode. Voltou seu olhar para a lua cheia, com sua auréola pratiada em volta, iluminado a noite nesta cidade macabra. Indiferente a todos os sentimentos dos corações mortais ou não. A mesma lua, que Jake olha em La Puch. Fechou os olhos, mandando uma mesagem para o amor de sua eternidade. >>Não me esqueça. Eu te amo! Não sei como, mas eu vou voltar para você >> Era um pedido egoísta, ela sabia. Mas era o desejo mais profundo do seu coração. Não tinha como negar. Voltava ao castelo. Ia se recolher para o quarto. Mas teve a terrível sensação de estar sendo observada. E lá estavam aqueles olhos de ave de rapina novamente a observando com cobiça, que ele não se dava nem ao trabalho de esconder. Nahuel!

– Boa noite, minha layd !

Disse com sorriso cínico, nos lábios finos.

– Apreciando a noite nos jardins de Volterra?

– Já estava indo para o quarto. Boa noite, Nahuel!

Disse rapidamente, se desviando de sua presença, por demais desagradável .

– Quer companhia?

Nessie fingiu não ouvir tal absurdo. Mesmo sabendo que era impossivel, devido à sua natureza. E foi mais que depressa para o quarto. Fugir de sua presença repulsiva. Mas pôde sentir seu olhar seguindo cada movimento seu, quando se afastava.

Dormir era quase que impossível, devido às lembranças que tinham sido libertadas naquela noite. A dor era profunda. Seu coração era como um buraco negro, sugando todas as sua forças... Jake… Jake... Sua mente gritava para o seu peito, como um um pedido de cura para a dor. Sua imagem vinha em sua mente. Cada lembrança, momentos que estiveram juntos, vinham como um filme em sua mente. Lágrimas saíram sem nenhum controle. Ela não lembrava de ter dormido. Tinha desmaido na inconsciência das lembranças. Foi indo em direção da cama, se jogando. Desistindo de lutar com a dor.


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