Uma Doce Maldição escrita por sta_gaby


Capítulo 10
Capítulo 9


Notas iniciais do capítulo

Hey, gente. Bom dia.

Aqui vai mais um capítulo. O pov do Seth e muito mais. Espero que gostem. Boa leitura.



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Seth POV...

    Estava caminhando pela floresta numa noite perfeita mas tão monótoma. Nada acontecia de novo. E o pior, quase todos da minha tribo encontraram suas imprinting. Não seja tolo, Seth. Você foi o único que não encontrou. Bufei alto desejando ao máximo não ter que tomar a forma de lobo. É cruel, você ser o único que não é feliz com alguém e poder ver como seus amigos estão felizes. Er, parece que eu sou a ovelha negra da tribo por não ter acontecido comigo. Ou então, isso de "imprinting" é uma besteira. Talvez, seja mesmo. Quem pode provar que isso é verdade? Que isso realmente acontece com os lobos?

    Me joguei em cima de um tronco de árvore no chão e deitei sobre ele. Como eu gostarei que algo...Ouvi o barulho de algo caindo da montanha que havia ali perto. O barulho de um...Corpo!

    Levantei do chão rápido demais e...Opa. Não vi uma poça enorme de lama. Oh, não. Caí dentro da poça. Não acredito que isso aconteceu comigo. Quando não acontece nada, acontece coisa ruim. Olhei para minhas roupas sujas de lama. A solução é essa. Tirar a roupa suja. Tirei só a camisa de manga preta que eu estava usando, já que a calça não sujou muito. O que sobrou? Só a calça mesmo e o tênis. Pelo menos.

    Olhei para a direção que tinha vindo o barulho e de lá, vinha uma garota. Baixa, altura mediana. Loira de cabelo liso. Pele branca como a neve e os olhos...Dourados? Não pode ser. Corri na direção da suspeita...Vampira.

- Hey! – Gritei vendo a garota se assustar com a minha voz. Há, eu sou demais só que ninguém sabe.
    Percebi a garota me avaliar da cabeça aos pés e por incrível que pareça, eu tive uma vontade absurda de chegar mais perto dela. A loirinha é linda. Sai pensamentos maldosos. (by: BT D&M) Ficamos assim por um tempo até que ela quebrou o silêncio que tinha ficado.

- Oi. – Ela respondeu umpouco envergonhada, eu acho! – O que foi? – Por essa eu não esperava. Uma garota mistério. Primeiro parece um pouco sem graça e depois respond com tamanha ignorância?

- Que foi pergunto eu! – Falei batendo com o punho fechado no meu peito. Ai, doeu. Parecia que ela estava incomodada com o meu físico. Hahah.
 
- Hã? –  Não, só estava se fazendo de sonsa. Ok, vamos ao que interessa.
 
- Eu vi você jogando algo no penhasco, o que era? – Seria um corpo? Uhn, pelo cheiro que ela enala. Só pode ser...Vampira e pela cor de seus olhos. Matou a sede. – Parecia algo grande, enorme!- Por mais que eu tivesse quase certeza de que ela é uma vampira, eu não conseguia me afastar dela. Parecia que algo nela me atraía, me impedindo de ir embora.
 
- Ah... - Ela concerteza não tem idéia de uma desculpa. Pela demora foi sim, um corpo.– Era uma boneca inflável, que achei no quarto do meu namo. . .EX-namorado. – O que?

    Hahahah, ela não disse boneca inflável, ou disse? Noossa, que desculpa. Hein? Tentei disfarçar ao máximo que tinha achado graça. Olhei pra ela e ela parecia estar prendendo o fôlego. Mas de repente, fez uma careta. Parecia que eu estava...Fedendo! Aii, tudo que a culpa foi da lama mas não precisava fazer essa cara.
 
- Mas. . .- Eu tinha que mudar de assunto. – Caiu tão depressa. . .Uma boneca de plástico não é tão pesada assim!- Concerteza, quantas vezes eu já vi o Paul atirando várias coisas do penhasco.
 
- Eu coloquei pedra dentro. . .Mas, afinal, eu não tenho que te dar explicações! – Ai, essa doeu.
    Ela tava de cara emburrada. Deu para ver quando ela passou por mim e esbarrou. Eu sei que foi de propósito. Não tinha nada que a fizesse tropeçar ou desviar sem querer para cima de mim. Fiquei tão encantado quando ela passou por mim. Parecia que o tempo tinha parado mas voltou ao normal quando percebi que ela continuava andando.
 
- Hey! Hey! Espera aí!- Chamei correndo até ela.
    Que bom que ela parou e olhou pra mim.
 
- Que saco! O que você quer?! – Ui, pessoinha arrogante, hein? Vi que ela só estava fazendo teatro. Ela não soube passar direito a idéia de que estava sem paciência. Msmo assim, como eu garoto educado, eu devo pedir desculpas...Pelo que não fiz.
 
- Calma. . .Desculpa se fui muito enxerido. Eu sou Seth. – Falei sorrindo.
    Estendi minha mão para cumprimentá-la porém, receoso de que ela pudesse quebrar minha mão. disse ele, sorrindo e estendendo a mão.

    Tá legal, ela não vai me cumprimentar. Passei a mão no cabelo, constrangido pelo tempo que fiquei com a mão estendida. Olhei para ela e a vi sorrindo. Ok, sem motivos para ficar constrangido. Eu sou um estranho. Ela não tem motivos para me cumprimentar, sem ser por educação. Sorri ao ouví-la dizer seu nome.

- Eu sou Jane. – Por mais que ela falasse seu nome, parecia que o assunto acabaria aqui. E eu não queria isso.- Ahn...Seth, né?
 
- Isso.- Me surpreendi quando ELA puxou assunto.
 
- Você pode me acompanhar até o centro, por favor? – Oi, eu ouvi certo? Ela estava com uma cara de pidona que não deu pra resistir.- É que tem muitos assaltantes por aqui, e tá de noite.

    Não precisa de desculpas. Eu te acompanho até sua casa, se quiser. Hey, Seth. Se você ainda não percebeu, ela é uma vampira. Sem contatos físicos!
 
- Claro! – Já dava pra perceber que eu tinha gostado da idéia de acompanhá-la mas eu não conseguia achar uma explicação para isso. Foi como um impulso. Mas quando ela sorriu, parecia que os motivos começaram a aparecer.
 
- Eu até achei que você fosse me assaltar! – Levei um susto com o que ela havia dito. Eu por acaso tenho cara de ladrão? Acho que não.– Que foi?
 
- Por quê? – Perguntei um tanto incrédulo e ofendido pelo que ela tinha dito. Estava de cabeça baixa.

    Não vou dramatizar mas é isso que falam de mim por ser uma ovelha negra da tribo. Sempre fui o mais diferente de todos. Jake sempre foi o mais ágil. Paul, o mais forte. Sam, o líder. Quil, o mais engraçado. Embry, tranquilão e sentimental. Mas parecia que o meu jeito não podia incluir nessa listinha. Levantei minha cabeça um pouco revoltado e vi que a Jane estava de olhos arregalados.
 
- Desculpa, mas olha como você tá vestido. – Era só o que faltava.
    Agora ela também? Quando eu pensei que poderia ser amigo dela. A raiva que passou por mim foi tanta que não pude esboçar expressão alguma. Pude ver que estava realmente sério ao vê-la recuar um passo.

    Não tinha idéia do que dizer. Estava com a cabeça muito quente para pensar em algo que não saísse com um pouco de grosseria. O melhor a fazer é sair daqui. Saí correndo estrada à acima mas...O que deu nela? Ela está me seguindo por que?
 
- Seth! Seth! – Eu não vou atender, não vou!
 
- Cala a boca! Me deixa em paz! – É, eu não respondi. Gritei sem nem olhar pra trás.
 
- Seth, desculpa! SETH! – Nossa, ela é rápida. Dãã, Seth. Seu burro, ela é uma vampira...E forte! Ela segurava meu braço. Não tão forte para me prender.
 
- Me larga! – Me soltei do aperto dela e pude sentir sua pele fria de encontro com a minha. Só fui sentir o choque quando me livrei daquela pele fria e um tanto macia. Tinha que ser rude com ela para ela entender que não era para me seguir?
 
- Desculpa! Não foi minha intenção te ofender! – Ela arfava enquanto falava. – Afinal, o que eu falei demais?!
    Não foi o que falou DEMAIS e sim, o que FALOU. Sem nem me conhecer, já conseguiu tocar no meu ponto fraco.
 
- Adeus, Jane. – Não podia ficar perto dela, por mais que eu quisesse. Corri o mais rápido que pude e mesmo longe dela, pude ouvir um celular tocando.

    Argh, por que tudo que é bom tem que passar rápido demais? Eu tive a impressão de que poderíamos ser amigos e pior, parecia que o que eu esperei faz tempo, finalmente estava acontecendo. Ou seria só impressão minha? Não, eu não posso ter uma imprinting com uma vampira. Não devo. Longe de mim e da tribo, por que se eles ficarem sabendo do meu pequeno diálogo com a Jane...Não quero nem imaginar o que pode acontecer.

    Não, eu não tive imprinting nenhuma. A única coisa que passava na minha cabeça era que ela tinha falado o que eu menos esperava. E por um momento, pude ver o porquê de tanta rivalidade contra os vampiros. Alguns são mal educados e falam o que dão na cabeça.

    Concerteza, não verei a Jane outra vez. Se visse, seria por uma enorme coincidência.

    Como já estava bem longe dela, parei de correr e fiquei apenas andando. Não sei por que mas eu estava com um pouco de raiva dela mas também queria chegar perto dela, sei lá. Pelo menos, vê-la outra vez.

    Já estava longe da floresta mas ainda dava para vê-la de longe, muito longe. Olhei para frente, vendo que já tava perto da pracinha. Não estava com paciência de ficar aqui, sozinho. Seria uma boa falar com a Leah. Saí correndo na direção da minha casa. Mal estava chegando lá e a Leah já estava me esperando na porta de casa.

- Ué, você aqui fora?- Falei, parando de correr assim que me aproximei dela.
- Meu instinto feminino disse que eu serviria de psicanalista.- Ela falou rindo.
    É, não é? Mulheres, quem as entende?

- Por mais que agente esteja em forma humana e não, lobo. Posso imaginar o que você está pensando.- Ri com o que ela inha falado.
    Bom, o que será que ela vai falar sobre o que me aconteceu? Se eu contar. Para mim saber tenho que testar.

Leah: http://www.cifras.com.br/arquivos/fotos_noticias/467575_97.jpg

- Leah, será que eu posso falar com você mas é sério. Tenta não zoar ou cismar com isso.- Eu estava totalmente envergonhado.
    Leah me olhou de um jeito que já entregava que faria o que eu pedi para não fazer mas concordou que não faria. Claro que estava mentindo mas tudo bem.

- Tá legal, então. Hoje, eu...- Era embaraçoso falar que cheguei perto de uma vampira, ou pior, conheci.- Eu...- Parecia que tava preso na minha garganta.
    Minha cara irmã veio até mim e me deu um tapa na nuca.

- Desembucha, muleque.- Como sempre, carinhooosa.
- Tá, ai...Hoje, eu conheci uma vampira.- Ela me olhou de um jeito como se eu fosse um retardado.
- Só isso? Não tem nada demais.- Ela falava entre risadas.
- Mesmo?- Estava confuso demais para tentar entender a situação.
- Mesmo. Que problema tem em você só conhecer uma vampira? Agora, o que você deve fazer é nunca mais encontrar ou cruzar caminho com essa sangue-suga ou a coisa pode ficar feia pro lado de ambos os dois. E...Não me diga que você sentiu interesse por ela, sentiu?- Lá estava a Leah me olhando como se já soubesse a resposta.

    Uhn...Er...A questão é: Falo ou não para ela que deu vontade de vê-la novamente? É melhor ser sincero e nunca mais ver a Jane ou minto e terá como vê-la outra vez com o perigo de ficar mal com o bando? Argh, onde você foi se meter, hein? Seth, não teve problema nenhum em você conhecer uma garota mas tinha que ser uma vampira?

    Abaixei minha cabeça. A Leah levantou minha cabeça e me olhou profundamente. Foi a primeira vez que senti que ela se importava comigo, que me senti seu irmão.

- Como garota, percebi que você está pensando nesta vampira. Dá pra perceber. Como sua irmã, te aconselho a não fazer alguma burrada com relação à essa sangue-suga mas quero que saiba que tem minha ajuda e meu apoio, se precisar.- Ela falou me olhando nos olhos.
    Não aguentei, a abracei forte.

- Muito obrigada, mana. Sei que você não vai me trair contando para o bando mas agora que te contei, concerteza eles vão ficar sabendo.- Ou seja, eu estou ferrado.
- É mesmo, eu não tinha pensado por esse lado. Faz assim, tenta não pensar nela quando estiver em forma de lobo ou então quando estiver perto deles do mesmo jeito, como lobo.- Parecia óbvio o que a Leah tinha acabado de dizer mas será que eu conseguiria não pensar na Jane?

    Eu sei que não estou apaixonado por ela nem nada mas é estranho. Não sei como explicar.

- Isso vai dar certo.- Falei olhando para a mana.
- Tá bom, então mas vamos entrar que a mãe tá fazendo feijoada e eu tô com fome.- A cara da Leah de gulosa foi muio engraçado. Pra completar, a barriga dela ainda roncou.

    Entramos em casa e já fomos logo para cozinha, comer!


Mellanie POV...

(n/a: Sim, agora vai dar pra vocês saberem um pouco sobre onde a família da Jane está.)


    Abri meus olhos depois de um sono longo. Eu já sabia onde estava. Eles haviam mentido para mim e para o Rodrigo. Eu sabia que mentiriam. Sentei no chão daquele cubículo escuro que estávamos.

- Rodrigo, você está aí?- Falei com a voz um pouco alta para que o meu marido ouvisse. Ouvi uns barulhos a minha volta e depois, senti braços me enlaçarem.

- Oh, como fiquei preocupado. Você está bem, amor?- Ele falou com a voz embargada. Parecia que estava chorando.
- Sim, estou bem mas...A Jane.- Lembrei da minha filha. Onde será que ela está? O que será que eles fizeram com ela? Comecei a chorar sentindo o ar faltar.- Rodrigo, onde está o Demetri? E a Ashley?- A preocupação poderia me matar a qualquer momento.

- Estamos só nós dois aqui. Acho que levaram o Dem e a Ash para algum outro lugar.- Ele falava tranquilo. Será que não sentia culpa pelo que tínhamos feito?
- Amor, o...O que foi que fizemos?- As lágrimas começaram a rolar de meus olhos em maior quantidade.
    Como pude permitir que isto acontecesse?

- Você sabe que fomos obrigados a fazer isso. Só não fomos espertos em pensar nas consequências.- Realmente, não chegamos a pensar no que aconteceria depois de tudo.

- O que será que aconteceu com os três? Será que fizeram algum mal à eles? À Jane?- Não dava pra ficar calma. Várias hipóteses passavam pela minha cabeça. E o pior, é que tínhamos culpa pelo que houve.

- Tente ficar calma. Vamos arranjar um jeito de sair daqui.- Rodrigo falou e agora, eu estava inutilmente tentando me acalmar.


Ashley POV...

- Não, Não. SOLTEM-ME!- Dois grandalhões estavam me levando para algum lugar que eu não sabia. Será que isso tem haver com o que está acontecendo? O que será que eles vão fazer comigo? Para onde vão me levar?- ME SOLTEM...SEUS IDIOTAS!- Não dava para me soltar. Eles eram fortes demais.

- Esta pirralha não sabe mesmo onde se meteu. Não pensaram no que aconteceria. Agora devem arcar com as consequências.- Um homem todo grandão me jogou num quarto todo iluminado.
    O outro era bem moreno. Eles eram assustadores. Senti meu joelho arder pela queda.

- Tenha uma boa transformação.- O moreno falou e fechou a porta do quarto, gargalhando alto.

    Virei meu rosto para olhar para o quarto inteiro. Tinha algumas tochas acesas pela parede, uma cômoda bem velha num canto esquecida e uma cama do outro lado do quarto, toda...Ensanguentada? O medo batia na porta do quarto e agora invadia meu corpo.

    O que será que acontecia neste quarto? O sangue só me deixa pensar numa hipótese que eu não gostaria de ser a próxima a vivenciar. Matavam pessoas aqui, neste mesmo quarto? Creio que sim.

    Levantei do chão e tentei dar um passo a frente mas a minha perna começou a travar. Oh, não. Justo agora? Vamos lá, não vai acontecer nada comigo.

    Consegui dar um passo fazendo com que o quarto clareasse mais. Não sei como mas...Talvez fosse automático com relação a visitas no quarto ou então, alguém acendeu a luz. Agora, eu reparei um espelho a minha frente.

- É deplorável pensar no que fizemos a minha prima e ver que estou bem.- Falei comigo mesma, olhando meu reflexo no escuro.

    Havia uma parte escura do quarto que dava para mim ver pelo espelho. Era amedrontador ver que era bem na minha direção.

- Concordo com você, é deplorável ver que nada aconteceu a vocês.- Ouvi uma outra voz dentro do quarto.
- Quem está aí?- Ninguém respondeu.- Quem está aí?- E novamente, um silêncio horripilante.
- A questão não é quem está aqui no quarto e sim, o que será feito.- A voz parecia ser de um jovem. Parecia com a voz do Dem mas concerteza, não era ele.

    Dei três passos para frente, na direção do espelho.

- Eu tive um motivo, uma ordem pela qual deve obedecer. Infelizmente. Não pense que isto inclue o que fizeram a Jane.- O que o rapaz dizia só me deixava com mais medo.
- Por favor, não faça nada comigo. Eu realmente, não quis fazer isso. Me deixe falar com ela. Pedir desculpas, podemos conversar antes mas por favor...- Sim, eu estava implorando.

    Não sabia com quem estava lidando e isso deixava a situação mais séria do que eu imagino.

- Poderá fazer o que quiser, mas só depois de sair deste quarto.- Por mais que eu estivesse com medo, eu queria ver quem estava no quarto.
- Por favor, me perdoe. Não faça nada...
- Me desculpe.- A voz falou. Virei de costas para olhar quem estava falando comigo.
- Por favor, me...- Algo pulou em mim e senti uma pressão no meu pescoço.- AAAAAiii - E a dor foi tão forte que me fez desmaiar.


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Notas finais do capítulo

E então, gostaram?