Christmas Love escrita por Duda Ribeiro


Capítulo 2
Capítulo 1


Notas iniciais do capítulo

Aqui está o primeiro capítulo.



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– Certo, combinado! – A Sra. Pattie Hamilton desligou o telefone e, sorrindo, para Daisy, disse: - Matt virá para o Natal.

Perturbada, Daisy nada comentou.

“ E eu achando que esse telefonema fosse da minha mãe. Minha irmã já deveria ter dito o bebê. Jamais poderia imaginar que Matt estivesse vindo para cá. Mas não era isso que eu secretamente vivia pedindo a Deus desde que Paige faleceu? Que ele viesse para cá? Que viesse para cá e finalmente me livrasse deste tormento e iluminasse esse meu mundo escuro e sem perspectivas? “ Daisy deu um profundo suspiro. Dentro do peito, seu coração batia descompassado. “ Matt... “

– Você ouviu o que eu lhe disse? – a Sra. Hamilton perguntou.

– A senhora falou comigo? – Daisy, que se encontrava sentada no sofá da sala, fingia prestar atenção na revista que tinha nas mãos.

– Falei sim, minha filha. Eu lhe disse que o Matt está vindo para cá no Natal.

– É mesmo? – Daisy sorriu. – Mas isso é maravilhoso.

– Eu também acho.

– E quanto tempo Matt está pretendendo ficar por aqui?

– Isso eu não sei. Mas parece que meu filho vai ficar trabalhando em Londres por alguns meses e só depois voltará para os Estados Unidos. Matt terá que resolver alguns negócios por lá.

Londres? Daisy sentiu um calafrio percorrer-lhe o corpo. Se Matt estava vindo para trabalhar em Londres, poucas horas de carro a separariam dele.

“ E eu terei inúmeras oportunidades de vê-lo! “

– Matt vai trazer Sophie com ele. Portanto, precisamos arrumar um berço com urgência.

– E eu que não comprei nada para dar a eles como presente de Natal. Quando é que os dois vão chegar?

– Sábado, no final da tarde.

– Mas assim tão depressa? – Daisy perguntou, espantada.

– Você conhece meu filho: quando resolve fazer alguma coisa, não pede tempo em executá-la. Matt pegará um avião em Nova York e chegará em Heatrow á tarde. Depois vai alugar um carro e vem direto para cá.

– Ele lhe pareceu... aborrecido? – Daisy perguntou um tanto temerosa.

– Não – a sra. Hamilton respondeu, balançando vigorosamente a cabeça em negativa. – E isso pra mim foi uma grande novidade. Meu filho me pareceu muito bem.

Uma vez, Daisy ouvira uma das inúmeras namoradas dele dizer:

– Você não passa de uma máquina, Matt Hamilton. Uma bela máquina sem sentimentos!

Naquele dia, além das palavras da namorada, Daisy também ouvira uma risadinha dele. Em seguida, um grande silêncio se havia estabelecido entre os dois. Daisy, então, teve a certeza de que a máquina sem sentimentos estava beijando a moça.

“ Matt sempre conseguiu tudo na vida. Tudo! Inclusive qualquer mulher que lhe cruzasse o caminho! “

– Ele deve estar se sentimento muito mal com tudo o que lhe aconteceu – Daisy disse baixinho. – Mas está se comportando de maneira muito corajosa. Ele sempre foi muito corajoso, não é mesmo? Deve ter sido terrível perder a esposa e ficar com um bebê tão novinho.

– Fiquei totalmente sem ação quando soube da morte da esposa de meu filho. Gostaria que tivesse vindo para cá, logo depois do sepultamento. Mas ele preferiu ficar em Nova York com Sophie... – A sra. Hamilton fez uma pausa e, em seguida, continuou: - Bem, mesmo assim, continuo achando que meu filho agiu precipitadamente ao se casar com aquela moça. Os dois eram muitos diferentes. Nunca imaginei que Matt pudesse se casar com Paige Hill, uma cantora de rock, conhecida no mundo todo. Mas, enfim, a escolha foi dele e a mim só restou respeitar a vontade dele.

A sra. Hamilton, sempre muito calma, continuou falando sobre a falecida esposa do filho e os comentários dela não eram nada elogiosos.

Daisy, calada, apenas ouvia. De repente, numa das pausas feitas pela sra. Hamilton, um pensamento muito preocupante lhe ocorreu.

– Sra. Hamilton – ela começou meio hesitante – a senhora não vai contar a ele, vai?

– Contar a ele sobre o quê?

Daisy, como sempre acontecia quando se sentia constrangida, ficou vermelha.

– A senhora sabe muito bem sobre o que estou falando.

– Sei, claro que sei... Você não quer que eu conte ao meu filho a loucura que fez, não é? Pois eu continuo achando que você fez uma grande loucura, Daisy, deixando a faculdade de matemática. É isso que não quer que eu conte a Matt?

Daisy ficou mais vermelha ainda e respondeu, bastante hesitante:

– É... A senhora conhece o Matt e sabe o que ele vai dizer.

– Conheço. Conheço e sei o que ele vai dizer. E por conhecer o meu filho, tenho certeza de que logo vai descobrir a loucura que você cometeu.

– Mas não quero que ele descubra o que fiz. – Daisy ergueu a cabeça. – E acho que, se tomarmos cuidado, Matt não vai ficar sabendo de nada.

– Não sei, não... – A sra. Hamilton duvidou, sorrindo com afeto.

– Quer que eu arrume o quarto para ele?

– Você faria isso, minha filha?

– Com todo prazer.

– Eu lhe agradeço muito.

– Em qual quarto Matt vai ficar?

– Estou pensando no quarto azul.

– Por que a senhora não o deixa ocupar o quarto que era dele? – Daisy sugeriu, com cuidado. Desde que numa manhã vira Paige Hill saindo daquele quarto, com os cabelos despenteados, ela tivera a confirmação que Matt e Paige eram namorados. Tal constatação a deixara muito infeliz. Desde aquela ocasião, mesmo depois do casamento de Matt com Paige, Daisy passara a evitar o aposento.

– Sabe que é uma excelente idéia? – A sra. Hamilton sorriu. – Aliás, é raro você não ter uma boa idéia. Agora vou dar uma chegadinha na cozinha.

Pattie Hamilton fora a melhor amiga da mãe de Daisy. As duas, muito unidas, freqüentaram a mesma escola. Aquela amizade continuou anos afora, mesmo depois de terem se casado. Quando Matt nasceu, a mãe de Daisy foi escolhida para ser a madrinha dele. Depois foi a vez de Pattie Hamilton ser escolhida para ser madrinha de Poppy, irmã mais velha de Daisy.

Anos mais tarde, quando o pai de Daisy resolveu ir para a Índia, deixando para trás a esposa e as duas filhas pequenas, Pattie Hamilton logo ofereceu ajuda á velha amiga, contratando-a como governanta da imensa mansão onde morava. E a velha amizade entre as duas se tornou mais forte.

Por causa disso, Daisy havia sido criada ao lado de Matt que, aos olhos dela, fora sempre seu grande herói. Dez anos mais velho, Matt sempre se mostrou muito atencioso com a pequena Daisy: ensinou-lhe a empinar pipa, descobriu que ela era um talento com números e também tinha sido o seu primeiro professor de xadrez.

Daisy, para agradar Matt, sempre estudara muito e, sem nenhum tipo de problema, ingressara na universidade para cursar matemática. E estava se saindo muito bem, feliz com a bela carreira que se descortinava a sua frente. Mas aí, um dia, ela ficara sabendo do casamento secreto de Matt com a mais famosa cantora de rock da atualidade. O mundo de Daisy veio abaixo: ela deixou de ter interesse pelos estudos e pela vida. Aquele casamento havia destruído os seus sonhos mais secretos.

“ Matt foi e sempre será tudo para mim! “

Lentamente se levantou, colocou a revista sobre a mesinha de centro e se dirigiu ao velho quarto de Matt.

Ao abrir a porta e ver a estante cheia de belos troféus, seus olhos se encheram de lágrimas.

“ Tenho medo de estar sonhando e acordar a qualquer momento. A saudade que sinto do Matt é grande demais... “




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Notas finais do capítulo

Não demorarei a postar os capítulos porque vocês já leram essa história anteriormente, por isso, estarei postando dois ou mais capítulos todos os dias, até chegar no capítulo 12. Que foi o último capítulo que postei.
O link da foto do Matt não funcionou, então aqui está
http://cdn.thefader.com/wp-content/uploads/2012/06/bieber.jpg
Vamos ao próximo capítulo!
Mas por favor, não deixem de comentar ok?



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