X - Factor: O Fator Da Vida. escrita por Iuri Alves


Capítulo 1
Capítulo 1 - A Descoberta




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Capitulo 1 - A Descoberta.

Kathy não era uma garota comum.

Possuía atributos que talvez muitas de sua idade não tinham. Morena de longos cabelos castanhos claros e olhos cintilantes azuis. Não se sabia sua origem, seus pais verdadeiros, Katherine e Jonh, possuíam atributos normais.

Os pais de Kathy haviam falecido em um acidente de carro, quando tinha apenas três anos. Antes do acidente, foi pedido a Vicent e Deborah que fossem seus padrinhos. Sem demora, a adotaram como filha, já que estava só a partir daquele momento. Vicent é advogado com escritório próprio em Nova York. Tem uma grande ligação com Kathy, pois se parece muito com o seu pai, que fora seu grande amigo de infância. Ele tem atributos distintos, alto, pele branca como a neve e grandes olhos cor de mel.

Desde que a viu veio à lembrança, mas dentre eles, conheceu Deborah.

Combinaram de ir a corredeiras em uma cidade próxima, mas como havia conhecido a pouco Katherine e queria impressioná-la, esqueceu-se do combinado com ele (mais uma vez).

Como sempre, ficou aguardando na porta, em posição habitual: mochila apoiada ao corpo, joelhos flexionados e apoiando o rosto com as mãos. Lamentando novamente pelo amigo, viu uma coisa que chamou a atenção.

Um senhor empunhando um pedaço de madeira e fazendo com que várias latas de tinta explodissem no ar. Até certo momento, tudo estava sobre controle, mas chegou a hora que as latas começaram a atacá-lo ficando impossível controlar a situação. Rapidamente correu e abrigou o senhor dentro da casa, sentou-o na poltrona consumida pelo tempo, assim como toda a casa parecia estar. Muito cansado, o senhor logo caiu no sono e então pode ver o que havia dentro da casa.

Diplomas e várias coisas estanhas, fotos que se mexiam e o cumprimentavam, a louça que se lavava sozinha entre coisas mais bizarras ainda. Foi quando ela entrou com seu cabelo esvoaçante, procurando vestígios da tragédia, já que não viu o que aconteceu lá fora. Preferiu ficar inerte, saiu pelos fundos.

Vendo que tudo estava calmo, dirigiu-se a ela e perguntou sobre Argos e ela sem ação disse que estava bem. Então a convidou para um café e desde então não se separaram. Casaram-se, mas nunca puderam ter filhos. Quando Kathy chegou, foi em um momento muito triste entre eles.

Deborah, meiga e carinhosa, acolheu-a com amor desde o acidente. Amiga de Katherine se sentiu na obrigação de atender ao último pedido de sua grande amiga. Era secretária do Ministério da Magia, mas tornou-se Aurora após conhecê-la. Talvez por coincidência ou obra dos destino, eram muito parecidas. Morena, alta, com lindos e compridos cabelos castanhos desenhados com longas mechas douradas, parecia uma escultura. E tinham esposos muito amigos por sinal também, contavam uma a outra e com vergonha, não queriam apresenta-los uma a outra.

Depois do mal entendido, viraram grandes amigos. Mas nestas famílias, havia segredos.

Jonh e Vicent eram simples e únicos humanos, enquanto elas, fantásticas bruxas.

Ao longo dos anos ela viveu feliz. Estuda na Escola de Magia e Bruxaria de Hogwarts. Dedicada e atenciosa, é a mais popular dentre todos. Goleira defendia com unhas e dentes o time da Grifinória, e como em toda escola havia suas melhores amigas. Elas são Saphire Hallyton e Rebecca Smithen, estão juntas desde sempre.

Em uma tarde de sábado, de férias escolares e muito tédio, Kathy resolveu ir á sorveteria, como Saphire estava visitando-a, resolveu acompanhar. Caminhavam calmamente pela calçada, observando o tempo, as pessoas e o que passavam a sua volta.

— O que aconteceu para sair hoje?

— Estou entediada... Quase nem fico em casa.

— Certo. Alguma coisa me diz que você vai aprontar alguma coisa.

— Eu apronto em Hogwarts e até fui suspensa várias vezes, mas não aqui. Imagina como seria?

— Mas você tem autorização para usar a magia. Não entendo porque.

— Gostaria de saber porque tenho que me defender.

— Por que defender Kathy?

— Somos estranhos aqui, se nos vissem fazer algo, com certeza não seria nada bom...

— A pensar assim.

E assim foram seguindo pela rua, quando ouviram um estrondo. Dois veículos haviam se chocado na avenida principal. Pessoas assustadas, e correndo por todos os lados, mas o que chamou a atenção foi um dos veículos batidos. Na colisão um dos motoristas saiu rapidamente, enquanto que o outro carro ainda mantinha uma senhora e um bebe.

Um dos veículos já estava em chamas, quando se ouviu um grito estridente da senhora presa. Vários tentaram socorrer, mas, foi em vão. Mais um estrondo até que Kathy foi arremessada, meio tonta e sem saber o que aconteceu acordou.

Lentamente abriu os olhos e viu muita fumaça, mas não viu Saphire por perto. Tentou se levantar, mas não possuía forças para se erguer, quando as chamas dominaram o veículo e mais do que nunca veio o perigo da explosão.

Kathy sabia onde estava, sentiu que precisava ajudar.

Não sabia como fazê-lo sem que percebessem a varinha e a magia e, aliás... Não queria mais problemas com Deborah e o Ministério da Magia. Procurou por Saphire e a avistou na calçada desacordada. Olhou em volta para pensar em uma situação para distração, pouco a pouco foi se aproximando do veículo em chamas.

A menos de um metro de distancia houve uma nova explosão que a jogou longe, parecia que tudo estava perdido.

Restou-lhe força o suficiente para o glorioso ato de coragem, concentrada, em salvar aquelas vidas viu um hidrante próximo ao carro. Procurou em seus bolsos enquanto ainda estava no chão, sua varinha e a avistou a alguns centímetros. O desejo de que algo fizesse o fogo apagar... Teve a impressão de que o hidrante explodiu antes de desmaiar, mas teve também a sensação de que alguém a levara pelos braços.

Ao abrir os olhos, sentiu estar sonhando ainda. Um homem barbudo e com cara de zangado observara encostado na janela. De sobressalto, acordou assustada, pois não reconheceu o lugar. Ao observar melhor onde estava, pode perceber que era um lugar luxuoso e muito espaçoso. Altas cortinas brancas cobriam as altas janelas que deixavam transparecer o sol daquela linda manhã.

Os móveis, o piso de madeira tão brilhantes quanto sua varinha. E por falar em sua varinha... Onde foi parar a sua?

Sem saber como procurar, começou discretamente olhar para os lados e viu a mesa de cabeceira onde estavam suas chaves, seus óculos de sol e finalmente sua varinha. Viu que não estava sendo observada e lentamente foi puxando sua varinha. Mas como desajeitada era, acabou esbarrando nas chaves, fazendo com que caíssem no chão.

As apanhou com rapidez a fim de fazer silencio. Enquanto estava com o braço esticado, pode perceber a porta abrir lentamente. Conforme a sombra ia tomando forma, pensou que não era uma pessoa normal, enfim, o mistério foi revelado. O homem estava numa cadeira de rodas.

A recepcionou com um largo sorriso, meio sem jeito, retribuiu. Carregava nas mãos um relógio, uma caixa e um pedaço de papel. Pensava no que serviria para ela, se seriam presentes, ou alguma forma de prendê-la. Ele por sua vez esticou a mão e disse:

— Bem vinda ao Instituto. Sou Charles.

— Onde estou? Como vim parar aqui? E Saphire?

— Ela pergunta demais. – disse agora o barbudo voltado para eles.

— Calma Logan, no lugar dela faria até mais. Vou explicar o que aconteceu, mas deixe que eu termine. No momento do acidente na avenida, Logan estava passando por lá e foi ajudar. Como viu que você se esforçou para ajudar, prestou atenção e pode perceber algo diferente e me avisou. Acho que foi a primeira vez que usou seus poderes, você estourou um hidrante com tudo que tem direito.

— Como assim estourar? Eu não me lembro de nada...

— Voce é uma mutante Kathy. Possui um gene X avançado que permite que tenha um dom especial.

— Primeiro: por que acha que tenho poderes? Segundo: De onde veio esse gene X? Será que são dos meus pais?

— Acho na verdade, que tenha algo mais que mutante no seu sangue. Algo que a torna mais forte que todos nós, potencialmente mais forte.

— Já que estamos falando de coisas estranhas, devo dizer que sou uma bruxa. Daquelas que usam varinha e vassoura.

— Acho que explica tudo. Bem o gene X vem por parte dos seus pais. Na verdade de todos os homens, mutantes ou não, eles passam adiante a mutação. Aqui estamos seguros, procuro ajudar e treinar meus alunos somente para o bem. Nós somos perseguidos e a grande maioria dos humanos não nos quer bem, inclusive o governo.

— Temos algo em comum. – disse desapontada. – Nós bruxos somos perseguidos também e sempre temos que nos camuflar para não ser pegos. Feitiços e nossos artigos são escondidos e estamos sempre preparados para algo ruim, não que sejamos negativos, mas tudo pode acontecer.

— Nisso a guria tem a razão. – com um sorriso malicioso. – Já que não falei muito, sou Logan, mas me chamam de Wolverine.

— Prazer, grande salvador e obrigado por me proteger. Mas agora estou bem e vou embora.

— Antes quero te fazer um convite Kathy.Quero analisar umas amostras de sangue,para ver o que acontece em seu corpo, é muito diferente, sei que sente falta de sua família, mas quero ver até onde pode chegar á magnitude de seus poderes.

— Tenho aula professor, logo tenho que voltar a Hogwarts. E meus pais ficarão preocupados, é tentador ficar aqui e na verdade estou em duvida.

— Por que não conhece o Instituto? Eu te mostro guria. Não sou fã número 1, mas talvez você possa se decidir.

Logan esperou que Katy se vestisse e a conduziu pelos corredores da mansão. A cada passo que dava, ele explicava para que servia e situação que devia ser usada. Observou cada pintura e cada mutante que passava e notou que para não assustar, muito deles não mostravam suas habilidades. Mas se encantou com um deles, tinha pele azul e uma longa cauda esvoaçante. Seu nome: Noturno.

Ao vê-la, fez uma reverência dando boas vindas. Com um largo sorriso retribuiu, ao se teleportar lembrou-se de sua varinha e voltou ao quarto, após alguns passos chegou ao seu destino. Surpreendeu-se ao chegar e ver seu novo estranho amigo e sua cama. Dava cambalhotas e sorriu ao ver que estava sendo observado. Não sabia se chegava perto ou ficava ali, recostada sobre a porta gigante, pensou e viu que se não fez nada até agora, não faria mais.

Lentamente caminhou até a mesa de cabeceira onde estava sua varinha, a agarrou e com firmeza retribuiu o gesto e cortesia anterior, calmamente voltou á porta, onde Logan a esperava confuso pela demora. houve uma mescla de sentimentos, queria comprovar se realmente fez tudo que fez.


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Notas finais do capítulo

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N/Mille(a beta da fanfic): Qualquer erro me avisem por MP.
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