49 Days escrita por AnneWitter
Notas iniciais do capítulo
- Cap não betado.
-Agradeço aos comentários da Shaman, Mishaluh e NessaBeHappy, espero que continuem acompanhando a fanfic. E obrigado meninas por tbm favoritarem a fanfic ^.^
- E não esqueçam de comentar!!!
Bjokas!!!
O lado de dentro da casa era pior que a fachada desta, não havia muito móveis. Na verdade a casa dispunha apenas de um velho armário de cozinha, precariamente pendurado na parede mofada, uma mesa de centro, colocada no cômodo que seria quarto e sala; uma cadeira posta na pequena cozinha e uma cômoda num estado nada melhor que o armário da cozinha. Encostado numa das paredes do cômodo sala/quarto, estava inúmeras caixas de papelão, todas empilhadas, e encostada numa outra parede, rente a aquela das caixas, estava enrolados futon e edredons, e sobre esses travesseiros. Na parede oposta a das caixas, ficava uma porta, qual dava para um banheiro tão duvidoso quando o resto da casa. Realmente um cenário desencorajador.
Lucy e o programador olhava o local com aquela terrível impressão, enquanto a dona dali preparava para si algo para comer. Esta vestia uma calça jeans velha, completamente desbotada, e um blusão azul, que ia até o joelho. Seus cabelos estavam presos num rabo de cavalo frouxo, sua aparência combinava tanto com a casa, que Lucy achou que a mulher certamente o deixara daquela forma, devido a isso. Para que essa se sentisse confortável dentro de sua casa. Isso fez com que Lucy sentisse uma compaixão gigantesca pela mulher.
Movida por isso, Lucy agachou-se defronte a ruiva, quando esta se sentou num travesseiro em frente a mesa de centro, com uma panelinha com ramem pronto dentro. A loira a observou atentamente, reparando que ambas certamente não tinham tanta diferencia de idade, certamente entre 2 á 4 anos de diferença. Embora a expressão carregada de tristeza e sofrimento dava ares aquela mulher de mais velha, sem falar de seu modo de se vestir, fora isso, caso ela se arrumasse, Lucy tinha a plena certeza que aquela ruiva seria uma mulher de encantos preciosos, o bastante para arrebatar corações de homens desavisados.
-Por que ela vive assim? – indagou Lucy para o programador, que se encontrava ainda na porta do lugar, olhando desinteressado o par de pobres mulheres.
-Como poderei saber. Pessoas em todo o mundo sofrem por inúmeras razões. Perdas de entes queridos, desempregos, desilusão amorosa, violência na infância e muitas outras coisas que o ser humano inventa a cada dia. Certamente ela esteja assim por causa de uma dessas coisas, ou mesmo por várias delas.
Lucy bufou diante ao comentário dele.
-Você poderia se mostrar mais preocupado, não?
Ele deu de ombro.
-Já tenho uma lista enorme para me preocupar. – rebateu ele.
Lucy voltou a bufar, e ignorando-o voltou a fitar a mulher.
-Espero que sejamos grandes amigas, já que de hoje em diante iremos compartilhar o mesmo corpo.
A mulher repousou o hashi ao lado da panelinha e suspirou, lançando um olhar na direção em que estava Lucy, a loira ficou estática quando o olhar dela se encontrou com o seu. E um aperto no coração acompanhou, quando visualizou melhor a profunda tristeza que havia naquela íris, uma tristeza sufocante. E o breve segundo que a loira acreditou que a ruiva olhou para si, vez com que a loira desejasse que aquilo fosse possível e que a mulher realmente pudesse lhe ver. Entretanto logo em seguida ela voltou a comer, entristecendo Lucy.
-Eu posso fazer algo por ela? – indagou ela para o programador, ao se levantar.
-Nem me darei ao trabalho de lhe responder. – disse secamente.
Aquilo a vez bufar pela terceira fez, o modo daquele programador estava a deixando irritada.
Passado algum tempo, depois que a mulher terminou de comer e ajeitou a louça suja na pequena pia que havia na cozinha, ela caminhou até o amontoado de edredons e travesseiros , de onde retirou seu futon e o arrumou no chão, para em seguida pegar um travesseiro e se deitar.
-Esta chegando o momento. – declarou o programador.
-Qual momento?
-De você voltar à vida.
Ouvir aquilo vez com que uma gostosa sensação passasse pelo corpo de Lucy. Os dois esperaram que alguns minutos se passassem, e quanto tiveram a certeza que a ruiva estava num sono pesado, o programador retirou do bolso de sua jaqueta um colar, qual estendeu para Lucy.
-Será no pingente desse colar que você guardará suas lágrimas. Não será necessário que você realize realmente a coleta, uma vez que essa acontecerá automaticamente, a partir do momento que você coloca o colar e uma lágrima verdadeira cai do olho de alguém por você, em algum lugar, essa lágrima automaticamente será guardada no pingente.
Lucy pegou o colar e o analisou, imaginando se assim que o colocasse as três lágrimas já não seriam adicionadas e então nem precisaria utilizar do corpo daquela pobre mulher. A ideia lhe foi tão reconfortante que ela rapidamente colocou o colar, para então constatar o que não queria, nenhuma lágrima tinha sido derramada. Suspirosa ela olhou para a ruiva deitada.
-O que tenho que fazer agora?
-Nada demais, somente deitasse sobre ela, você simplesmente entrará no corpo dela.
Aquilo não pareceu simples para a loira que olhava receosa para a mulher, pensava agora na terrível possibilidade de tudo aquilo dar errado, e ela ficar presa no corpo da ruiva e mesmo coletando as três lágrimas, não conseguiria voltar para seu corpo. Com esse pensamento, ela ficou parada, apenas observava a mulher respirar tranquilamente, completamente alheia os dois seres em pé diante de si.
-Não quer fazer isso? Devo então abrir o portal? – questionou o programador de modo provocador.
Lucy o olhou desesperada ao vê-lo colocar a não no bolso da calça, já imaginando aquele enorme portal dourado diante de si, sem esperar uma segunda reação dele, ela avançou para a mulher, assim que se postou diante dela, inspirou fundo, para em seguida, devagar, deitar-se sobre a ruiva e a cada centímetro que sua alma se aproximava do corpo dela, a alma era sugada para dentro do corpo, como que dissipando lentamente, deixando aos poucos transparente a sua alma... Então tudo ficou escuro.
Demorou alguns segundos para Lucy perceber o porquê tudo escurecera. Cautelosamente a loira abriu os olhos da ruiva, visualizando primeiramente o teto descascado daquela velha casa, para logo depois ver o rosto do programador acima do seu, ele se encontrava em pé ao lado dela a mirando com curiosidade.
Devagar, como que saboreando aquela sensação, a loira fez o corpo da ruiva se sentar. Sorrindo bobamente ela se virou para o programador.
-É realmente muito bom ter um corpo!
-Sim. Imagino que o seja. Mas não se esqueça das regras e que essa mulher tem a própria vida. E uma das coisas que fazem parte da vida dela é trabalhar durante a noite numa cafeteria, portanto, antes da meia noite esteja de volta, para que quando ela acordar, ela não esteja num lugar estranho, estragando tudo para você.
-Eu simplesmente saio, quando ela acorda?
-Sim.
Lucy torceu o nariz diante aquela informação.
-Mas como não saber que isso pode vim acontecer antes do horário?
-Não tem como saber, e saiba que isso sim é uma emergência, portanto quando isso acontecer durante o horário reservado para você, ligue-me imediatamente.
-OK.
Ela se levantou e correu para o banheiro. E como esperava lhe foi um choque quando se olhou no espelho, foi extremamente estranho se olhar e, no lugar de seu reflexo, ver aquela mulher de aparência depressiva. E como que querendo comprovar o que via, a loira, no corpo da ruiva, levou a mão desta ao rosto, passando-a pelo rosto de modo analítico, querendo sentir cada centímetro. Aquilo era fantástico e assustador ao mesmo tempo.
-Muito estranho. – sussurrou.
Ela logo em seguida voltou para a sala/quarto.
-Agora tenho que ir, a deixarei por contra própria. Lembre-se das regras, caso esqueça de alguma delas, olhe no seu celular que lhe entreguei...
-O celular! – disse ela, procurando pelos bolsos, e para sua surpresa o encontrando num dos bolsos da calça jeans.
O programador pacientemente explicou ao ver o espanto dela.
-Ele será visto por todos, como disse, funcionará também como um aparelho normal. Mas quando estiver no modo alma, tal como você, ninguém também não o verá. E ele sempre estará contigo, uma vez que é um aparelho especial.
Lucy sorriu olhando o aparelho, achando tudo aquilo muito interessante.
-Como dizia. – continuou o programador. – No caso de esquecer de alguma regra, tudo está marcado no celular, é só clicar no ícone de um bloco de nota que tem na tela. E no caso de emergência, é só me ligar ou me mandar mensagem.
-Espere um segundo. – disse ela séria. – Você me disse tudo sobre esse acordo de 49 dias, entretanto não me falou nada dessa mulher, tampouco o nome dela. Será que não devo saber de algo sobre ela?
-Não. Embora o nome sim. Ela se chama Erza Scarlet.
-Erza Scarlet. – repetiu Lucy. – Um nome muito bonito.
-Bem, até mais. – e o programador sumiu.
Lucy ficou ainda um tempo olhando o lugar que outrora estivera o programador, agora se perguntando se tudo no fim das contas não passava de um engano, e ela na verdade estava tento um longo e estranho sonho, para comprovar isso ela se beliscou, embora beliscasse o braço de outra mulher, a dor lhe foi extramente real.
Esfregando o braço no local que beliscara ela voltou para o banheiro, antes de qualquer coisa ela queria mudar um pouco a aparência medonha daquela mulher...
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- E não esqueçam de comentar!!!
Bjokas!!!