49 Days escrita por AnneWitter


Capítulo 2
Prepare-se para iniciar sua jornada...


Notas iniciais do capítulo

- Cap não betado.
- Obrigada pelo comentário Shaman, e obrigada Mishaluh por favoritar a fanfic, fico realmente muito feliz com isso, vocês me inspiraram a escrever mais esses cap, tal como também aqueles que estão lendo essa fanfic, mas por favor não se esqueçam de comentar, pois isso realmente me inspira a escrever!!!
-Bjoks, espero que gostem!!!!



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É tudo um sonho, é um sonho.

Dizia-se em pensamento a loira.

Os olhos achocolatado mirava descrente o portal diante de si. O programador estava ao seu lado, ainda segurava uma chave dourada, qual utilizara para abrir aquele portal. Ambos se encontravam na praça central da cidade, o som de crianças, casais , cachorros e pássaros, preenchia todo o local, entretanto para Lucy naquele instante nada daquilo existia, somente aquele enorme portal de aspecto espectral, que surgira do nada quando o programador riscou o ar com a chave dourada. Um portal que servia para as almas fazerem a passagem, e até mesmo por isso que ela se mantinha longe deste, evitando passar por ele sem querer.

A razão do programador abri-lo encontrava-se do outra lado dele, uma mulher, já em idade avançada, que acabara de falecer. Seu corpo ainda se encontrava sentado num dos bancos da praça, quem a visse pensaria que a mulher caíra no sono. Uma cena realmente triste em se ver, principalmente levando em consideração que ela estava sozinha e que até aquele momento ninguém foi verificar a pobre velhinha adormecida.

 Contudo Lucy não pensara numa nesse assunto, seus olhos grudados no portal e o significado deste lhe era mais incomodo.

Delicadamente o programador guiou a mulher para perto do portal, esta lhe olhou e deu um largo sorriso, olhando em seguida para Lucy, quem recuou ao vê-la lhe olhar. A mulher abriu um brilhante e reconfortante sorriso e acenou graciosa, para em seguida passar pelo portal. O programador ficou do lado de fora, apenas vendo a mulher passar, como Lucy fazia. Uma luz ofuscante encobriu todo o local assim que a mulher adentrou e tão simples o portal apareceu, ele desapareceu. Com apenas um movimento de mão do programador.

A loira sabia o porque que ele havia lhe levado até aquele lugar e lhe mostrado aquilo, era para que ela não tivesse mais nenhuma dúvida sobre o que estava acontecendo. Contudo tudo aquilo, embora ela estivesse aceitando de certa forma tudo muito bem, era assustador... E no fundo, ela não queria acreditar e tinha um medo irracional daquele homem vestido tão despreocupado, como qualquer outro homem jovem se vestiria. Aquilo na verdade era outro fator que deixava a loira inquieta, a vestimenta do homem, este não dava a ela ares de ser um ser tão importante, afinal alguém que tinha como missão de ajudar as almas fazerem a travessia era um ser espiritual de grandeza. Entretanto a roupa que ela usava não passava isso. Mas isso era algo que ela não comentaria, embora pensara em fazê-lo... Claro antes da cena do portal.

 Assim que tudo voltou ao normal e o enorme portal de cor dourada e aparência espiritual desapareceu, o programador colocou-se diante da loira, quem o olhou assustada.

-Entende agora o quão real e importante é sua jornada? – disse ele seriamente.

-Sim.

-Ótimo. Sei que é assustador ver isso pela primeira vez, principalmente na circunstancia em que se encontra, mas as vezes eu preciso ser radical para tirar qualquer dúvida que possa existir dentro da pessoa... Ou melhor, da alma. Uma vez que isso possa a vim comprometer seu desempenho na missão de coletar as lágrimas. Pode ter certeza no que eu digo, já que alguns que passaram pela mesma coisa que você, encarava tudo como uma alucinação e ou sonho deles, e portanto não se empenhavam naquilo que faziam.  Em resumo, desperdiçaram os 49 dias e então tiveram que fazer a passagem, apesar dos protestos.

Lucy engoliu em seco.

Por que está com medo? É claro que você conseguirá, você tem sorte de ser uma pessoa amada.

Ela sorriu com o pensamento, o programador lhe olhou curioso.

-Agora preste atenção. – iniciou ele chamando totalmente a atenção dela. – Irei lhe dizer as regras que rege essa condição. Primeira, é extremamente proibida que conte sobre os 49 dias para as pessoas ao seu redor e sobre coletar as três lágrimas. Segundo, quando estiver utilizando o corpo daquela que lhe ajudará nessa jornada, não poderá dizer a ninguém sua verdadeira identidade; terceiro, não poderá prejudicar de nenhuma forma aquela que passará a ser seu corpo e tampouco atrapalhar sua vida, terá que respeitar todos os limites dela.

‘Quarto, você terá 49 dias para realizar as coletas das lágrimas e nenhum segundo a mais, embora não há problema algum finalizar antes dos 49 dias. Quinto, embora eu seja o seu programador e estarei lhe orientando nessa jornada, não quer dizer que terei que estar ao seu lado 24 horas do dia, e nem todos os dias desses 49 dias. Eu tenho, como disse, uma lista a cumprir e portanto sou extremante ocupado, e por isso quando me chamar que isso seja feito devido a uma grande emergência, do contrario espere que eu faça contato para me comunicar aquilo que quer falar.  Sexto, as lágrimas, como já disse, terão que ser verdadeiras, lágrimas que realmente venham do coração e essas não podem ser da mesma pessoa e tampouco de um familiar.

Sétimo, embora você esteja utilizando um corpo, esta tem sua própria vida, e por isso não se pode utilizar dos recursos dela para si, isso inclui alimentação e dinheiro, caso acha necessário ambas as coisas, essas precisam ser do fruto de seu próprio trabalho e não do trabalho realizado pela verdadeira dona do corpo. Oitavo e último, embora essa não seja uma condição para conseguir seu corpo de volta, e não seja propriamente uma regra e sim um conselho. Eu a oriento a também tentar descobrir a verdade desse acidente, mas uma coisa é certa, todos os que tiveram suas almas presas nesse acordo dos 49 dias, tinham uma ligação ao que o levou a esse acordo. Pode não ser nada importante, entretanto, no mundo espiritual tudo tem uma razão.’

Ele virou as costas para Lucy, a loira o ponderou com o olhar. As últimas palavras dele parecia carregada de significados pessoais, mas ela não comentou nada. Ele suspirou fundo e tirou algo de sua calça, qual era similar a um celular. Lentamente ele voltou-se para a loira, quem ainda o observava.

-Isso é seu. – disse ele entregando o objeto, Lucy o pegou constatando que realmente se tratada de um aparelho celular, um dos mais modernos diga de passagem. – Essa será a forma que iremos nos comunicar, além de que funcionará como um aparelho normal. – explicou ele.

Lucy deixou um sorriso escapar com isso.

-Até o céu se entregou para a tecnologia?

Ela olhou para o rapaz que a olhava com censura, a fazendo ficar sem jeito.

-Desculpa.

-Bem, ignorando isso, para falar comigo, ou mesmo me mandar uma mensagem, é só discar o número um. Mas lembre-se, somente me chame quando realmente for uma emergência, do contrario nem o faça.- esclareceu ele em tom sério.

-Tudo bem.

Ele enviou a mão no outro bolso da calça, tirando dali um aparelho igual o da loira, onde verificou algo.

-Ela ainda está no hospital. – sussurrou, o que intrigou a loira que conseguiu ouvi-lo.

-Quem está no hospital?

O programador lhe ponderou.

-Saberá mais tarde. Venha.

Os dois seguiram para a moto, que se encontrava no estacionamento do praça, e seguiram para uma área mais afastada do centro da cidade. Lucy olhava o lugar com receio, nunca estivera naquela parte da cidade, tudo lhe parecia tão precário e escuro aquilo lhe causou um arrepio.

-O que estamos fazendo aqui? – questionou ela receosa quando ele estacionou diante de uma casa, tão precária quando o bairro no qual se encontrava.

-Iremos esperar.

-Esperar?

-Sim.

-O quê?

-O que, não. Quem.

-Quem? E quem iremos esperar?

Ele nada disse, apenas voltou a verificar seu celular.

-Hmmm, ela acabou de sair. – e voltou a olhar a loira. – Não se preocupe, logo saberá.


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Notas finais do capítulo

- Não esqueçam o comentário!!!!



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