I Cannot Love You escrita por gabyzutto


Capítulo 6
Capítulo 5 - Meu irmão, meu problema


Notas iniciais do capítulo

Ness cap. Stiven faz uma coisa meio... doida



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Eu vou lá pra cima, e o Tiv entra na cozinha. Antes que eu entrasse no quarto dele, para colocar a mochila em qualquer canto, eu escuto um vibratório vindo de dentro da mochila dele. A mochila dele era toda preta, mas ele mesmo fez dois simbolos com tinta vermelha na frente dela, ele e os amigos doidos dele. Um, era uma estrela de seis pontas. (simboliza a evolução e a involução) E o outro, era um A com um circulo em volta. (Simbolo do nazismo, que aos olhos dos punks, indica revolução total contra todos que se oporem a eles, a anarquia).

 

[esses são os links dos desenhos da mochila de Stiven]

http://sagaz.files.wordpress.com/2009/01/anarquia_0materia.jpg

http://reporterdecristo.com/wp-content/uploads/2008/04/figura144.jpg

 

Eu abro a mochila dele no corredor mesmo,é claro que era o celular. Era apenas uma mensagem de texto que havia sido enviada a ele. Sem recuar, abro o celular e vejo a mensagem que dizia o seguinte:

 

“ Stiven, sou eu a mamãe, é que eu quero avisar que tive que viajar

as pressas, me surgiu uma oportunidade incrivel de emprego

por conta dos meus trabalhos de desenho. Depois conto mais detalhes.

Não esquece de avisar a sua irmã.

Amo vocês.

Mamãe.”

Depois de terminar de ler, eu estava completamente atônica e boquiaberta. Fazia muuuito tempo que minha mãe não viajava... terei que ficar sozinha com o Stiven, droga.

- Eu não acredito!! – e jogando ambas mochilas no chão, desço correndo as escadas, dizendo:

- Tiv, Tiv!(apelido mais ‘normal’ do Stiven) – entrando na cozinha. Stiven estava pronto para abocanhar um sanduiche enorme que a mamãe havia deixado pra ele. Ela deixou um para mim também, mas claro que o meu é mais light. Mamãe sabe que nós adoramos sanduiches.

- Stiven, olha! – digo, entregando o celular.

- O que ta fazendo cutucando minhas coisas, pirralha? – ele reclama.

- Pega logo! – digo, ainda estendendo o celular pra ele.

- Não posso pegar, minhas mãos já estão sujas!

- Então olha! – me inclino para mostrar a mensagem pra ele. Depois que ele termina de ler, mechendo no piercing no canto do lado esquerdo da boca dele, ele diz:

- Ela viajou? – ele diz sem se alterar muito. –Beleza! Agora vou poder chegar tarde em casa e ninguém vai poder reclamar!

- Ai credo! Como você é insensivel! – eu digo, tirando da mensagem, e dando uma olhada em outras. Mas vejo que a caixa de entrada dele, esta bloqueada!

- Meu, você bloqueia seu celular?

- Porque, curiosa? Ta querendo ver o que ai?

- Não quero ver nada! – eu fecho o celular, e coloco emcima da mesa do lado dele.

 

Por fim, entro no meu quarto e me jogo na cama, tirando minha calça jeans apertada e meio desconfortavel. Eu costumava deixar meu mp9 debaixo do meu travesseiro e inconscientemente, coloco minha mão debaixo dele, tendo esquecido completamente por um instante, que o meu irmão tinha dado um fim nele.

- Droga! – reclamo comigo mesma.

Pego a instensão do telefone de casa, que tinha no meu quarto também, esticando o meu braço até ele, e digito o numero do telefone do celular do Frank. Depois de chamar três vezes, alguém atende, era uma voz de mulher, achei estranho na hora porque é sempre ele que atende o celular dele.

- Alo? - ela diz.

- ... Alo? – respondo depois de uma breve pausa. – É... do celular do Frank?

- É sim! Quem é? – a voz feminina era bem doce e muito bonita, mas ao mesmo tempo voraz.

- É... uma amiga dele! A Geovanna!

Eu sinto ela dar uma resfolegada, e depois de um tempo não dizer mais nada. Eu tinha quase certesa que era a irmã dele, a Bianca.

- Alo? É a Bianca não é? – pergunto achando muuito esquisito ela ter parado de falar no momento em que disse meu nome. Minhas dúvidas se confirmaram no momento em que ela desligou o telefone na minha cara. Bem... não! Talvez a ligação tenha caido! Porque sou tão radical em ir logo pensando o negativo? E o mais provavel... penso em ligar novamente, mas nem da tempo, me assusto quando meu irmão abre a porta com tudo e olha pra mim.

 

Eu estava na minha cama, só de camiseta e com uma caleçon rosa claro. E ainda com minhas meias até o joelho com listras brancas e pretas. Ele fica parado me olhando, eu pego umas almofadas que estavam na minha cama, e jogo nele dizendo:

- O que é? Sai daqui! Você não pode entrar assim no meu quarto, muleke entruso!

Ele se defende com a braço, segurando um riso, eu levanto e o empurro, meu ideal era empurra-lo para fora, mas ele muda o rumo e sem querer o encosto na parede.

- Calma, pirralha! – ele diz, quando já estavamos nos olhando. Eu fico parada olhando pra ele, ainda segurando os braços dele, com olhos arregalados. Ele me olha, e eu sinto a mão dele encostar levemente no meu quadril.

- Aai, sai daqui muleke! Sai logo! – digo me afastando, no exato momento em que senti a mão dele.

- Não precisa ficar irritadinha não! – estranhamente ele não altera seu tom de voz.

- Então fala o que você quer! – eu digo, sentando na cama e colocando um ursão no meu colo.

- Você largou minha mochila no corredor? E aberta ainda por cima? – ele deveria ter dito isso, com um tom grosso, mas ao contrario disso, ele falou bem calmo, com os olhos claros colados em mim.

- É que eu esqueci de tirar de lá! Eu fiquei tão impressionada com o negócio da mamãe que... – quando ia terminar a frase, eu vejo ele sentado do meu lado, muito sério.

- Que? – ele diz quase sussurando.

- Que... – simplesmente esqueci o que estava falando, e começo a gaguejar.

- Fala Geovanna! – ele tinha um tom doce e levissimo na voz, chegava a ser sensual.

- É... ai, eu sei lá! Você pode se retirar agora, porque... eu vou pro banho! – me levanto ao dizer isso.

- Quer que eu vá com você? – ele diz se levantando também, e colocando sua mão agora na minha cintura, tudo bem podia ser normal, mas se ele não estivesse colocado essa sua mão fria, por debaixo da minha camiseta.


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