Pouco tempo depois, ele já estava deitado naquele chão. Mas alguém bate na porta.
- Ei, Stiven! Sou eu, o Frank, amigo da sua irmã! O que você ta fazendo? Abre ai!! – Stiven escuta, mas sente-se cansado demais para responder. Tudo a sua volta esta girando, e ele sente uma ânsia horrível de vômito. A única coisa que ele queria era ela.
- Stiven! Se você não abrir, eu vou ser obrigado a arrombar essa porta! – era como se Frank soubesse o que estava acontecendo ali dentro.
- Faz isso. – Stiven falou tão baixo, que não tinha como ele ter ouvido. Foi como se ele tivesse pensado alto. Ainda assim.
- Você quer que eu faça isso? – Frank pergunta. Um minuto depois, ele chuta a porta que abre logo. Ele paraliza ao ver todo aquele sangue.
Frank meio inquieto, se aproxima, mas não abaixa, dizendo:
- O ... que você fez, Stiven?
- Eu não... sei! – Frank com olhos arregalados, olha a sua volta aparentemente amedrontado. E vê o nome de Geovanna na parede.
Passa um tempo, Frank leva Stiven até o hospital, ele estava de carro, houve uma paralisação no casebre por conta desse incidente.
[Geovanna’s pov]
Segunda-feira. É claro que não fui para o colégio.
Depois de Stiven ter tomado um calmante, ele dorme tão docemente, como a muito tempo não fazia. Frank me chama, e vou abalada para o hospital. Já esta de manhã. Logo aparecem Mike, Derick e Reita. Depois, duas garotas que eu não conhecia aparecem e trocam as vezes, algumas palavras com os amigos do Stiven, mas como não estou muito perto, não consigo escutar.
Por ultimo chega Sophia que fica o tempo todo perto de mim.
Logo meu irmão vai ser liberado. Estamos agora na sala de espera, estou completamente atordoada. Frank não me contou detalhes, mas o que me contou me deixou arrasada.
Como ele pôde se cortar?
Não sei o que pensar. Nem o que dizer. Só sei que quero minha vida de volta. Minha vida normal, com um irmão chato. O Stiven que eu sempre conheci. Mas, apesar disso não quero mentir pra mim mesma. Sinto prazer quando ele me toca. Um prazer doloroso.
Ele aparece, com sua camisa branca manchada. E sua mão toda enfaixada. Seus olhos estão fundos.
- Irmão! – me aproximo dele, mas as garotas avançam para cima dele antes de mim, uma delas, a de cabelos curtos e pretos com algumas mechas vermelho vivo, diz:
- Tiv gato! Como você esta? Você se machucou?
- O que você esta fazendo aqui? Como você soube que eu vim pra cá?
- Ela seguiu o meu carro! – diz Frank, logo todos já estavam em volta do Stiven.
- Você... nos seguiu Megan? Você só pode estar ficando pirada! – diz o Stiven.
- Ei Megan é melhor você ir andando, deixa o Stiven em paz meu, ele não quer mais nada com você! – diz o Reita, todos olham pra ele quando ele fala.
- Não se intromete, Reita! – a outra garota diz, uma morena pele escura, cabelos cor de castanha, olhos verdes.
- Não se intromete você, vocês são loucas, caiam fora daqui as duas! – diz Mike, pegando no braço de ambas e as puxando.
- Deixa, gente, deixa elas ai, eu já estou indo mesmo! – o Stiven diz, saindo do meio de toda aquela gente, se aproximando de mim. E olhando para mim.
- Geovanna! – ele me abraça envolvendo só seu braço direito por mim. Eu retribuo, perguntando:
- Stiven, o que aconteceu? Você mesmo se cortou?
- Quem disse isso? – ele diz, me olhando.
- Eu disse. – o Frank responde se aproximando da gente.
- Você. Eu devia saber, qual é eim cara? Você viu?
- Não, mas não sou idiota!
- Porque você me ajudou?
- Porque você é irmão da Geovanna, só por isso.
Depois de muito insistir, Stiven aceita voltar pra casa no carro de Frank. Uma Bmw-x5 cinza versão esportiva.
Junto com eles, eu vou também claro, e Sophia vai junto com a gente.
Derick, Reita e Mike, vão no carro deles que era um vectra preto super lindo. O carro era de Mike.
Antes de entrar no carro de Frank, eu fico olhando um tempo para o mesmo.
- Frank, esse carro é novo? – eu pergunto. Ele me olha na hora, e olha em seguida para seu carro estacionado.
- É.
A gente entra no carro, Stiven não quis que eu ficasse na frente junto com o Frank. Então a Sophia foi na frente com ele e eu e o Stiven atrás. Ele estava meio com raiva porque não gostou muito da idéia de voltar pra casa no carro do Frank. Não entendo porque, ele deveria estar agradecido, já que o Frank fez tudo isso pra ele.
Esse carro sinceramente não é nada estranho pra mim. Mas nunca vi o Frank com ele antes.
Já estamos a caminho de casa, os amigos de Stiven estão vindo atrás.
- Ei, Nina tenho um recado do Rick pra você. – diz Sophia, olhando pra trás.
- Do Rick? – me inclino no banco, ficando encurvada. E meus olhos me guiam até uma caderneta de capa vermelha, perto do volante onde Frank dirigia. Na minha mente tudo se confirma. Esse é o carro do Stiven que me salvou aquele dia. Vem na minha cabeça a cena, mas meio embaçada. Daquele dia. Eu estava tremendo, mas mesmo que tenha passado batido, eu vi essa mesma caderneta em um carro igualsinho a esse. Será que tudo isso não passa de coincidencia mesmo? Espera ai. O que estou pensando? Tem que ser coincidencia! O Frank não pode estar com o carro do... Frank!
Eu volto pouco arfante para o meu lugar. Sem dizer nada. Vejo Frank me olhando pelo retrovisor, mas quando ele percebeu que eu tinha visto, ele desvia o olhar o voltando novamente para a estrada.
- Ta tudo bem, Nina? – diz a Sophia, olhando pra mim. Stiven também me olhava.
- T... ta! Ta sim. – eu digo, tentando disfarçar.
Pouco tempo depois, a gente chega.
Todos nós entramos em casa, e conversamos um pouco. Os amigos do Stiven fazem um interrogatório pra ele sobre o que aconteceu.
Eu vou até a janela da sala, e fico olhando lá pra fora.
E aquele carro estacionado.
Acabo olhando o tempo todo pra ele. É igualsinho. Ah, isso é demais pra mim se fosse só o carro, mas carro igual, nomes iguais, e uma caderneta igual.
- Nina! – diz o Frank me assustando. Já estavam ele e a Sophia atrás de mim.
- Ai! Que susto gente! – eu digo forçando um sorriso qualquer.
- O que você tem que ta tão pensativa? – pergunta a Sophia olhando lá pra fora também.
- Ta admirando meu carro lá fora, né? – diz o Frank dando um risinho.
Eu olho pra ele. Já que ele tocou no assunto, não vai se importar se eu perguntar.
- Quando, você comprou esse carro, Frank?
- Meu pai me deu.
- Te deu, sem você fazer aniversário, nem nada?
- É.
- E... eu vi uma caderneta com a capa vermelha lá.
- Caderneta? Porque você falaria sobre uma caderneta, nina? – pergunta Sophia rindo de mim.
- Não, é... – gaguejo.
Frank estava me olhando, esperando eu completar minha frase.
- Eu, só fiquei imaginando o porque dela estar ali, só isso.
- Não é nada de mais, é só pra algumas anotações mesmo. – Frank responde, com um leve sorriso.
- Mas, ela é sua mesmo?
- É. É minha sim.