Love Is Pain escrita por Nath_Coollike


Capítulo 6
Hit Me Like A Man...


Notas iniciais do capítulo

Desculpa pela demora, sério. D:
Primeira parte de um capítulo dividido em dois.
Enjoy.



Este capítulo também está disponível no +Fiction: plusfiction.com/book/278972/chapter/6

Eu passei a noite inteira rolando na cama, procurando uma posição confortável.

Eu beijo o garoto e tudo o que ele fala é “”.

”.

” é o som da rejeição me dando um tapa na cara.

Quando começou a ficar claro lá fora, eu levantei. Tomei o resto do suco de laranja que estava na geladeira e tomei banho e fiquei assistindo desenho animado até meus avós acordarem.

Os avisei que eu ia dar uma volta.

Saí de casa e olhei para a casa de Jason. Era parecida com a casa da vovó, tirando o fato de ter dois andares. Virei os olhos e comecei a andar sem rumo pela rua, só remoendo o fato de Jason Green não dizer absolutamente nada depois de eu ter o beijado.

“Talvez eu deva pedir desculpas.” Pensei.

“Cala a boca, eu não fiz nada de errado. Ele é imbecil.”

“Talvez ele não me ache bonita.”

“Talvez ele seja gay.”

“Ele só queria ajuda e eu o beijei. Eu sou uma idiota.”

Senti vontade de me jogar de algum lugar por estar conversando comigo mesma.

Comecei a caminhar de volta quando estava quase no fim da rua da vovó. Comecei a pensar em Sacramento e em como meus pais devem estar aliviados pelo fato de eu não estar mais lá e como meus avós devem estar reclamando de mim enquanto eu estou fora.

– Manhã difícil? – Ouvi alguém falar.

Olhei para frente e vi Jason. O rosto dele ainda estava machucado, mas bem menos do que ontem à noite. E ele estava sorrindo.

– Dormi pouco ontem. – Falei.

Jason se aproximou de mim, o sorriso normal se tornando malicioso.

– Não dormiu porque estava pensando no nosso beijo, aposto. – Jason falou.

Maldito.

– Não viaja. – Falei e empurrei o ombro dele. – Sinto falta de Sacramento.

Não era totalmente mentira, mas passava longe da verdade constrangedora.

– Ah. – Jason respondeu. – O que vai fazer hoje, amanhã e depois de amanhã?

– Nada, eu acho. – Falei.

– Vou ir para a ilha vizinha, visitar alguns parentes, hoje a noite. Volto depois de amanhã. – Jason falou e começou a coçar a nuca. – Quer vir? Quer dizer, é chato pra caralho, mas esses parentes tem uma adega nos fundos da casa e podemos beber até cair.

– Está me chamando para viajar com você? – Perguntei e arqueei uma sobrancelha, sorrindo um pouco.

– Mais ou menos. – Jason falou. – É que... Sei lá, você me ajudou ontem e é o mínimo que eu posso fazer, certo? Você que sabe, Califórnia.

– O mínimo que você pode fazer é me levar para viajar? – Provoquei.

– Não tenho o dia inteiro, você vai ou não? – Jason falou meio irritado.

– Tenho uma condição. – Falei e Jason arqueou uma sobrancelha. – Você me conta o que aconteceu com o seu rosto, a verdade e não a mentira do “eu caí”, e então eu vou com você.

Jason me olhou durante alguns segundos e então bufou.

– Te conto quando estivermos lá. Fechado? – Jason falou.

– Fechado. – Falei. – Mas vou ter que falar com os meus avós primeiro.

Jason sorriu meio malignamente.

– Deixa isso comigo. – Falou.

(...)

É meio engraçado como gente velha confia em gente velha.

Basicamente, Jason levou a avó dele para falar com os meus avós. Era uma balela meio chata como “quartos separados, toque de recolher, nem um pingo de álcool”. Eu não dava a mínima e não fazia questão de esconder isso, mas Jason tinha até colocado uma camisa de botões para falar com os meus avós.

Ele parecia com aqueles universitários chatos ao não ser pelo tênis surrado. E ele estava falando como um universitário chato com o meu avô, sobre algum time idiota e sobre o achar a lei seca que o prefeito queria implantar extremamente viável.

Eu tive que me concentrar para não rir dessa.

Depois que o pesadelo acabou, acompanhei Jason e a avó dele até a porta.

– Fico encantada que uma jovem como você vá viajar com a gente, Mel. – A avó dele falou na mais doce das vozes e sorriu sem mostrar os dentes. Ela era tão fofa. – Te vejo mais tarde.

A avó de Jason atravessou a rua com uma rapidez impressionante para uma senhora e entrou na casa. Jason olhou para mim com um sorrisinho metido nos lábios.

– Foi fácil. – Jason falou.

Sai da casa e fechei a porta atrás de mim.

– Nem tanto. Foi meio complicado não rir de você pagando de garoto comportado. – Falei.

Jason riu e eu o acompanhei. Depois que as risadas pararam, senti a mão de Jason na minha nuca.

Senti todos os músculos do meu corpo ficarem tensos e os pelos do meu braço se arrepiarem um pouco. Jason aproximou perigosamente o rosto do meu rosto, quase encostando os lábios nos meus.

– Te vejo em algumas horas. – Falou e beijou o canto da minha boca.

Acho que meu cérebro saiu do ar depois disso, porque quando me dei conta do que tinha acontecido Jason já estava do outro lado da rua.

(...)

A mãe de Jason estava dirigindo, a avó de Jason estava no banco do carona com uma gaiola com um papagaio dentro e eu e Jason estávamos no banco de trás.

Nós não estávamos conversando.

A mãe de Jason tentou puxar assunto duas vezes, mas o assunto simplesmente morreu porque eu sou terrível em fazer as pessoas gostarem de mim.

– Tomara que goste de lá, Mel. – A mãe de Jason, que se chama Angelina, falou. – Jason gosta. Os primos dele moram lá e eles se dão muito bem.

Olhei para Jason que fazia uma careta.

É, ele não gosta dos primos.

– Vou gostar. – Falei.

Vi Angelina sorrir fraco para mim pelo retrovisor e depois voltar a olhar o trânsito com pressa. O pai de Jason morreu em um acidente de carro então faz sentido.

A avó de Jason – que chama Lana – começou a falar com o papagaio.

– Você vai apresentar a família para Melanie, Gracinha? – Ela falou com uma voz mais doce do que a voz normal dela. – Você vai. Porque você é uma boa menina, Gracinha.

Jason começou a segurar a risada para não rir da avó e eu comecei a segurar a risada para não rir da cara do Jason.

– Ok, vó. Chega. – Jason falou.

– O que foi, querido? – Lana se fez de desentendida. – A Gracinha gosta da Mel. Deve ser porque a Mel é bonita ou porque ela cheira bem.

Antes que eu pudesse registrar aquilo como um elogio e agradecer, senti Jason enfiar o nariz no meu pescoço. Aquilo foi extremamente... Bom, excitante. Depois ele se afastou de mim.

– Com certeza porque ela é bonita e cheira bem. – Jason falou e mordeu os lábios, que já estavam com aquele sorrisinho irritante.

Nova fic, para quem quiser ler: http://animespirit.com.br/fanfics/historia/fanfiction-idolos-justin-bieber-fix-a-heart-520254   (:


Não quer ver anúncios?

Com uma contribuição de R$29,90 você deixa de ver anúncios no Nyah e em seu sucessor, o +Fiction, durante 1 ano!

Seu apoio é fundamental. Torne-se um herói!


Notas finais do capítulo

Desculpem pela demora, vou tentar postar mais rápido o próximo que já está quase pronto (:
Mereço reviews?? Não, ok. Ficou uma bosta.
Enfim, suas lindas...
Beijos :*