Um Sentimento Chamado Amor escrita por GreenTop


Capítulo 2
O poema


Notas iniciais do capítulo

Yoo minna-san, segundo capitulo da fic postado, boa leitura



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– Essa é a Lucy, ela se mudou para Magnólia ontem – Natsu falou.

– Seja bem vinda.

– Obrigado, Erza-san.


Erza estranhou a garota ter dito seu nome, mas pensou que deveria ter sido Natsu quem havia falado para ela.




– Lucy....você me parece familiar, já veio a Magnólia alguma vez?




– Sim, eu morei alguns anos aqui.


– Tenho a impressão de que já te vi antes, mas não consigo me lembrar... Bom, deve ser só impressão mesmo. Natsu, hoje à noite vamos todos nos encontrar no boliche, eu, o Jellal, o Gray e a Juvia, você vai também não é?

– Claro.

– Então nos vemos lá, se quiser pode ir também Lucy

– Sim, obrigado, eu acho que vou aceitar o convite.


Erza saiu deixando Natsu e Lucy sozinhos. A loira não ficou magoada por Erza não a ter reconhecido, só não esperava isso. Os dois começaram a caminhar e dar risada do que ocorrido. 




– No fim a Erza também não me reconheceu. 




– É, isso significa que eu não estou tão mal assim. 



Eles ficaram em silêncio por um minuto. 




– Nee Natsu, eu mudei tanto assim?





Natsu pensou um pouco.





– Não sei bem, na minha opinião você mudou um pouco, mas não muito, só....cresceu.




– Hum



Ficaram andando por mais tempo, rindo e conversando, até que Natsu parou.




– Certo, acho que agora eu vou ter que acordar não é? – Ele falou




– Acordar?


– É, isso tudo foi um sonho não é? Do mesmo tipo que eu tenho toda s as noites, o sonho em que você volta para Magnólia mas que logo depois eu tenho que acordar. 

– Não, isso não é um sonho, do que você está falando Natsu?

– Impossível, não tem como algo tão bom estar acontecendo de verdade.

– Você continua idiota não é? – Lucy disse rindo da situação – não é um sonho.

– Me prove.

– Como?

– Não sei, me dê um soco, se doer é porque não é um sonho.

– Tem certeza?

– Claro, anda logo.

– Tudo bem, você quem pediu.


Lucy fez o que o garoto mandou, dando um soco de força moderada no braço de Natsu.




– Ai - Exclamou por causa da dor - ... Então isso não é mesmo um sonho, é real.




– Eu te disse, eu não sei de onde você... – Lucy foi interrompida por Natsu, que a abraçou com lágrimas nos olhos – Natsu...


– Eu estou tão feliz, pensei que tivesse sido um sonho, todos os dias eu sonhava com o dia que você fosse voltar, pensei que isso nunca fosse acontecer, mas você está aqui.


Lucy retribuiu o abraço com um sorriso no rosto.




– Eu disse que ia voltar não disse, nem mesmo por um momento eu me esqueci de vocês.




– Mas agora você não vai mais embora, não é?



Lucy ficou em silêncio, o sorriso sumiu de seu rosto. Natsu se afastou e a olhou, a loira fitava o chão, com dúvida expressa em seu olhar. 




– Eu não sei, mas provavelmente eu só irei ficar aqui até o começo do ano que vem.




– Como assim? Por quê?


– O meu pai morreu Natsu, esse foi um dos motivos que me trouxe de volta para Magnólia, ele vai ser enterrado aqui e eu quero ficar com a minha avó para apoia-la. Sou a única herdeira das empresas dele, vou terminar os estudos aqui, esse é meu último ano no colégio, quero passa-lo junto com vocês, provavelmente ano que vem eu terei que assumir os negócios do meu pai, para isso vou ter que voltar para a cidade em que eu estava. Eu não queria, mas não tenho escolha, só quero aproveitar esse ano, passa-lo ao lado dos meu velhos amigos.

– Não existe outro jeito? Algum jeito de você não ter que sair de Magnólia?

– Eu não sei, ainda estou pensando se existe algum , mas por enquanto não encontrei nenhum.


Natsu e Lucy se sentaram na grama. Ele não sabia o que dizer, perder Lucy novamente era algo que não queria, porém sua mera vontade não mudaria em nada a situação. 




– Eu não quero que você vá embora de novo.

– Eu também não quero ir, não quero me separar de vocês novamente.


– Se você tiver mesmo que ir então tem que aproveitar esse ano, vou fazer de tudo para que seja o melhor da sua vida. Isso é uma promessa!


Lucy corou.




– Obrigada, Natsu.




– O que você acha de irmos à algum lugar?


– Aonde?

– Que tal a galeria de arte da cidade? Está tendo uma exposição lá, eu lembro que você gostava dessas coisas, não entendo como, é tão chato.


Lucy riu, Natsu realmente não mudara em nada.




– Podemos ir lá então.





Os dois se levantaram, a galeria ficava no centro da cidade, não muito longe dali. Pelo caminho Lucy via várias coisas que a fizeram se lembrar da infância naquele lugar. O parque que costumava ir junto com Natsu, Erza e Gray, a barraca de sorvete que adoravam ainda estava ali, tudo trazia lembranças que ficaram adormecidas durante onze anos. Lucy deixou uma lágrima escapar, esta não passou despercebida a Natsu.





– Lucy, você está chorando? O que foi?




– Não é nada, é que é muito bom estar de volta – Lucy disse secando as lágrimas, andaram mais um pouco em silêncio, até Natsu parar e falar:


– Chegamos.


Haviam várias pessoas no lugar. Natsu foi comprar os ingressos, enquanto isso Lucy ficou esperando. Rever todos os seus amigos era muito bom, principalmente Natsu. Claro que ainda havia muitos que ela ainda não havia encontrado, mas o mais importante deles estava ali. Logo Natsu voltou com os ingressos.




– Vamos? – Natsu disse




– Claro



Na exposição haviam vários quadros, poemas e muitas outras coisas, Lucy olhava tudo com muita atenção, já Natsu só olhava o quanto Lucy se maravilhava com aquilo que, para ele, eram só palavras e montes de tinta. Lucy parou em frente a um poema e começou a ler em voz alta.




– Ei Natsu, olha esse poema:




“Amor é fogo que arde sem se ver;


É ferida que dói e não se sente;

É um contentamento descontente;

É dor que desatina sem doer;


É um não querer mais que bem querer;



É solitário andar por entre a gente;


É nunca contentar-se de contente;

É cuidar que se ganha em se perder;


É querer estar preso por vontade;



É servir a quem vence, o vencedor;


É ter com quem nos mata lealdade.


Mas como causar pode seu favor



Nos corações humanos amizade,


Se tão contrário a si é o mesmo Amor?”


– Eu me pergunto se um dia alguém irá me amar, e se eu vou sentir essas coisas. Esse poema é lindo não acha?



– Ahn...sim.


A verdade é que Natsu tinha prestado pouca atenção no poema, estava muito ocupado observando Lucy, ela realmente havia mudado muito, estava linda. Desde que Natsu a reencontrou se sentia estranho, seu coração não parava de acelerar toda vez que ela olhava para ele, quando ela sorria. Só de pensar que ela poderia ir embora novamente seu coração já doía “amor é ferida que dói e não se sente”, Natsu se lembrou dessa parte do poema, será que era isso que estava sentindo? Amor? Pensou, mas para ele isso era impossível. Lucy era sua amiga de infância era impossível que ele estivesse apaixonado por ela, era certo que por todos esses anos não parou de pensar nela nem por um minuto, mas amor? Parecia uma ideia completamente absurda e sem cabimento, ela havia mudado muito, mas ainda assim era a mesma Lucy, a garota que conhecia desde que nasceu.


– Natsu, você tá bem?



– Sim



Logo já tinham percorrido toda a exposição, Lucy não parava de falar sobre todas as coisas que tinham visto, a única coisa que tinha chamado a atenção de Natsu em toda a exposição foi aquele poema, não parava de pensar nele e na hipótese de estar apaixonado por Lucy, por mais absurda que aquela ideia pudesse parecer, talvez fosse mesmo verdade.



Da exposição os dois iriam direto ao boliche. Já era noite, Lucy havia ligado para a avó afim de avisar que chegaria tarde, ela disse que não tinha problema. Logo já estavam no boliche, somente Erza e um garoto de cabelo azul com uma cicatriz vermelha no rosto estavam lá, a loira pensou que aquele deveria ser o Jellal.



– Yo Erza, chegamos, cadê o Gray e a Juvia?



– Falando de mim cabeça rosa? – Gray olhou para a garota ao lado de Natsu e arregalou os olhos, surpreso – Lucy! Você voltou?


– O-O-O Gray te reconheceu e eu não!? Como!? – Natsu disse sem acreditar

– Você a conhece Gray? – Erza perguntou, claramente confusa.

– É claro que sim, e você também conhece, é a Lucy, Lucy Heartfilia, de onze anos atrás. 


Erza olhou surpresa para Lucy. 




– Lucy!? É você mesma!?





Lucy sorriu




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Notas finais do capítulo

Gostaram? A ideia do poema surgiu ontem na minha cabeça, uma parte dele está escrita na camiseta da feira cultural da minha escola e eu achei que ficaria interessante colocar na fanfic.