The Original escrita por Geek M


Capítulo 1
Capítulo 1- Garota Original


Notas iniciais do capítulo

Sejam bem vindas , Girls!

Espero que não se assustem com a Garota Problema. Ela não morde...Ainda não rsrs. Preciso muito da opinião de vocês minhas lindas!

Enjoey & Boa leitura!



Este capítulo também está disponível no +Fiction: plusfiction.com/book/277001/chapter/1

Frase do capitulo:Começos são só começos , mas ninguém pode dê-los.

(Gossip Girl)

_Porque the original? – Emma perguntou de testa franzida.


_Por quê? Sei lá... Esse foi o primeiro nome que veio na cabeça quando decidi criar. – Respondi jogando meus cabelos para o lado.


_Agora que criou o que pretende fazer?


_Pretendo mudar a vida dos Lideres do progresso. Fazer eles entenderem que com Lizzie Strucker não se brinca! – Encarei algumas lideres de torcida que passavam no corredor e estralei meus dedos as assustando.


_Juro que se não fosse minha amiga te internaria no hospício agora mesmo. – Emma revirou os olhos me dando um soco fraquinho no braço.


_Mas você não pode. Quem é que vai socar as patricinhas quando tentarem enfiar sua cabeça na privada?


Emma ia me dar uma resposta bem mal criada, mas foi interrompida por um Tyler completamente chocado e perdido. Confesso que ele sempre fora um garoto dramático, mas nunca olhou para mim daquela forma. Tinha uma luz piscando na sua testa com a grande frase: ESTAMOS FERRADOS!



_Fala de uma vez. – Exigi jogando o seu corpo contra o armário de metal.


_Estamos ferrados! – Ele recitou sua frase favorita.


_O que aconteceu? – Emma tentou não deixá-lo mais assustado.


_Nick Hudson descobriu tudo. – Colocou para fora.


Imediatamente minhas mãos se soltaram da gola da camisa de Tyler. Aquelas quatro palavrinhas foram capazes de me fazer correr que nem louca pelos corredores. Eu fiz tudo o que podia fazer. Eu dei o máximo de mim. E agora o meu plano estaria entrando pelo ralo porque Nick Hudson meteu o seu nariz novamente onde não era chamado.

Reunida de uma raiva sobre humana quase arrombei sua sala e não quis nem saber a quantidade de fedelhos que olhavam para mim completamente confusos. Quando os meus olhos bateram em um certo professor trinquei meus dentes e automaticamente berrei:


_ NÃO DESSA VEZ, HUDSON!


Alguns meses antes...


PDV Nick Hudson



_... Duvides que as estrelas sejam fogo. Duvides que o sol se mova. Duvides que a verdade seja mentirosa. Mas nunca duvides que eu te amo...


Recitei William Shakespeare completamente inspirado. Aquele era um dos meus textos favoritos. Mas o ruim de ser professor era que obras como a de Shakespeare serviam apenas de canção de ninar para moleques desinteressados. Enquanto tentava dar ao menos minha aula muitos garotos dormiam e as garotas tentavam descaradamente me paquerar. Francamente? Eu não era pago para aquilo.


_Então alguém pode me dizer outro texto de Shakespeare? – Tentei ter um pouco de esperança.


_Se eu souber o senhor me dá o número do seu telefone? – Queen, a líder de torcida, tentou me cantar outra vez.


_Não. – Foi à única coisa que pude dizer.


_Então não sei. – Ela me olhou de cima a baixo e fez sua cara de safada.


Respirei fundo e depositei meu livro sobre a mesa. Por mais que eu falasse nenhum iria me ouvir então informei que tiraria 3 pontos de cada se ao menos um texto de William não aparecesse. E como esperado choveu citações dentro da sala. Eles pareciam poetas enquanto recitavam os textos todos errados. Eu apenas sorria e me fingia de orgulhoso. E quando minha paciência já estava indo embora junto com a criatividade deles o toque de término de aula soou.


Em segundos a sala estava vazia. Massageei minha têmpora enquanto esperava que a outra turma viesse. Quando ia me preparar para receber os alunos uma coisa na janela chamou minha atenção. Estava tendo um alvoroço lá fora. Muitos alunos que deviam estar em suas salas, estavam no pátio cochichando e apontando freneticamente para algum lugar. Meus olhos percorreram pelo pátio ate encontrar o que estava provocando aquela confusão. Um carro Audi8 vermelho fazia manobras arriscadas no estacionamento.


A forma como fazia desenhos no chão com o pneu era de um piloto profissional. Confesso que eu deveria estar lá fora tentando conter o dono do carro, mas eu estava curioso demais para poder perder algum detalhe. Era ate engraçado como o diretor Hanner tentava parar aos berros o piloto, mas só conseguia as risadas dos alunos. Seja quem for o garoto dentro daquele Audi pode ter certeza que estaria muito encrencado.


O carro parou e todos esperavam para ver quem era o lunático. Então a porta do carro se abriu e uma pessoa saiu de lá. Não pude conter o meu choque. E o que era para ser um garoto encrenqueiro passou a ser uma garota cara de pau. Assim que pôs os pés fora do seu Audi muitos alunos não conseguiam acreditar. Encarei-a de cima a baixo e tive que engolir em seco. Ela era a síntise perfeira de sexy e problemática.


Roupa de Lizzie (Clique aqui)


Como ela era? Mediana, olhos negros, rosto redondo, cabelos vermelhos e um sorriso... Bem... Travesso e selvagem. Suas roupas eram típicas de uma adolescente determinada. Regata preta, calça de couro sintético também preta e um salto de camuça vermelho. Enquanto caminhava como se nada tivesse acontecido muitos a aplaudiam e outros a invejavam. O diretor estava ficando roxo de tanto berrar para que ela parasse e a cara de pau continuou seu caminho.


E quando já estava na metade do pátio ela fez algo que eu não esperava. A garota parou e olhou diretamente para minha janela. Especificamente para os meus olhos. Devolvi o seu olhar completamente intrigado. Ela me encarava como se pudesse enxergar a minha alma. O estranho é que algo dentro de mim me dizia que não era primeira vez que fazíamos aquilo. De repente a garota selvagem deu um sorriso de lado e voltou a trilhar seu caminho. Meu coração pedia desesperado para pular tamanha fora a intensidade daquele momento.

E quando dei por mim minha sala estava lotada de alunos do 8° ano que esperavam que eu começasse a aula. Ainda confuso abri o livro e tentei ser a única coisa que eu sabia ser. Um bom professor de literatura. Minha aula foi mais calma que o esperado e fiquei feliz em saber que alguns me ouviam. A cada passo que eu dava a imagem da cara de pau não saia da cabeça. Mesmo tentando ignorar algo me dizia que certa adolescente iria mudar para sempre a vida dessa escola. E porque não dizer... A minha vida?



PDV Lizzie Stucker


_Você sabe o que fez? - O diretor estava quase enfartando.


_Tentei estacionar meu carro? - Me fingi de desentendida.


_Você quase acabou com minha carreira de diretor. Eu devia te expulsar, sabia? – Berrou.


_E porque não expulsa? – Cruzei minha perna e o encarei com escárnio.


_Porque prometi a minha irmã que colocaria sua filha na linha. – Ele começou a andar de um lado para o outro.


_Qualé tio?! Não fiz nada demais. Não tenho culpa que o meu carro às vezes tem vida própria. – Zombei e ele me fuzilou com desgosto.


_Primeiro: Não me chame de tio neste colégio. Segundo: Não venha com suas gracinhas. Terceiro: Vai ficar três dias de detenção após as aulas. _ Declarou com seu rosto voltando ao normal aos poucos.


_Deu o veredito. Agora posso ir? – Perguntei impaciente.


_Pode. Mas na próxima vez vou esquecer que você é minha sobrinha.


Bati continência e me levantei jogando minha mochila nas costas. Eu ate tinha pena do meu tio. Se eu não consigo controlar quem sou imagine ele que não passa de um diretor atrapalhado? Assim que sai da diretoria tinha uma multidão me esperando lá fora. E para meu estranhamento eles pareciam ter medo do meu tio. Alguns me olhavam como se eu tivesse acabado de sair de uma sala de tortura.


Revirei meus olhos e acenei para eles. Enquanto caminhava para achar minha sala uns moleques do terceiro ano me soltavam cantadas imbecis. Girei meu corpo para trás e pisquei meu olho. Isso fez com que eles quase caíssem para trás. Dei um sorriso travesso e quase fui fuzilada pelas lideres de torcida. Mandei um beijinho para elas em provocação e continuei o que estava fazendo. Meus dias seriam muito divertidos naquele lugar.


Quando subi as escadas para o primeiro andar vi uma coisa que me deixou nauseada. Uma garota magricela , baixinha e de óculos estava sendo espancada por uma valentona. Meu sangue ferveu e meu corpo automaticamente se projetou ate elas. Aquilo era quase que um pedido para minha expulsão.


_O que acha que esta fazendo? – A valentona parou sua cena ridícula para me encarar.


_Estou me divertindo. – A coisa me encarou em desafio.


_Pois não vai achar mais divertido se tocar nela de novo. – Desafiei dando mais alguns passos corajosos.


_Vai fazer o que? – Ela estralou os dedos como se pudesse me assustar.


_Me desafie.


A valentona riu de uma forma grotesca e projetou sua mão para dar um soco na garota magrela. Antes que pudesse fazer qualquer coisa minha mão já estava segurando o seu punho. Dei um sorriso vitorioso e ela tentou me acertar com a mão livre. Segurei esta também e a garota arregalou os olhos, confusa. Tinha vontade de rir. Essa garota não é nem de perto parecida com as valentonas da escola publica que estudei. Quando ela fez menção de me golpear com as pernas, eu decidi acabar com aquilo. Dei uma bela de uma rasteira que a fez beijar o chão.


_Isso sim é divertido. – Eu comentei rindo.


A garota que estava apanhando me encarou com medo. Acho que estava pensando que seria a próxima. Quando dei um passo em sua direção ela recuou. Olhei para o seu crachá de monitora com o nome: Emma Collins.


_Não vou te machucar, EmmaEla ficou um pouco desconfiada, mas quando viu a valentona se levantando acabou perdendo o seu medo por mim.


_O que fazemos agora? – Quase gritou.


_O que pessoas inteligentes fazem... CORRE!


Gritei recuando das mãos da valentona. Eu não sou de fugir de briga, mas não podia ser expulsa agora. Ou minha mãe cumpriria sua promessa de me enviar para um internato na Suíça. Emma me obedeceu e sumiu por entre os corredores. Eu acabei subindo as escadas do segundo andar com a valentona em meus calcanhares. O pior é que eu não conseguia parar de rir. Sempre tenho crises de riso quando estou nervosa.


Depois de horas de perseguição a valentona me perdeu de vista. Ainda rindo subi a escadas que davam para o terceiro andar. Enquanto subia as pressas meu corpo se chocou com o de alguém. Pelas circunstâncias pensei que ela tinha me encontrado, mas por ironia percebi que não. Eu tinha dado de cara com o professor que estava me olhando pela janela. Tive a mesma impressão que tinha tido horas atrás. Era como se o conhece de algum lugar.


E como descrevê-lo? Alto, olhos verdes, cabelos castanhos e um físico bastante... Agradável. Ele ficou meio intimidado como a forma que o encarei. Era comum as pessoas ficarem intimidadas comigo. Tentei falar qualquer coisa, mas meu celebro não projetaria nada descente. Para minha sorte ele é quem falou:



_Você é a encrenqueira de hoje cedo, certo? – Ele perguntou cruzando os braços


_Talvez, mas prefiro ser chamada de Lizzie Stucker. –Estendi minha mão.


_Eu sou Nicholas Hudson, seu professor de literatura. – Ele recusou minha mão e me encarou de uma forma repreensiva.


_Espero que tenha gostado da minha forma peculiar de estacionar meu carro. - Eu sorri de lado e ele fechou a cara.


_Pode ter certeza que não. Espero que não seja tão peculiar assim nas minhas aulas. – Ameaçou sutilmente.


_Ou? _ Desafiei em deboche.


_Ou posso passar de um bom professor para um terrível carrasco.


Olhei-o de cima a baixo e cruzei meus braços também. Não pensei que ele seria uma pedra no meu sapato.


_Ótimo! Os carrascos fazem o meu tipo. – Pisquei meu olho brincando e ele engoliu em seco.


Ate ficaria para o ver fazendo suas caretas a cada movimento meu, mas escutei passos atrás de mim. Dessa vez a valentona tinha me encontrado. Antes de subir os outros degraus me aproximei do seu ouvido e sussurrei:


_Não sou como as pessoas daqui. – Murmurei devagar. _ Sou do tipo original... Se conforme!


Deixei Nick para trás completamente confuso e intrigado. Algo me dizia que aquela seria a primeira de muitas conversas. Pena que não seriam nada agradáveis.








Não quer ver anúncios?

Com uma contribuição de R$29,90 você deixa de ver anúncios no Nyah e em seu sucessor, o +Fiction, durante 1 ano!

Seu apoio é fundamental. Torne-se um herói!


Notas finais do capítulo

Então? Bom? Ruim? Inacreditavel? Péssimo? Como eu disse antes : Preciso de vocês leitoras. Comentem , critiquem , elogiem e se possivel recomendem. Para quem gostou: Ate o próximo sabádo!

XoXo Geek M.



Hey! Que tal deixar um comentário na história?
Por não receberem novos comentários em suas histórias, muitos autores desanimam e param de postar. Não deixe a história "The Original" morrer!
Para comentar e incentivar o autor, cadastre-se ou entre em sua conta.