Lágrimas de Sol escrita por Anastacia B, Kah Correia


Capítulo 28
Capítulo 28 - O Ciclo Da Vida - Parte I


Notas iniciais do capítulo

Então é isso!
ÚLTIMO CAPÍTULO DE LÁGRIMAS DE SOL
OBRIGADA A TODOS QUE ACOMPANHARAM A FIC! OBRIGADA A TODOS OS COMENTÁRIOS E A TODAS AS RECOMENDAÇÕES!!!!
Gente não me matem!!! Sei que nem todo mundo vai gostar do que escrevi aqui, mas eu gostei do resultado rss.
Ainda teremos um epílogo táaaa? Provavelmente na próxima semana.
Por favor, COMENTEM E SE POSSÍVEL? RECOMENDEM A FIC :(
Estou triste então chega de falar!
Não revisei tudo por que estou muito enrolada e gostaria de postar logo :P
Beijosss!



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Tons de branco e rosa, atenuavam a decoração do altar. Lissa caminhava em passos vacilantes até Christian, que a aguardava impaciente. Uma mistura de emoções passou por mim. Eu estava realmente feliz por ela.

Somente quando o Padre finalmente encerrou seu sermão e ela veio me abraçar, tive a certeza de que estava chorando.

Sua festa de casamento embora reservada apenas para amigos mais próximos, estava perfeitamente organizada. Alguns familiares de Lissa vindos de outras cidades, também estavam presentes. Me imaginei por um momento, como seria meu casamento e por fim, me senti um pouco infeliz. Diferente dela com parentes mesmo de longe, eu não tinha alguém em quem confiar.

–No que está pensando? – Dimitri me perguntou de repente, me tirando de meus devaneios pessoas.

–Nada demais. – Disse vagamente, tentando não preocupa-lo. Quando voltei de Viagem, acabei descobrindo que Dimitri havia decidido por fim adotar Mariana e era algo, que gostaria de compartilhar comigo. Como eu não tinha realmente nada contra sua decisão, resolvi apoia-lo. Ele de qualquer forma, iria esperar por mais um par de meses, ates que ela estivesse apta à mudança. Afinal, havia passado muito tempo em um quarto de Hospital. Sugeri a ele inclusive, que se tentássemos aproximar ela de sua outra sobrinha Sofia, poderia ser uma boa coisa afinal.

–E por que eu tenho certeza de que está com milhares de coisa na cabeça? – Ele sugeriu sorrindo, me fazendo sorrir também.

–Por que estou ansiosa para comer um pedaço de bolo. – Sugeri, observando Lissa e Christian, posando para algumas fotos. –Eles demoram muito com o serviço. – Enruguei o nariz e então Dimitri riu.

–Penso que anda muito comilona, desde que voltou da casa de sua avó. – Dimitri apontou e eu ri.

–Sabe que é verdade Camarada. – Refleti por um momento. – A viagem até a casa da minha avó, abriu meu apetite.

Um garçom então se aproximou de nós, me oferecendo uns salgadinhos que prontamente, peguei.

–Rose? – Ouvi alguém me chamando. Mal tive tempo de terminar o primeiro salgado, quando percebi que estava sendo arrastada por Lissa, em direção aos fotógrafos.

–Eu não sou boa para fotos. – Fui argumentando no caminho, mesmo sabendo que era em vão.

–--X---

Com Lissa em Lua de Mel, tive que passar alguns dias em sua casa, para cuidar de suas plantas e também Fred, seu peixe de estimação. Em partes era irônico um peixe, precisar de ajuda. Mas como ela havia me pedido, amigos eram para essas coisas.

Eu me sentia extremamente feliz. Com a chegada de minha formatura, isso queria dizer também, que receberíamos a visita de minha avó. Respirando audivelmente, fechei minha bolsa após guardar a chave da casa de Lissa e caminhei rumo a Rotisserie.

Já eram quase oito horas, quando Dimitri apareceu. O movimento ainda era frequente e eu mal estava dando conta, dos pedidos.

–Aceito um café puro e também, a dona da Rotisserie de brinde. Mas se não tiver, pago o preço que ela quiser. – Sua voz de veludo, me fez subir o olhar para o seu. Eu estava agora fechando a gaveta do caixa.

–Você é um bobo. – Sorri ao vê-lo. Bem diferente de mim, usando a mesma roupa o dia todo, Dimitri estava perfumado e impecavelmente vestido.

–Vim te buscar para jantar. – Ele sugeriu sorrindo. Assinalei para que um atendente, viesse trazer-lhe café.

–Comida japonesa? Estou salivando por um sushi. – Meu estômago roncou instantaneamente e ele pareceu perceber, pois riu. - Já estou fechando tudo aqui, pode me esperar naquela mesa. – Apontei para uma mesa próxima de nós.

Me virei então para Amanda que havia trazido o café para Dimitri e pedi para que me substituísse.

–Obrigado – Ele agradeceu a atendente e então, sentei ao seu lado, selando rapidamente nossos lábios.

–Como foi seu dia? – ele me perguntou interessado.

–Passei de manhã cedo na casa de Lissa e vim para cá. Ainda bem que ela e Christian, estão voltando de viagem. Nunca pensei que alguém como ela, ficaria um mês fora. – Murmurei observando Dimitri olhar ao redor.

–As estantes estão muito boas – Ele observou o modelo que havíamos comprado no outro final de semana.

–Ainda bem. Se precisássemos troca-las, eu teria que pedir isso a você. Falando nisso. – Abri minha bolsa e peguei um pequeno envelope. – Amanhã preciso ir a Faculdade buscar meu diploma.

–E não é para isso, que eles fazem as festas de formatura? – Dimitri ergueu uma sobrancelha desconfiada para mim.

–Sim na verdade, mas eles querem que eu assine alguns papeis. – Disse radiante. Esperei mais um momento para que ele finalizasse seu café e então, saímos para o restaurante.

A noite estava fria o suficiente, para me fazer encolher em seu abraço, enquanto caminhávamos até o carro. Ele então abriu a porta para mim, mas antes que eu entrasse no carro, deixei as chaves da Rotisserie caírem na calçada. Agachei-me rapidamente para pega-las e quanto levantei, meu mundo rodou. Apoiando minhas mãos no carro, senti as mãos de Dimitri tentando me firmar.

–Rose. Você está bem? – Ele me sentou no banco e ainda com a porta aberta, conversava comigo. Sua voz era preocupada.

–Senti uma tontura. – Comentei sentindo meu corpo flutuar. – Acho que levantei rápido demais.

Ele então tocou minha testa e rosto. Seu toque era frio, me encolhi.

–Já passou. Estou bem. – Tirei sua mão de meu rosto e encostei no assento do carro. Dimitri então fechou a porta e deu a volta no carro, para sentar no banco do motorista.

–Faz quanto tempo que não come nada? – Novamente ele se virou para mim – Abra a boca.

Muito contra gosto, mostrei a língua para ele que não perdeu tempo, analisando em seguida meus olhos.

–Estão esbranquiçados. – Ele comentou mais para si mesmo do que para mim.

–Estou bem camarada. Já lhe disse que levantei rápido demais. – Dimitri segurou o volante e depois de uma longa pausa me encarando, girou a chave.

–Eu prefiro que passemos no Hospital. É bastante rápido.

–Não. Estou apenas cansada – Toquei uma de suas mãos no volante. – Vamos apenas para casa e pedimos comida. – Disse, embora meu estomago se revirasse, naquele exato momento.

–Está bem. – Dimitri respondeu muito contra gosto, antes de realmente partirmos.

Já em casa após o jantar que eu mal havia tocado, pela vigésima vez Dimitri me chamou.

–Está se sentindo bem? – Sua mão foi para meu cabelo e eu acordei de meu cochilo no sofá, em seus braços.

–Estou com sono agora. – Murmurei sonolenta e então, me aconcheguei melhor em seu peito. Sua respiração tranquila.

–A tontura passou? – Dimitri como sempre preocupado, me fez virar os olhos.

– Estou bem Okay? Apenas vamos dormir? – Ele então riu, fazendo seu peito subir e descer rapidamente.

–Vou mesmo ficar por aqui. – E com um beijo na testa, me perdi em meus sonhos.

–-X—

No dia seguinte, acordei bem disposta e de bom humor. Dimitri saiu cedo e eu, fui buscar Lissa e Christian no Aeroporto, antes de ir para o trabalho. Embora ele insistisse que eu deveria ficar atenta a minha saúde, resolvi ignora-lo. Eu sabia que no fundo, aquilo havia sido causado pelo meu súbito movimento brusco.

No final da tarde, depois de passar na Faculdade, resolvi lhe fazer uma visita para um chá da tarde, onde acabamos com uma deliciosa sopa de legumes e macarrão.

–Então quer dizer que o médico gostosão, está preocupado? – Seus olhos verdes cruzaram com os meus, por cima da xícara de porcelana.

–É uma coisa atoa. – Argumentei virando os olhos. – Ele disse que meus olhos estão esbranquiçados e que eu, não devo estar me alimentando nos olhares certos. – Bufei. – Isso tudo é bobagem. Eu ando comendo até mais, poderia dizer.

–Sei. – Lissa então pareceu pensativa e mesmo assim, continuava me olhando.

–O que você quer dizer, com esse sei? – A instiguei, erguendo uma sobrancelha desconfiada para ela.

–Quando foi à última vez que menstruou? – Ela perguntou de repente e eu quase, derrubei o chá.

–Você está insinuando o que? – Perguntei atônita. – Eu não estou grávida. – Respondi antes que ela mesmo, tivesse chance.

–Estou apenas falando. – Lissa então deu de ombros de uma forma irritante. Me levantei.

–Está tudo Okay comigo e agora eu vou embora, antes que... – Comecei a caminhar em direção a pia com o prato, quando novamente uma onda de vertigem seguido de enjoo, me atingiu com toda a força. Consegui a tempo segurar na pia, mas o prato que estava em minha mão, se espatifou no chão. Lissa se aproximou rapidamente e logo chamou por Christian.

–Chris! Socorro! – Ele logo apareceu no meu campo de visão, segundos antes de eu vomitar.

–--X---

Dimitri tinha a expressão carrancuda e preocupada, enquanto me observava ser medicada com soro, pela enfermeira experiente.

–Eu te disse. – Ele se aproximou então do leito onde eu estava e novamente tocou minha testa.

–Eu já sei o que você disse. – Comentei de mal humor. Eu me sentia péssima, que nem reparei em meu tom. Automaticamente, me redimi. – Me desculpe.

–Está tudo bem. – Sinalizando para a enfermeira que logo nos deixou a sós, ele sentou ao meu lado no leito. –Como se sente agora?

–Malditamente enjoada. – Respondi envergonhada. – Eu vomitei no tapete que Lissa havia acabado de trazer, do Havaí.

–Não se sinta mal por isso. – Ele sorriu fracamente. – O resultado dos seus exames estão chegando. – Novamente Dimitri olhou meus olhos. –Enquanto isso vamos esperar aqui e você, não vai reclamar do soro.

–Me sinto novamente em Santa Maria. – Sorri de forma amarga, mas ele logo beijou minha testa. –Atrapalhei seu plantão. – Fiz beicinho.

–Você vem em primeiro lugar e de qualquer forma, eu já estava indo embora.

–Sei. – Murmurei cansada. Mal tive tempo de continuar protestando, quando a porta foi aberta. Lissa entrou com Christian e ao lado deles, uma enfermeira.

–Hey, como você está? – Lissa se aproximou, pegando suas mãos nas minhas.

–Estou bem. Pelo menos eu acho. – Tentei conforta-la.

Percebi que Dimitri havia pegado o exame da mão da enfermeira e agora o lia. Sua expressão então empalideceu. Me senti congelar no lugar. Lissa percebendo minha mudança abrupta de humor, também se virou para Dimitri. Quando seus olhos cruzaram com os meus, eu sabia que alguma notícia ali, não era das melhores.

–Rose, você está grávida. – Ele disse de uma vez só. Minhas mãos foram então para a minha boca e no mesmo instante, senti que me faltava ar. Dimitri percebendo a minha real situação, se aproximou as pressas. – Respire Rose. Apenas Respire.

–--X---

–Eu não posso estar grávida Liz. – Murmurei no ombro de minha melhor amiga, que estava agora sentada ao meu lado no leito. Dimitri havia saído com Christian a pouco, para nos dar privacidade.

–Não vejo problema para isso. – Ela disse de forma normal, como se quilo por fim, fosse algo bastante normal.

–Eu nem me casei. – Dei de ombros, levantando minha cabeça, para lhe encarar.

–Eu não acho que isso seja algo demorado.

–Eu não quero que Dimitri se sinta obrigado a tal, só por causa da criança. – Me senti triste e estranhamente, com fome.

–Hey. Não seja estúpida. Ele ama você. – Ela sorriu, erguendo meu rosto para lhe encarar.

–Eu não me sinto confortável. – Fui honesta. Havíamos acabado de concordar sobre a adoção de Mariana e agora um filho, tudo mudava.

–Pare de ser besta. Ele ama você e também tem eu e Christian, para o que precisarem. – Seus olhos verdes brilharam pra mim. Eu sabia que podia contar com ela.

–Está bem. Obrigada. – Sorri, mesmo sabendo que teria que lidar com certas coisas depois.

Antes mesmo que ela tivesse chance de responder, Dimitri entrou no cômodo. Sua expressão agora mais tranquila. Em seu braço, uma prancheta de anotação. Lissa pareceu pegar a deixa.

–Vou lá fora ver se Christian precisa de mim. – Ela murmurou e rapidamente, se esquivou em direção a porta. Quando a porta foi fechada, Dimitri se aproximou.

–Como você está? – Havia preocupação ali, mas acima de tudo, havia amor. Como eu, provavelmente ele estava confuso, mas ele deixou suas incertezas de lado, para saber sobre mim.

–Estou bem, mas inquieta. – Fui honesta. Rapidamente bati minha palma no leito, para que ele se aproximasse. Então ele o fez.

–Rose eu... – Dimitri começou, mas prontamente o interrompi.

–Hey... Me deixe falar primeiro desta vez. – Olhando dentro de seus olhos, peguei suas mãos. – Eu sei que isso tudo está tão confuso para você, quanto para mim. E não quero que de forma alguma, se sinta obrigado a algo.

–Eu não me sinto obrigado a nada. – Dimitri ergueu uma sobrancelha desconfiada para mim. - Estou feliz com a notícia.

Eu quase tive que me segurar para não gritar. Ele achava isso realmente, uma coisa boa? Que Deus me ajudasse.

–Não faça essa cara Rose. – Ele tocou meu queixo. – Somos adultos, temos um relacionamento estável e uma criança, ou melhor, duas contando com Mariana, pode dar muito certo.

–Ou pode dar muito errado. – Murmurei de mal humor. – Eu não sei ser mãe.

–Ninguém nasce sabendo ser mãe Rose. Um filho acontece. –Ele beijou minha testa. –E tenho certeza que você, será uma mãe invejável.

–Vou enlouquecer – Comentei em som estrangulado, o suficientemente alto, para que Dimitri risse.


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Notas finais do capítulo

E ai o que acharam?

Beijos



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