Procura Obsessiva escrita por July Carter


Capítulo 6
Capítulo cinco.


Notas iniciais do capítulo

Como prometido aqui está o capítulo.



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PDV BELLA

“Querido diário, tenho que lhe confessar que nunca acreditei em anjos da guarda, mas agora, com toda certeza, creio que ele é o meu”.

Fechei meu diário e o tranquei com o cadeado. Não poderia deixar ele e correr o risco de minha irmã ou até então o próprio Edward lê-lo, as coisas que estavam escritas ali não eram apenas pessoais. Eram os meus mais profundos segredos.

Era meu segundo dia na casa de Edward e eu nunca me senti tão feliz, tão segura quanto me sentia agora.

– Bella! Bella! – A voz da minha irmã retirou-me dos meus devaneios.

– Oi Rebecka. – Sorri enquanto a encarava.

– Edward está chamando você. – Ela estendeu a mão em minha direção e eu a segurei. – Ele fez lasanha para o almoço. – Rebecka deu uma breve risada. – Eu lhe disse que era sua comida favorita. – Completou baixinho.

– Mas não é... Ah, já sei. – Eu ri. Não pude conter o riso. Charlie nunca faria algo que eu e minha irmã quisermos. Dizia que era capricho e que não era fazendo os caprichos dos filhos que eles adquiriam educação.

– Fiz mal? – Perguntou fazendo biquinho.

– Não meu amor. – Dei-lhe um beijo na bochecha. – Só preciso que me faça um favor...

– Qual? – Perguntou erguendo a sobrancelha. Naquele momento ela me lembrou tanto a minha mãe... Sempre foi assim. Ela se parecia com minha mãe e eu não me parecia com ninguém. Era isso que diziam.

– Diga ao Sr. Edward que descerei para o almoço em breve. – Eu precisava de mais algum tempo sozinha, precisava absorver tudo o que havia acontecido ontem quando fomos buscar Rebecka na casa de meu pai.

– Tudo bem, eu faço isso, mas o maior pedaço de lasanha vai ser meu.

– Combinado. – Sorri e ela saiu do meu quarto.

Meu quarto... Eu deveria me arrepender por chamar aquele lugar assim. Aquele era o quarto da filha de Edward, de sua filha que sumiu há tantos anos, da menina que tornou ele aquele homem. Aquele homem maravilhoso...

Balancei a cabeça. Eu estava errada. Ele era meu professor, apenas isso, um homem que possuía um bom coração e teve pena de mim. Sim, isso se chama pena. Edward apenas quis ajudar eu e minha irmã, não tinha nenhum outro pensamento em mente a não ser esse.

Talvez eu tenha sido apenas uma menina tola que ao ver ele confrontando meu pai daquela forma consegui imaginar como seria uma vida ao lado de um homem que me tratasse como uma pessoa e não apenas uma propriedade.

Estávamos parados em frente a casa de Charlie. Mais cedo eu havia corrido dali e por mim havia continuado o mais longe possível daquele lugar, mas não poderia deixar Rebecka sozinha. Ela era minha irmã mais nova. Ela era minha responsabilidade.

Edward segurou minha mão. Eu podia sentir que ele queria me proteger. Ele aproximou a mão que estava livre da porta e tocou a campainha. O barulho do lado de fora estava insuportável e ele parecia não entender como os vizinhos ainda não tinham dado queixa, mas eu sabia o por que. Eles também estavam a mercê de Charlie.

Demorou alguns segundos até que Charlie abrisse a porta. Ele estava mais bêbado do que quando sai e eu achava que isso era impossível.

– Onde você foi, Isabella? – Perguntou de forma autoritária e me puxou pelo braço. – Já disse a essa menina que não era para sair assim pela rua. – Ele enrolou as palavras, mas parecia acreditar que estava fazendo um bom papel de pai. – Obrigado por trazê-la de volta.

– Eu vejo o motivo pelo qual ela saiu assim... – Edward sussurrou e eu tremi. Nunca havia ouvido ele falar daquela forma. – Edward Cullen. – Ele estendeu a mão em direção a mão de Charlie que a segurou e a apertou.

– Charlie Swan. – Charlie fez força contra meu corpo e trombei para dentro de casa. Ela estava bagunçada, entretanto seus amigos não estavam ali e fiquei feliz por isso. – Agora acredito que você já pode ir embora.

– Na verdade... – Edward empurrou levemente o corpo de Charlie para dentro. – Acho que prefiro ficar aqui... Soube que tem outra filha, Rebecka.

– Minha filha mais nova.

– Isso.. Talvez eu tenha algum interesse nela.

– Isabella? – A voz de Edward me fez sair das minhas lembranças. – Pedi para que Rebecka viesse te chamar, mas você demorou para descer.

– Me desculpe Sr. Edward.

– Já lhe disse que não precisa me chamar de senhor, Isabella.

– E eu já pedi para me chamar de Bella. – Sorri de lado e me virei para ele.

Edward deu alguns passos em minha direção. Ele me encarava com um olhar pensativo e isso chegou a me assustar, confesso.

– Fiquei preocupado com você.

– Não precisa ficar. Nunca estive tão segura. – Admiti.

– Não é com sua segurança física que estive preocupado e sim com seu estado emocional.

– Eu sou forte Edward.

– É claro que você é forte, mas não são todas as pessoas que conseguem passar por todas as coisas que você passou e permanecer sã.

– Não são todas pessoas que precisam cuidar de outras. – Murmurei pensando na minha irmã.

Edward ficou por alguns segundos calado e por fim assentiu.

– Soube que você gosta de lasanha.

– Soube que uma pessoinha falou demais. – Eu ri.

– E eu devo lhe falar que tive trabalho para que essa pessoinha soltasse algo a seu respeito.

– Eu espero que sim... Então, vamos?

– Estava esperando você me chamar.

Eu e Edward fomos até a cozinha lentamente. De longe vi minha irmã comendo com um grande copo de refrigerante entre as mãos. Ri internamente da cena.

Edward puxou a cadeira para que eu sentasse e assim fiz. Coloquei um pedaço em meu prato e rapidamente peguei o garfo e a faca e levei um pedaço da minha comida até minha boca.

– Está bom? – Perguntou aflito.

– Acho que nunca comi algo tão bom na minha vida. – Dei um largo sorriso.

Fico me perguntando como Edward cuidaria de sua filha e por um breve momento desejei ser ela.


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Notas finais do capítulo

Espero que ainda tenha alguém lendo e que se tiver, por favor, comente o capítulo. Obrigada. kkk
Dúvidas podem perguntar na minha ask: http://ask.fm/JulyCarter



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