My Hero. My Light. escrita por Ankoku Mayoi


Capítulo 14
O impacto que algumas palavras causam.


Notas iniciais do capítulo

Oi!
Bem, nesse capítulo vocês vão ver a Debby de um jeito diferente, é. Ela vai estar mais séria e decidida...
E aqui também temos uma cena stebby, igualzinha a de steggy mas foda-se çdljqlçfjqwfçq eu mudei algumas coisas, mas eu já tinha dito que ia ser bem parecido em umas notas atrás.
E MUITO OBRIGADA DESSA, PELA RECOMENDAÇÃO MARAVILHOSA QUE VOCÊ DEIXOU EM MY HERO. MY LIGHT. SÉRIO, EU FIQUEI MUITO FELIZ ♥33
Espero que gostem desse novo jeito da Debby e do capítulo.
Boa leitura.



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— Fiquei sabendo que hoje o Capitão América virá à base. — comentou Gisele, enquanto observava Debby encarar um mapa europeu cautelosamente, como se o estudasse. — Para fazer uma apresentação para os soldados que conseguiram voltar da última missão. Digamos que parece que querem lhes dar um incentivo. — continuou, esperando atrair a atenção de Déborah, mas tudo que ganhou foi seu desprezo inocente. — Agente Grey... — ela chamou a outra de maneira séria, em tom de voz mais elevado. — Você ouviu alguma palavra que eu disse? — a Grey finalmente voltou seu olhar para a Blood, ainda com as mãos apoiadas sobre a mesa, com o mapa bem à sua frente.

— Desculpe, não. — Déborah suspirou, massageando suas têmporas. — Estou... tentando. — disse pausadamente, inclinando a cabeça em direção ao mapa. — Tenho que arrumar um jeito de resgatá-los. — recitou entredentes, respirando fundo. — Algum plano, não sei. Foram mais da metade dos homens, Gisele! Metade! Temos que fazer alguma coisa... — a morena passou a andar em círculos na barraca. — Mas como? O Coronel não... — ela voltou a fitar Gisele, como se a Blood tivesse as respostas para todas às suas dúvidas e questionamentos.

A Agente inglesa devolveu o olhar, observando como a outra estava nervosa. Ela sabia o porque disso. Houve uma missão, um grupo de homens tinha sido enviados, porém, poucos deles comparado ao que eram no total, haviam voltado. Não se sabia o que tinha acontecido com eles, se estavam sendo prisioneiros, se tinham sido mortos... Todavia, o coronel havia lhes dado como tal. Entre estes soldados que não tinham voltado, um tinha possuía nome em especial: James Barnes.

Gisele desconfiava que esse era um dos motivos para Déborah estar tão preocupada, não se importando muito com o fato de que Steve viria hoje a base, como seria a reação esperada dela.

— Déborah, não podemos fazer nada...

— Na verdade eu posso. — Debby cortou Gisele, mas ela não se importou com isso e continuou a falar, lhe mandando um olhar gélido.

— Se o Coronel disse que não haverá missão de resgate, então é porque não terá. Não somos nós que damos as ordens por aqui. Em todo caso, se fossemos fazer isso, pense bem Debby, já não temos muitos soldados alojados no momento, se fossemos preparar uma missão de resgate, teríamos o risco de falhar, ou então de ter mais homens mortos ou capturados. — Agente Blood mostrou as hipóteses, suspirando ao terminar, fitando a reação da Grey.

Déborah passou as mãos pelo rosto, bufando de frustração. Ela não queria ficar parada ali, alguém tinha que trazer aqueles soldados de volta. Aquela atitude do Coronel de não arquitetar uma missão de resgate logo estava remoendo-a, deixando-a inquieta.

A Erskine voltou a fitar o mapa, colocando as mãos sobre a mesa novamente, passando seus olhos pelo continente da Áustria.

— Tem que haver um jeito... — ela murmurou para si mesma, séria. — Eu poderia ir sozinha... — disse, mandando um olhar sugestivo a Blood.

— Você está louca? — exclamou Gisele, aproximando-se da Grey. — Desobedecer o Coronel?! Seria o mesmo que pedir demissão, Déborah.

— Seria por um proposito maior, com certeza, senhorita Blood. — explicou Debby, com um tanto de sarcasmo, fazendo Gisele revirar os olhos discretamente.

— Sem citar a ideia de ir completamente sozinha. Déborah, você é só uma agente! Não um soldado! E mesmo se fosse seria uma missão suicida! — Gisele mostrou seus argumentos, ainda incrédula com a sugestão da Agente Grey.

— Não me subestime, Agente Blood. Ainda há coisas sobre mim que você não sabe. — Déborah falou em tom baixo e sério, voltando seu olhar para o mapa, sentindo um plano se formar em sua mente.

— Não acredito que você está planejando tudo isso só para resgatar o Sargento Barnes... — a Blood soltou, cruzando os braços de frente ao peito. — O que houve com o Stévie? — ergue as sobrancelhas de forma desafiadora.

— NÃO TEM NADA HAVER COM RESGATAR ALGUÉM EM ESPECIAL, AGENTE BLOOD! — a Grey respondeu irritada, elevando seu tom de voz. — Mas sim com resgatar homens que lutaram por seu país, com determinação e orgulho, esperando obter sucesso em sua missão para no final de tudo poder voltar para sua família e amigos, e não ficar mofando em uma cela, esperando a morte. Eu não vou admitir isso! — ela continuou, abaixando seu tom de voz aos poucos, balançando a cabeça em frustração. — Vou falar com o Howard depois, talvez ele possa fazer algo que pode nós ajudar.

— O Stark? Duvido.

— Quanto se trata do Howard, eu não duvido mais de nada, Gisele. Ele é um louco.

— Disso eu não duvido. — a Blood emendou sua frase, vendo Debby dar um pequeno sorriso em seguida, enquanto ainda observava o mapa. — Mas... e então... vai ver a apresentação do senhor Rogers hoje, Debby? — ela perguntou após minutos em silêncio, vendo Déborah lhe encarar logo depois, com um meio sorriso nos lábios.

— Claro... por que não?

[...]

— Quantos aqui estão prontos para me ajudar a dar um soco na cara do velho Adolf? — Steve falou no microfone posto à sua frente tentando passar animação, em cima de um pequeno palco, recebendo silêncio de resposta. — Certo... Ahn... Eu preciso de um voluntário!

— Eu já fui voluntário, como acha que eu cheguei aqui?! — berrou um dos soldados da plateia, fazendo os outros rirem.

Debby observava a cena de longe, apertando os lábios em uma linha reta, não acreditando que estava presenciando a cena que estava vendo. Não era pra isso que o soro havia sido criado...

— TRÁS AS GAROTAS DE VOLTA! — berrou outro soldado da multidão, fazendo os outros concordarem com gritos.

— Acho que elas só sabem aquela música mas... — Steve deu alguns mínimos passos para trás, um tanto nervoso. — Eu vou... ver o que eu posso fazer. — ele continuou piscando os olhos repetidas vezes, voltando para perto do microfone.

— Faz isso mesmo, benzinho! — debochou um dos soldados que estavam mais próximos ao palco.

— Gostei das botas, sininho. — zombou outro da plateia fazendo novamente os companheiros rirem. Steve pôde reconhecê-lo como Hodge.

— Que isso, gente. — começou o Capitão, já um pouco envergonhado, mesmo sem demonstrar. — A gente está do mesmo lado...

— Capitão! — outro soldado da plateia pronunciou-se ficando de pé, interrompendo o Rogers. — Autografa aqui. — ele abaixou suas calças, deixando seu traseiro à vista; sua ação faz os outros soldados rirem e baterem palmas.

— Idiota. — a Grey comentou transformando suas mãos em apertados punhos.

Os soldados, parecendo ter aquilo já armado, passaram a jogar tomates no Capitão, que se protegeu utilizando o escudo que estava em suas mãos, para logo depois descer do palco, enquanto as garotas dançarinas subiam nele, fazendo a multidão de homens gritarem animados.

— Acho que você deveria falar com ele, Déborah... — a Grey virou a cabeça para o lado, um pouco desorientada, pois ainda não tinha notado a presença de Gisele. — Seria uma ótima chance... Deve ser bem melhor que ler quadrinhos, não é? — ela sorriu de forma debochada para a Grey ao citar a palavra "quadrinhos" — Ao vivo e à cores. Onde vocês podem se tocar... — Déborah mandou um olhar descrente para a Blood, balançando a cabeça negativamente.

— Não acho que seja um bom momento... — ela sorriu fraco. — Mas isso não quer dizer que não quero falar com ele. Na verdade, eu quero muito. Eu mostrar que não concordo com o Phillips, que ele é mais que um simples rato de laboratório. Acho isso ridículo.

— E por que não faz isso agora? Ele pode nós ajudar muito na guerra, pelo que eu soube. — Gisele incentivou, ela não era uma mulher de desistir fácil. — Vai realmente perder mais tempo, senhorita Grey?

Déborah fitou Gisele com um olhar hesitante, cruzando os braços sobre o peito, suspirando derrotada.

— Seria o que Abraham diria para eu fazer... — ela fixou seu olhar em um ponto enquanto parecia pensar na ideia, um pouco triste por ter se lembrado de Abraham.

— E o que está esperando? — perguntou Gisele, inclinando a cabeça em direção ao palco, enquanto alguns pingos de chuva passavam a cair do céu e pingar por suas roupas.

[...]

Um sobretudo estava posto sobre sua cabeça, impedindo a chuva de lhe molhar tanto. Déborah caminhava apressada em direção ao palco, que já estava sendo meio desfeito e menos arrumado, ela sabia que alguém estava por ali, tinha o visto caminhando até lá há alguns minutos, e ela não perderia essa chance. Não como havia perdido tantas outras em sua vida.

Ela subiu pela parte lateral do palco silenciosamente, e então pôde fitar as costas largas do soldado que procurava sentado em um dos degraus de uma pequena escada. Déborah o observou atentamente, mordendo seu próprio lábio inferior por um segundo, receosa se deveria mesmo chamar a atenção dele; deu mais alguns passos silenciosos em sua direção, e então pôde ver por cima dos ombros dele que ele estava desenhando, e então não conseguiu conter um pequeno sorriso que tomou conta de seus lábios, enquanto tirava o sobretudo de sua cabeça.

— Você desenha muito bem, Steve. — ela comentou docemente, engolindo em seco por um instante, vendo Steve virar um pouco a cabeça em sua direção, desconcentrando-se do desenho, parecendo estar surpreso por vê-la ali, e, bem, ela também estava. — Oi. — cumprimentou, arrumando o sobretudo entre seus braços.

— Oi. — ele respondeu ao cumprimento, parecendo ainda estar meio surpreso por vê-la ali. — O que faz aqui? — perguntou, observando Déborah sentar-se em cima de baú.

— Atualmente obedecendo as ordens do Coronel Phillips. Fui encarregada de uma missão. — ela explicou-lhe, colocando as mãos sobre sua saia ajeitando-a em suas pernas, retribuindo ao olhar de Steve. — Foi uma grande apresentação. — ela comentou, observando Steve deixar de fitá-la, e encarar um espaço que ficava mais a frente, respondendo-a fazendo alguns gestos com as mãos:

— É, eu... tive que improvisar um pouco... a minha plateia geralmente tem uns... doze anos. — ele contou, virando o rosto em outra direção ao terminar de falar.

— Ouvi falar que você é a nova esperança da América. — Déborah começou, apertando os lábios em uma linha reta, sondando-o. Ela tinha formulado um pequeno... plano, só não sabia se iria funcionar.

— As vendas de bônus aumentam em dez por cento em todo estado que visito. — ele falou como se já tivesse gravado essa resposta em sua mente, fazendo Debby bufar ruidosamente.

— Por acaso é o senador que estou escutando? — ela o cortou em tom duro, antes que Steve pudesse falar mais alguma coisa.

— Pelo menos ele me arrumou isso. — ele respondeu, inclinando um pouco sua cabeça na direção da mulher, mas ainda não a encarando. — Pelo Phillips eu estaria em um laboratório. — ele finalmente a encarou após terminar a frase.

— E será que essas são as suas únicas opções? — Déborah questionou seriamente, fitando os olhos do soldado sentindo seu corpo tremer por dentro ao vê-lo retribuir o olhar. — Ser um rato de laboratório ou um macaco dançante? — reforçou, vendo Steve voltar a fitar um espaço fixo mais à frente, fazendo-a respirar fundo. — Steve... — ela o chamou, saindo de cima do baú e sentando-se ao seu lado no degrau, encarando suas próprias mãos. — Quando eu e meu avó criamos o soro do projeto renascimento, o objetivo dele não era esse. — ela começou, levantando o olhar, observando as gotas de chuva escorrerem pelo chão. — Não era um macaco dançante nas mãos do governo ou apenas uma cobaia de laboratório. Era um exercito de homens que lutassem por seu país, servindo os seus ideais certos, defendendo aqueles que não podem se defender sozinhos, fazer justiça que alguns não podem fazer. — ela ergueu a cabeça depois de fazer uma pequena pausa, e virou-a de lado, encontrando os olhos de Steve lhe encarando, fazendo-a segurar um arfar. — Seu propósito é maior que esse, Steve. — ela finalizou, apontando para um dos cartazes que estavam colados na parte de trás do palco, e em seguida voltando a encará-lo, porém ele desviou seu olhar do dela como se refletisse suas palavras, e passou a fitar a chuva novamente, abrindo a boca por um instante como se fosse falar algo. — O que foi? — indagou Déborah calmamente olhando-o pelo canto do olho.

— Engraçado. Por tanto tempo eu sonhei... em cruzar o oceano. Estar na linha de frente. Servindo o meu país. — ele começou, fitando as próprias mãos algumas vezes. A Grey sentiu vontade de lhe falar alguma coisa, alguma palavra acolhedora, não sabia explicar muito bem. Mas ela sabia que aquele era o sonho dele. — Finalmente consegui o que queria... — ele olhou para o chão. — E estou de meia calça. — adicionou um pouco mais baixo, como se fosse para apenas ele mesmo escutar.

— Eu... Eu acredito ideia que devemos lutar pelo que queremos, senhor Rogers. E não, o senhor não conseguiu o que queria. — ela o encarou firmemente tentando encorajá-lo, sentindo o seu coração palpitar. — E se o senhor não lutar pelo que o senhor quer, quem vai? — ela concluiu, piscando os olhos repetidas vezes inclinando a cabeça para o lado, sentindo o impacto de suas próprias palavras em si mesma.

Antes que ela pudesse adicionar mais alguma coisa, ambos ouvem um barulho de carro aproximando-se, e de uma movimentação de homens no momento em que esse carro estacionou, com o símbolo de emergência na traseira, fazendo Debby fechar os olhos por um momento, segurando a cabeça entre suas mãos.

— Parece que estiveram no inferno. — comentou Steve, virando a cabeça rapidamente para observar àquela movimentação, enquanto a Grey fazia o mesmo.

— Já era de se esperar, talvez o lugar para onde foram mandados seja quase tão horrível quanto o inferno. — Déborah contou assumindo uma expressão mais séria e menos relaxada que a de antes. Steve a encarou como se espera que ela continuasse a falar, porém, Debby engoliu em seco... Ela deveria contar? — Houve uma missão há alguns dias, de ataque a um terreno inimigo. Não obtivemos sucesso. — ela abaixou os olhos. — Foram mandados duzentos homens, mas... pouco mais de cinquenta voltaram. — a Grey levanta a cabeça novamente, percebendo que Steve ainda a encarava. — E Steve... — Déborah hesitou por um momento, fazendo Steve lhe fitar com mais atenção. — A sua plateia hoje foi o que restou da cento e sete, os outros foram mortos ou capturados... O Bucky, ele...

Déborah tentou continuar, mas Steve já tinha parado de lhe escutar a partir do momento em que ela havia citado a palavra "cento e sete".

— A cento e sete? — ele perguntou parecendo querer saber se havia escutado bem. Debby assentiu abrindo a boca como quem iria continuar a falar, mas sendo novamente interrompida pelo Rogers.

— Vem! — ele chamou, levantando-se e passando a correr em direção a uma das barracas, não se importando com a chuva. A Agente Grey o acompanhou também correndo, não ligando de colocar o sobretudo na cabeça, deixando-se ser molhada pela chuva.


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Notas finais do capítulo

Se virem erros me digam pra eu corrigir.
A próxima atualização finalmente: VAI TER AÇÃO! WEEEEEE!
Como algumas de vocês puderam notar, eu mudei uma coisa. No filme a 107 é tipo uma base que foi ataca pelo Caveira Vermelha e então algumas soldados foram capturados e aconteceu tudo aquilo que vocês viram no filme e tal... Aqui é diferente: a 107 é tipo um grupo de soldados que foram enviados em missão de ataque e espionagem, mas que foram descobertos e capturados, tipo isso. Só dizendo pra vocês pra isso ficar bem claro ok? :]
Qualquer duvida: http://ask.fm/pervesmcfly
Beijos e até a próxima att!