A Gaiola de Prata escrita por Débora Falcão


Capítulo 7
Sensação Maravilhosa




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Não aconteceu nada do que eu esperava. Rilley continuava beijando meu pescoço, e eu estava gostando. Minha pele esquentava ante seu toque gelado, e eu não conseguia parar de gostar. Era uma sensação maravilhosa.

Ele beijava e beijava, e seu hálito em meu ouvido me fazia estremecer. Ele apertava suas mãos em minha cintura, para trazer-me mais para perto. E eu só queria mais daquilo.

Louca. Era o que eu era. Eu devia ter ficado quietinha, parada, só esperando. Mas não foi o que eu fiz.

Louca.

Eu me agarrei a ele, meus braços em torno de seu pescoço, minhas mãos segurando seus cabelos, forçando-o a grudar ainda mais em meu pescoço, forçando-o a sentir ainda mais o meu aroma, forçando-o a sentir minha pele quente devido ao meu sangue correr mais rápido em minhas veias.

E ele não resistiu.

Ele não precisava, não era para isso que ele estava ali. Para resistir. Não foi para isso que ele me trouxe ali, foi?

Foi quando senti um líquido quente escorrer pelo meu pescoço até meu suéter. Era meu sangue? Mas já? Eu nem havia sentido ele me morder! Era como se minha pele estivesse anestesiada naquele ponto. O ponto em que minha vida ia embora.

Ele me apertava contra a parede de pedra. Eu estava entre duas pedras, apertada, mas era uma sensação boa. Eu queria mais e mais.

Eu me senti amolecer, com a fraqueza. E ele me tomou nos braços, incapaz de parar.

Foi quando me ocorreu que eu podia não ser uma captura, para recém-nascida. Eu podia ser, simplesmente, a presa, a comida. Ele devia estar caçando para si, e não para Victoria.

"Rilley..." eu disse, fracamente.

Ele não parou. E continuou. Minha visão foi ficando turva.

"Bela hora para morrer" eu pensei comigo mesma. Não era o que eu queria, no fundo no fundo? Morrer ou virar uma imortal? E quanto a Jake?

Parecia que minha mente me fazia perguntas, me acusando. Mas eu não podia lutar contra ele. Eu não queria.

De repente, ele parou. Me segurando nos braços, ele disse delicadamente em meus ouvidos: "Vamos. Não queremos chamar a atenção por aqui." E então começou a correr pelas ruas de Seattle. E corria tão rápido que eu não enxergava as casas. Somente paredes escuras, borrões. Em parte pela velocidade, em parte pela minha visão limitada.

Foi quando o fogo começou.


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