Só Mais Uma Vez escrita por Anna Liberatori


Capítulo 7
Capítulo 7- O grande dia.


Notas iniciais do capítulo

Eu volteeeeeeeeeeeeeeeeeei!!!!!!!!! E agr tentarei ficar!!!! HAHAHAHHAHA Vou postar dois capitulos seguidos hoje!!! ^^



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Depois do episódio ele começou a me dar forças. Ele me fazia sentir como se as coisas ainda valessem a pena. Como se a vida tivesse algum sentido. Ele salvou minha vida, aquele menino havia salvado a minha vida. Ele me mantinha viva. Não só me mantinha viva mas me ajudava a viver. Eu não havia feito mais nenhum corte desde aquele dia. Já fazia mais de 15 dias. Nessa altura eu estava com esperanças de não ser internada. 

Pedro e eu ficávamos todos os dias, fazíamos tudo juntos, mas para ficar claro: não estávamos namorando. Ale ficava cada vez com mais ciúmes, e cada vez mais se afastava de mim. Certo dia que até a vi falando com Bárbara, mas deixei quieto. Falando na Bárbara... Um dia desses ela resolveu me encher, estávamos fora de horário de aula, a encontrei na rua enquanto saia com Pedro. A garota mexeu com ele, com nós. Eu não perdi tempo, dei um soco nela. "Não mexe com quem tá quieto, garota. Tô avisando. Você não me afeta mais.", nossa como era emociante ameaçar alguém desse jeito, principalmente se esse alguém for a a puta da Bárbara. Contudo, achei pouco o soco que dei nela, queria fuder com a mente dela, comer onde cuspiu, provar do próprio veneno.

Os dias se passaram, estava na véspera de eu ser "examinada":

-Pedro, eu to com medo.

-De que?

-De amanha.

-Ué, mas você voltou a se cortar?

-Não...

-Então tá com medo de que, cabeçuda?

-Ah, não sei, e se mesmo assim eles quiserem me levar, se acharem que estou louca? O que eu faço?

-Eles não vão fazer isso. Confia em mim, eles não podem. Se fizerem você faz da vida deles um inferno.

-Um inferno? Como vou fazer isso, menino?!

-Tipo, quando você estiver indo, não para de gritar. Grita muito, até deixa-los surdos.  

-Nossa, você é genialmente louco.

-Eu sei, eu sei... Não precisa agradecer.

-Idiota. 

-Não mais que você.- E nos beijamos. O sinal tocou, ele foi pra sala dele e eu fui pra minha. Ale e eu iriamos ter aula juntas. Perguntei se ela queria sentar perto de mim, ela só sentava com as novas amiguinhas dela. Ela sentou. 

-Amanha é o dia em que vou ser "examinada". 

-E ai?

-E ai o que?

-Você parou? 

-Parei.

-Hum, que bom. 

-Mas eu to com medo.

-Medo de que?

-Não sei.

-Deixa de besteira, não tem porque ter medo.

-É, to tentando. Mas agora só tenho uma pessoa pra me apoiar.

-Pelo menos você tem alguém.

-Como assim?

-Nada, esquece, to falando demais.

-Ei, me conta.

-Porque te contaria?

-Porque eu quero te ajudar.

-Aham, ta bom.

-O que houve?

-Nada, já falei.

-Nada? Como se eu não te conhecesse.

-Eu mudei muito.

-É eu percebi.

-Então...

-Mas é a mesma por dentro, ainda sei de todas as suas manias e todos os seus gestos.

-Se me conhecesse tão bem quanto diz você saberia o que está acontecendo.

-Ah, então está acontecendo algo!- Falei em tom irônico.

-Isso é óbvio.

-Eu sei, só queria que você admitisse.

-Ai, para com isso.

-Para com o que?!

-Para de me testar.

-Não estou te testando.

-Ah, e o que você está fazendo?!

-Estou tentando fazer você se abrir.

-Não tá funcionando.

-Na verdade está sim... Você que não está percebendo.

-Então para!

-Tudo bem, mas eu vou descobrir, e vou te ajudar.

-Não preciso de ajuda.

-Tudo bem. Eu vou descobrir e fazer algo a respeito.

-Não precisa.

-Mas eu quero.

-Tanto faz.

-Tá.- Essa foi nossa conversa mais longa sobre o que tinha acontecido com nossa amizade.

A noite chegou e fui dormir. O "grande dia" chegou. O homem foi na minha casa,  me examinou, fez umas caras e bocas e no fim a conclusão:

-Minha senhora- se dirigiu a minha mãe- sua filha está melhor do que eu pensava. Parece que seus cortes pararam  praticamente depois da palestra.

-Entendo, que bom então.

- É, é bom sim. Não vamos precisar leva-la a nenhum centro de tratamento. Apenas um psicólogo, será algo de grande valia. Mas, você quer que a levemos?

-Não sei, talvez fosse bom. Ela deve ter algum truque para isso.

-Truque? Não senhora, eu entendo dessas coisas.

-Certo, mas mesmo assim, acho que seria bom, ela pode estar ficando louca ou algo assim, já saiu do controle uma vez, não custa nada sair de novo.

-Pare de falar de mim como se eu não estivesse aqui! Estou ouvindo tudo! Eu não sou louca!- Não aguentei, gritei isso para eles.

-Senhora, ela tem razão, creio que não seja necessário.

-Bom, então tudo bem.

-Tenha uma boa tarde.

-Igualmente ao senhor.

-Se cuida, menina.

-Ta bom, vou me cuidar. 

O homem foi embora e eu me virei pra minha mãe:

-Qual o seu problema?!

- O que?

-Cara, como você consegue ser tão falsa e tão hipócrita?!

-Como assim??

-Viu, está fazendo de novo! Para, chega!

-Não estou fazendo nada!

-Você é louca. Totalmente louca. Quem deveria ser internada é você.

-Me respeita que eu sou tua mãe, Alice.

-Respeito? Porque eu te respeitaria? Você age como se eu fosse um bicho. Se você não me respeita, não me exija respeito. Mãe? Que mãe é essa que quer internar uma filha mesmo sem motivos?! Que mãe é essa que xinga a filha? Você não é minha mãe, você deveria dar aula em uma escola militar.

-Chega! Passou dos limites já...

-Viu?! Quando você não tem argumentos para me responder, você me manda parar. E você me manda parar, só porque tem medo, só porque abe que estou certa. Quem passou dos limites foi você.

-Eu não tenho que dar satisfação para um pirralha como você. Você só tem que me obedecer!

-Só pra constar, essa “pirralha” é sua filha, e não um capacho para você pisar.

-Cala a boca, Alice.

-Fazer o que, né?-


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