Bifurcados - O Apocalipse Zumbi escrita por Cadu


Capítulo 5
Amanda


Notas iniciais do capítulo

Acabei mais um capítulo. Novamente não consegui alcançar as "temidas" 1500 palavras, mas tentarei nos próximos. Postarei mais um capítulo em breve. Espero que gostem.



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Bifurcados - O Apocalipse Zumbi

Capítulo Quatro – "Amanda"

Milhares de passos ecoaram pelo teto do apartamento do ultimo andar. Heitor levantou-se preguiçosamente de sua cama, vestiu uma roupa e fez sua higiene matinal. Após vinte minutos o barulho do andar de cima era imensurável, então subiu as escadas que davam para o telhado do prédio. O céu estava claramente azulado, fazendo suas pupilas contraírem, e todos os moradores do prédio apoiavam-se nas beiradas observando as ruas. Seus olhos prontamente se encontraram com os de Clarissa, a qual cerra os braços em um grande laço. Rapidamente ela desviou o olhar, mas mesmo assim Heitor foi em sua direção.

— O que está acontecendo aqui? — Heitor sussurrou no ouvido da jovem.

— Uma guerra. — balbuciou assustada.

Não entendendo o que Clarissa falava, foi a beirada do prédio. Tanques de guerra e um grande número de pessoas do exército faziam uma barreira contra os errantes que a todo custo forçavam a entrada no centro da cidade. Os soldados recuaram quando alguns zumbis morderam alguns componentes da tropa. Os protetores fugiam para qualquer canto tentando safar-se de virarem comida para canibais.

Após alguns minutos os zumbis começam a entrar em prédios ou qualquer abertura que contesse sobreviventes. Na tentativa frustrada de matá-los, estrutura do prédio vizinho treme quando percebem que uma bala de canhão é atirada na porta central do condomínio. Muitos gritos, muitas crianças correndo e algumas velhinhas choravam desesperadamente no edíficio ao lado. A construção desaba e tudo vira nada mais nada menos que poeira. Enquanto o desabamento ocorria o prédio em que estão começa a tremer. Heitor segura desesperadamente Clarissa pelos braços achando que o edifício poderia desmoronar a qualquer momento, mas depois de alguns minutos a estrutura se estabiliza.

Vários zumbis correm lentamente pelas ruas atrás de carne fresca e muitas pessoas ali perdidas choram por suas vidas. Todos os prédios estão cheios em seus telhados com moradores curiosos fitando as mortes que ali embaixo aconteciam não podendo fazer nada.

Um barulho rangedor da porta que sobe para onde todos estão invade os ouvidos de cada um que ali permanecia. Um grupo de quatro zumbis fétidos arregalam seus olhos a ver um banquete de pessoas: crianças, adultos e idosos. Clarissa grita e joga-se nos braços de Heitor.

— Meu Deus, o que vamos fazer?

A vida de Heitor passou em seus olhos esperando a lenta morte dolorosa que sofreria quando uma ideia suicida passa por sua cabeça. Com ajuda de seus músculos, ele joga todo seu peso para fora do prédio segurando-se apenas com suas mãos pela beirada.

— Heitor! O que está fazendo?! — grita Clarissa desesperada, enquanto apoia-se tentando recuperar a queda de Heitor.

Ele se joga dos dezoito andares. A jovem sozinha chora apoiando seu rosto nas duas mãos, achando que Heitor havia morrido. Enquanto pensava no pior, um errante se aproximava lentamente, grunhindo. Clarissa sente seu coração extremamente palpitante.

— Clarissa! — Um grito de esperança ecoa enquanto várias pessoas morrem comidas pelos zumbis. Heitor havia conseguido se segurar no apartamento pelas mãos, segundos antes de cair.

— Heitor? Me ajuda! Por favor! — ela grita para o nada.

— Ouça o que eu digo, está bem? Apoie-se como eu fiz e se joga! É a única solução! Eu te pego!

A cada segundo que se passava o errante aproximava-se contra aquela carne prontamente suculenta, e a menina fez o que Heitor mandou. Com medo jogou-se lá de cima e suas mãos frágeis foram seguradas por fortes braços. O par direito de suas sapatilhas pretas caem e em seguida o zumbi que estava tentando comê-la também joga-se achando que recuperaria o alimento perdido. Prestes a ruir, Heitor puxa-a para a sacada de seu apartamento - uma das vantagens de morar no último andar do prédio.

Um abraço apertado a recebe apertando contra seu peito palpitante cheio de adrenalina.

— Muito obrigada. — Palidamente Clarissa revira os olhos e desmaia caindo nos braços de Heitor.

— Oi meu amor. Até que enfim você atendeu. Não consigo te ligar desde ontem, você não atende... Como você está?

Estou bem, mas não meu pai. Ele voltou do trabalho ontem de noite e está passando mal faz muito tempo. Tá branco, morrendo de febre e vomitando muito... E agora nenhum hospital está aberto. Não sei o que fazer. Não sei mesmo. — disse Amanda melancólica.

— Caralho. Também não sei o que fazer, estou com minha vizinha aqui em casa... O prédio foi atacado, e ela desmaiou. Já fechei todas as portas, mas mesmo assim não posso negar que estou com muito medo.Toma cuidado.

Aquela moreninha que sempre gostou de você? — A imagem do beijo reprisa algumas vezes na mente de Heitor, mas com voz decidida finge que nada aconteceu.

— Se você diz...

Quando vamos nos encontrar? Vem aqui em casa me ajudar, por favor. Já estou com saudades. Queria ficar ai com você, estou com medo. Não vamos poder ficar presos em nossos apartamento para semp... AAAAAAAAH! — um grito ensurdecedor invade cada minúsculo buraco do celular.

— Amanda?! Meu amor?! Amanda! Me responde! O que está acontecendo? Amanda! — tú, tú, tú...



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Notas finais do capítulo

Espero que tenham gostado. Posto o próximo capítulo com três comentários.