Neve e Chama: A Segunda Era dos Heróis. escrita por Babi Prongs Stark Lokiwife


Capítulo 45
Capítulo 43: Jhoria & Jhade & Jhiqui


Notas iniciais do capítulo

Leiam as notas finais.



Este capítulo também está disponível no +Fiction: plusfiction.com/book/271309/chapter/45

Jhoria, o Chicote

Foi difícil retornar à cidade, o sangue de seu sangue fora derrotado, de forma covarde mas ainda assim derrotado. Jhoria não acreditava que isso fosse possível, ele era o Garanhão que Monta o Mundo, não poderia ser derrotado. Enquanto observava o monstro partir com metade de seus companheiros Rhaego pegou uma adaga e em um gesto inesperado cortou fora a própria trança.

Jhoria sentira seu coração se apertar quando viu a volumosa e longa trança prateada cair nas areias de Mantarys. O sangue de seu sangue não dissera uma palavra, ajudou aos demais à retornarem às suas montarias e galoparam de volta à cidade. Como o usual ela ficara na retaguarda, e aproveitando-se do momento em que ninguém a observava ela saltou de sua bela égua creme e recolheu a trança. Era pesada, graças aos óleos e os sinos. E cheirava à canela.

Ela sabia que deveria deixa-la para trás, mas era parte do sangue do seu sangue. Era o símbolo de seu orgulho, e agora de sua vergonha. Colocou-a em uma bolsa de couro que carregava consigo e montou de volta em sua égua e acariciou as crinas douradas dela. Os dothraki não costumavam colocar nomes em suas montarias, mas Jhoria gostava de pensa na alazã como a filha de um raio de sol. Nada mais apropriado, uma vez que ela fora presente de Rhaego à quem secretamente ela considerava seu sol e estrelas. Sacudindo a cabeça para aqueles pensamentos, pelos quais Jhiqui a recriminara tantas vezes incentivou a égua a galopar para a cidade.

Fora ainda mais difícil, quando a invasão verdadeiramente começou. Ela, juntamente às suas irmãs, Rhaego e os demais companheiros tentaram lutar, porém quando as esperanças de vitória se esvaneceram, foram forçados a fugir.

– É melhor viver para lutar outro dia – disse ‘a garota’

Como Jhoria a odiava.

Ela estava sempre próxima ao sangue de seu sangue. É claro que não via nenhum problema em fugir, era uma mercenária e mercenários eram todos covardes. A honra funcionava de um modo diferente para os dohtraki. Jhoria não era a mais feroz das irmãs, pelo contrario, era que menos sofrera e portanto a menos séria; sonhadora e gentil. Gostava de dizer que as irmãs eram um queijo boldo, enquanto ela própria era o doce. Mas ainda assim, era uma guerreira, uma companheira de sangue, e como tal tinha o cabelo trançado.

Suas mãos tocaram as duas tranças que desciam pelas suas costas até a base da coluna. Há muitos anos não cortava o cabelo e orgulhava-se disso. Aprendera a manusear o chicote ainda menina, sempre tivera um talento natural para a arma, e durante os anos que passou em Volantis, praticara com o filho do Magister.

Sua mente se dirigiu para Reghulos, o primogênito do Magister, seu melhor amigo por muitos anos. Ele fora bom para ela, salvara-lhe varias vezes. Em outra vida eles teriam formado um casal belo e feliz. Mas não fora assim que as coisas haviam se passado. Antes ela sonhara que um dia seria Khaleesi, depois a esposa de Reghulos, e agora era uma companheira de sangue, um titulo de muito honra, talvez ela e as irmãs fosse as primeiras a portá-lo. Mas ainda assim significava abrir mão de todos os seus sonhos. Algo que ela fizera sem hesitar, não pela honra, não pela gloria, não pelas irmãs, e sim por ele... Por Rhaego.

Ela estava no porão secreto de uma mansão abandonada da cidade, a adolescente amiga da mercenária garantira que ali estariam em segurança. Os animais também permaneciam ali, os cavalos, o leão, o lobo gigante, a águia e todos os demais. O olhar de Jhoria se dirigiu ao espelho empoeirado, o rosto que viu ali era idêntico aos das irmãs, e ao mesmo tempo diferente. Ela não carregava o semblante indiferente de Jhade ou a expressão zombeteira de Jhiqui. Seus traços eram mais alegres, seu sorriso largo e verdadeiro, o nariz empinado, olhos escuros e suavemente esverdeados. Entretanto tal como as gêmeas, tinha pele azeitonada e músculos definidos pelo corpo, além dos cabelos negros e ondulados típicos entre os dothraki.

Contudo não via apenas a si mesma e as irmãs quando se olhava no espelho. Também via seus pais. As trigêmeas eram a perfeita mistura de ambos. O pai fora Khal Lorho, um famoso guerreiro, predecessor a Drogo. As dosh khaleen previram que seu filho seria o Garanhão que Monta o mundo, mas ao nascerem trigêmeas, o homem perdeu as esperanças. A Khaleesi chamava-se Zhae, conhecida por ser muito bela para os padrões dothraki, fora produto do saque de Khal Lorho a outro khalasar.

Apesar do amor ser raro entre seu povo, ainda mais nas condições que os seus pais se conheceram, eles se davam bem e se importavam um com o outro. Até seus dez anos, ela e as irmãs viveram em uma família dothraki plenamente feliz. Até que a desgraça lhes sobreveio, quando Zhae abortou em sua segunda gravidez, Lorho fora traído por um de seus kos. Um novo Khal ascendeu, sua primeira medida foi matar a antiga Khaleesi, bem como vender trigêmeas separadamente.

Jhoria fora vendida a um poderoso Magíster de Volantis. A escravidão estava encerrada pela Mãe de Dragões, portanto era oficialmente uma serva, mas na pratica era apenas um objeto. Jhoria porém teve sorte, pois se tornou ‘serva’ pessoal da esposa do homem, uma gentil senhora chamada Dalia, que a protegeu e a ensinou a escrever. Fez amizade com o filho mais velho dela, Reghulos, e mesmo sentindo falta das irmãs e ansiando pela liberdade Jhoria era relativamente feliz.

Passou muitos anos em paz com esta senhora, mas sentia os olhares desejosos do Magíster aumentarem cada vez mais sobre si. Quando tinha catorze anos, Dalia engravidou novamente e morreu no parto de uma criança natirmorta. Assim, o Magíster ficou livre para fazer o que quisesse com Jhoria.

Por sorte, conseguiu fugir com o auxílio de Reghulos. Viveu nas ruas de Volantis por vários meses, mantendo os perigos longe com o chicote que fora presente de seu melhor amigo. Até que reencontrou-se com as irmãs, e juntas fugiram para Meeren. No caminho, encontram o khalasar de Khal Dracon, e a ela apaixonou-se perdidamente por Rhaego, desde o momento em que colocou seus olhos naqueles orbes violetas.

Pensou que seria ele à lhe tomar a inocência, mas Rhaego sempre se mostrou uma amizade respeitosa, um companheirismo fraternal e nada além. Outrora sonhara que um dia seria sua Khaleesi, entretanto sabia que isso seria apenas um sonho e nada mais, contentou-se então em ser sua companheira de sangue, assim ficaria ao menos próxima à ele. Mas agora, quando via que o modo que o sangue de seu sangue olhava para a maldita mercenária... Ele nunca a mirara assim, e atualmente compreendia que nunca o faria, mesmo que Jhoria usasse seu fiel chicote para sufocar a maldita, ainda assim nada mudaria, ainda sim, Jhoria sentia no fundo que jamais pertenceria a ele.

Jhade, a Adaga

Ela caminhava sozinha pelas ruas de Mantarys, reconhecia o perigo que estava correndo, porém já esperara seis anos e não o faria por mais nenhum segundo. Muitos guardas, fieis ao inimigo a olharam estranhamente, ela sabia que chamava atenção, não apenas por está vestida à maneira dothraki, mas por ser uma dothraki de cabelos curtos.

Jhade os cortava todo dia, de modo que sempre tivessem o mesmo tamanho, não permitia que crescessem há anos, em sinal de vergonha. Contudo não se importava com o que os outros pensariam sobre ela. O vazio em seu peito latejou doloridamente, ela se lembrou da mãe, a Khaleesi Zhae, se fechasse os olhos poderia ver seu rosto sorridente ao alcance de seus dedos. Sabia que era parecida com a mãe, assim como as irmãs gêmeas, entretanto havia diferenças que apenas elas próprias e Rhaego poderiam ressaltar.

Ela tinha olhos menores que os das irmãs, lábios cheios e dentes brancos, menos musculosa que Jhiqui, com o corpo um pouco mais cheio. E seu rosto carregava sempre uma expressão impassível, era indiferente à maioria das pessoas. Sendo introspectiva, quieta, quase tímida. Em parte por desconfiança, em parte por toda a amargura que levava em seu peito. Apesar de tudo amava as irmãs, principalmente Jhiqui por quem tinha uma quase idolatria, ela era seu maior exemplo de força e determinação. Mesmo depois de tantos anos nunca vira-a chorar.

Tal como a própria Jhade, Jhiqui ficara de certa forma endurecida pelo que passara. Ao contrario de Jhoria que ainda era sonhadora e ingênua, Jhade não a culpava, fora a que menos sofrera das três. Nunca tivera segundos de alegria para depois serem arrancados brutalmente dela. Nunca entrara no céu, apenas para ouvir que não poderia ficar.

Depois da morte dos pais, Jhade fora separada das irmãs e vendida como cortesã para um bordel de Lys. Viveu lá até os catorze anos, quando engravidou de um de seus clientes, mas assim que o menino nasceu, o progenitor dele a separou brutalmente do filho. Jhade segurara seu menino nos braços por poucos minutos, e o chamara de Zhaerho. Continuou a trabalhar naquele lugar infame, até que um dos amigos do pai de seu filho voltou ao bordel. Interrogou-o lenta e dolorosamente entre quatro paredes, perguntando sobre Zhaerho, ele confessou que o menino fora entregue á um traficante de escravos que partira dias antes rumo ao leste.

Apenas por vingança e pelo prazer de faze-lo, Jhade o matou, então fora vendida novamente pelo dono do bordel a um outro de nível mais baixo, onde foi encontrada por Jhiqui. As duas eram procuradas até hoje pelo massacre que houve naquele bordel. Depois disso partiu com a irmã para salvar Jhoria, mas sempre teve a ambição de reencontrar o filho e matar o pai deste. Fora por isso que desembarcara em Lys, em busca do pai de Zhaerho e do traficante de escravos, encontrara, interrogara e matara à ambos, entretanto tivera que partir às pressas da cidade.

De acordo com o traficante, seu menino fora vendido para serviços domésticos à um rico comerciante de Mantarys. E agora Jhade estava frente à casa desse comerciante. Só segurara Zhaerho uma vez na vida, e por poucos minutos, mas esperava que fosse reconhecê-lo. Quem mãe não seria capaz de reconhecer o próprio filho?

Ela entrou na casa sem ser convidada, desarmou com facilidade um guarda e trespassou a lança que trazia em seu peito. Fez o mesmo com todos os outros que ousaram entrar em seu caminho. Logo o dono da casa apareceu, ele tinha uma expressão de puro medo, mas questionou-a em dothraki.

– O que deseja em minha casa, senhora dos cavalos?

– Todos os seus escravos de cinco à seis anos – respondeu friamente

– A Mãe de Dragões acabou com a escravidão em Essos, eu não...

Jhade jogou a lança, sendo ela própria a melhor em pontaria das irmãs, quase infalível, acertou com facilidade o seu alvo. Um ponto na parede pouco acima da cabeça do comerciante, a lança se cravou no local balançando poucos centímetros de sua testa, de modo que tocava levemente seus cabelos grisalhos. Jhade sacou uma de suas facas e atirou do lado esquerdo da cabeça do homem, errando a bochecha por pouco e se cravando na parede. Fez o mesmo do outro lado e se aproximou dele com outra lamina na mão.

– Eu vou dizer apenas mais uma vez – rosnou – Eu quero todos os seus escravos de cinco à seis anos.

Ele gritou uma ordem em alto valyriano e cinco crianças foram trazidas, duas meninas, três meninos. Sendo que destes um era loiro, e os outros morenos. Mas apenas um dos meninos morenos tinha a pele azeitonada dos dothraki. Jhade sentiu seu coração disparar e avançou lentamente em direção ao menino. Pegou o pequeno braço com delicadeza, o virando lentamente, ali estava a marca de nascença, em formato da cabeça de um cavalo.

– Zhaerho – sussurrou com a voz embriagada pela emoção

Jhiqui, o Arakh

Os cabelos longos de um castanho escuro, facilmente confundidos com negro, caiam em largas ondas até muito abaixo de sua cintura em uma trança sem sinetas, simbolizando a gloria de quem nunca perdera uma batalha desde os dez anos. Porém agora Jhiqui sentia-se um tanto constrangida pelos longos cabelos, que sempre lhe foram motivo de orgulho. Eles estavam maiores do que os do Garanhão que Monta o Mundo, e isso era absurdamente errado. Quando um dothraki cortava a trança, o sangue de seu sangue fazia o mesmo, pois lutando lado à lado perdiam e ganhavam juntos. Ela era companheira de sangue do khal dos khals, mas ele não permitira que ela estivesse ao seu lado em uma de suas batalhas mais importantes, e sim um grupo de crianças que sequer sabiam segurar um arakh. Ela devia ter estado ao lado dele, deveria tê-lo protegido, e se ainda assim a derrota sobreviesse, devia cortar os cabelos e partilhar de sua vergonha, mas Rhaego também não permitira que nem ela, nem Jhoria cortassem as tranças.

Tal como a maioria dos dothraki Jhiqui possuía a pele suavemente mais clara que um tom de azeite. Os olhos dela eram grandes e amendoados, de um tom castanho escuro. Ela sabia que se olhassem bem fundo neles, seria possível ver matizes de verde e amarelo, mas eram poucos que ousavam fazer isso. O nariz era pequeno e empinado, não muito diferente dos de suas irmãs, todavia ao contrario delas possuía uma cicatriz no rosto, que ia de baixo do seu nariz atravessando o lábio até terminar no queixo, era essa característica que mais à diferia das gêmeas.

Se erguia alta, como muitos homens, ainda que não mais que Rhaego, e tinha um porte físico exemplar, atlética, ágil, forte e sedutora, apta à derrotar com facilidade grandes guerreiros. Sendo capaz de usar todas essas habilidades a seu favor. Contudo ainda assim era feminina, possuindo um corpo curvilíneo, com seios médios e quadris largos. Sendo as pernas longas e musculosas. O corpo bem trabalhado, tal qual cada uma de suas cicatrizes eram resquícios de seu tempo nas arenas ilegais de Meeren. Jhiqui usara os arakhs para cortar o caminho rumo à sobrevivência, vencendo cada um dos adversários que enfrentou, ganhou fama e foi chamada de Cria da Arena, já que todos os espectadores a viram crescer, e por alguns doces anos pensou que poderia levar o resto da vida assim, banhada em glorias e recompensas.

Era uma guerreira que havia esquecido sua condição de escrava, e foi lembrada de maneira cruel pelo seu mestre. Aos catorze anos, foi vendida a um magíster de Myr, que fez uma oferta irrecusável pela dothraki, que começava a ganhar formar de mulher. Mas Jhiqui era a filha de um Khal, o mais próximo de uma princesa que existia dentre seu povo, e sendo também uma guerreira estava preparada para resistir. E o fez o máximo que pode.

Porém sua resistência foi paga com surras tão fortes que a deixaram indefesa, sem poder se mover, e foi então que o maldito a usou das piores formas possíveis. Passou dois anos sofrendo abusos diariamente, depois de um ano parou de resistir, escondeu seu asco e ganhou a confiança do desgraçado, que logo não precisou mais de guardas para se encontrar com ela. E em um momento de distração ela cortou sua garganta.

Fugiu com o intuito de reencontrar as irmãs. Salvou Jhade e Jhoria antes de tentar voltar para Lys, onde poderia trabalhar como cortesã para arranjar comida para as irmãs. Mas foram capturadas pelo khalasar de Khal Dracon, e as três tornaram-se amigas de Rhaego. No inicio Jhiqui teve certo receio, não confiava em homens, e por mais que Jhade soubesse se cuidar, Jhoria era ingênua como uma criança. Todavia o estranho khalakka de cabelos cor do sol conquistou aos poucos sua confiança.

Quando Khal Dracon morreu e Rhaego seguiu para o leste elas seguiram-no. Ele partiu sozinho para Valyria, retornando com um ovo de dragão. E naquela noite, quando o ovo chocou sob a fogueira, as três caíram de joelhos fazendo o juramento que para sempre os uniria como companheiros de sangue.

Se perguntou o que seus pais pensariam dela se pudessem vê-la... O pai talvez se orgulhasse, sempre quisera que as filhas soubessem se defender, por isso as ensinara a lutar desde o berço, mas a mãe... Ela tinha poucas memorias da Khaleesi, mas uma da qual conseguia se lembrar perfeitamente fora a do dia em que brigara com as irmãs. A mãe a repreendeu duramente, lhe dizendo que como mais velha era seu dever guiar, proteger e cuidar das duas mais novas. Jhiqui falhara com a mãe, passara metade da vida longe das gêmeas, nesse meio tempo Jhade tinha sofrido horrores, e Jhoria se tornado uma tola. Porém agora estavam juntas novamente e como mais velha e mais forte devia tomar conta das outras duas.

Jhiqui deu um sorriso irônico para si mesma. Ao contrario da maioria das mulheres do seu povo era uma guerreira, tal qual as irmãs. Entretanto diferente das gêmeas sua personalidade também era excessivamente insubmissa, Jhade jurara jamais se curvar perante homem nenhum, exceto o Grande Garanhão e a encarnação deste, o Garanhão que Monta o Mundo, e Jhoria tinha seu orgulho, mas Jhiqui era distinta. Sarcástica e irônica. Ninguém podia saber o realmente o que pensava. Às vezes Rhaego e suas irmãs conseguem distinguir alguns minúsculos indícios, mas nunca com certeza. Decidida e confiante. Conseguia ignorar seus sentimentos, inclusive as dores, a maior parte do tempo. Mas amava as irmãs com todo o coração, e também se importava muito com o sangue de seu sangue, sendo eternamente grata a ele.

Quando uma menina, antes de seus pais serem assassinados diante de seus olhos e de ser separada das irmãs, ela quis se tornar uma Khaleesi, e manteve esse desejo em seu imo por todo o tempo que passou longe de seu povo, mas perdeu as esperanças ao se tornar companheira de sangue de Rhaego. Não se importava mais, agora não possuía ambições, senão proteger o sangue de seu sangue.

Jhiqui partira de Mantarys na surdina, como uma ladra, juntamente com Rhaego, as irmãs e a provável futura Khaleesi do Garanhão que Monta o Mundo. O sangue do seu sangue dizia que tinha que ser assim, que voltariam com um exercito de dothrakis. Ele estava disposto à cumprir a profecia, unir todos os khalasares em um só, derrotar o inimigo e guia-los para uma terra onde é sempre verão. Jhiqui acreditava que ele era o Garanhão, acreditava que ele poderia cumprir a profecia, só não entendia por que tinham que levar Raven Arryn com eles. A garota podia saber empunhar uma espada, mas ainda era um peso morto. Talvez um dia viesse a se tornar Khaleesi, porem enquanto não acontecia o ideal era que ficasse para trás. Contudo não cabia à ela questionar o Khal dos khals.

Seus olhos se dirigiram para o menino nos braços da irmã, seu sobrinho Zhaerho, o garoto parecia assustado. Ela não o culpava, era muito para absorver em pouco tempo. Cavalgaram por um tempo, até encontrarem a dragão Valyria em uma colina, quando finalmente deram descanso aos cavalos.

– Eu não lhe fiz nenhuma pergunta, como me pediu – disse Raven ao sangue de seu sangue na língua comum – Porém agora deve me contar, para onde estamos indo?

– Em busca de um exercito – respondeu Rhaego – Para Vaes Dothrak. Estamos indo para casa.


Não quer ver anúncios?

Com uma contribuição de R$29,90 você deixa de ver anúncios no Nyah e em seu sucessor, o +Fiction, durante 1 ano!

Seu apoio é fundamental. Torne-se um herói!


Notas finais do capítulo

Então pessoas, o que acharam desse capitulo? Ele foi o único que teremos das gêmeas, espero que isso tenha dado uma noção de quem é cada uma delas. XD

Para ser sincera eu me identifico muito com Jhiqui. Tenho uma irmã mais nova, e quando a pirralha nasceu meu pai me disse que por ela ser minha irmã caçula eu teria que tomar conta dela e protege-la... Eu faço isso. Hehehe. Talvez até demais, sou o tipo de irmã super-protetora, e emprestei um pouco disso p Jhiqui. Jah a Jhoria eu pensei na minha irmã enquanto a escrevia. Tola e ingênua. Heheheh

As irmãs são apenas parte criação minha. Eu as batizei, escolhi suas armas e tals, mas quem lhes deu uma historia foi a LylaM então parte do credito também é dela.

Mas então pessoinhas, o que acharam desse cap? Qual sua trigêmea favorita? O que acham que vai acontecer nos próximos capítulos?

Próximo cap eh do Bael.

Comentem ou terão pesadelos com seu albino preferido, olha que praga de autora pega viu? Muahahahhaha



Hey! Que tal deixar um comentário na história?
Por não receberem novos comentários em suas histórias, muitos autores desanimam e param de postar. Não deixe a história "Neve e Chama: A Segunda Era dos Heróis." morrer!
Para comentar e incentivar o autor, cadastre-se ou entre em sua conta.