Neve e Chama: A Segunda Era dos Heróis. escrita por Babi Prongs Stark Lokiwife


Capítulo 33
Capítulo 31: Rhaego & Lailla


Notas iniciais do capítulo

Ainda sem beta. Peço que me perdoem por quaisquer erros. E leiam as notas finais.



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Rhaego Targaryen

A expressão de suas companheiras de sangue era determinada e destemida, mas a Rhaego as conhecia bem demais para se deixar enganar. Jhoria estava nervosa, Jhade estava frustrada e triste, enquanto Jhiqui era a única que estava verdadeiramente zangada. Ele não as culpava, sabia que todas as três haviam passado por muito antes de se conhecerem e tinham negócios inacabados em Lys.

Porem não podia explicar isso aos seus companheiros de viagem, era um segredo delas e só delas. Mas nada disso tornava a convivência mais fácil. A Capitã Greyjoy ficara zangada com a situação na qual foram obrigados a deixar Lys, e mais estressada ainda com a ausência de explicações. A tensão no navio era palpável, Rhaego se perguntou quantos dos seus companheiros ficariam ao seu lado caso os homens de ferro resolvessem atacar as trigêmeas.

Porém graças a Valyria isso não foi necessário. A visão da dragão voando metros acima do navio teve o efeito desejado, apesar dos olhares carrancudos ninguém atacaria.

Dias se passaram até que finalmente alcançaram as Basiliske Isles, foi somente naquela altura que notaram o problema. As Basiliske Isles eram numerosas, e o Leviatã não especificara qual delas estava o Regicida. Poderia levar meses procurando e não tinham tanto tempo.

– Aqui costumava ser um porto para piratas – disse a capitã apontando para uma das ilhas no mapa, era a maior delas, a Isles of Tears. – Mas vinte anos atrás as feras ficaram mais fortes e os expulsaram.

– Feras? – perguntou Drogo franzindo o cenho

– Basiliscos. Manticoras. E outras coisas piores. Ficaram mais ousados e mataram homens às dezenas. Desde então ninguém ousa navegar por aqui. Não sei o que Baelon poderia almejar nessas aguas... Não há riquezas nem espólios, apenas morte.

– O Regicida foi condenado ao exílio. Poderia ficar em qualquer uma das Cidades Libertas, por que escolher aqui? – perguntou Ned

Rhaego notou que ambos os Lannisters trocaram um olhar misterioso

– Tysha? – sussurrou Renly para a irmã

– Ela nunca disse onde esteve. – respondeu Narcysa com o cenho franzido – Nem mesmo para tio Tyrion. Apenas que Jaime Lannister a enviara.

– Mas as roupas que ela usava... – insistiu o loiro – Tio Tyrion disse que não havia nada assim em nenhum lugar de Essos...

– Ele o comparou à antiga seda de Yeen. A que as donzelas das canções usavam. Talvez...

– Alguém pode me situar aqui – interrompeu Aemon Martell – Odeio sentir que estou perdendo algo.

– Lady Tysha, a esposa do meu tio Tyrion passou muitos anos desaparecida. Jaime Lannister a encontrou e mandou-a para Casterly Rock. – respondeu Narcysa – Ela usava roupas estranhas, sedas diferentes e estampadas com uma precisão que nunca tinha visto. Ela nunca disse onde as conseguiu.

– Tio Tyrion comparou a seda a das donzelas das canções. Jonquil usava um vestido de seda da antiga Yeen, mas Yeen hoje é uma ruina. – continuou Renly

Mary Lane assentiu compreendendo.

– Pararemos em Gogossos e veremos o que há por lá. Se não encontrarmos nenhuma pista seguiremos para Zamettar e de lá para Yeen.

– Perderemos muito tempo – apontou Aemon

– Tentaremos ser o mais breves possível – disse Rhaego com um tom de quem encerrava a questão

Demorou pouco menos que uma semana para que alcançassem as ruínas de Gogossos. A cidade em outrora havia sido uma colônia do antigo Império Roinare. Sendo queimada até as cinzas quando se iniciou a expansão valyriana. Não havia sinal de qualquer habitação humana dos últimos séculos, tudo que encontraram foi pedra queimada e alguns animais.

Aemon Martell parecia está no paraíso, pegando cada cobra que podia e recolhendo seu veneno. Rhaego franziu o cenho, veneno era a arma de um covarde. Os doze caminharam por entre as ruinas explorando. Mary Lane deixara toda a tripulação no navio, de modo que as únicas companhias fora os heróis eram Sor Astor, o lobo de Drogo, a águia de Raven e corvo branco do dornes.

Suas companheiras de sangue sugeriram que deixassem os cavalos dá uma volta, mas aquela era uma terra de serpentes e basiliscos, Rhaego não arriscaria perder seu fiel garanhão ou o de suas companheiras.

Seu olhar se dirigiu para Drogo Stark, os cabelos dele eram tão platinados quanto os de Rhaego, ele também era um pouco mais baixo e menos musculoso, e seus olhos eram cinzas ao invés de violetas. Era oficialmente um Stark, mas Rhaego sabia que na verdade se tratava de seu irmão, só não sabia como reagir a isso.

Não esperava que quando reencontrasse a mãe ela teria companheiroS e novos filhos. Sabia que não podia pedir que ela ficasse de luto eterno por Khal Drogo e o filho ‘natimorto’, a verdade é que ele sequer pensou nessa possibilidade. Era perturbador ver que a rainha não tinha apenas um, mas dois consortes e vários filhos.

Sabia que o ‘irmão’ também se sentia desconfortável em sua presença, então o melhor que pode fazer foi fingir ignorar a verdadeira origem de Drogo, era um assunto visivelmente delicado e Rhaego nunca teve muito tato.

Ouviu o som de passos e rapidamente se virou para ver quem se aproximava, não era nenhum dos heróis, mas também não era nenhum desconhecido. Sorriu. Pensou que aquele homem estivesse morto.

– Andahli?

O outro assentiu

Lailla Baratheon

As companheiras de sangue do Príncipe Perdido convocaram todos os heróis no que fora a antiga praça da cidade em ruinas. Lailla e Eddard foram os primeiros a chegar, Rhaego estava conversando em dothraki com um idoso que empunhava uma espada. Ela franziu o cenho, não esperava que a ilha estivesse habitada.

Pouco a pouco todos os outros chegaram, assim que estavam todos reunidos eles foram se apresentando. Ela notou que os olhos verdes do estranho brilharam quando Narcysa e Renly se apresentaram, seu olhar se dirigiu novamente para a espada dele, ele não a empunhava, ela parecia está de alguma forma ligada ao seu braço, tal qual a arma de Baelon Greyjoy. Rapidamente compreendeu de quem se tratava.

– É um prazer conhece-los – disse o idoso – Tinha esperança de que viessem. Sou Jaime Lannister.

Rhaego ainda sorria com sinceridade. Shiera Tully recuou para mais próximo de seu protetor, como se esperasse que o ‘temível’ Regicida fosse pular em sua garganta. Aemon deu um sorriso irônico. Gyles assentiu de maneira brusca. Mary Lane deu de ombros como se não se importasse. Raven tinha o rosto inexpressivo.

Melony tinha o cenho franzido em confusão, como se não entendesse por que isso era importante ou como se pudesse ver algo que ninguém mais via, conhecendo-a poderia ser qualquer uma das opções. Eddard ao seu lado deu de ombros. Drogo fechou a expressão. Renly tinha os olhos de uma criança assustada e mordia os lábios em nervosismo, enquanto a irmã Narcysa tinha um olhar misto de curiosidade e desprezo.

Lailla se sentiu aliviada, haviam encontrado-o rapidamente, isso era bom. Quanto mais rápido saíssem dali mais rápido poderiam alcançar Mantarys, havia pessoas morrendo enquanto estavam ali.

– Baelon disse que teria algo de nosso interesse aqui – pronunciou-se a Capitã Greyjoy

– E de fato tenho, porem não cabe a mim dizer. Ela deve está chegando.

– Quem? – perguntou Ned

– Ela – disse o Lannister sem fornecer maiores explicações

Varias coisas aconteceram ao mesmo tempo. Narcysa Lannister se irritou e avançou em direção ao progenitor zangada. Um silvo alto ecoou pela praça. Lailla viu a sombra do animal mas estanho que já vira, era uma uma serpente com uma coroa dourada, mas havia algo claramente sobrenatural no brilho amarelo dos olhos dela. A Lannister desatenta havia pisado no animal, que agora se preparava para dá o bote. Ned era o mais próximo de Narcysa, por isso agiu mais rápido que os outros. Pegou a criatura pela cauda, o animal revoltado se voltou e cravou as presas na mão dele.

Os irmãos Baratheon gritaram juntos. Lailla não viu mais nada além do irmão depois disso, mas pode ouvir espadas sendo desembainhadas. E o silvo alto morrer aos poucos. Eddard tremia caído ao chão. Aemon Martell tentou chupar o veneno sem sucesso, não havia nenhum antidoto entre seus pertences.

Lailla colocou a cabeça do irmão sob o seu colo, os olhos cinzas de Ned, idênticos aos seus a fitaram como se pedisse ajuda. Lagrimas inundaram o rosto dela, enquanto acariciava os cabelos negros dele. Os olhos cinzas de Ned se fecharam e Lailla gritou.


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Notas finais do capítulo

E cá estou novamente. Mesmo sem a presença de um beta. Peço que façam vista grossa para os possíveis erros. Então, finalmente chegamos à Gogossos e encontramos o Regicida. Mas o que houve com o Ned? Será ele o primeiro herói a morrer? Aguardo seus comentários.