Uma nova chance ao amor (Shot-FIC) escrita por Anne Black


Capítulo 2
Capítulo 2


Notas iniciais do capítulo

Mais um capitulo novo Õ/ Lita Black sempre a primeira a Ler minhas fics u.u muita honra por que ela é dona de um blog que eu particularmente amo então é isso
beijos bom dia tem capitulo novo hoje a tarde



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As lembranças vieram como se estivessem acontecendo de novo. Lembrei-me da primeira vez em que vi Renesmee, em seu casamento com Nahuel, e em como desejei que ela fosse a minha noiva. Naquele dia ela simplesmente estava linda, o mais perto da perfeição que já vi. Desde então evitei o máximo estar perto dela, e recusei até ser padrinho de Seth quando Nahuel me convidou. Tudo necessário. E agora eu me via naquela situação. Cuidar de Seth e conviver com a mulher que realmente foi a única que me interessou de verdade. Ah, mais um pequeno problema... Ela tinha sido mulher do meu melhor amigo. Isso seria uma traição da minha parte. Estar apaixonado por ela e não poder fazer nada. Estava encurralado. Eu tinha voltado não só pela minha obrigação perante Seth e a promessa que fiz ao meu amigo, se não por Renesmee também. Sabia que ela precisava de força, apoio. Sua casca estava firme, mas algo me dizia que logo era desmoronaria. Passamos a tarde conversando e nos conhecendo melhor. Fiquei encantado com sua habilidade gastronômica. Seth havia voltado da escola e ficou muito contente ao saber que eu ficaria por alguns dias com ele. Entreguei o carrinho de controle remoto que comprei de presente pra ele, e disse que assim que terminássemos o dever brincaríamos. - É fácil, olha. - Disse enquanto ajudava com o dever. - Preste atenção nos pontos antes de traça-los. Imagine a figura na sua cabeça e depois faça no papel. - Ele assentiu entendendo e fez como eu disse terminando o desenho. - Um elefante! Como imaginei. -Sorriu para mim entusiasmado e eu baguncei seus cabelos. - Agora vamos brincar? - Falei cumplice e ele logo se levantou pegando seu presente. De esguelha percebi que Renesmee nos olhava escondida atrás da parede, apenas com a cabeça a mostra. Ao encontrar nossos olhares ela se escondeu e eu balancei a cabeça, tentando tirá-la dali. Em vão e perca de tempo. ------ Depois do jantar, Seth já deveria estar no quinto sono. Eu e Renesmee ainda conversávamos no sofá da sala, enquanto tomávamos vinho. Conversa vai conversa vem, voltávamos sempre pro mesmo assunto. - Renesmee, eu sei que é difícil tudo o que você está passando, mas eu te admiro por estar sendo tão forte. - Falei confiante, encontrando sua atenção. - Você não faz ideia de como está sendo complicado. - Renesmee começou suspirando. Sua cabeça estava apoiada na mão. - Érh, tenho uma noção. - Disse contornando a boca da taça com o dedo. - Um dia tudo está bem e no outro você perde seu marido, perde o rumo. - Sua voz tinha mudado, estava abafada, baixa. - Sinto muito... - Tentei ajudar. - Ele me prometeu que voltaria. Ele me fez essa promessa e não... não cumpriu. - Ansiosa sua voz falhou. - Ele me deixou sozinha com o Seth. - De calma sua voz se fez descontrolada, assim como as lágrimas que jorravam sem pudor de seus olhos. - Ness... - Ele disse que ajudaria a cuidar do nosso filho... - Limpou as lágrimas com a costa das mãos. - Que voltaria para educá-lo. E agora estou aqui, sozinha. - Ela gesticulou como se não tivesse nada a sua frente, sendo tomada por novas lágrimas. - Saiba de uma coisa. - Peguei em sua mão a fazendo olhar pra mim. - Você não está sozinha. Nahuel me mandou pra cuidar de vocês e é isso que eu vou fazer. - enfatizei a última palavra diante de seus olhos vermelhos. - Obrigada por isso. Você é ótimo, Jacob. - Sorriu fraco ficando cabisbaixa. Levei meus dedos ao seu rosto limpando as lágrimas. Aproximei-me puxando seus ombros a colocando em meu peito, onde ela continuou a soluçar até ficar calma, com a mão sobre meu coração. Como era bom sentir Renesmee em meus braços... Protegida. Envolvida no meu amor sem saber... E finalmente a vi sem disfarces, estava desabafando e aquilo era bom. - Isso me dói tanto. - Murmurou num silvo baixo. - Eu sei que sim, meu am... - parei constrangido e agradeci por ela não ter percebido meu deslize. Voltei a acariciar suas costas de olhos fechados lhe transmitindo calma. - E ele voltou, mas não pra casa. - Afaguei seus cabelos, enquanto sentia novas lágrimas molhar minha camisa. - Sinto um buraco no meu coração. Mas não sei... - Pausou. Beijei o topo de sua cabeça, automaticamente, outra vez dando sinais. - Não sabe o que? - Perguntei e ela se afastou para responder. - Com você isso tudo ameniza. Sua presença me faz bem, me sinto melhor com você... - ela admitiu baixo, enquanto olhava para as mãos, em minha perna, sem perceber. - Eu também me sinto assim. É melhor com você por perto. - Murmurei acariciando sua mão. - Então estamos fazendo um bem ao outro. - Ela disse com um riso fraco e eu fiz o mesmo. - E vou te proteger, estarei ao seu lado quando precisar. - Assegurei e ela assentiu. Nossos olhares se encontraram e logo eu estava perto demais de seu rosto. Suavemente tirei sua franja dos olhos, desci minha mão por seu rosto limpando resquícios de lágrimas e desci mais até seu queixo fitando sua boca semiaberta. Percebi que Renesmee ficara de olhos fechados aproveitando o carinho. Minha mão foi para sua nuca a puxando delicadamente para perto, ela não hesitou tocando meu rosto levemente. Senti sua respiração acelerar a medida que comecei a tocar meus lábios nos seus. Ambos desejando o beijo. Num lapso de arrependimento pulei do sofá, movido por uma força sobre-humana: A da traição. - Eu não posso. - Bradei, nervoso passando a mão nas têmporas e na cabeça, andando de um lado a outro. - Isso não é certo. - Ela já estava de pé ao meu lado, gritando desesperada. - É tem razão, isso não pode acontecer. - Nervoso me via sendo a pior pessoa do mundo se continuasse com aquilo, e por outro lado morria de frustração por não tê-la beijado como desejei... como desejávamos. - O que está acontecendo... - Se refreou, parando pensativa, com as mãos na testa. - O que está acontecendo? - Precisava que ela dissesse para tomar a melhor decisão. - Nada. - Sussurrou, e percebi que ela já chorava outra vez. Antes que eu pudesse acalentá-la Renesmee correu escada acima. Fiquei pensando se ela iria dizer que estávamos nos apaixonando. Sim, era exatamente o que tinha acontecido. Não havia culpa, ou traição que superasse aquele sentimento. O amor não teme, mas precisávamos de tempo. ------ Amor de Novo Os 15 dias de repouso de Jacob foram passando, passando e transformaram-se em 2 meses. Ele não descansou um dia sequer desde que eu o hospedara em casa. Inventou de tudo, desde pintar a casa por fora, a reforçar os móveis e até fazer uma casinha na árvore pro Seth que ficou super empolgado. Não sei por que, mas ele sempre me evitava e aquilo me fazia mal de alguma forma. Queria ele perto, antes era cedo demais. Jacob deixou a muleta de lado, por ter ficado bom, e no mesmo dia foi jogar futebol com Seth. Eles se divertiam muito. Davam-se bem e eu cheguei a pensar que Jacob seria um bom pai quando tivesse um filho. Eu e ele nos encarávamos algumas vezes, nos aproximávamos e logo um dos dois corria. Fugia dos sentimentos que sabíamos ser reciproco. O que estava acontecendo era assustador, porém compreensível. Jacob demonstrava sua generosidade em me ajudar quando eu tinha uma crise de lembranças e chorava a noite toda em seu colo, com seu apoio e amor. Ou, quando Seth tinha pesadelos ele o fazia voltar a dormir. Quando voltei da casa da Ashley encontrei a minha vazia. Era tarde da noite, a babá deveria estar cuidando de Seth. Estranhei os brinquedos jogados na sala e corri pelas escadas, imaginando o pior. Empurrei a porta do quarto de Seth e vi a cena mais emocionante da minha vida. Jacob dormia ao lado de Seth na cama, um braço envolvendo-o paternalmente e na outra mão um livro, o qual provavelmente contava pra ele após seu pesadelo. Aquele quadro ficou pintado na minha mente, registrado como uma foto. A alegria me dominou por saber que meu filho tinha um pai. Não de sangue, mas de coração que o amava como se fosse seu. Lembrei-me do Nahuel, o que me fez soluçar mais e mais. De como ele foi generoso no seu amor e cuidado conosco nos mandando a pessoa certa. Exatamente a que nos amaria como ele. Tentei tampar minha boca, porém saia sem eu querer. Seth parecia tão sereno no seu sono, sabia que estava seguro. Estava com um sorriso confirmando que se sentia bem com o seu novo pai. Senti-me acalentada por vê-los daquela forma como pai e filho de verdade. Sorri ao somente agora nominar o que eu sentia por Jacob. Era amor. Do mais puro e verdadeiro que senti na vida. Levei a mão aos lábios em surpresa por minha descoberta óbvia. Tudo o que sentia estava tão claro e nítido que parecia escrito em meus olhos. Já tinha sentido um amor por Nahuel e esse não morreria, o amor não morre. Entretanto com Jacob as sensações eram diferentes, mais intensas, mais reais. E soube que o amei desde a primeira vez que o vi, em meu casamento. Seus olhos me analisando me intimidaram, é verdade, e contive aquela sensação tentando esquecê-lo. Eu amava Jacob. Não por escolha, mas por decisão do meu coração o qual eu não podia lutar contra. Voltei a amar! Era uma experiência incrível. O sentimento mais nobre estava de volta ao meu coração na forma de amor por um outro homem. O amor por meu filho seria eterno e irremediável. Tudo foi recente e não estávamos preparados para as consequências. Entretanto agora eu via tudo de outra perspectiva. Minhas feridas abertas, estavam saradas. Cicatrizadas. Meus medos vencidos pela fé no amor. O amor não tem medo, o amor supera qualquer dor. Eu contaria o quanto antes a ele o que eu sentia... Eu precisava. E o esperaria quanto fosse preciso, o compreenderia. Pois o amor é paciente. ------ Era verdade que eu não parava de buscar alternativas pra me distrair e não pensar em Renesmee, o que era humanamente impossível com sua presença diária e amável que deixava mais claro o meu amor que crescia se multiplicava, e isso várias vezes por dia. Entendi que precisávamos de tempo para poder entender e absorver tudo o que tinha acontecido: A morte de Nahuel, e o que vinha acontecendo: Eu e Renesmee nos amávamos. Precisávamos de compreensão e sei que mesmo sem tocar nesse assunto sabíamos. Estávamos esperando o melhor momento que não demoraria tanto mais. Terminava de pintar a casinha do cachorro que prometi a Seth e tive a visão do paraíso, ou melhor, de uma deusa. Renesmee vinha com uma bandeja de sucos em nossa direção. Os cabelos mal presos, com as mechas caídas nos olhos, que eu queria tanto tirá-las pela simples desculpa de poder mirar seus olhos outra vez. O corpo perfeito, coberto por uma regata branca e um short jeans curto, realçavam suas curvas. Parecia ridículo, mas só de vê-la eu ficava desconcertado. Derrubei um pincel na grama manchando-a de azul. - Tio o suco. - Seth me tirou dos meus devaneios. Assenti voltando a Renesmee que sorria tímida e peguei um copo. - Você não para, não? - Ela disse com ar de riso, sentando-se na grama conosco. Seth ficou a pintar distraído. - Se parar eu penso, se eu pensar... - Parei ao perceber que falaria demais, terminei o suco num gole só o devolvendo a bandeja. - Se pensar? - Ela insistiu, com a sobrancelha erguida. - Faço bobagens. - Desconversei me levantando, desviando de sua obstinação. - Que bobagens? - Perguntou ela me seguindo até a varanda. Virei-me pra ela percebendo sua vontade de descobrir do que eu falava. Olhei ao longe, Seth continuava a pintar o teto da casinha, segui para dentro da cozinha. - Não vem ao caso, Ness. - Desviei dela, ficando de costas. - Porque você tá fugindo? - falou casualmente. Coloquei os braços na pia respirando fundo, antes de continuar. - Porque se eu não fugir eu me deixo levar e isso não é o certo no momento. - Fechei os olhos lutando par continuar. - Porque não é certo? Porque você insiste nisso, Jacob? - Escutei sua voz bem atrás de mim. Tive vontade de dizer tudo o que estava engasgado e acredito que não seguraria por muito tempo. - Porque acho que não estamos preparados. - Confessei quase inaudível, sem vontade. - Faça o que seu coração sente, é o melhor conselho que tenho. - Murmurou docemente com uma mão no meu ombro. - Eu me sinto um traidor, já disse. - Impaciente, soquei a pia. - Ao contrário. Você é um lutador, já venceu varias batalhas... - Tentou me convencer. - Mas essa eu perdi. - Admiti, me virando pra fitá-la encontrando seu rosto tão belo e suave. - Perdeu? - Desentendida ela mirou, franzindo o cenho. Foi o que bastou para me render ao que sentia por aquela mulher. Desatar as amarras que prendia meu coração. - Perdi para o amor que sinto por você. - Confessei, numa voz rouca, abafada. Percebi que a boca de Renesmee abria e fechava sem ter o que dizer, ainda refletindo o que eu falara. - E é por ele que eu voltei, e porque estou aqui te dizendo o que sinto. E pelo qual demorei a espera do melhor momento pra confessar de uma fez que eu te amo de um jeito tão bom que nunca terei palavras para descrevê-lo. - Terminei e já estava rolando um lágrima pelo meu rosto assim como no rosto de Renesmee. Minhas mãos foram parar em seu rosto, tirei as mechas insistentes, contornei com o polegar seus lábios, enquanto ela apoiou as mão em meu peito. - Como eu queria ouvir isso... - Seus olhos cristalinos exalavam ternura, me aproximei mais roçando meu nariz no seu, ambos de olhos fechados. - Senti medo, no começo, mas percebi que o amor não deve sentir isso. O meu coração se decidiu por você de uma forma pura e sem receios. Pensei que tudo poderia acontecer de novo, mas apaguei isso da minha mente. E por fim acabei amando, de novo, você. E é um lindo amor. - Confessou contente com uma sorriso nos lábios, passou as pequenas mãos pelo meu rosto. - Érh, lutamos inutilmente. - Falei zombeteiro arrancando um riso seu, enquanto colávamos as testas. - O meu coração estava doente e quando você chegou foi como um remédio. - A medida que dizia seus olhos ficavam cristalinos, e sabia que eram apenas espelhos dos meus. - Minha vida ganhou sentido, vontade... - Murmurou sincera. - E eu nunca pensei que poderia amar você como eu sei que amo. Eu também travei uma batalha, mas com o amor não se luta, não se perde, apenas se ganha. E você é o melhor amor que eu poderia querer. - Falei acariciando seu rosto com meu polegar, enquanto ela segurava suas lágrimas. - Renesmee, eu te amo. - Disse acariciando seu rosto , enquanto via lágrimas se formarem nas bordas de seus olhos. - Porque está chorando, Ness? - Assustado olhei diretamente em seu rosto.


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Notas finais do capítulo

é isso bj