- Stefan?!

- É. E você é a Elena.

- Eu sei quem eu sou.

- Eu também.

- É... Desculpa por, Ah meu Deus. – tapei o rosto com as mãos, logo as retirei. – Eu te confundi.

- Foi um prazer ser confundido. Literalmente.

- Pensei que era...

- Meu irmão. Percebi. Ele gosta quando você faz isso? Ah, não responde. Ia ser estranho saber de vocês dois na cama. Mas o que eu sei... É que adoro quando faz isso.

- Stefan...

- Eu imagino que ele ficaria com muita raiva se soubesse o que aconteceu ontem. Ou ele já sabe? – fiquei quieta. – Presumo que não. Ele é muito egoísta, não gosta de dividir...

- O que você quer Stefan?

- Vai contar para ele?

- Não.

– Pretende que aquilo se repita? – perguntou levantando-se e caminhando em minha direção.

- Cl... Claro que não.

- Isso quase soou como um sim.

- Mas não é.

- Se você não falar nada, eu também não falo.

E então a ficha finalmente caiu. Ele preferia me dividir a ficar sem mim. Como foi com Katherine. Ambos a amavam demais para se dar ao luxo de ter orgulho e deixa-la, eles só queriam a ter por perto.

- Não! Stefan vá embora...

- Tem certeza? – disse ele quase colado em mim e enrolando uma mecha do meu cabelo.

- Claro que tenho. - falei indo para o outro lado do quarto. – Agora vá, saia.

- Elena...

- Sai Stefan. Estou tentado ser educada, por favor.

- Mas...

- Mas o que Stefan? Vocês querem outra Katherine na vida de vocês? Eu amo você dois, mas agora eu vi que são de maneiras diferentes. Damon mudou muito por mim, você mudou muito por Klaus...

- Foi o sangue...

– Cala a boca. Damon esteve ao meu lado me ajudando a te encontrar. Ele queria te achar. Mas o que doía nele era saber que nós ficaríamos juntos depois disso. Mesmo assim ele ajudou. Enquanto você fazia coisas horríveis...

- Elena, me perdoa...

– Eu já perdoei. Mas não posso, não consigo esquecer.

- Me ouve...

- Vai embora, Stefan. AGORA! Eu amo o Damon e eu vou ficar com ele.

E novamente eu estava sozinha no quarto. Peguei o celular e liguei para Damon.

- “Alo.”

- Damon?

- “Elena! Tudo bem?”.

- Tudo sim. E você?

- “Tudo na mais perfeita paz.”

- O que você está fazendo?

- Lanche. E você não devia estar dormindo?

- Mas não estou. Stefan acabou de sair daqui. – ele calou-se por um tempo.

- “Ah é? E...”

- E o mandei embora. Falei que é você que eu amo.

- “Tenho que desligar.” – disse e nem esperou eu falar tchau.

Eu não acreditava que ele havia mesmo deligado na minha cara. Tentei ligar novamente. Caixa postal.

- Droga! – joguei o celular em um canto qualquer do quarto. Eu... Como ele pôde fazer isso? O que ele pen... – Ah! – gritei ao me puxarem pela cintura e beijar meu pescoço. – Droga! Eu te mandei ir embora! Me larga... – afastei-me e encarei um rosto diferente do que eu esperava ver. Ele parecia confuso. – Damon? O que faz aqui? – eu também estava confusa.

- Quem você achava que fosse?

- Stefan.

- Ah, claro. Você o mandou embora. Eu te beijei... e pensou que era ele. Stefan tentou algo?

- Não importa.

- Aceito isso como um “sim”. – ele aproximou-se e arrancou meu colar.

- Damon! – ele estava a poucos centímetros de mim.

- Acho melhor... – falou ele me olhando nos olhos. – Eu fazer isso. – ele me encarava com alguma espécie de emoção nos olhos, porem eu não conseguia identifica-la. O vi colocar a mão no bolso e tirar uma caixinha preta de veludo e a abriu na minha frente. – Quando minha Mãe morreu, ela me entregou isto. Eu era pequeno, mas... Decidi que eu daria para uma mulher especial. Sequer pensei em dar isso a Katherine ou a qualquer outra eu queria dar a alguém honesta, fiel, sincera, doce e bela. Bom... – ele deu um risinho, como se estivesse sem graça. – Estamos com sorte, pois você está esbanjando tudo isso. (http://images.quebarato.com.br/T440x/anel+em+ouro+branco+18kl750+ref2008+sao+paulo+sp+brasil__773781_1.jpg)

- Eu não posso aceitar... – e culpa me invadia. “honesta, fiel” ele não imaginava como estava errado.

- Elena. Desde a primeira vez que te vi decidi que essa mulher seria você. E pela primeira vez eu tive que conquistar uma mulher pelo o que eu sou. Eu não era nada, e mudei você me mudou. Além do mais, ficará melhor em você do que nessa caixinha empoeirada. E agora é seu. – ele puxou minha mão e o colocou em meu dedo, plantou um beijo na minha mão e depois um delicado beijo em meus lábios.

- Obrigado. É lindo.

- Não seja por isso.

– Você sabe ser muito doce e gentil. – falei afagando sua face.

- Quando sou assim, algo faz com que eu me arrependa. Espero que dessa vez não seja assim. – era um aviso. Lembrei-me do que lhe falei no baile dos Mikaelson. – Ser doce e gentil só me torna fraco.

- Isso não é verdade. Te torna humano.

- Acontece que não sou humano, Elena.

- Não sente falta disso? – ele hesitou e respondeu:

- Claro que não. Eu já lhe dei o que eu queria...

- Dorme comigo hoje?

- O que você não me pede sorrindo, que por mais cruel que seja eu não faço alegremente?

Ele segurou meu rosto como se eu fosse valiosa demais e tivesse que ser tocada com extremo cuidado.

- Eu te amo, Elena.

– Não mais do que eu amo você. E nada, nem ninguém jamais vai mudar isso.

- Eu realmente duvido. Mas por enquanto isso basta. – ele não me deixou responder, apenas me deu mais um doce e calmo beijo. – Você não me convidou para dormir? – quando percebi estávamos em minha cama, eu no peito dele com seus braços em minha cintura. – Pois durma Senhorita Gilbert.