Se num ta achando que vai aparecer algum lobisomem ou mula sem cabeça né? – a encarei

Claro que não, mais isso me assusta... é estranho – cochichou

Vamos conhecer la dentro – disse Letícia nos puxando

Entramos na casa e ela era linda e enorme, já na entrada havia uma escadaria com uma espécie de tapete muito lindo

Que linda – falei totalmente boquiaberta já com a entrada da casa

Verdade... onde fica nossos quartos – disse Ivone toda empolgada

Oi meninas, já vi que conheceram a piscina – Max apareceu

Ela é incrível – Letícia sorriu

Onde agente vai ficar?

Podem vir – Max subiu correndo as escadas e o seguimos quando chegamos no andar de cima e la estavam os quartos

Vocês querem ficar no mesmo quarto ou em separados?

O que vocês acham? – Letícia nos encarou

Tanto faz

Vamos ficar no mesmo quarto já que vocês não se decidem – Ivone fez careta rindo

Então venham – Max abriu a porta de um dos quartos que se encontravam no longo corredor da casa.

Entramos e nos deparamos com aqueles quartos que nem de princesas. O chão era emadeirado, as camas tinham aquelas montagens em cima que sustentavam uma espécie de cortinas de seda, havia uma sacada com vista pra piscina e claro pra densa floresta que seguia após o longo campo a frente, era simplesmente incrível

Max entrou no quarto trazendo nossas malas e as colocou em cima das camas.

Obrigada Max – dei um leve sorriso de agradecimento

De nada – ele sorriu e fechou a porta

Começamos a abrir nossas malas e guardar nossas coisas dentro dos armários embutidos na parede, eles tinham uma decoração rústica em branco... era lindo

Ivone você estava certa, eu devia ter dobrado – disse assim que abri a mala e as roupas praticamente pularam de dentro como se tivessem se libertando de alguma coisa.

Viu sua boba, eu tinha avisado, mais não quis me ouvir – ela riu

Olha quem fala, invés de curtir esse lugar vai ficar estudando psicologia – fiz careta

Você sabe por que eu trouxe e Gabi... é física – riu e voltou a arrumar suas coisas

Quando já havíamos arrumada tudo em seu devido lugar, decidimos descer. Encontramos a copa que levava enormes armários do chão ao teto, eles eram brancos e pretos e também assim como nossos armários do quarto, continha algo rústico, levava alem dos eletros convencionais um fogão a lenha que já chamuscava. Seguimos a sala de jantar, que continha ao seu lado um pequeno jardim de outono com algumas orquídeas, a mesa era giratória, pra mais ou menos 9 ou 10 pessoas. Passamos por uma porta de vidro que dava direto a sala de estar onde estavam os meninos sentados em um sofá vermelho que havia nas pontas divãs Ivone e Letícia logo se juntaram a eles, na sala continha um imenso tapete de pelugem branca, alguns vasos tinham tulipas e outros mais orquídeas, na parede que se encontrava a sofá havia um quadro de pouco interesse mais bastante curioso, era uma obra em estilo Miguelangelo, duas pessoas aparentemente nuas, uma de cada lado com as mãos esticadas com os dedos levemente se tocando como se acabacem de se encontrar e cada uma fosse a alma gemia da outra, algo me chamou bastante a atenção apesar da TV de 60 polegadas, no canto da parede tinha uma estante meio contorcida com alguns livros antigos, o que fez vir na hora que Ivone não iria precisar mais daquele livro chato que ela havia trazido pois aqueles também continham mais de 1000 paginas, na prateleira de cima havia uma pequena estatua tendo só a cabeça, não sei por que, mais aquilo havia me lembrado muito a Ivone, a Letícia me lembrava os quadros da sala de estar, percebi os meninos falando comigo mais nem dei bola pois estava muito encantada com aquilo tudo, voltei pra sala de estar.

Abri o pequeno jardim, nos fundos continha uma porta branca com detalhes em preto como uma renda, assim que a abri dei de cara com um campo enorme onde tinha muitas variedades de flores, não se esquecendo das rosas vermelhas, não acredito que não tinha visto isso antes quando achei a piscina atrás da casa, acho que por que havia me deparado com aquela floresta na hora em que tínhamos a visto pela primeira vez, apesar de não ter confessado ela era assustadora, porem muito tentadora de ser vasculhada a cada ponto. Segui campo a dentro passando por muitas rosas, tulipas, margaridas, orquídeas.... poderia citar todas, mais eram muitas, estava muito entretida com aquilo, mais algo me fez acordar como um chaqualhão, eu bati em uma enorme arbusto que dificultava muito o acesso ao outro lado, o que contivesse la não era pra ser tocado e nem se quer visto, percebi que era preciso escalar então não perdi tempo, quando cheguei ao topo apenas espiei e me deparei com alguma coisa se movimentando em meio as arvores e plantações, era alguma coisa grande que se movia rápido de mais para meu gosto, decidi voltar correndo pra dentro da casa que para mim era mais uma mansão , em meio ao desespero de descer daquilo, avistei uma passagem para dentro daquele local onde estava a estranha criatura não identificada, o que fez logo passar um filme pela minha cabeça aquilo poderia passar pela passagem e vir atrás de mim. Quando fui descer dei um escorregão fazendo eu parar no chão e dar um leve grito, senti meu pé torcendo fortemente assim que tocou o chão. Me levantei e fui andando rapidamente porem andando, pois não era possível correr com o pé daquele jeito, quando ouvi alguma coisa atrás do arbusto me fazendo lançar o olhar direto pra passagem, fiquei concentrada ouvindo o barulho se afastando de mim me senti aliviada mais só por um segundo, ate que imaginei que ele poderia estar indo direto a passagem, acelerei o passo, quando estava quase chegando na porta que dava ao jardim interno, vi algo passando rapidamente pela passagem fazendo algumas flores caírem ou balançarem bruscamente, comecei a abri-la e ao mesmo tempo um barulho me chamou a atenção, era uma espécie de bufado muito perto de mim fazendo arrepiar todos os pelos da minha pele, preferi não me arriscar a me virar, então girei lentamente a maçaneta da porta para não chamar a atenção, quando a porta estava quase se abrindo pressenti a presença de algo se movimentando, poderia ser a criatura correndo atrás de mim ou talvez as folhagens que se moviam com o vento noturno, me toquei que já estava escuro, veio a circunstancia na minha cabeça: se caso a criatura me pegasse de dia dava tempo dos garotos irem me procurar e me achar quem sabe, mais se caso me pegasse agora no calão da noite eles não poderiam e eu já estaria morta, comecei a ouvir o barulho e a movimentação cada vez mais perto, podia sentir o alito fresco do quer que fosse aquilo, entrei rapidamente e a tranquei com uma chave que já estava plugada na tranca. Me encostei na porta para ver se ouvia o barulho, mais não ouvi absolutamente nada, então pensei que poderia ser apenas a minha mente fértil em ação.

Segui a sala de estar onde os garotos e as meninas estavam, mais nada deles, decidi dar mais uma olhada naquele curioso quadro, quando algo rangeu pro lado dos outros cômodos da casa que eu não havia explorado, pensei em ir da uma olhada, mais não tinha barulho nenhum de pessoas falando então corri para a escadaria, quando passei pela frente do jardim me subiu um leve tremor, olhei no relógio e já eram 23:52