Era sábado à noite e, havia desmarcado a reunião de seu grupo de livro que sempre acontecia todo segundo sábado do mês no Bangalô da colina. Estava sentada em seu divã azul segurando seu livro favorito, sem se dar conta deixou seus óculos caírem sobre seu colo e observou seu redor. Devido ao calor, vestira um short jeans e uma simples blusa camponesa branca.

As leves brisas de verão sopravam de forma suave contra as imensas arvores ao derredor de seu casebre fazendo alguns barulhos hipnotizantes. Mas o som de seu celular a fez despertar de sua hipnose, rapidamente a jovem pegou o aparelho barulhento e o atendeu.

– Alder, faz noção de que horas são? - questionou.

O som abafado de sua amiga ecoou.

– Vamos sair para beber hoje, o que acha de encontrarmos alguns gatinhos?– perguntou com uma voz embaraçada.

Cass fez uma careta discordando daquele convite, realmente não estava nem um pouco a fim de sair àquela noite.

– Vou ficar te devendo, mas estou cansada e ainda preciso terminar os panfletos do Lual. E o Matt ainda não chegou, aliás, não faço a mínima idéia de onde ele esteja, prefiro aguardá-lo.

Alder murmurou algumas palavras que Cass não conseguiu decifrar, mas sem dizer nada desligou. Cassandra se remexeu sobre o divã e voltou sua atenção para as paginas do livro, parecia estar novamente aprisionada nas linhas do livro, já tinha se acostumado com os barulhos familiares, mas o som de alguém batendo na porta a fez sobressaltar do divã, por um segundo levou a mão sobre o peito esquerdo e levantou-se lentamente.

Deve ser Matt– pensou tentando se tranqüilizar.

Enquanto caminhava na direção da porta notou que suas mãos tremiam, balançou a cabeça tentando desfazer seus pensamentos. Mas quando abriu a porta se deparou com um rapaz alto de cabelos claros e olhos azuis, não era Matt, mostrou um sorriso automático e nervoso. O rapaz estendeu a mão de forma educada na direção dela e sorriu de forma cativante.

– Boa noite senhorita, me chamo Alexander. Acabei me perdendo por entre essas maravilhosas matas, será que posso usar seu telefone? - quis saber.

Cass sentiu uma pontada no estomago, como assim estava perdido, não parecia um turista, pois sua vestimenta era bem formal para andar naquelas matas. Pensou por alguns segundos, mas logo abriu a porta para que ele pudesse entrar. Ele era um homem bem notável de boa aparência, mas Cass sabia que deveria desconfiar até de sua sombra se acaso ele tentasse algo sabia muito bem o que fazer.

–Ali. - apontou na direção do telefone sobre o balcão da copa. - Pode usar.

Com um caminhar lento o rapaz se direcionou até o telefone, enquanto Cass permaneceu imóvel perto da porta observando atentamente, ele conversava em outro idioma, ela não conseguiu decifrar em qual ele estava se comunicando, podia ser em Alemão talvez outro idioma com ramificação no Latim.

Sem demoras ele desligou o telefone e caminhou na direção dela, seus olhos pareciam cálidos e envolventes e seu sorriso era de fato arrasador.

–Deseja algo para beber? -perguntou.

O forasteiro agradeceu com um gesto a gentileza, rapidamente Cass caminhou até a cozinha para pegar os copos e a jarra de suco, não conseguia desviar seus olhos dele era como se contivessem imãs que atraia todo segundo. Sem se dar conta já estava sentada ao lado dele conversando como se fossem amigos íntimos.

– Parece tão sozinha. - disse.

Aproximação era tamanha que ela podia sentir o respirar dele em seu rosto, sentiu a mão dele pousar na nudez de sua perna direita deixando-a atordoada, parecia queimar com o contato, mas não hesitou e muito menos se afastou. Mas sentiu a mão forte dele segurar seu braço e a puxar de encontro ao peito, fazendo a soltar um gemido oprimido dentro do peito.

Estava completamente maluca, como poderia permitir tamanha proximidade daquele estranho sedutor.

Fechou seus olhos e praticamente se entregou ao êxtase daquele desejo, rapidamente ele pressionou seu corpo de encontro ao dela, fazendo com que sentisse a intensidade de seu desejo. Estava surtando. A provocação teve o efeito esperado. O belo forasteiro apertou o maxilar e mergulhou a mão nos cabelos negros, apertando-os com força.

Cass gemeu, num misto de loucura e prazer, e ele tomou vantagem, capturando sua boca com volúpia.

O beijo se aprofundou, suave e insinuante a princípio, para se transformar numa sequiosa tentação. Sentiu suas pernas fraquejaram, e ela segurou-o pelos ombros, usando a força do corpo viril para sustentá-la.

Seu gesto foi entendido como um convite, e Alexander deslizou a mão para a curva do quadril e apertou-a de encontro a si, deixando que ela sentisse sua masculinidade pujante. Um sorriso lento curvou os lábios do belo forasteiro quando a afastou ligeiramente e esgueirou a mão sob o cós do short, tateando a penugem aveludada até encontrar a umidade quente e íntima, pronta para ele. Levantou a de forma gentil e seguiu na direção dos quarto, Cassandra estava praticamente hipnotizada, era como o capitulo que acabara de ler. Ele a deitou sobre os lençóis macios e sem muita dificuldade se livrou o pequeno short jeans, ele se ajoelhou entre as pernas dela, fazia pequenos círculos com o dedo indicador em seus clitóris, levando a loucura, Cass agarrava firmemente os lençóis brancos tentando controlar os impulsos que vinha de sua intimidade. Mas sentiu algo áspero e felpudo sobre suas colchas, assim que avistou aquelas garras que pareciam ser de um lobo gritou assustada.

Mas acabou caindo sobre o chão gelado e assim que percebeu que tudo aquilo não passava de apenas um pesadelo, sentou-se encostando sua costa contra a cama, esperou até que a respiração voltasse ao normal e se recompôs, a escuridão envolvia todo o cômodo. Assim que se levantou pôde notar que Matt descansava sobre seus lençóis de forma tranqüila, tinha acabado de ter um pesadelo muito estranho. Um uivo abafado soou ao longe a deixou abismada, seus olhos percorreram toda a dimensão do quarto escuro até pousar sobre os letreiros luminosos do relógio de cabeceira que marcava 02h15min da madrugava.

Qual seria o significado daquele pesadelo?