Metamorphosis escrita por Lúcia Hill


Capítulo 2
Capítulo - Mysteries of the Night


Notas iniciais do capítulo

Quem será esse jovem estranho caído próximo a mata, apenas os mistérios da noite podem nos revelar.



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Aquela visão deixara Cassandra atordoada, a noite parecia mais fria depois de ter encontrado o rapaz desconhecido ali caído, porém o suor descia por seus ombros como se estivesse alertando-a de um perigo que desconhecia. Ele ainda respirava, para alivio imediato dela.

Suspirou profundamente.

No entanto, naquele momento não podia se der ao luxo de deixá-lo ali sozinho a mercê do animal que o havia atacado, talvez pudesse voltar e matá-lo de vez. Virou-se na direção leste da estrada e com passos rápidos caminhou na direção de seu velho casebre no alto da colina, mas o ar estava impregnado de um odor forte e estranho de alguma coisa podre.

Cassandra continuou sem olhar para os lados, talvez o animal estivesse estreitando a de longe, segurava seu medalhão da sorte contra o peito e parecia rezar baixinho.

Paralisou ao notar uma sombra branca e outra preta, se esgueirou na escuridão entre as arvores do lado esquerdo da pista de acesso ao casebre. Em segundos a jovem começou a cantarolar uma antiga canção para afastar seres obscuros.

Os degraus eram antigos, estreitos e altos, mas não rangiam sob seus pés enquanto ela avançava na direção da porta suas mãos tremiam, mas tinha jurado voltar para ajudar o rapaz desconhecido, desde pequena sabia que aquela floresta guardava segredos bem obscuros. Antes de entrar Cass ajeitou o pequeno vaso de Verbena roxa, que segundo sua bisavó dizia afastar os vampiros e alguns seres da escuridão.

Sim o velho casebre era protegido por um pequeno jardim que o rodeava todo por verbena e de aconite, um gênero botânico venenoso da família buttercup, encontrada em regiões montanhosas do hemisfério norte. Muitas espécies de aconitum eram usadas como veneno em flechas e para caçar ursos. Essa planta pode paralisar nervos e inibir a sensação de dor, tato e temperatura, se aplicados na pele ou em regiões mucosas. Visto não é venenosa apenas para lobos!

Cassandra pegou seu celular com agilidade discou para Gordon, mas seu aparelho anunciava a falta de bateria. Droga! Teria que se virar sozinha, entrou pegou a chave do pequeno porta chaveiro atrás da porta de madeira, desceu os degraus com rapidez e abriu a pequena garagem. Desacionou o alarme do seu Jipe branco, sempre deixava sua velha escopeta calibre 12 debaixo do banco de trás.

Começava a se impacientar, e a lua cheia clareava toda a estrada, entrou no jipe deu a partida que por um instante se negara a funcionar. Droga! Não poderia acontecer justamente agora. Novamente deu a partida e por sorte o motor roncou para alívio de Cass. Tinha certeza que o corpo do rapaz estava próximo a segunda curva na direção da clareira da pedra lisa.

Por um instante sentiu-se observada, sua pele se arrepiou, mas mantinha sua atenção na estrada iluminada pela lua cheia e o farol de seu veiculo. Assim que ver a curva fechada próxima ao poste de abastecimento de luz, temeu não o encontrar.

Estacionou o Jipe quase que no meio da pista, desceu as pressas e olhou em volta, reparando se alguém a vigiava pegou um pequeno fracos de mistura de aconite a tradicional Mata-Lobo.

Algo se mexeu atrás das imensas árvores, os olhos de Cass se arregalaram e sentiu-se estremecer diante disso, como se um dedo gelado percorresse sua espinha, tomou coragem e se aproximou do rapaz que ainda gemida de dor evidente.

–Quem esta aí? Aparece seu desgraçado. – disse com a voz falha.

Realmente não era uma boa pergunta, acreditava na existência dos seres da noite, por um minuto se desesperou ao imaginar como iria arrastar o corpo daquele homem para dentro do Jipe, ele era mil vezes maior que ela.

Mas lembrou-se de uma maca que pegara no almoxarifado da ONG na semana passada, voltou-se para o Jipe e engatou a ré aproximando no enorme veiculo próximo ao encosto da estrada, aprontou a maca como uma rampa no banco de trás, pegou uma corda e de forma cuidadosa amarrou os pulsos do rapaz e puxou-o. Era pesado feito chumbo, três tentativas e nada ele mal se movera para desespero de Cass.

Ergueu o olhar para as copas das árvores, limpou o suor que escorria em sua testa, mas uma força sobrenatural apoderou-se de seu frágil corpo e com se estivesse levantando uma pluma puxou o corpo quase desfalecido para dentro do Jipe. Assustou-se com aquilo, mas sabia que não poderia ficar ali perdendo tempo, ao tocar no ferimento abaixo do abdômen do rapaz, certificou que era ataque de lobos e sua pele estava fria feito a noite.

Assim que descera para guardar a maca ouvira um tipo de um murmúrio ecoando em seu ouvido, rapidamente sua pele se arrepiou por completo, Cass bateu a porta do porta mala e apressou-se a sair daquele local.

Com uma arrancada fez com que o Jipe subisse na direção do casebre no final da colina, ao olhar no retrovisor central sentiu seu coração disparar ao ver um tipo estranho de lobo atravessar a pista.

Deus. – pensou agoniada, por um minuto recordou-se da história de sua família, seu avô contava que seu antepassado de Cinco gerações atrás o patriarca da família Velkan, Nicoleta um homem inquieto de olhar frio, havia vendido sua alma para um ser diabólico chamado de Mastema em troca de um acordo, mas ele falhara em sua conduta e lhe amaldiçoara fazendo-o transformar se em um lobisomem toda noite de lua cheia, e por fim em um de suas transformações acabara destroçando toda sua família, apenas a jovem Ekaterina sobrevivera, mas o mesmo ser diabólico a fizera prisioneira das altas colinas e para se proteger buscara nos ensinos dos nativos locais as formas para se proteger daquelas criaturas da escuridão.

O pé de Cassandra se aprofundava no acelerador enquanto seu coração faltava sair pela boca, sempre respeitara aquelas lendas, mas pensava que se tratava apenas de histórias do folclore regional Romeno.

Para seu alivio avistou a luz da pequena varanda do casebre, assim que entrou na garagem, desceu com passos ágeis e fechou a imensa porta. Ligou a luz do local, abriu a porta lateral que dava direto para um corredor, pegou um velho carrinho de corrida que seu primo havia esquecido no verão passado.

Agora estava um pouco mais fácil para jovem colocar o corpo do rapaz no carrinho, pois a parte traseira do banco do Jipe era móvel. Com rapidez ela puxara o para dentro na direção da sala da frente.

– Consegui. – murmurou ofegante praticamente sentindo seu corpo desfalecer no chão próximo ao sofá.

Uma das habilidades de Cassandra Velkan era na manipulação de ervas medicinais, a jovem levantou-se com dificuldade por causa do esforço que fizera para arrastar o corpo pesado daquele rapaz. Misturou algumas ervas campestres para não deixar infeccionar o ferimento aberto dele, antes de voltar para a sala caminhou até o armário e pegou a caixinha de primeiros socorros, la estava os acessórios que precisaria.

Assim que adentrou a sala pôde notar que ele gemia uma língua estranha, diferente das que ela sabia. Continuou a amassar as ervas transformando as em uma pasta verde, com habilidade ágil limpara o sangue sujo em torno do ferimento fazendo o rapaz contrair se de dor, logo depositara devagar a pasta sobre a ferida em seguida pegara a agulha e a linha e começara a costurar fechando o.

Com uma tesoura de costureira terminou de cortar a calça jeans que ele vestia, limpara seu corpo com uma toalha molhada e umedecida em álcool para desinfetar-lo e por fim terminou cobrindo o com um edredom macio.

Assim que entrara no banheiro para se banhar ouvira de longe um uivo agudo, sentiu seu corpo estremecer de medo.


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Notas finais do capítulo

Boa Leitura!