Back To Baker escrita por Mel Devas


Capítulo 13
Capítulo 12


Notas iniciais do capítulo

Dessa vez até que não demorei tanto!! Enfim, BOA LEITURA!!! XDDD



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Sim, se você não prestou atenção, ou simplesmente não ouviu/leu direito, sim, era um livro gay.

Me poupo de transcrever a página. Resumindo, era um caso entre dois soldados espartanos - uma unidade especial, onde homens são criados juntos desde pequenos, e, propositalmente faz com que eles sejam gays, porque aí eles lutam melhor. Quem não luta melhor quando tem que proteger o amado? - mas digamos que... bem... Essa parte do livro não era tão poética e pura assim. Ah! Você entendeu!

Continuei segurando o papel entre minhas mãos, incrédula, não conseguindo desviar o olhar das palavras comprometedoras impressas. A folha amassou um pouco entre minhas mãos trêmulas e senti o sangue subir à minha face. Vendo isso, Will, meio indignado, pegou o papel de minha mão e o enfiou bruscamente de volta.

– Garotinhas da sua idade não devem ler esse tipo de coisa. - Ele falou.

– Animal, você é da mesma idade do que eu. - O mirei cética. Ele olhou para o lado, também ficando vermelho como um pimentão.

– É, é que... Ahhn... - Sua voz foi mirrando aos poucos. - Ah! - Ele se animou de repente. - Daquele jeito você ia amassar a folha completamente! E se o Tony descobrir que mexemos nas coisas dele e que descobrimos um... sei lá! Kama Sutra gay?

– Não chame de Kama Sutra! - Reclamei. - Desse jeito a classificação dessa fic vai subir!

Ele deu de ombros.

– Além do mais, Mister Delicadeza, acho que jogar a folha dentro da gaveta que nem um cabrito raivoso não é lá uma coisa tão discreta, não é? O papel deve estar mais pra vítima de bolinha de papel que tacaram na professora.

– Ah!! Você só sabe reclamar...

– Foi você que começou, Hotwill-- Ele colocou o dedo na minha boca, pedindo silêncio, antes que eu pudesse completar o apelido imbecil. Botei a língua para fora e fiz uma careta, como se estivesse com nojo. Ele revirou os olhos e percebi que Tony estava abrindo a porta.

– Desculpe a demora - Ele deu um sorriso amarelo. Olhei para o lado quando ele entrou, fingindo ver alguma coisa. Não sabia se poderia encará-lo logo depois de ler aquela página sem as palavras surgirem na minha mente. Ouvi Will rir por perceber minha situação.

– Só estávamos discutindo sobre como encontrar informações para desvendar o caso. - O moreno riu. - Me perdoe por ser tão intrometido, mas você está escondendo algo de nós?

Eu balancei os braços desesperada o mais discretamente o possível para o meu parceiro de investigações. Com certeza pareceríamos suspeitos desse jeito! O que ele tem na cabeça? Tony parecia prestes a enfiar a cabeça no chão ou correr pro colo da mãe, aterrorizado. Will claramente viu meu gesto, porém ignorou-o com convicção. Maldito.

– Então? Quero saber tudo sobre você. - O moreno se aproximou do garoto lenta e ameaçadoramente. Creio que a visão para Tony não tenha sido angelical, considerando que Will era tipo um poste falante que irrita.

– Pare, Will! - Reclamei. - Parece um daqueles namorados maníacos que sempre aparecem na internet segurando uma faquinha!

Creio eu - na verdade tenho certeza - que o loiro deve ter ficado totalmente confuso de "internet" em diante. Mas acho que ele nem deve ter ouvido essa lenga lenga toda, a palavra "namorado" deixou ele completamente pasmo. Ele mordia intermitentemente os lábios e parecia à beira de um colapso nervoso. Isso sem contar que ele estava tão vermelho quanto gringos no Rio de Janeiro.

Will viu a brecha e abriu um sorriso macabro. Deus, quando foi que ele virou uma pessoa tão cruel? Me apressei para agarrar o braço do moreno e começar a arrastar ele para fora do quarto.

– Nossa, está tão calor aqui. Vamos lá fora respirar. - Minha voz soou um tanto falsa, apesar de duvidar de que o pequeno fosse reclamar, já que ele estava prestes a fazer o mesmo. O mais alto tentou reclamar, mas foi interrompido quando dei um puxão mais forte no braço dele, pedindo para que calasse a boca.

–--x---

– O que você pensa que está fazendo? - Reclamou Will quando chegamos ao jardim chamuscado. Ele se erguia acima de mim numa pose de bravo, como se quisesse me intimidar.

– EU que deveria falar isso, seu palerma!! Você quase mata nossa testemunha principal do coração! Ele provavelmente entendeu que estamos desconfiando de algo e vai se fechar mais ainda, não entende, sua anta? O que você tem nesse seu cérebro? Biscoito de gengibre?

– Melhor acabar com isso tudo de uma vez. - Cruzou os braços e fechou os olhos.

– Por favor, pare de parecer uma criança mimada, você quer ou não derrotar o Holmes?

– Nós VAMOS derrotar. - Falou com convicção.

– Não se continuar fazendo os nossos clientes se assustarem com a gente.

Ele não respondeu nada, só virou a cara para o lado e resmungou algo sobre só idiotas falarem que estão com calor em pleno outono. Massageei minhas têmporas. Fiquei na ponta dos pés e passei a mão na sua cabeça, sentindo o corte militar me pinicar.

– Vamos deixar isso para lá, ok? Vamos nos despedir de Tony como se não houvesse acontecido nada e ir embora.

Ele segurou uma das minhas mãos e tirou de sua cabeça, rindo.

– Está certo, Hollynson.

– Howillson.

–-x--

Já em casa nos tratamos de ler o diário de Watson, nada de importante acontecera com eles também, então concluímos que, apesar de tudo, nos demos melhor que eles.

– Ah, estou tão cansado. - Will caiu de lado na minha cama.

– Ei, não fique se jogando na cama dos outros sem permissão! - Cutuquei a barriga dele, rindo.

– Não enche. - Ele me puxou para perto. Caí ao seu lado e me virei, para não ficar envergonhada.

– Ah, meu Deus!! - Will exclamou. - Sou um gênio!

– O que foi dessa vez? - Bufei, exasperada.

Ele me virou para ele, de modo que pudesse me encarar, e espremeu minha cara entre suas mãos de Godzilla.

– Se você acha que o Tony não vai nos dar mais informações, nós simplesmente espionamos eles.



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Notas finais do capítulo

Will e suas ideias mirabolantes... Tsc, tsc... E aí, gostaram? *wwwwwwwwwwwww* Até o próximo capítulo (ou review), meus lindos!! ~sai rebolando~