Diego’s POV

Eu estava jantando quando escutei uma gritaria no apartamento da Lucy, decidi pegar meu celular e enviei “Não faz besteira pequena. Di” e rezei para que ela não tivesse feito nenhuma besteira de fato, só quero o bem dela, só quero ela feliz, ela não merece chorar tendo o mais belo dos sorrisos, depois ajudei meu pai á arrumar a mesa e fui para o meu quarto, me deitei na cama e parecia que ela estava ali comigo pois senti seu perfume. Acordei no dia seguinte com o despertador, tomei uma ducha e fui para a escola, chegando lá dei de cara com o Alex.

— Eae. – Ele disse fazendo o nosso toque.

— Eae. – Eu respondi fazendo o toque com ele.

— Cade a mina estranha que sempre vem contigo? – Ele disse e senti meu rosto ficar quente.

— Não começa Alex, você sabe que... – Eu ia continuar falando mas ele me cortou falando com uma voz gay.

— Eu sei, você está apaixonado por ela, os sorrisos e os momentos que vocês tiveram juntos, você se apaixonou pela pior garota do colégio, ela se corta seu panaca e a mãe dela é uma vadia que já deu até para o meu pai. – A cada palavra que ele dizia que fechava com mais força o meu punho, quando percebi eu já estava em cima dele o socando, escutei uma voz gritando atrás de mim e senti alguém me puxando, levantei e quando me virei vi que era a Lucy com seus olhos vermelhos, ela me puxou pelo braço e me levou até o banheiro feminino, me sentou em uma das privadas com a tampa abaixada, colocou sua bolsa no meu colo e pegou coisas que eu não sabia o que era e foi limpar os meus machucados.

— Ai. – Eu disse e ela riu.

— Você não deveria ter brigado com seu melhor amigo. – Ela disse e eu suspirei.

— Eu sei. – Respondi derrotado.

— Então porque o fez? – Ela disse sem me olhar ainda, quando escutamos a porta se abrindo e passos apressados entrando no banheiro puxei ela para o meu colo de frente, levantei as pernas e fechei a porta apoiando os meus pés na mesma para ter equilíbrio, ela me olhou com um olhar de interrogação.

—Eles não estão aqui. – Escutei uma voz determinada.

— Mas diretora eu juro que vi o... –A menina ia terminar de falar quando a diretora a cortou.

— Não estão! Agora volte para a sala. – Nós não respiramos até a diretora sair do banheiro, começamos a rir e depois fiquei sério olhando para a sua boca rosada, mordi os meus lábios e coloquei minha mão em sua nuca e a beijei, ela retribuiu e o beijo começou a ficar intenso até ambos pararmos por falta de ar, ela começou a rir e eu também, deus, como amo o som da risada dela, do jeito que ela coloca o cabelo atrás da orelha quando está com vergonha, como ela fica vermelha quando está irritada e como fica fofa quando seus olhos estão vermelhos de tanto chorar e me sinto mal, mas eu amo vê-la chorar e poder abraçá-la, poder fazer ela ficar melhor, abraçar ela é a melhor coisa do mundo, ter ela bem perto de mim, poder senti-la comigo.

— Di? – Ela disse e eu a olhei, saindo do transe.

— Oi anjo. – Eu disse e ela sorriu.

— Aula. – Respondeu ela.

—Não. – Eu disse, ela ia me questionar mas eu ri e dei um selinho nela, a levantei do meu colo, coloquei sua bolsa sobre meu ombro, peguei sua mãe e saímos correndo do colégio, fomos até o carro, entramos nele, abri a capota e liguei o  som e aumentei o volume.

Lucy’s POV

Me sentei no banco de trás e levantei, ele ria e cantávamos juntos, aquele dia ia ser muito pirado.

<...> 20horas da noite

Passamos o dia em uma praia comendo chocolates e coisas, foi muito perfeito, então decidimos que já estava na hora de voltar pra casa, subimos as escadas conversando quando chegou a hora de dar adeus eu olhava para ele e nunca mais queria me afastar dele, era tão perfeito, queria poder vê-lo todos os dias acordando, passar dias inteiros na companhia dele e merda estou me apaixonando.

— Vem cá. – Ele disse me puxando pela mão, fazendo com que nossos corpos se encostassem, dei um selinho demorado nele e sorri.

— Não quero ir pra casa. – Eu nem terminei de falar e ele já completou.

— Nem eu. – Ri com a resposta dele e ele me deu um beijo na testa e sussurrou. – Boa noite minha pequena. – Depois ele recuou e entrou em seu apartamento, eu sorri sozinha e entrei em casa, subi as escadas em silêncio e entrei no meu quarto, feliz da vida.