Suddenly I See escrita por Mika G n Manda B


Capítulo 10
Feeling Alone


Notas iniciais do capítulo

Oiiiiiiiiiii meninas, cara nem sei o que dizer de vocês. Certamente, vocês são as leitoras mais incríveis que eu tenho aqui no Nyah. Sério, vocês são incríveis! A quantidade de reviews que eu recebi... to muito feliz, com tantos reviews assim vocês so me deixam mais e mais inspirada! Obrigado pelos comentários lindos. Desculpa pelos erros do capitulo passado, eu nao betei ele e saiu daquele jeito! uashaushau' Esse ta certinho ta?! Espero que gostem ! - NOTAS FINAIS
GOSTAM DA NOVA CAPA?! DIGAM O QUE ACHARAM E SE ALGUMAS DE VCS SOUBER FAZER CAPAS ME AVISEM POR FAVOOOR!



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Louise’s Point Of View


- Eu nem acredito que você esta mesmo aqui. - disse e finalmente o soltei, levantando meu rosto e encarando o seu. Ele estava diferente, tinha uma barba meio rala, mas ela estava presente ali. Seu rosto estava mais másculo e seu corte de cabelo também estava diferente e me lembrava Justin.


- Fiquei sabendo que alguém estava morrendo de saudades de mim e tive que conferir se era verdade. - disse ele convencido sorrindo maroto para mim.


- Não exagere. Mas, você não tinha que estar na Alemanha? – perguntei com uma sobrancelha erguida.


- Recebi minha licença de final de ano mais cedo com a ajuda de um tal Capitão Bennet. - respondeu.


Nathan era soldado, ele havia se alistado assim que terminamos o colégio. Eu nunca concordei com isso, pois sabia o quão arriscado e perigoso era. Eu sabia muito bem o que era se despedir de uma pessoa que era amada por mim sabendo que ela poderia morrer a qualquer segundo em uma guerra. Mesmo eu sendo contra, ele foi. Afinal uma hora ou outra teríamos que trilhar caminhos diferentes e sempre temi quando isso acontecesse. Por ironia do destino ele foi recrutado justamente no batalhão de Michael e isso me deixou menos desesperada.


Sua partida foi terrivelmente dolorosa pra mim, eu tinha bastante amigas, mas nenhuma era tão especial e importante quando Nate na minha vida, ele era meu irmão. E saber que ele estava indo para um lugar sem saber se o veria novamente... Aquilo acabava comigo. Passei um bom tempo triste depois de sua partida. A faculdade só começaria daqui a alguns meses, e durante esse tempo eu não fiz nada, absolutamente nada, só ficava em casa, contando os dias ate a próxima licença dele, ou esperando alguma noticia de que ele estava bem.


E agora ele estava aqui. Comigo. Abraçando-me, e ele estava inteiro.


- Isso é ótimo! - disse sorrindo radiante.


- Eu sei. E, nossa você cresceu. - exclamou Nathan rindo.


- Agora você não pode mais me chamar de pequena. E você... Cresceu também. - disse o medindo de cima a baixo e observando seu físico mais malhado. Sem meu consentimento meu rosto corou violentamente ao ver o sorriso convencido em seus olhos. E Nate riu como sempre se aproveitando disso para me deixar mais sem graça ainda.


- Claro que posso te chamar de pequena, não importa a sua altura você sempre vai ser a minha pequena. - disse ele sorrindo encantadoramente galante. Senti falta desse sorriso, senti falta dele me chamando de pequena.


- Bobo. - disse e dei um tapinha em seu braço e ele fingiu uma cara de dor e nós dois rimos.


- Desçam agora, ou vou comer tudo sozinho, e não esta brincando. – disse papai passado pelo corredor dos quartos anunciando que o almoço já estava pronto.


- Já consigo sentir o cheirinho da lasanha da mamãe daqui de cima. - comentei aspirando o ar com forca para poder desfrutar daquele cheirinho de comida caseira. Mas não era somente uma comida caseira, era a comida caseira da minha mãe.


- Vamos logo antes que Mike acabe com toda a comida. – disse Nate me puxando pelo braço e saindo do quarto em direção à sala de jantar.


- E então? Gostou da surpresa? - perguntou mamãe se referindo a Nate enquanto ela colocava a travessa com a minha tão sonhada lasanha vegetariana, foi inevitável não umedecer os lábios e murmurar um "humm" com aquele cheirinho.


Sentamos todos á mesa, como de costume. Papai se sentou a ponta, mamãe a sua esquerda, Ronnie a sua direita. Eu me sentei ao lado de Ronnie e Nate ao lado de mamãe, de frente para Nate.


- Eu realmente não esperava por isso. Pensei que só o veria no Natal. - disse sorrindo para Nate e depois olhando para mamãe que servia os pratos.


- Cara, que saudade da sua comida tia Stella. - comentou Nate assim que ela colocou o prato já servido a sua frente. - Serio, a comida do batalhão é horrível! Acho que ração de cachorro tem um gosto melhor. - comentou fazendo todos rirem, até mesmo Ronnie. O que não era muito normal.


- A comida lá não é tão ruim assim Nathan. - papai comentou tomando um gole de seu vinho.


- Não é tão ruim? A comida de lá é horri... - começou mais o resto da palavra saiu meio embolado devido à quantidade de comida que estava em sua boca e eu tive de rir disso também.


- Você se acostuma com o tempo. - Michael informou.


Mamãe terminou de nos servir e se sentou.


- Me conte mais sobre o seu amigo de nova-iorquino querida. - disse Stella abrindo o assunto.


- Que amigo Lola? - perguntou papai me olhando com aquele olhar curioso.


- É.. Que amigo Lola? - repetiu Nate me encarando.


- Justin - disse terminando de mastigar e engolir a comida. - Ele é meu amigo. Ele é muito legal, o convidei para passar o feriado conosco, mas ele não quis. - comentei normalmente.


- Desde quando você tem amigos em Nova York ? Onde vocês se conheceram? Quando? Por que eu não estou sabendo disso? - disparou Nate parecendo meio irritado. Ele e papai me encaravam como se tivesse acabado de dizer a coisa mais absurda do mundo.


Simplesmente revirei os olhos entediada.

- Ele é meu único amigo, nos conhecemos há alguns meses, ele é um cara legal. E nós não temos nada. – infelizmente, claro que não disse essa ultima palavra pois não gosto nem de imaginar nas consequências de tal.


Eu havia esquecido da superproteção deles dois. Nate e papai não eram do tipo ciumento, mas eu era a exceção deles. Eu era a pequena de Nate e a princesa de papai, poderia ser ate fofo e meigo. Mas não era eles tinham a terrível e insistente mania de achar que eu era frágil, que eles tinham que me proteger de tudo e de todos, sempre me achei meio sufocada nesse quesito.


Era horrível a sensação de ser especial, me tratavam como se eu fosse de vidro e a qualquer momento eu fosse cair e me partir em milhares de pedaços. Sempre me subestimavam e eu odiava isso. Odiava ser tachada como “frágil”.


Isso também foi um dos motivos de eu ter decidido ir morar em Nova York, eu queria me afastar de toda essa proteção desnecessária de todo esse cuidado exagerado, eu não preciso disso. E morar fora foi uma maneira que eu arranjei para provar que posso me virar sozinha.


Justin’s Point Of View


Terminei a colocar minha camiseta e calçar meus supras, fazendo o menor barulho possível, não queria acordar Cath... Carol... Droga Justin, você tem que começar a pelo menos tentar lembrar o nome das garotas que você dorme. Adverti a mim mesmo, mas não importava afinal nunca mais a veria mesmo.


A tal garota se remexeu na cama, estava deitada de bruços e o lençol desceu um pouco por suas costas nuas mostrando algumas marcas que eu havia deixado ali na noite anterior. Sorri satisfeito com meu trabalho e sai do quarto da garota recolhendo meus objetos pessoais por ali espalhados. Cheguei à sala e como de costume, procurei por algum bloquinho de papeis e caneta, achei-os na mesinha ao lado do sofá.


Tivemos uma noite maravilhosa, você foi incrível. Com certeza vamos sair mais vezes, eu te ligo.

XOXO Justin.


Eu não ligaria, é claro, mas dizer a verdade nua e crua me parecia decepcionante demais. A maioria delas já sabia que eu não ligaria, então nem criavam falsas esperanças.


Deixei o bilhete grudado na geladeira preso a um imã. Sai do apartamento da garota e fui em direção ao meu carro que estava estacionado na frente do prédio. Apertei o alarme destravando as portas e entrei, logo arrancando dali. Olhei no relógio no display do carro e já era 13h37min.


Eu não tinha nada para fazer e aquilo era extremamente desanimador e tedioso, pensei em ligar para Lola, para convida-la para almoçar, mas ai me lembrei de que ela tinha viajado para a casa dos pais. Segui para casa, estacionei o carro na garagem ao lado do meu Fisker e vi que a vaga de Ryan estava vazia, ele havia saído.


Peguei o elevador e subi para o apartamento, entrei encontrando um silêncio incomodo. Joguei as chaves do carro em cima da mesa da sala e me joguei no sofá em seguida.


Liguei a televisão para me distrair, mas não havia nada de interessante passando, então desliguei a mesma. Novamente silencio.


Naquele momento me senti sozinho.


Solidão não era uma coisa que eu costumava passar, mas naquele momento era a única coisa que eu tinha. Por alguns segundos me senti mal, estar sozinho sempre havia sido vantajoso para mim. Eu não tinha preocupações, não precisava dar satisfações a ninguém, eu era livre para fazer o que bem quisesse.


Mas naquele momento, a liberdade pareceu me aprisionar em um mundo em que só existia Justin e Justin. Mas ninguém.


Todos deveriam estar com suas famílias agora e eu estava aqui, jogado em um sofá em um apartamento gigante onde não havia mais ninguém alem de mim mesmo.


O silencio estava começando a me perturbar, e logo o barulho do meu celular soou pela sala e o tirei do bolso rapidamente já pronto para atender a ligação. Mas não era uma ligação, era somente uma mensagem da operadora.


Frustração. Palavra perfeita para me descrever agora. Eu era uma combinação de solidão e frustração. E não havia nada que eu pudesse fazer para acabar com ambas. Levantei do sofá em um pulo e fui ate meu quarto, tudo estava arrumado como sempre.


Tomei um banho, troquei de roupa e novamente voltei para a sala, liguei a televisão e ainda não havia nada interessante passando, mas deixei ligada mesmo assim, pelo menos havia algum barulho por aquele espaço e me sentia menos sozinho.


Peguei meu celular e fui ate os meus contatos, havia milhares de números de garotas ali, e aposto que se ligasse para qualquer uma delas, ela aceitaria na hora me fazer companhia. Mas eu não queria ligar para nenhuma delas. Eu queria ligar para Lola. Por mais estranho que isso possa soar, eu estava sentindo falta dela. Uma falta muito grande.

Não sei muito bem definir o porquê, mas me bateu uma súbita vontade de ir ate a casa dela. Ela não estaria lá, mas Candecy estaria, e qualquer companhia nesse momento me parecia agradável. Quer dizer, Candecy não era qualquer companhia, ele era amiga de Lola, e eu sentia uma estranha necessidade de ter algo que me lembrasse ou que estivesse relacionado Lola nesse momento.


Então segui para a casa dela. Deixei o carro estacionado no mesmo lugar de sempre, e estranhamente aquele lugar sempre estava vago, acho que já o deixavam reservado para mim de tanto que eu frequentava aquele lugar.


Entrei no prédio e passei pelo porteiro que sempre estava ali com seu radio velho de pilhas. Cumprimentei-o com uma aceno de cabeça.


- Senhor Justin, a senhorita Louise não esta, ela viajou para a casa da família para o feriado. – informou-me.


- Eu sei, mas Candecy esta ai não esta? – perguntei.


- Sim, a senhorita Anderson não saiu de casa o dia todo. – respondeu e agradeci com outro aceno.


Segui para o elevador, que pareceu demorar mais do que o normal para chegar a seu andar. A porta estava destravada e assim que o elevador chegou ao andar as portas se abriram sem eu nem precisar informar pelo interfone que havia ali. O porteiro devia ter avisado que eu estava subindo e então Candecy já liberara minha passagem. Sai do elevador e olhei pela sala, Candecy não estava ali.


- Candecy? – chamei alto, mas ninguém respondeu. – Candy? – chamei mais alto ainda e escutei alguém me chamando, a voz veio do corredor dos quartos e fui ate lá.


- Candecy, onde você ta? – perguntei de novo, aquilo estava estranho. A porta de seu quarto estava arreganhada e entrei ali, mas ela não estava no quarto, olhei a minha volta e a vi no banheiro, agachada na privada. Ela vomitava, mas não era nenhum tipo de alimento, era sangue.


- Candecy ! – disse e segurei seus cabelos para que ela terminasse aquilo em paz, ela chorava e seus soluços eram abafados por mais jatos de sangue que saiam por sua boca.


Em outra ocasião, talvez, eu sentiria nojo e repulsa, mas não foi o caso. Eu senti pena dela. Depois de mais alguns minutos ali, ajude-a a se levantar, dei descarga e levei ela ate a pia onde a mesma lavou o rosto e escovou os dentes. Peguei a toalha que estava presa no suporte ao lado do espelho e entreguei-a.


Ajudei-a a seguir para o quarto e se deitar na cama e ficamos em silencio por um tempo.


- Obrigado – disse ela quebrando o silencio e eu a olhei nos olhos, mas ela não tinha mais aquele brilho malicioso de costume, seus olhos claros estavam nublados e cheio de lagrimas.


- Não foi nada. – disse. – Hum... Você quer falar sobre isso? – perguntei.


Alguma coisa muito seria estava acontecendo, um ser humano saudável não vomita sangue, muito menos em grande quantidade, como ela havia feito.


- Eu não sei. – disse baixo e logo deixou que mais lagrimas caíssem, voltando a chorar. Eu não sabia o que fazer, não era comum para mim ver mulheres chorando, o mais perto que eu já cheguei disso foi com as minhas irmãs quando elas se machucavam ou algo do genro e também teve a noite em que Lola chorou me contando sobre seu quase abuso na faculdade, mas mesmo assim não era nada comparado a como Candecy chorava agora.


Meu único instinto foi abraça-la e deixar que ela chorasse em meu ombro.


- Está tudo bem. – disse. Não era isso que as pessoas costumavam dizer? Então.


- Não Justin, eu vou... Eu vou morrer. – disse e um calafrio passou por todo meu corpo naquele momento. Foi como um soco no estomago ou pior.



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Notas finais do capítulo

E ai, gostaram? Eu espero que sim! Eu to muuuuuuito inspirada mesmo meninas, séerio, acho que to com inspiração ate pro final dessa fic ja! A e falando nisso, quando o Nyah acabar com essa categoria eu vou ter Suddenly I See em um monte de lugares ( Tumblr, AnimeSpirit e Swag Fanfiction ) espero que voces me acompanhem...
Bem, meninas eu queria conhecer voces melhor, sabe quero me tornar amigas de vcs! Entao que queria que cada uma deixasse o nome no comentario ok?! É que acho meio estranho a me referir com esses users... kkkk
Bem, é isso, espero que comentem e FANTASMAS APAREÇAM MENINAS!