Pov. Hermione Granger

Eu estava muito feliz com tudo o que estava acontecendo. Primeiro sobrevivemos à explosão e logo depois todos conseguiram se reencontrar, parecia um sonho se tornando realidade, antes eu pensava que nunca mais conseguiria vê-los, mas agora estavam bem na minha frente.

Tinha algo em minha bolsa que, por sorte, veio comigo. Arranjei um pouco de comida para cada um, acho que todos estavam com fome, pois não comiam desde o dia anterior.

Não era necessário esquentar a comida, era apenas alguns salgadinhos e um pouco de água, essencial em momento como esse. Era perceptível que comemos rápido, tínhamos muita fome e não acabou sobrando nada, espero que não precisemos, sobrou apenas um pouco de água.

-Temos que encontrar uma maneira de destruir as horcruxes – disse Gina me ajudando a guardar alguns livros que estavam fora de minha bolsa. Foi nesse instante que um livro caiu de sua mão, era de Fred, mas estava com uma capa que eu nunca havia visto.

Estava com a capa destruída bem no centro, imediatamente me lembrei do diário de Tom Ridlle, uma das horcruxes já destruídas.

-o que isso está fazendo com Fred? – perguntei. Ele não podia usar o diário para nada, a magia contida nele já havia sido destruída.

Peguei o diário nas mãos e fui correndo falar com Fred. Gina veio junto comigo, pois estava interessada no que iria acontecer em seguida.

-Fred – chamei, pensando no que ele falaria para se explicar – O que isso está fazendo com você?

Ele estava sentado junto com os outros e fiz questão de falar bem alto para todos que estavam ali pudessem ouvir.

-Posso explicar – disse ele. Sentei-me no chão junto com todos os outros, de maneira que pudéssemos conversar melhor. – Dumbledore me entregou o diário pouco antes das aulas terminarem, disse que era para manter em segredo e que na hora em que fôssemos precisar de ajuda, encontraríamos algo escondido no diário. Desde então eu procuro, mas até agora não encontrei nada.

-Acham que Dumbledore sabe de alguma coisa e está com medo de nos contar? – perguntou Rony empolgado.

-Só tem uma maneira de descobrir – eu disse. Em seguida, lancei um feitiço sobre o livro, que começou a perder a capa, dando lugar a outra.

-Fantástico – ouvi Harry pronunciar. Todos estavam interessados no que aconteceria.

O diário perdeu sua capa, mas outra ainda estava no lugar, essa, com um escrito em uma tinta dourada, para destacar no tom preto.

-O que está escrito? – perguntou Gina. O diário ainda estava em minhas mãos.

As letras estavam bem legíveis, o que facilitou a leitura.

- “O tesouro está onde menos espera. O local onde o primeiro combate foi travado entre o bem e o mal. Por mais que não resista atarefa terminal desta batalha, aquilo que procura deve ser destruído”. – terminei de ler o diário e percebi que ninguém entendeu muito bem o que estava querendo dizer.

- Temos que decifrar essa charada – disse Jorge, animado com a nova etapa da aventura.

Pensei nas primeiras palavras, mas não tinha como eu saber onde houve uma primeira batalha entre o bem e o mal.

-Onde pode ser esse lugar? – perguntei, mas ninguém soube me responder.

Todos estavam pensando no que aquilo seria, poderia ser apenas uma anotação antiga e não ter sido Dumbledore quem escreveu, mas algo me dizia que poderíamos acabar encontrando alguma coisa importante nessas palavras, poderiam ter alguma coisa de importante.

-Harry – chamei, ele olhou para mim imediatamente. – Será que o local onde fala no diário é o local onde você e Voldemort lutaram pela primeira vez?

Todos concordaram com um movimento de cabeça, de modo que me fez pensar que eu estava certa. Precisávamos agir rapidamente, ou tudo poderia estar acabado.

-Temos que ir para Hogwarts agora mesmo – disse Fred. – Se não destruirmos as horcruxes rapidamente eu não sei o que pode acontecer, Voldemort fica mais forte a casa minuto que passa e temos que impedi-lo.

Ele tinha razão e todos sabiam disso, o que fez com que arrumassem suas coisas, apesar de não ter muito que arrumar. Foram questões de minutos até estarmos nos reunindo para aparatar.

-Todos prontos? – perguntou Rony enquanto dávamos as mãos. Aparatar não era algo que eu gostasse de fazer, mas, em situações como essa, não havia outra maneira de chegar até Hogwarts a tempo.

Damos as mãos e a imagem que apareceu a minha frente foi a do pequeno vilarejo de Hogsmeade, pois em Hogwarts era impossível aparatar.

-Para que lado fica o castelo? – perguntou Gina.

- Acho que logo depois de passarmos a Casa dos Gritos tem uma trilha – eu disse.

Seguimos para a trilha, passamos rapidamente em frente a Casa dos Gritos e logo depois nos deparamos com a pequena trilha a qual eu havia falado. A partir dali, nos restava em média de meia hora para podermos chegar ao castelo.

O céu estava completamente limpo acima de nós, fazendo com que um forte sol iluminasse nosso caminho.

Em poucos minutos, o castelo não era apenas uma miragem ao longe, onde se via as janelas ao longe e se podia imaginar se em alguma delas alguém poderia estar olhando para você, já estávamos bem perto dele e sua imagem estava bem mais nítida, mas o portão estava fechado.

-Como vamos conseguir entrar? – perguntou Rony.

-Daremos em jeito – eu disse, em seguida observei melhor o grande portão do castelo. – Há alguém nos esperando.

-Quem será que é? – perguntou Gina, mas ninguém sabia quem poderia ser.

Chegamos mais perto e logo vimos quer era Dumbledore, irreconhecível com sua grande barba e seus óculos meia lua.

-Boa tarde – disse ele nos cumprimentando. – Eu estava à espera de todos vocês. Venham, vamos dar um fim em tudo isso.

Era mesmo ele quem havia escrito no diário e, com Dumbledore nos esperando, aquele só podia ser o lugar correto.