Hermione parou em frente à seção de aurores e procurou Harry com o olhar. Não queria ficar perambulando lá dentro procurando-o. Como não o avistou, entrou, e logo foi falar com Rick, que estava parado organizando alguns pergaminhos. 
-Olá Rick! Não queria interromper, mas você sabe onde Harry está? Sou Hermione, naturalmente… 
-Hermione, menina! – Respondeu Rick, muito entusiasmado. – Harry está conversando com John, acabou de ser promovido para o 4º nível, eles estão discutindo estratégias de posicionamento… 
Hermione olhou para o fundo da seção, onde Rick estava apontando. Em frente à um grande mapa mundi com pontinhos vermelhos piscantes, Harry (que deixara uma barba curta crescer, que Hermione achava muito sexy) conversava com um homem alto, loiro, com o cabelo em corte militar, muito musculoso, de vestes pretas com detalhes prateados. Logo reconheceu que era um auror de 7º ou 6º nível, pelas vestes. 
Caminhou até lá, se apresentou para Rick, Harry pediu licença e foi se trocar, falando que continuariam na segunda. 
Voltou 5 minutos depois, vestindo uma camisa social branca dobrada até o cotovelo, um colete preto e uma gravata da mesma cor. Lindo. 
Uma mochila azul marinho estava o seu ombro direito, provavelmente com as vestes do trabalho, e a Firebolt no ombro esquerdo. Harry foi em direção à Hermione, lhe deu um beijo carinhoso, entrelaçou sua mão direita na mão esquerda dela e eles saíram andando. 
-Harry, eu te falei pra você não trazer a Firebolt! Porque você trouxe? Íamos aparatar! – Lembrou Hermione depois de um tempo. 
-É que não dá pra beijar enquanto se aparata, Mione… – Harry riu. 
Mine não pôde deixar de sorrir. Depois, contou tudo da conversa que teve com Rony antes de se encontrarem (Hermione foi surpreendida com um beijo de Harry quando ela citou os elogios que deu ao garoto) e Harry desejou fortemente que Rony parasse com toda aquela bobagem. 
Voaram até o restaurante, que não era lá muito longe (e era bruxo) e pediram o que comeriam. 
-Harry, eu queria te contar uma coisa. 
Harry parou de mastigar de repente. Lá vem bomba… 
-Pode dizer Hermione, estou ouvindo. –Harry disse, engolindo rápido, sem demonstrar a ansiedade que sentia. 
-Me chamaram para trabalhar como obliviadora no Ministério. O salário é três vezes mais alto do que eu recebo… Eles viram meu histórico em Hogwarts e me chamaram. Só não te contei antes porque precisava ter certeza que valia à pena. Você acha que eu aceito?
-Mas é CLARO que sim, Hermione, que idéia! – Riu Harry. – Você é BRILHANTE! Eu te amo, Mione. 
Hermione riu, encabulada, e imediatamente enviou uma coruja ao Gringotes e ao Ministério. Logo depois, tomou coragem e falou:
-Ah Harry, você vive falando que quer morar comigo um dia. Que quer ver crianças correndo pela casa… – A garota deixou escapar um suspiro. – Por isso, eu pensei muito em aceitar o emprego. Com nós dois ganhando bem, nós poderíamos… 
Harry interrompeu:
-Não, não poderíamos, Mione. Eu não quero morar com você… Nem construir uma famíloia com você…
-Nossa, Harry, me magoou agora. – Hermione interrompeu visivelmente aborrecida. 
-Você não me deixou terminar! Eu não quero morar com você, nem construir uma família com você, sem antes fazer uma coisa… 
-O quê? –Indagou Hermione, menos aborrecida e tomada pela curiosidade.
Harry respirou fundo. Levantou-se, pegou a mão de Hermione e levantou-a também. 
-Hermione Jean Granger, você aceita se casar comigo?
Hermione empalideceu. Sorriu, sorriu com mais felicidade do que NUNCA na vida, nunca se sentira tão bem, Harry a olhava nos olhos, e ela tinha lágrimas prestes a cair. Antes que elas rolassem, porém, a garota decidiu se expressar sem palavras. 
Atirou-se nos braços de Harry, enrolando seus braços na nuca do garoto, enquanto ele a abraçava pela cintura, dividido entre beijar e sorrir. E continuaram com o beijo, ali, na frente de todos no restaurante, que começavam a aplaudir… Harry e Hermione se tornaram noivos. A história de verdade começara ali.