– Chegamos. - suspirei pesado.

– Te vejo em casa. - Chris beijou minha bochecha e eu fiquei encarando o grande mercado que trabalho, fechei os olhos imaginando o que eu teria que enfrentar hoje, até escutar a voz dele.

– Você tem muita coisa pra fazer hoje, é melhor entrar. - sussurrou no meu ouvido e logo entrou.

Entrei no mercado de cabeça erguida e logo fui trocar de roupa e guardar minhas coisas, assim fiz e quando sai da sala fui surpreendida por um tapa na minha bochecha esquerda que fez com que eu bate-se minha cabeça na parede.

– Comece pelo corredor de pets, querida - disse e saiu rindo histericamente.

– Você não vai conseguir o que quer. - disse baixo e fui em direção à sessão de pets, massageando minha bochecha.

Tudo estava jogado no chão e muitos líquidos coloridos derramados no mesmo, arregalei os olhos e bufei.

– Filho da puta - murmurei.

[…]

23h21min.

Terminei de arrumar aquele furacão e caminhei até a sala do Gregue onde eu iria fazer meu trabalho extra. Não bati na porta já entrando e ele me esperava, sem blusa, sentado no sofá. Ao perceber minha presença ali me olhou com malicia e eu gelei.

– Posso ir embora? - perguntei tentando ficar séria.

– Primeiro vamos brincar um pouco. - quando fui perceber eu estava nua e ele também. Ele colocou sua mão no meu pescoço, me enforcando, e me levantou no alto.

– Porque você faz isso comigo? - tentei tirar sua mão do meu pescoço.

– Eu vou te fazer chorar querida - ele me jogou com toda sua força no sofá.

– Nunca - disse.

Gregue veio pra cima de mim e eu não tentei impedir, sei que seria pior, muito pior. Ele logo me penetrou com força me fazendo dar um solavanco pra trás, eu sabia que aquilo não era sexo, aquilo estava me machucando e eu sabia que a qualquer momento em vez de chegar ao ápice eu iria sangrar, como a primeira vez. Mais essa está sendo pior. Ele pegou na minha coxa e apertou com força me fazendo gritar de dor. O mesmo mordeu o bico do meu seio e eu pensei que ele iria arrancar fora. Fechei os olhos e pensei na minha mãe, eu só sentia aquela dor e ouvia ele rir de mim, eu lembraria daquela risada pra sempre. Ela irá atormentar meus pesadelos pra sempre. Logo senti um punho em meu rosto e percebi que eu estava apanhando. Abri os olhos e eu estava de joelhos no chão e ele chutava minha barriga.

– Coloque sua roupa - disse sério e eu rapidamente coloquei minha roupa. Fui até a porta e ele me puxou.

– Ainda não querida - disse me dando um tapa.

– O que você quer? - disse fria.

Ele pisou no meu pé me fazendo cair no chão, e começou a me chutar da coxa ao meu rosto, e sem contar minhas costas que era o alvo principal, ele queria acabar com a minha vida. Eu gritava de dor, ele se afastou de mim e pegou uma tesoura. Levantou-me e fez um corte profundo, com a ponta da tesoura, no meu braço e o sangue jorrava. Estava muito profundo.

– Não irei chorar - eu me segurava pra nenhuma lágrima cair.

Ouvi uma buzina e ele logo me soltou me jogando no sofá, ele saiu da sala, trancou a porta e apagou as luzes.

– Deve ser a mulher dele - murmurei pra mim mesma, vi a janela aberta e pulei a mesma com certa dificuldade. Andei pela aquela rua e quando estava me aproximando do prédio fiquei tonta e senti o impacto da minha cabeça com o chão e logo tudo ficou preto.

P.O.V Justin

Amanhã é sexta e Jazy e Jaxon irão ficar até segunda comigo, não vejo a hora de vê-los.

Joguei-me na cama e me cobri, eu me revirava e não conseguia dormir. Senti um aperto no meu coração muito forte e o nome de Megan veio em meus pensamentos, me sentia na obrigação de protegê-la, de salva-lá. Me levantei e tudo estava escuro, andei até o fim do corredor e abri a porta do seu quarto e ela não estava ali, nem no banheiro, muito menos o closet. Procurei no resto da casa e até no quarto do Chaz e Chris e ela não estava lá

– Ela deve ter dormido na casa do Harry - bufei e me joguei na minha cama e logo adormeci.

Acordei com o despertador do celular tocando uma música aleatória, desliguei o mesmo, me sentei na cama e baguncei meus cabelos. Abri os olhos e Megan veio novamente em meus pensamentos e meu coração começou a bater muito rápido, tentei não me importar e entrei no banheiro fazendo minha higiene matinal e me despindo, tomei um banho rápido, quente, e vesti uma roupa qualquer pra buscar Jazy e Jaxon.

Peguei uma maça na cozinha e peguei minha chave na sala.

[...]

Não tem muita gente na estrada, o que é bom assim chego mais rápido, meu pai é muito nervoso e apressado. Quando percebi já tinha chegado ao local de encontro. Sai do meu carro e percebi que meu pai já estava ali, nervoso como sempre, segurando Jaxon.

– Oi - disse sério abrançando Jazy que não disse nada.

– Até que enfim - ele praticamente jogou Jaxon nos meus braços e entrou no seu carro cantando pneu.

– Idiota - bufei.

– Justin - Jaxon disse me abraçando e eu sorri.

– Vamos booboo, estou com fome - Jazy resmungou e eu ri. Peguei sua mão e abri a porta de trás do carro, coloquei Jaxon primeiro em sua cadeirinha e depois Jazy.

– Vamos aos Starbucks? - disse sentando no meu banco e colocando o cinto, liguei o rádio.

– SIIIIM! - gritou Jazy e eu ri dando partida.

[…]

Chegamos ao Starbucks e já tinha feito nossos pedidos, Jaxon e Jazy se lambuzavam, e eu também, eu ria deles.

– Tá sujo aqui - Jazy apontou pra minha boca e eu ri limpando.

– Terminaram? - assentiram e eu ri pegando eles e deixando o dinheiro em cima da mesa.

– Não gosto de cadeirinha - Jazy resmungou e eu ri.

– Você não precisa gostar - disse e ela emburrou.

Entrei no meu banco e dei partida.

– Você está namorando? - Jazy perguntou.

– Não, por quê? - perguntei confuso.

– Você está mais bonito - ela riu.

– Está me chamando de feio? - perguntei fazendo cara feia.

– Sim. - ela riu - Está apaixonado booboo? - perguntou.

– Não - disse sério.

– Olha - Jaxon disse pra Jazy.

– O que aquela garota faz deitada ali? - Jazy disse.

– Que garota? - ela apontou pra janela e a garota parecia muito com a Megan.

Encostei o carro pra ter certeza, sai correndo do carro e tive certeza que aquela era Megan, abri a porta de trás e coloquei-a do lado do Jaxon. Dei a volta e dei partida, eu dirigia em alta velocidade, eu estava nervoso. E se ela estiver morta? E aqueles pressentimentos? A vida é tão confusa.

Olhei no retrovisor pra ela e Jaxon estava dando tapas nela, até que ele deu um forte na bochecha dela e a mesma acorda gritando.

– Aiii – gemeu de dor.

– Acodo - Jaxon batia palmas, feliz.

– Onde eu estou? Quem é você? Um bebê me sequestrou? Ai minha cabeça. - ela falava tudo rápido.

– Te encontrei dormindo na rua - disse sério estacionando o carro e saindo, tirando Jazy do carro. Megan saiu do carro com a mão na cabeça e cara de dor.

– Quem são essas crianças? - perguntou fechando a porta e deixando Jaxon sozinho.

– Meus irmãos - disse sério a fuzilando e tirando Jaxon do carro.

– Você tem irmãos? - franziu o cenho e fez cara de dor.

– Tem - Jazy disse.

– Qual seu nome lindinha? - Megan perguntou pra ela.

– Jazmyn, mas pode me chamar de Jazy - Jazmyn disse.

– E qual o nome do seu irmão? - perguntou.

– Jaxon - disse.

– Ele tem a mão pesada - deu de ombros e caminhou até o elevador, Jazy correu atrás dela e eu tive que correr também.

– Porque estava dormindo na rua? - perguntei ajeitando Jaxon no meu colo ao entrar no elevador.

– Me deu sono e acabei dormindo e depois sendo estapeada por um garotinho - Jaxon começou a bater palmas e Megan riu.

– Fala a verdade - disse sério.

– Se você não acredita, não vou te obrigar - disse séria entrando no apartamento e correndo pro seu quarto.

P.O.V Megan

Primeiro eu acordo sendo estapeada por um garotinho e conheço os irmãos do Justin que são uns fofos mesmo o Jaxon tendo a mão pesadinha. Justin está querendo saber demais e eu não tenho uma desculpa legal pra dar. Eu não posso chegar e disser que fui estuprada, apanhei e desmaiei, né? Poder eu posso, mas ele acreditaria numa história tosca dessa? Até porque eu fiz um escândalo no meu primeiro dia no mercado e ele vai usar isso como desculpa pra parar de trabalhar.

Corri até meu quarto e me joguei na cama, porque minha vida é tão inútil? Ouvi passo e me sentei na cama, Justin.

– O que aconteceu? - perguntou sério.

– Eu já disse - disse sem olha-lo.

– O que aconteceu Megan? - encarei seus olhos e eles transmitiam raiva.

– Nada - disse baixo.

– MEGAN O QUE ACONTECEU? - ele alterou a voz, pegando no meu braço dolorido e me levantando, meu olhos marejaram por ele estar irritado e com certeza a qualquer minuto me bater, e também por ele estar tocando no meu braço machucado. Ele olhou para o braço e viu o corte ainda aberto - OQUE É ISSO? - gritou.

– EU DESMAIEI CARALHO - gritei deixando minhas lágrimas escaparem e tentando me soltar dele, mas ele me segurou com mais força e eu gritei de dor, minhas pernas fraquejaram e eu quase cai, mas ele segurou minha cintura não deixando de me apertar e eu imaginava Gregue me tocando. Justin estava me apertando muito forte e eu não sabia que ele seria capaz de machucar uma garota, minha cintura estava ficando dolorida e eu tinha certeza que a marca de suas mãos ficaria no local. Eu chorava de soluçar e Justin não fazia nada a não ser me olhar com fúria.

– Tá... - tentei respirar - Machucando - chorei mais ainda e ele me apertava mais a cada palavra.

– VOCÊ É UMA IDIOTA! - ele me apertou mais ainda e eu gritei de dor, o mesmo me soltou e eu cai no chão toda dolorida.

– Eu sei disso - sussurrei pra mim mesma e o vi sair do meu quarto batendo o pé no chão, eu não consigo me mexer. Meu corpo dói e meu coração também só de lembrar-me dos olhos do Justin com aquele ar maldoso.

Isso é pior do que o Gregue me tocar e me espancar.

Comecei a soluçar novamente e tentar me levantar, mas era em vão.

– Tá tudo bem? - escutei a voz doce de Jazy, balancei a cabeça negativamente e ela se sentou na minha frente, passando a mão na minha bochecha molhada - Vai ficar tudo bem, você vai ver - ela disse e eu balancei a cabeça negativamente novamente, ela me abraçou e eu não consegui retribuir, meu corpo estava imóvel. Senti outro alguém me abraçar e era Jaxon. Olhei pra porta e Justin estava ali me olhando com raiva.

– Jazy - chamou ele.

– Sim - ela me soltou e o encarou.

– Leve Jaxon daqui e vá pra sala. - disse sério - E não volte aqui - abaixei a cabeça.

Ela saiu em silêncio, com Jaxon, e senti a mão de Justin pegar em meu braço e me levantar com brutalidade. Gritei de dor e tudo que eu conseguia fazer era chorar, ele puxou meu cabelo e me fez gritar de dor.

– Porque você está fazendo isso? - consegui falar e ele não disse nada só riu.

O mesmo me jogou no chão e quando ele iria me chutar pela segunda vez duas pessoas o seguraram, mas não foi o suficiente, pois ele avançou em cima de mim com mais fúria e me deu um tapa. Ryan o socou o fazendo cair no chão. Permaneci no chão só olhando a cena, eu só conseguia chorar. Chaz, Chris e Ryan me olhavam com pena e logo Caitlin apareceu.

– Ele fez isso tudo com você? - Chaz perguntou olhando para o corte no meu braço e eu balancei a cabeça negativamente.

Segurei no lençol e tentei me levantar, mas foi em vão, olhei pra Justin e ele ria vitorioso.

Esse não é o Justin que eu conheci, ou é?

[…]

Caitlin e Ryan tinham feitos curativos em mim e Chaz e Chris foram conversar com Justin depois de arrasta-lo do meu quarto. Jazy e Jaxon, bem, eu não os vi mais, talvez foram eles que avisaram aos meninos que Justin estava no meu quarto ou eles escutaram meus gritos. Eu permaneci o almoço no meu quarto, o relógio marca 15h41min. Estava sentada na poltrona roxa do lado da janela, olhando o mundo e o céu, até escutar alguém entrar no meu quarto, olhei pra ver quem era e Jazy estava ali, sorri de canto pra ela e a mesma fechou a porta cuidadosamente.

– Você pode me contar, se quiser, o que está acontecendo - disse ela arrastando o Puff pra minha frente e eu ri.

– Você é pequena, mas entende muito, não é? - ela assentiu. - Desculpe pequena, mas é um assunto delicado, que você não vai entender, até eu estou traumatizada - fechei os olhos e ela pegou na minha mão.

– Que tal nós comermos? Você não comeu nada o dia todo - abri os olhos e a fitei.

– Eu sei - suspirei - Estou sem fome.

– Come pelo Jaxon - ela disse e eu ri assentindo.

Levantei-me com certa dificuldade, com a ajuda dela e quando estávamos passando pelo corredor, Justin estava saindo do seu quarto. Abaixei a cabeça pra não encara-lo e por medo.

– Acho melhor não Jazy - parei a fazendo me encarar.

– Porque não? - perguntou fazendo biquinho.

– Preciso voltar pro quarto - suspirei e escutei a voz irritante gritar.

– VOCÊ VAI COMER! - Caitlin gritou e eu bufei.

Jazy me puxou e logo eu já estava na sala e Justin estava ali me encarando friamente.

– COMER! - Jaxon gritou e pegou na minha outra mão me levando pra cozinha onde Caitlin estava toda produzida.

– Nossa se arrumou como cozinheira pra fazer comida pra mim ou é uma fantasia... - Caitlin me cortou me repreendendo.

– Fantasia sua cara - ela disse e eu ri.

– O que você queimou pra eu comer? - perguntei sentando na mesa.

– Não queimei, porque não fui eu que fiz, Ryan comprou no Burger King - ri e ela colocou tudo na mesa.

[...]

Acabei de comer e voltei pro quarto, mesmo Caitlin e Jazy insistindo que eu fica-se na sala. Me deitei na cama e fechei os olhos e no mesmo instante os olhos frios de Justin e sua risada que me deu medo aparecerem na minha mente.

Aquele não é Justin que aparentava ser, vejo que aparências enganam, ele teve a capacidade de me machucar sem eu ter feito nada.

– CADÊ ELE? - ouvi alguém gritar, uma voz feminina.

– QUEM FOI O DESGRAÇADO QUE CHAMOU MINHA MÃE? - ouvi Justin gritar e eu ri.

– Vamos conversar mocinho - escutei a voz um pouco abafada disser.

[…]

– Meu secador sumiu - bufei e lembrei-me do meu reserva que está com Justin.

Acho que vou buscar, ele deve estar na sala eu estou ouvindo seus gritos. Sai do meu quarto de fininho e entrei no seu que estava todo bagunçado, roupas e boxer’s jogadas pra todo lado. Entrei no banheiro e abri a última gaveta e achei meu secador e o seu, liguei o dele e estava pegando.

– Vadio - murmurei pra mim mesma, abrindo a porta do quarto e dando de cara com ele.

– O que faz no meu quarto? - disse malicioso.

– Vim buscar meu secador - minha voz saiu falha e o medo me consumia.

– Preciso conversar com você - disse sério.

– Não preciso conversar com você - disse determinada o empurrando e saindo do seu quarto.

Quando estava chegando ao meu quarto Justin segurou na minha mão me fazendo virar e bater contra seu peito, seu olhar parecia me pedir desculpas. Justin me beijou e invadiu minha boca sem permissão, senti minhas costas se chorem com o colchão da minha cama e ele apertava delicadamente minha cintura, diferente de mais cedo, abri os olhos e olhei para o chão e lembrei-me do que ele me fez passar. Soquei seu peito tentando tira-lo de cima de mim, mesmo que eu quisesse aquele beijo mais do que nunca, mas ele foi capaz de fazer o que eu pensei que ele nunca seria capaz, eu estou machucada é pior do que o Gregue me matar. Finalmente ele me soltou e eu o empurrei de cima de mim. Olhei para o chão e ele olhou para o mesmo lugar que eu.

– Me desculpe por hoje, eu estava nervoso, não queria te machucar - Justin disse e eu o encarei.

– Você foi capaz de me machucar Justin, eu nunca pensei que você fosse fazer aquilo comigo, você parecia querer me matar e agora pede desculpas depois de me agarrar? - disse irritada - Justin você não sabe o quanto eu apanhei do assaltante ontem à noite - menti - e chego em casa e o garoto que é amigo do meu irmão me bate. - suspirei e ele abaixou a cabeça e se levantou do chão.

– Não significo nada pra você? - perguntou e eu engoli em seco.

– Não significa nada - disse séria e mentindo pra ele e até pra eu mesma, eu acho.

Ele saiu do quarto batendo a porta com força.

Levantei da cama e peguei meu celular, disquei o número do Harry e logo ele atendeu.

Ligação ON/

– Megzita! - disse animado.

– Hazza. - disse desanimada olhando pra janela.

– O que houve princesa? - perguntou agora com um tom preocupado.

– Você poderia vir aqui? - perguntei.

– Claro pequena, já estou indo - ele disse desligando e eu me deitei na cama agarrando o outro travesseiro e fechando os olhos.

Ligação OFF/

– Megan, o que houve? - escutei a voz dele e permaneci de olhos fechados por um tempo. Sentei-me na cama o encarando – O que houve Megan? – perguntou novamente e se aproximou de mim, ficando de joelhos no chão, me joguei em seus braços e comecei a chorar como uma desesperada.

– Obrigado por estar aqui - foi tudo que consegui disser.

– Eu vou estar aqui pra sempre princesa - ele me apertou em seus braços e eu escondi meu rosto em seu pescoço.

– Eu te amo Harry - disse em meio aos soluços.

– Também te amo Megan - disse e eu sorri em meios às lágrimas, o soltei e tentei limpar minhas lágrimas, ri um pouco e ele segurou na minha mão.

– Por que não me conta o motivo de estar chorando? - perguntou fazendo carinho com o polegar em minha mão.

– Eu não quero falar disso, eu só quero me sentir segura, só isso - o abracei novamente ele riu.

– Se você quer assim, o seu desejo é uma ordem princesa - disse brincando com as pontas dos meus cabelos enquanto me abraçava.

Soltei-me dele e nos levantamos, me joguei na cama e ele se jogou ao meu lado, o mesmo abraçou minha cintura e eu fiquei passando meu dedo indicador na sua bochecha. Aproximei o meu rosto do dele e dei um selinho longo nele. Nos separei e suspirei pesado fechando os olhos. Ele apertou mais minha cintura e me beijou pedindo passagem, cedi e começamos um beijo calmo e lento, aproveitando cada segundo do beijo.

[…]

– Megan, preciso ir. - disse ele me dando beijinhos no pescoço.

– Tudo bem, mas obrigado por estar comigo - sorri como agradecimento e o mesmo fez carinho na minha bochecha.

– Antes de tudo, você é minha melhor amiga - disse beijando minha bochecha.

– Digo o mesmo a você - rimos e saímos do meu quarto.

– Até segunda - disse se virando pra mim, já na porta do apartamento.

– Até segunda - sorri e me aproximei dele, segurando com as minhas duas mãos seu rosto, o beijei e pedi passagem, o mesmo cedeu e abraçou minha cintura, fiquei na ponta do pé pra conseguir aprofunda mais um pouco o beijo, o ar faltou e nos separamos.

– Boa noite - dissemos juntos e ele foi embora. Fechei a porta e olhei pra trás. Todos me olhavam assustados, menos Justin que estava concentrado na televisão.

Dei de ombros, e me sentei ao lado do Chris no sofá pequeno.

– Vamos brincar de Eu Nunca? - perguntou Ryan.

– Vamos. – responderam todos.

Justin foi pegar um copo para todos e colocou a garrafa de Vodca no meio. Cada um se ajeitou e formamos uma roda toda torta.

– Eu começo. – Ry disse e todos assentiram - Eu nunca... Hamm... Fui á uma casa de Striptease.

Chaz, Chris e Justin beberam. Do Jus e do Chaz eu já esperava, mas o Chris?

– E eu achando que o Chris era mais inocente. – Falei.

– Qualquer dia eu te mostro minha potencia baby. – Chris disse malicioso e eu bati nele.

– Respeito com minha irmã. – Chaz disse.

– Minha vez. – Justin disse sério, provavelmente com ciúmes. – Eu nunca transei com uma velha.

Ryan bebeu e começaram a rir.

– Que foi? Ela parecia ter vinte e cinco. – disse bravo.

– Vou fingir que acredito. – Chaz disse debochado.

– Agora sou eu. – Disse Cait. – Eu nunca fui estuprada. – Ela disse e todos para ela por causa da pergunta, meu sangue gelou no mesmo momento. – Eu estava sem criatividade. – Disse e bufou em seguida. Eu bebi, não queria esconder mais nada, eu não conseguia mais esconder tudo. Eu não iria contar por quem, quando ou onde. Eu só queria tirar esse peso enorme das minhas costas.