The Partner escrita por ItsCupcake


Capítulo 16
Fomos descobertos


Notas iniciais do capítulo

Mi amores, estou muito contente pela paciência de vocês. Sério, hoje estava fazendo meu trabalho e escrevendo a fic, a cada estrofe que copiava do trabalho, escrevia algumas coisas na fic e assim consegui montar o capítulo até agora.
Estou muito contente com os reviews de vocês, sério, adoro responder todos e vocês sabem muito bem como me fazer rir e escrever mais bobagens do que o normal.
Quero agradecer a Bih Ventura pela recomendação. Sério, já já o seu homem musculoso chega pelo correio. Acho que vou mandar um estilo Taylor Lautner ahahahahaha Ah e não me pergunte onde achei, você não vai querer saber, só aproveita pra brincar e depois se quiser pode mandar de volta se já estiver cansada ahahahahahah
Ok, ignorem meu momento traficante de homens.
Só quero deixar bem claro que esse capítulo vai deixar vocês malucas e muito mais desconfiadas. E eu só faço isso com vocês porque sou dumal... E porque lovu muito minhas leitoras.
Então, boa leitura *-*



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Madeline’s POV

Sabe aquele pressentimento de que tem alguém te seguindo? Estou com ele agora.

Minha mãe diz que nem sempre é bom confiar em pressentimentos. Até porque eles podem ser traiçoeiros, e traição é uma coisa que os agentes odeiam. Então minha mente podia estar me traindo. Mas mesmo assim dava umas olhadas para trás, certificando de que estava tudo bem. As pessoas andavam de um lado para o outro falando em seus telefones e algumas até andavam distraídas com celulares e tablets nas mãos.

— Opa. — Disse alguém assim que bati com tudo em seu peito.

— Desculpa. — Falei voltando a andar.

— Ei. — A pessoa puxou meu braço e então pude reconhecer quem era.

— Daniel. — Sorri e dei-lhe um beijo rápido, até porque estávamos no meio da rua.

— Quer dar um passeio?

— Estou indo...

— Eu sei, para o trabalho. Conversei com Armando e ele te liberou.

— Como...

— Se você não aceitar, vou ficar muito triste. — Disse ele fazendo bico.

— Tudo bem. — Falei sorrindo.

Fui o acompanhando pelas ruas enquanto conversávamos. Jason estava com o Corsa, pois hoje é segunda e ele ainda está tentando descobrir mais sobre a lista. Estava me sentindo desconfortável com o uniforme, minha nuca já estava úmida de tanto suor. O sol estava forte hoje.

— Está calor. — Disse.

— Hum, quer parar um pouco? — Perguntou.

— Esse uniforme está me fritando junto com o sol. — Resmunguei me abanando com as mãos.

— Vamos até a minha casa, estamos a uma rua de distancia. Posso pegar uma roupa da Lindsey para você. — Disse se referindo a sua irmã.

Sorri para ele e então deixei que pegasse em meu braço e me guiasse até sua casa. Chegamos lá e ele me levou até o quarto da sua irmã. Já tinha vindo aqui, da ultima vez que vim, também havia pego uma roupa da irmã dele.

— Entrar aqui me faz sentir falta da minha irmã. — Daniel disse olhando para os porta-retratos

— Ela é muito bonita. — Disse ao lado dele.

— Boniteza é um dom na minha família. — Ele piscou e eu ri. — Vou pegar uma roupa. Não vai querer tomar banho? Talvez te deixe mais refrescada.

Sorri travessa para ele e coloquei minhas mãos em seus ombros.

— Só se você vier.

— Tem certeza? — Perguntou colocando as mãos na minha cintura.

Certo, eu queria tentar mais uma vez. Não podia continuar nessa de só transar com o Jason, ele é o meu parceiro e nosso acordo era apenas a minha primeira vez, nada de ser outras vezes. Talvez se eu transar com o Daniel, isso mude.

— Sim, tenho certeza. — Falei com um sorriso maior que o meu rosto (como se isso fosse possível).

Avancei em direção ao seu rosto e lhe beijei. Comecei brincando com seus lábios, mordiscando-os. Então finalmente minha língua entrou em ação se encontrando com a dele. As mãos de Daniel foram me guiando até o banheiro e no meio do caminho levantei sua camiseta, partindo o beijo, e a joguei em um canto do quarto que acabou acertando o criado mudo fazendo um abajur cair no chão.

— Espero não ter quebrado. — Falei rindo.

— Não quebrou. — Assegurou ele beijando meu pescoço enquanto me levava até o banheiro.

Ele me sentou na pia e minhas pernas automaticamente se abriram, e ele veio de encontro ao meu corpo, então as cruzei em volta de sua cintura enquanto sentia seus beijos quentes me levando a loucura. Enquanto travávamos uma batalha dentro de nossas bocas, senti as mãos dele dentro da minha camisa do uniforme da Starbucks que eu não tirei. Parti o beijo ofegante e então fui desabotoando a camisa, Daniel começou a me ajudar e então em poucos segundos outra peça de roupa estava no chão.

— Adorei as rendas. — Disse ele se referindo ao meu sutiã.

Ri fraco e então o puxei pela nuca voltando a beijá-lo. Rapidamente as mãos dele subiram da minha cintura até o feixe do meu sutiã, deixei que ele o abrisse e então o ajudei a tirá-lo, passando as alças uma de cada vez pelos meus braços.

Daniel partiu o beijo e fitou meus seios. E me deixou muito excitada vê-lo morder os lábios de um jeito sexy.

Ele voltou a beijar meu pescoço e novamente voltou aos meus lábios. Suas mãos estavam em meus seios, as duas estavam acariciando-os me fazendo ofegar durante o beijo, às vezes até soltava um gemido baixo e ele sorria fazendo movimentos contínuos e mais rápidos.

Até que ele parou e eu fiquei confusa.

Jason's POV

Tudo bem. Barra limpa. Nada de milícias e ninguém estava por perto. Então entrei dentro do casarão velho.

Andei por toda a extensão daquele lugar, procurei em cada canto algo que fosse me ajudar, mas não achei nada. E por estar completamente vazio, significava que eles tinham mudado seu esconderijo. Está tudo bem, o mais importante eu já consegui, que era saber se Christina ainda continuava com o trabalho do pai, e sim ela continuava e pelo que eu pude perceber, ela não gosta disso e só está fazendo para pagar um divida que o seu pai deixou. Agora, eu preciso descobrir onde é o lugar em que eles fabricam os chips. Se eu achar esse lugar, a missão acaba aqui e o FBI vem recolher a mercadoria ilegal.

Então, se eu fosse um traficante onde seria meu local de fabricação?

Com certeza em um local afastado da cidade. Num lugar em que as pessoas passam e nem tem coragem de entrar, e às vezes nem percebe.

Claro, uma fabrica abandonada, ou algo do gênero.

Sai do casarão e corri para o Corsa dirigindo em direção ao apartamento. Quando cheguei liguei o notebook e entrei no Google Maps. Fiquei olhando cada canto dos arredores de Los Angeles, dei zoom em algumas rodovias e estradas até ver que não tinha nada. Achei algumas fábricas, mas todas estavam ainda funcionando, e nenhuma me pareceu ser exatamente um local para fabricar chips, já que a maioria eram fabricas de roupas, cervejas e celulose. Se bem que o Vale do Silício é próximo, mas duvido muito que a localização seja assim tão óbvia. Até que achei uma fábrica abandonada, mas também achei outra a três quilômetros. Bom, agora era só conferir em qual das duas seria o local de fabricação dos chips. Só que na primeira fábrica, percebi pelas informações que encontrei, que ela estava sendo demolida para construir outra melhor, então, sem chances de ser essa. A segunda, à três quilômetros da primeira fábrica, seria a possível escolha. E pesquisando melhor, vi que ela não ficava muito longe do casarão onde eu os vi. Tem que ser essa.

Tinha que falar com a Madeline, não podia ir sozinho. Ela teria que me ajudar, pois numa fabrica não terá só milícias, terá também muitos outros perigos e sozinho não consigo.

Sai do apartamento sorrindo por meu grande avanço. Dirigi até o Starbucks e entrei esperando ver a Madeline, mas nada dela.

— A Isabel não está trabalhando hoje? — Perguntei a mulher do caixa, que se não me engano se chama Samantha.

— Foi liberada hoje. — Disse ela entediada.

— Por quê?

— Será que dá pra liberar a fila, tem gente querendo pagar. — Falou ela e eu saí.

Um homem moreno, Armando, veio em minha direção.

— Hoje liberei ela, pois acho que merece distrair a cabeça um pouco depois de tudo que aconteceu naquele dia.

Ele acha que Madeline é uma garota comum, e que um assalto a abala como abalou a todos. Mas na verdade, o que a deixou mais abalada não foi o assalto, e sim o garoto que veio assaltar, ele sim a perturba. Mas acho que agora isso não a atinge mais, depois que a vi num armazém com o garoto desmaiado ao seu lado, soube que ela superou o trauma.

— Ela não foi para o apartamento. — Disse.

— É porque Daniel pediu para liberá-la hoje, então ele deve ter ido atrás dela. Bom, pensei que você soubesse.

— Não. E valeu, vou ver se consigo ir atrás deles.

— Aconteceu alguma coisa?

— Só um recado urgente da nossa mãe. — Inventei e sai correndo do Starbucks até o Corsa.

Ela com certeza está na casa do Daniel, e se não estiver... Bom, terei que procurar nos parques e em qualquer lugar, mas eu tinha que encontrá-la. Não podemos perder tempo, hoje mesmo precisamos ir até a essa fábrica, antes que escureça. Já faz um mês que estamos aqui, nossa missão não pode chegar a dois meses.

Estacionei em frente a casa e sai do carro. Toquei a campainha e nada de me atenderem. Desistir na segunda tentativa, até que ouvi algo caindo no chão. Tinha alguma pessoa na casa, ou algum animal. Um cachorro ou um gato não era, pois quando vim aqui Daniel não tinha nenhum animal de estimação. Então eles dois estavam lá. É claro que estavam.

Se não atendem a campainha, terei que entrar pela janela.

Andei ao redor da casa até encontrar uma janela com possibilidades para pular. Escalei a parede e então me apoiei jogando meu corpo todo no chão da casa. Estava num escritório. E quando ia abrir a porta para sair, vi algo que chamou minha atenção.

Voltei imediatamente e parei para fitar uns papéis em cima da mesa.

Era toda a ficha criminal do pai da Christina. E todo o histórico escolar dela também. Estavam separados e havia uma pasta aberta. O computador estava ligado, então comecei a procurar nos arquivos algo que fosse suspeito. Nada. Mas achei algo no histórico. Uma foto da Madeline usando uma beca vermelha apareceu na tela.

Madeline Marie Cabblen McPherson, nossa formando que foi para Harvard.

Era o que dizia na legenda do site da escola.

Então abri outra guia com o site da minha escola e como suspeitava, lá estava a minha foto de formando.

Jason Drew McCann, capitão do time de basquete tem grandes planos para o futuro, seu destino foi Harvard.

Essa era a discrição da legenda da minha foto.

Rapidamente fechei o navegador e procurei mais algumas coisas naquele escritório. Daniel sabe quem nos somos, talvez soubesse desde o começo. Mas por que não fez nada? Será mesmo que ele quer se aproximar da Madeline com boas intenções? Claro que não, se ele ainda não chegou nela falando que sabia de tudo, com certeza tem algum plano quanto a isso e não vou deixar que machuque ela.

Madeline.

Assim que me toquei do real motivo por estar ali, parei de mexer nos livros e sai do escritório rapidamente e subi as escadas em direção aos quartos. Pela porta entreaberta do quarto do Daniel, pude ver um abajur no chão, entrei de fininho e então ouvi barulhos vindos do banheiro, suíte. Abri a porta e vi Madeline sentada na pia com as pernas ao redor de Daniel que estava em pé com as mãos nos seios dela totalmente expostos.

Ele foi o primeiro a perceber minha presença.

Jason? — Disse surpreso.

Madeline desceu da pia rapidamente, achou seu sutiã e o vestiu rapidamente.

— O que faz aqui? — Perguntou irritada.

— Toquei a campainha e ninguém me atendeu, ouvi um barulho e entrei pela janela. — Disse normalmente. — Desculpe ter interrompido.

Minha vontade era de matar aquele garoto, mas eu não podia chegar falando tudo que descobri assim na hora. Estava com a cabeça quente e sabia que ia me arrepender disso. Tinha que conversar com a Madeline a sós e com calma.

— O que você quer? — Perguntou ela sem paciência enquanto abotoava a camisa do seu uniforme.

— Nossa mãe ligou e disse que queria conversar com nós dois. Isso é urgente. — Falei.

— Tudo bem. — Disse se acalmando. — Mas se não for a mamãe, eu te mato.

Ela saiu do banheiro dando-me um empurrão quando passou por mim. Daniel ficou me fitando e eu murmurei desculpas tentando fazer uma cara de culpado, sendo que o que eu queria era poder socar a cara dele a qualquer momento. Segui a Madeline que havia pegado sua bolsa e já estava indo em direção a porta com raiva, então parou e voltou para beijar o Daniel que estava nos seguindo. Fiquei esperando eles terminarem, o que demorou muito já que a Madeline fez questão de aprofundar o beijo. Sabia que ela estava fazendo isso para provocar, pois eu tinha atrapalhado o momento dela.

Me pergunto quantas vezes ela já transou com o Daniel depois que perdeu a virgindade comigo. Duas? Três? Dez?

— Até outro dia. E desculpe por não poder aproveitar o meu dia de folga com você. Mas obrigada por implorar ao Armando para que me liberasse. Você é demais.

— De nada.

Saí dali para não ter mais que ouvir a voz daquele garoto. Ele conseguia ser um ator melhor do que eu e com certeza sabe que essa minha desculpa de "mãe ligando" não passa de um disfarce. Será que ele também sabe sobre as Mil Famílias do FBI?

— Olha, só não fico nervosa com você, porque é alguma coisa sobre a missão. E se não for, eu te mato. E você sabe que eu já tenho várias opções de como fazer isso. — Madeline disse ao entrar no Corsa.

— Descobri duas coisas. — Disse enquanto dirigia.

— Me conte a primeira.

— A primeira é que eles não se reúnem mais no casarão abandonado. Mudaram o local. Mas não precisamos mais segui-los, agora é só achar o local onde os chips são fabricados. Andei pesquisando e encontrei um lugar suspeito.

— É por isso que veio me buscar?

— No começo era. Queria levar você lá hoje. Mas agora vamos para o apartamento. Temos que planejar com cuidado, pois descobri outra coisa.

— E qual é a segunda coisa? — Perguntou desviando seu olhar da janela.

— Te conto assim que chegarmos no apartamento.

N. 3ª Pessoa

A gravação estava sendo repetida pela quarta vez. O garoto não se cansava de ver. E pensava: Nossa! Ela é muito gostosa.

No vídeo, Madeline estava no banco de trás do carro tirando seu uniforme de trabalho e vestindo uma blusinha solta e um shorts jeans. A resolução não era muito boa por estar com bastante zoom, mas era possível ver o corpo da garota, até alguns detalhes chamativos do seu uniforme da Starbucks.

— O que você está vendo? — Perguntou Charlie se aproximando e se sentando no sofá.

— Um gravação que consegui da nossa garota.

— Nossa, que corpo ela tem. — Charlie disse tirando a câmera da mão do garoto ao seu lado e tendo uma visão do vídeo só para ele. — Ela não me parece estranha.

— Por que é ela que vamos sequestrar. — Disse o garoto como se fosse óbvio.

— Certo, mas não é isso — Charlie disse tendo um momento nostálgico. — já a vi antes, tenho certeza. Talvez tenha passado por mim na rua, mas sinto que foi mais do que isso.

— Você não é o que estupra garotas? Então, talvez tenha estuprado essa. — O garoto riu da própria piada. É claro que Charlie jamais conseguiria estuprar uma garota como Madeline McPherson, até porque era muito burro e jamais conseguiria vencer a filha do casal mais poderoso do FBI.

— Talvez. — Concordou Charlie não entendendo a piada. Ele ainda não sabia com quais pessoas estava mexendo, só sabia que ajudaria no sequestro de uma garota que estava trazendo problemas a sua mulher que o salvou.

A porta do quarto foi aberta, e a mulher entrou trazendo uma bandeja cheia de petiscos do hotel.

— Você deve estar fraco, por isso lhe trouxe isso. — Disse entregando a bandeja à Charlie.

Ele sorriu e olhando-a de cima a baixo se lembrou da melhor transa da vida dele. Se lembrou que ficaram a noite inteira acordados, repetindo cada vez mais quando a vontade voltava e o desejo parecia insaciável. Nunca pensou encontrar uma mulher tão boa de cama como aquela.

— Já viu o vídeo que o seu parceiro conseguiu? — Disse Charlie estendendo a câmera.

A mulher a pegou com cuidado e assistiu o vídeo em silencio.

— Isso por acaso serve para você se satisfazer sozinho? — Zombou ela e Charlie riu enquanto pegava uma torrada e passava geleia.

— Claro, pois ela tem muitas coisas que você não tem. — Disse o garoto se levantando da cama e tomando o celular da mão dela.

— O quê, por exemplo? — Ela o desafiou.

— Bondade e beleza natural. Ela não enche a cara com maquiagem para parecer mais atraente... Ou mais nova.

Isso deixou a mulher nervosa e quando estava prestes a dizer uma ofensa, o garoto simplesmente seguiu até a porta e a fechou assim que saiu.

— Ignore. Ele está com crise por falta de sexo. — Charlie disse de boca cheia. — Você é a mulher mais perfeita desse mundo.

Ela sorriu para ele e se sentou ao seu lado, ajudando-o com os petiscos.

Madeline's POV

Chegamos ao apartamento e primeiro fui até o quarto tirar aquele uniforme que estava me matando de calor.

Não sei se sinto raiva do Jason por ter me interrompido ou orgulho por ele ter descoberto algo muito importante sobre a missão. Eu estava conseguindo, justo no momento que estava conseguindo ir em frente com o Daniel, Jason chega e estraga tudo. Ok, só não fiquei nervosa porque eu sabia que ele não ia invadir a casa do Daniel só para me impedir. Se bem que fizemos uma promessa e eu prometi não transar com o Daniel. Mas o Jason também deve ter dado um “escorregão” com a vizinha, e o pior de tudo é que eu não vou ter como saber porque ele a essa altura já apagou sua memória novamente.

Sai do quarto com uma regata branca e um shorts jeans claro. Senti o vento bater nas minhas pernas e nos meus braços desnudos e fechei os olhos aproveitando aquela sensação refrescante que vinha da janela da sala.

— Vou te contar a segunda coisa que descobri. — Jason disse e abri os olhos o vendo na minha frente sério. — Mas você tem que prometer que não vai me contrariar.

— E por que eu te contrariaria?

— Só prometa.

— Tá. — Bufei revirando os olhos. — Eu prometo não te contrariar.

— Certo, vamos sentar no sofá. — Disse já seguindo em direção ao mesmo. Me sentei seu lado e o encarei. — É sobre o Daniel.

— Olha, se você for falar da promessa que eu fiz e que...

— Não é isso. — Interrompeu-me. — Quando entrei pela janela da casa dele, acabei num escritório que fica no corredor de baixo depois da cozinha. Achei o histórico escolar da Christina e a ficha criminal do pai dela.

— Bom, talvez ele a Christina estão juntos no trafico. — Disse.

Jason ficou calado durante algum tempo pensando no que eu falei. Então novamente se virou para me olhar.

— Encontrei mais outra coisa. — Ele esperou ver a minha reação, mas eu apenas o esperei continuar. — O computador estava ligado, e no histórico vi que ele acessou dois sites.

— Pornográficos? — Adivinhei rindo.

— É sério Madeline. — Jason disse puxando o meu braço que eu usei para tapar minha boca durante o riso. E ele puxou com força. — Quem dera fosse sites pornográficos. Mas na verdade, era os sites das escolas em que estudamos. E estava exatamente na página de nossas fotos como formandos.

— O quê? — Perguntei surpresa e agora sim prestando mais atenção no que o Jason estava falando.

— Ele sabe que não nos chamamos Michael e Isabel Johnson. Sabe que não somos irmãos. Em cada foto tinha uma legenda com os nossos nomes completos.

— E se ele sabe...

— Sim, Christina talvez saiba também. Isso quer dizer que estamos em grande perigo.

Ainda estava tentando engolir tudo que o Jason disse. Pensei que nossa lenda estava dando certo. Pensei que Daniel acreditava mesmo que meu nome era Isabel, até me deu um apelido. Mas Christina é uma traficante e mesmo assim não parece, e se eu não soubesse da verdade nem desconfiaria.

— Mas como eles...

— Não sei, mas não tenho um pressentimento muito bom sobre isso.

— Acha que eles podem ter alguma ligação com a CIA?

— Com a CIA? Não, jamais. Isso seria loucura, eles são traficantes. Mesmo a CIA sendo cheia de erros (bandidos), não acho que eles fossem aceitar traficantes de chips fora da lei.

Fiquei um tempo olhando para as minhas pernas. Mal sabia o que pensar. A qualquer momento Daniel poderia perceber que o Jason deve ter mexido no histórico do seu computador e deve estar por ai recrutando homens armados para vir nos pegar. Ou até mesmo falado para a Christine e os dois estariam planejando nos matar nesse exato momento.

Meu “namorado” talvez esteja querendo me matar e só agora descobri isso. Pode soar estranho, mas eu já esperava passar por situações assim, meus pais já passaram por muitas dessas e o conselho que recebi foi:

— Pense antes de agir nesses momentos. Pois você está prestes a cair da corda bamba e tem que fazer de tudo para voltar ao equilíbrio. — Lembrei-me das palavras da minha mãe.

Foquei em algum ponto do chão e então movi desconfortavelmente no sofá e ergui meu rosto para olhar nos olhos do Jason.

— O que vamos fazer agora? — Perguntei.


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Notas finais do capítulo

Me enlouqueçam com reviews :9