Pov Liam.

A viagem foi um pouco longa, Candice dormia tranquilamente em meu ombro, enquanto minha mão ainda estava entrelaçada na sua. Alguém anunciou que nós aviamos finalmente chegado em Michigan, agradeci mentalmente por isso. Sacudi delicadamente Candice que acordou sem vontade.

Pegamos algumas bagagens de mão que estavam com agente no avião, e finalmente saímos dali, indo para o aeroporto. Pegamos nossas malas, e logo depois saímos dali, pegando um dos taxis que ficavam na entrada do aeroporto. Candice deu o endereço para o taxista, e assim ele prosseguiu. Eu olhava tudo atentamente do lado de fora, nunca havia vindo aqui antes e parecia ser uma cidade tranquila, estávamos em Grand Rapids.

- É aqui – o taxista anunciou nossa chegada, e logo saímos do carro, nos deparando com uma casa grande e decorada com enfeites natalinos. Alias, toda a cidade estava enfeitada.

Assim que pegamos nossas malas, pagamos o taxista que foi embora, e ficamos alguns segundos encarando a casa.

- Vamos logo Liam – Candice quebrou o silêncio e tentou pegar mais uma mala.

- Nem pensar, deixa que eu carrego – digo e seguro as duas malas, uma em cada mão. Chegamos até a porta e Candice aperta a campainha. Não demorou muito para eu escutar passos, e logo a porta se abrir, na qual uma mulher que aparentava ter mais de 40 anos abriu a porta e sorriu para Candice.

- Oi mãe – Candice disse e a abraçou na mesma hora.

- Olá querida, senti sua falta – ela sussurra para Candice, logo depois elas se separam – Meu Deus, olhe só para esta barriga, está enorme – ela diz acariciando a barriga de Candice.

- E não para de mexer – Candice diz sorridente, mais logo se vira para mim – Bom mãe, esse é o Liam.

- Então esse é o famoso Liam... prazer, sou Raquel – ela estendi a mão, e eu coloco desajeitadamente uma mala no chão para apertar sua mão, e assim que a toco ela arregala os olhos – Poxa, está tão frio assim aqui fora? Me desculpem, podem entrar...

Tendo prender o riso enquanto Candice me olha sorrindo de lado. Entramos na casa que era muito confortável.

- Sinta-se a vontade querido – ela diz para mim e eu sorrio de lado, assentindo com a cabeça – HARRY, VENHA AQUI POR FAVOR!

- Ah mãe, agora não! Estou quase encerrando a última fase do jogo... – uma voz masculina e rouca surgiu do longe, no andar de cima, lógico.

- NADA DISSO, VENHA ATÉ AQUI AGORA CUMPRIMENTAR SUA IRMÃ!

Como é que é? Irmã?

- Espera ai, você tem um irmão? – pergunto sussurrando para Candice e ela me olha surpresa.

- Sim, você não sabia? – ela pergunta e eu franzo o cenho.

- Você nunca me contou que tinha... – eu disse e logo um garoto desceu a escada de mal humor, ele tinha o cabelo diferente, com alguns cachos, e meio bagunçado, não sei explicar o cabelo dele. Ele também tinha os olhos verdes, e algumas tatuagens no corpo.

- Harry! – Candice disse e abriu os braços, nisso o irmão veio e a abraçou.

- Senti sua falta pirralha. E essa barriga aqui? – ela diz e põe a mão sobre a barriga de Candice que sorri.

- Ainda não sabemos o sexo – diz Candice e ele assenti ainda com um sorriso – Quem deixou você fazer tantas tatuagens?

- Qual é Candice, eu não sou mais criança – ele diz e coloca a mão sobre a cabeça de Candice, bagunçando seus cabelos e ela reclama. Logo que ele percebe minha presença se aproxima – Você deve ser o Liam, certo?

- Eu mesmo, e você o Harry...

- Eu mesmo – ele diz e sorri, estendo o braço para apertar sua mão, e ele bate na minha mão com muita força, como se fosse um “Hi 5” – Bem vinda a família bonitão, mais vou logo avisando que se você magoar minha irmã, a coisa vai ficar séria entre agente.

- Pode deixar – digo sorrindo e ele da uma piscadela.

- Cadê o papai? – Candice pergunta.

- Seu pai foi fazer algumas compras... Harry, leve a mala deles lá para o quatro de hospedes por favor – ela diz e Harry revira os olhos, pegando uma mala.

- Eu te ajudo, as malas estão pesadas – digo e pego a outra mala, seguindo-o subindo as escadas.

- É aqui que vocês vão ficar, está bom pra vocês? – ele pergunta e eu olho ao redor. O quarto era bonito e confortável, havia uma cama de casal e logo em cima, um espelho no teto, franzi o cenho.

- O quarto é ótimo mais... Pra que aquele espelho ali? – perguntei apontando para cima e Harry balança a cabeça negativamente.

- Minha mãe as vezes surta com essa parada de mobilhar a casa, ela acha que tem estilo – Harry diz e revira os olhos, eu sorrio – espero que não se importe com isso...

- Não, fique tranquilo – sorrio para ele que apenas retribui.

- Anda, vamos descer antes que minha mãe venha aqui e nos puxe pela orelha – ele diz e eu assinto com a cabeça.

Assim que descemos as escadas, fomos direto para sala, encontrando Candice, Raquel e mais um senhor de cabelos grisalhos que estava passando a mão na barriga dela.

- Ah querido, ele que é o Liam – Raquel diz assim que nós aparecemos na sala. Engulo a seco, quando o senhor me encara com um olhar sério, e logo depois encara Candice, que faz um olhar reprovador para o mesmo.

- É um prazer te conhecer senhor...

- Marcos – ele completa, e aperta a mão que eu havia estendido, ainda meio hesitante.

- Estava muito ansioso para conhece-los – digo me referindo aos dois, e a Raquel sorri docemente, enquanto Marcos tenta dar um sorriso, que saiu mais como uma careta.

- Eu vou preparar o jantar, Candice pode me ajudar? – Raquel pergunta e Candice assenti com a cabeça, assim que se levanta sorri para mim e eu apenas retribuo. O clima tinha ficado meio tenso, até Harry finalmente quebra-lo.

- Hãn, Liam, gosta de vídeo game? – ele pergunta e eu o encaro sorridente.

- Claro – respondo e ele passa seu braço pelo meu ombro.

- Então vamos jogar, só não vale chorar se perder – ele diz e eu assenti com a cabeça, enquanto finalmente saímos dali e fomos para o quarto de Harry.

- Tá legal, isso não vale! – Harry reclamou já que era o décimo gol que eu fazia em menos de 10 minutos.

- Aceite perder Styles – digo enquanto me concentrava para tentar fazer mais um gol.

- Como você consegue ter tanta habilidade assim? Você consegue fazer vários passes de uma vez! – ele diz indignado enquanto eu apenas ria, e logo fiz mais um gol.

- Desisto! Podemos jogar outro jogo sem envolver futebol? – ele pergunta fazendo beicinho e eu reviro os olhos.

- Claro que podemos, só não vale chorar se perder – repito a mesma coisa que ele me disse e ele bufou.

- Meninos, o jantar está pronto, venham – Raquel aparece da porta e nos chama.

- Deixa pra outra hora – Harry diz e eu assinto, assim nos levantamos e fomos para a sala, na qual todos já estavam sentados na mesa.

Me sentei ao lado de Candice, Harry se sentou de frente para mim e ao lado esquerdo dele Raquel. Marcos havia se sentado na ponta da mesa e nos encarava fixamente. Essa cara me dava medo, sério.

- Não seja tímido, pode se servir – Raquel disse e eu sorri, logo depois Harry e Candice começaram meio que uma briga para ver quem comia mais, já que ambos pareciam estar com uma fome pré histórica. Servi apenas um pouco de comida para mim, enquanto tudo estava silêncioso, mais não por muito tempo.

- E então Liam, o que você faz da vida? – Marcos pergunta e eu o encaro surpreso.

- Bom... eu faço faculdade de direito junto com Candice – minto, mais o que eu poderia dizer? Que não fazia nada? O que ele pensaria de mim? Que sou um vagabundo que engravidou sua filha.

- E você ama realmente minha filha?

- Papai! – Candice o repreendi e ele suspira.

- Isso é uma coisa que eu preciso saber – ele diz e volta a me encarar.

- Sim, eu amo sua filha mais do que tudo no mundo, e não me arrependo nenhum pouco de estar constituindo uma família ao lado dela – digo e a encaro, enquanto a mesma sorri para mim.

- Como? Não sei se você sabe mais minha filha tem apenas 19 anos, tem muito o que viver, eu apenas a deixei morar sozinha pois tinha total confiança na responsabilidade dela, e que lá ela se dedicaria aos estudos, e não a um moleque que a engravidou em apenas alguns meses de namoro – ele diz e eu arregalo os olhos, assustado com suas palavras.

- Marcos, já chega! – Raquel altera a voz e ele encara sua esposa. Candice o encarava tão chocada quanto eu, Harry agora havia parado de comer e apenas ficava calado, presenciando a cena sem nenhuma expressão.

- Desculpe senhor, mais se tem uma coisa que eu não sou, é um moleque! Se eu fosse um, eu jamais estaria aqui tendo o prazer de conhece-los e assumir esse filho que está para nascer, então o senhor não pode me julgar dessa forma, pois não me conhece, muito menos sabe sobre nós! – digo perdendo a paciência, e Candice põe a mão sobre minha coxa, apertando a mesma, em sinal para eu me acalmar.

- Escuta aqui pai, eu vim para cá com a condição de que você aceitasse Liam e minha gravidez sem nenhum julgamento precipitado! Não admito que fale dessa forma dele, pois ele é um homem maravilhoso, tudo que eu sempre precisei! Agora se o senhor não admite isso, nós pegaremos nossas coisas agora mesmo e sairemos daqui – Candice diz e o silêncio reinou. Harry agora mordia o lábio inferior de nervoso, enquanto Raquel encarava Marcos com um olhar assassino, já eu e Candice o encarava pedindo por uma resposta. Ele suspirou, e encarou cada um que estava presente ali, mais seu olhar se pairou sobre nós mais uma vez.

- Tá legal, me desculpem. Eu só não consegui digerir essa história ainda da minha filhinha, um garotinha tão ingênua, estar gravida. Eu só preciso de mais um tempo pra por isso em minha mente, é muito complicado – ele nos encarou novamente – Me desculpe, eu não deveria ter te chamado de moleque, você realmente não é, quis assumir essa criança com o maior orgulho. E Candice, eu tenho que aceitar o fato de que você cresceu, não é mais a minha garotinha.

- Pai, eu sempre vou ser a sua garotinha – ela diz e sorri, enquanto ele apenas retribui o sorriso.

- Não vão embora, por favor. Perdoe se eu perdi a cabeça, não quero que a longa viajem que vocês fizeram para nos ver seja em vão – ela diz e nós assentimos, continuando o nosso jantar.

Não poderia dizer que o jantar continuou de uma forma totalmente tranquila, o clima ainda tinha ficado um pouco tenso, embora Harry não calasse a boca e ficasse puxando assunto.

Harry lopez Styles.

Ele era um cara super maneiro. Eu mal o conhecia, e era como se nós fossemos irmãos ou melhores amigos. Depois do jantar ficamos jogando vídeo game, as vezes eu o deixava ganhar, para não deixa-lo tão chateado e indignado.

Agora  eu estava deitado no sofá que havia no quarto dele de frente para TV que estávamos jogando vídeo game, enquanto Harry estava jogado em cima de mim, de olhos fechados, por um momento achei que ele tivesse dormindo.

- Harry? – o chamo.

- Hm? – ele sussurra.

- Acha mesmo que seu pai vai algum dia gostar de mim? – pergunto e ele suspira.

- Meu pai é complicado, mais não esquenta com ele, um dia ele vai se tocar que Candice não é mais criança – ele diz e se acomoda mais em meu colo.

- Eu realmente espero que sim – digo e levo minha mão até seu estranho cabelo, acariciando o mesmo – tá legal, isso tá bem gay.

- Não importa, eu estou com sono – ele sussurra e eu franzo o cenho.

- Sua cama é bem ali – digo apontando e ele da de ombros.

- Mais você tem cheiro de hortelã, minha cama não – ele diz e cheiro meu ombro, estranhando o comentário. Dou de ombros e continuo passando a mão em seu cabelo, quando Candice aparece na porta, dando um sorriso.

- Tá legal Harry, agora preciso ir – sussurro no ouvido dele, porém ele nem escuta, já estava dormindo. Saio delicadamente, deixando- o deitado no sofá.

- Vejo que vocês se deram realmente bem – Candice diz e eu assinto com a cabeça.

- Ele é um cara legal – digo e ela sorri.

- Vamos dormir? – ela pergunta.

- Vamos.

Fomos para nosso quarto e nos jogamos na cama, ela parecia estar exausta.

- Amor, eu farei o ultrassom amanhã – ela diz sorridente e eu a encaro confusa.

- Sério? – pergunto e ela assenti.

- Sim, eu falei com minha mãe e como todos nós estamos ansiosos para saber o sexo do bebê, não vejo porque não acabar logo com essa curiosidade.

- Tudo bem, amanhã nós iremos lá ok? – digo dando um selinho nela.

- Tomara que seja uma menina, para eu dar o nome de Sophia, sempre sonhei com isso.

- Tomara que seja um menino, pois acho que Jeremy é um nome legal – digo e ela me encara franzindo o cenho.

- Enfim, isso não importa, só sei que de qualquer forma eu estarei feliz – ela diz e eu sorrio.

- Com certeza – eu digo.

- Eu te amo – ela sussurra.

- Eu também te amo – e assim, passei meu braço por sua cintura, a puxando mais para mim. Não demorou muito para ela dormir angelicalmente.