Pov Victoria.

Desde quando eu queria jogar limpo? Queria que eu apenas ligasse para Candice e marcasse um encontro de amiguinha com ela? Que era melhor nós irmos no shopping fazer umas comprinhas e no caminho conversámos civilizadamente? Corta essa! Jogar sujo é o meu lema, era só assim que eu consego tudo o que eu quero, por mais que Liam sempre tenha odiado isso em mim.

Eu estava em uma cafeteria qualquer, tomando um expresso bem forte, para tentar pensar em alguma coisa, talvez um novo plano. Meus pensamentos são interrompidos quando ouço o barulho da porta se abrir, e uma menina encapuzada entrar se encolhendo em seu casaco, devido ao frio que dominava Londres aquela manhã. Assim que ela tirou seu capuz, pude reconhece-la. Era a amiguinha de Candice, pois eu já vi as duas perambulando por aí várias vezes. A menina sentou-se em uma das cadeiras que tinham perto do balcão, e colocou sua bolsa no mesmo, tirando antes o seu celular.

Na hora uma ideia se passou por minha mente, fazendo com que um sorriso malicioso saísse de minha boca. Ela era a isca perfeita! Me levantei rapidamente da mesa em que eu estava e caminhei em sua direção, me sentando ao seu lado no balcão.

- Belo aparelho – eu disse me referindo ao iphone que estava em sua mão. Ela olhou um pouco surpresa para mim, mais deu um sorriso fraco.

- Ah, obrigada... – ela disse simpática e logo voltou a atenção para o mesmo. Na mesma hora alguém veio atende-la – Hãn, eu quero um café expresso por favor...

- Eu quero o mesmo que o dela – pedi para a atendente e ela franziu o cenho.

- Achei que tivesse acabado de servir um para a senhora – ela respondeu confusa e eu sorri docemente, antes que eu mandasse ela calar a boca e fazer o que eu estava pedindo.

- Eu sou viciada em café, por isso quero outro... – menti, e ela assentiu ainda desentendida.

- Wow, tomar dois cafés expressos... Você gosta mesmo de café forte – a amiga de Candice a qual eu não recordava o nome disse.

- Só assim começo o meu dia bem – respondi e ela sorriu assentindo.

- Queria nunca mais sair daqui, lá fora está um gelo – ela disse e eu ri – A propósito, sou Caroline Bennett, e você é...?

- Sou Victoria Hudson – apertei sua mão. Assim que nossos cafés chegaram, Caroline jogou seu iphone na bolsa, o que me chamou a atenção. A mesma pegou uma revista que se encontrava no balcão e começou a ler distraidamente enquanto tomava seu café.

- Nossa, estou atrasada! Tenho que ir, foi bom te conhecer – menti, me aproximando da garota e dando-lhe um abraço ( falso, claro) que a pegou de surpresa, e assim aproveitei para enfiar minha mão em sua bolsa sem que ela visse, e peguei seu iphone, colocando o mesmo no bolso do meu sobretudo preto.

- hãn... foi bom te conhecer também – ela disse ainda surpresa/assustada com minha atitude, afinal, ninguém que troca algumas palavrinhas assim, se abraçam depois como se tivessem anos de amizade. Mais aquilo foi realmente necessário.

Sai rapidamente da cafeteria, com um sorriso largo no rosto. Caminhei até o big ben, e lembrei que havia um estúdio abandonada próximo a ele, que seria simplesmente perfeito. Procurei o nome d Candice na lista de contatos, e assim que achei, liguei para ela, tentando conter a ansiedade que crescia cada vez mais dentro de mim.

- Fala maluca, o que que tá pegando? – ela atendeu o celular.

- Agora sim você vai ter todos os motivos do mundo pra me chamar de maluca – eu disse com um tom ameaçador, que com certeza a fez temer.

- O que você quer? Onde está Caroline? – ela perguntou entrando em desespero.

- Simples, digamos que sua amiguinha está aqui comigo agora, e que eu quero apenas fazer uma brincadeirinha com ela... – menti.

- Deixa ela paz! – ela alterou a voz, o que me fez gargalhar.

- Claro que eu posso deixar, mais pra isso você terá que fazer uma coisinha antes... – dei uma pequena pausa, só para deixa-la ainda mais tensa – há um estúdio abandonado próximo ao big ben, estou te esperando aqui a tarde. E venha sozinha, não conte nada ao Liam, ou senão sua melhor amiga irá virar uma ótima refeição, entendeu? – ela ficou em silêncio por alguns segundos.

- Entendi – ela respondeu com a voz falha, o que me fez sorrir vitoriosa.

- Ótimo, não se atrase – eu disse por fim, encerrando a ligação.

Foi muito mais fácil do que imaginei. Agora a idiota vai ter o que merece, vai aprender a não se meter mais comigo, nem com o que me pertence!

[...]

Eu estava no estúdio escuro, com algumas janelas que clareavam mais o local. Estava mais ansiosa do que antes, estava na hora da Candice vir ao meu encontro.

Mais alguns minutos se passaram, e eu pude ouvir alguém se aproximando, era ela. Andou lentamente em minha direção, com o medo estampado em seu rosto, me trazendo mais prazer ainda, de acabar com ela.

- Até que você foi pontual – eu disse sorrindo e ela engoliu a seco.

- Eu já estou aqui, pode liberar Caroline – ela disse e eu dei de ombros.

- Não achei justo faze-la passar por essa situação, ela até que é uma boa menina, então só peguei o iphone dela, que aproposito é muito bonito – eu falei mostrando o iphone em minhas mãos e Candice ficou de boca aberta.

- Então tudo isso foi uma armadilha? – ela alterou a voz e eu revirei os olhos.

- dã! – fiz como se fosse óbvio e sua cara de indignação só aumentou.

- Quer saber de uma coisa? Se quiser me matar, então mata! Mais isso nunca irá fazer Liam gostar de você, só vai revoltar mais ainda ele...

- Bom, mais pelo menos é um começo, já que a culpada disso tudo é você!

- Minha culpa? Já cansei de dizer que quem abandonou ele foi você... eu entrando ou não na vida dele, ele sentiria ódio de você da mesma forma.

- Mais eu havia recuperado ele de novo, mais então você tinha que entrar em cena mais uma vez...

- A magia pode ter até apagado a memoria dele, mais não os sentimentos...

- Tanto faz, eu te dei uma chance de sumir de vez das nossas vidas, mais você simplesmente ignorou – me aproximei rapidamente dela, fazendo com que ela se assustasse – agora vão vir as consequências – e com isso eu a empurrei, fazendo com que a mesma batesse na outra parede e caísse no chão. Me aproximei e chutei sua barriga, fazendo com que ela gemesse de dor e cuspisse um pouco de sangue no chão.

- Não teria graça acabar de vez com você, sem antes tortura-la e faze-la clamar para que eu pare – eu disse enquanto ela tentava se sentar.

- Eu jamais vou clamar, sua vadia! – dizendo assim ela se levantou rapidamente e espirrou algo em meus olhos, que me fez ter a sensação de como se eles estivessem queimando, urrei de dor, mais rapidamente me virei e pude vê-la correndo para fora, mais como sou muito mais rápida, parei em sua frente.

- Não deveria ter feito isso – eu falei, logo dando um soco em seu rosto, fazendo com que ela caísse no chão. A puxei pelo braço, fazendo com que ela se levantasse, e assim que senti o cheiro de seu sangue, perdi completamente o controle – vou sugar seu sangue até não sobrar nem um pingo – sussurrei ao seu ouvido, e quando ia encravar meus dentes em seu pescoço, algo me empurrou para longe, até eu bater na parede e fazer uma rachadura na mesma. Minha visão ficou um pouco embaçada, mais eu poderia reconhecer aquela pessoa andando em minha direção, até mesmo de olhos fechados. Era ele, Liam James Payne.

                 Mas como eles nos encontrou aqui?