Me apaixonei por um vampiro. escrita por Cella


Capítulo 2
I'm your hero.


Notas iniciais do capítulo

EAÊ ! Mais um capitulo *-* boa leitura ai.



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Pov Liam.

Afinal, o que estava acontecendo comigo? Tentei me concentrar ao máximo para não olha-la, mais era algo praticamente impossível. Eu podia ouvir sua voz, sua risada, eu conseguia sentir quando ela estava olhando para mim, quando eu me virava para frente para dar um gole na minha bebida e principalmente, eu podia sentir o seu cheiro. Eu estava tão concentrado observando cada detalhe dela, que não percebi que uma das garotas de seu grupinho estava ao meu lado, pedindo uma bebida.

- Olá – ela disse me tirando do transe.

- Oi – sorri fraco.

- Meu nome... é Giselle, e o seu? – ela perguntou, eu podia sentir um pouco de malicia na sua tonalidade de voz.

- Liam – respondi, desviando meu olhar novamente para Candice, que nos encarava.

- Prazer Liam – ela sorriu estendendo a mão. Para não deixa-la no vácuo, apertei sua mão.

- Nossa, sua pele... é muito gelada – ela arregalo tanto os olhos, que por um momento tive vontade rir.

- Londres é frio – disse dando mais uma golada na minha cerveja.

- Se você quiser, eu posso acabar com esse frio rápido – ela deu um sorriso malicioso. Fácil demais, se tem uma coisa que eu odeio é mulher oferecida. Giselle até que é uma menina bonita, cabelos ondulados castanho escuro batendo um pouco mais abaixo do ombro, olhos castanhos claro, um corpo nada mal, porém é uma vadia.

- Escuta... Quem é aquela loira que está sentada com vocês? – perguntei ignorando a sua cantada.

Giselle pareceu um pouco irritada, mais deu uma olhada para trás e logo virou-se para mim, como uma cara desanimada.

- Candice? Desiste bonitão. Essa ai é mais difícil do que uma guerra de física e matemática – ela respondeu, me fazendo rir – então era pra ela que você estava olhando esse tempo todo?

- E pra quem mais seria? – perguntei seco.

- Achei que fosse... pra mim, por isso vim aqui – ela respondeu.

Sorri fraco e ela continuou falando sem parar, eu nem prestava atenção no que ela dizia, apenas sorria ou assentia.

- Candice, ele tá olhando pra você! – uma das garotas que estavam na mesa disse e ela ficou da cor de uma maça, o que me fez sorrir.

Eu não estava conseguindo me concentrar direito na conversa, já que havia uma vitrola no meu lado. Aquilo já estava começando a me irritar, eu aguentei até o meu limite máximo. Alias, por que eu estava sendo simpático esse tempo todo com ela? Eu não sou assim.

- Giselle, escuta... Sua voz é irritante, você é ainda mais irritante. Então por que você não pega todas as suas estupidas histórias, e conte para alguém que realmente esteja interessado? – dei um sorrisinho irônico por final. A cara dela era digna de uma foto. Seus olhos estavam arregalados, ela ficou em estado de choque. Tentei voltar a me concentrar no que as garotas estavam falando, até que sinto a mão de Giselle bater bem forte no meu rosto.

- Você é ridículo! – foi isso que ela disse antes de voltar para a mesa. As garotas agora pararam de falar para observar toda a cena, assustadas. Passei a mão no rosto e respirei fundo, tentando controlar a raiva que estava dominando meu corpo. Juro que se estivéssemos sozinhos, a coisa ficaria feia.

- Ele é um canalha, vocês não sabem as coisas horrorosas que ele me disse. Eu só tentei puxar um assunto... – eu pudia ouvir o draminha de Giselle.

- Eu falei pra você não ir até ele, afinal ele é um estranho Giselle, você tem que parar com essa mania de querer dar em cima de todo mundo – pude ouvir a voz de Candice. Ótimo, agora ela teria uma ótima impressão de mim. Mais eu simplesmente não estava aguentando um minuto a mais com Giselle aqui.

Depois de um tempo, elas se levantaram e foram caminhando em direção a porta. Me bateu um certo “desespero”. E se eu não a visse mais? Eu precisava vê-la, eu me senti um tremendo idiota quando senti essa necessidade. Afinal, por que eu estava sentindo tudo isso? Estava tudo errado!

Quando elas passaram pela porta, eu num ato involuntário joguei o dinheiro no balcão e corri em direção a porta, e fiquei parada as observando. Elas estavam na esquina, até que se despediram de Candice, e ela foi caminhando sozinha, entrando por uma rua totalmente deserta a essa hora da noite. Eu ficava me perguntando se as pessoas sabiam o que significava a palavra “perigo”. Por que não é possível que uma menina linda como Candice pudesse andar sozinha em uma rua deserta a caminho provavelmente de sua casa. E pior ainda da parte das amigas dela deixarem isso acontecer.  Tá, eu também amo andar de noite quando tudo está escuro e vazio, mais eu sou um vampiro, é diferente. Sem nem pensar duas vezes, fui seguindo-a sem que ela percebesse. Eu podia sentir que ela estava com muito medo, ela olhava assustada para todos os cantos e qualquer barulhinho ela dava um salto. Enquanto eu ainda continuava a segui-la, me distrai e pisei em uma poça de água que havia no caminho e ela olhou para trás assustada. Eu como tenho velocidade, em menos de segundos me escondi atrás de um muro.

- T-tem alguém ai? – ela perguntou com a voz trêmula.

O estava tão vazio, que sua voz fez eco. Me xinguei mentalmente pelo o meu descuido. Ela continuou a andar, só que agora aumentando os passos.

No fim daquela rua escura e assustadora, havia uma roda de garotos, que ao perceber a presença dela começaram a cochichar um com os outros coisas maliciosas. Sabia que não ia dar certo ela vir sozinha, era hora de entrar em ação.

Ela continuou a correr do outro lado da calçada, o que foi em vão, já que um dos garotos entraram em sua frente.

- Me deixa passar por favor? – sua voz continuava trêmula.

- Por que gata? Você pode ficar aqui com agente mais um pouco – ele passou a mão em seu rosto e ela logo tirou.

- É sério me deixa embora! – ela tentou passar mais uma vez, mais ele a segurou pelo braço.

- Deixa a garota ir... – eu andei em direção a eles.

- Quem é você panaca? – um dos outros garotos perguntaram.

- Eu? Eu sou só o seu pior pesadelo. Agora deixem ela ir – minha voz era firme.

- Quem você pensa que é branquelo? A loirinha vai ficar com agente. Agora mete o pé daqui antes que eu soque essa sua carinha pálida – o mesmo garoto que segurava ela brutamente pelo braço disse. Ela me olhava assustada, parecia não acreditar que eu estava ali.

- Você tá machucando meu braço! – ela berrou tentando se soltar dele. Pra mim bastou, eu avisei, ninguém quis escutar.

Me aproximei do primeiro garoto que estava em pé a minha frente e dei um soco tão forte na cara dele que ele desmaiou na hora. Os outros vieram para cima de mim, eu estava decidido a lutar normalmente, não queria deixar pistas de que eu era um vampiro, pelo menos não na frente dela.

Em menos de 1 minuto, todos estavam caídos no chão. O garoto que segurava Candice olhava tudo tão assustado quanto ela. Quando ele percebeu que era o único que restava, soltou ela com brutalidade, o que fez ela cair no chão, e saiu correndo. Não me preocupei em ir atrás dele, acho que ele passará um bom tempo sem pisar aqui.

- Você está bem? – me aproximei dela e estendi a mão para ajuda-la a levantar.

Ela tremia, e estava um pouco pálida, ela com certeza estava em estado de choque. Mais eu até entendo, não é todo dia que você é surpreendida por um bando de garotos, e do nada aparece um cara sinistro para te salvar.

- E-eu to bem – ela sussurrou estendendo a sua mão de vagar ao encontro da minha.

Segurei sua mão firme e a puxei, fazendo-a ficar em pé.  Mais uma vez ela me encarou, e aqueles olhos eram meu ponto fraco. Ela parecia não ter reação, era como se ainda estivesse tentando digerir tudo que acabou de acontecer.

- É perigoso andar sozinha por aqui a essa hora – tentei cortar aquele clima tenso que estava entre nós.

- Sou nova em Londres – ela respondeu e deu um sorriso tímido.

- Imaginei... – sorri fraco.

- Nossa, tudo que aconteceu aqui foi...

- Estranho? – completei.

- Sim. Como você sabia que eu estava aqui? – ela perguntou.

- Não sabia. Apenas estava passando por aqui até que escutei sua voz, então resolvi... ajudar – menti.

- Ah... então, obrigada – ela disse, parecendo não acreditar muito na minha história – É melhor eu ir... boa noite – ela se virou e foi andando.

- Espera! – ela olhou para mim – Quer que eu te acompanhe até sua casa? Ainda é perigoso você andar sozinha.

- Não é necessário, meu apartamento já está próximo – ela disse, mais por um momento ela pareceu pensativa. Seu olhar foi para os garotos que estavam no chão desmaiados e então ela olhou para mim –  Pensando bem é melhor você me acompanhar.

Dei um sorriso satisfeito e caminhei em sua direção. Nós seguimos o caminho em silêncio, ela parecia nervosa, como se ainda não tivesse total confiança em mim.

- Então... você sempre caminha sozinha assim a noite? – tentei quebrar o silêncio, mais depois que reparei a pergunta idiota que eu havia feito, era melhor ter ficado calado.

- Na verdade não, é que eu estava sem dinheiro para pagar um taxi. Minhas amigas até ofereceram, mais eu orgulhosa não aceitei, achei que não teria problema ir a pé. Fui uma idiota, eu sei... – ela explicou, como se estivesse punindo a ela mesma – Mais ainda bem que você apareceu.

- Você está me devendo essa – falei irônico, e ela sorriu.

- Tá legal, agora me diz como você acabou com a raça deles? Você foi... UAU, impressionante – ela ria ao lembrar.

- Digamos que eu sempre fui bom em luta – sorri.

- Muito bom mesmo – ela balançou a cabeça positivamente.

-  Acho que nós não nos apresentamos, meu nome é Liam Payne.

- Sou Candice Lopez – ela sorriu tímida. Como aquele sorriso era perfeito, eu poderia passar mais uns milhões de anos só olhando para ele.

Ficamos mais alguns minutos conversando, até chegarmos em um prédio.

- Bom, é aqui que eu moro – ela sorriu de lado – obrigada por me acompanhar e por salvar minha vida.

- Não precisa agradecer – retribui o sorriso.

- Boa noite Liam – ela deu alguns passos para trás e se virou, indo em direção a porta de entrada.

- Candice! – chamei seu nome, e ela se virou – Nós nos veremos de novo?

- Eu... não sei.

- Você pode me passar seu...

- Posso – ela me interrompeu e sorriu.

O que? Achou que eu não tivesse celular? Sim, eu tenho. Não me pergunte o por que, afinal, eu não o uso. Mais nesse momento ele foi totalmente necessário. Demos o número do celular um para o outro, e logo ela finalmente subiu para seu apartamento.

Fiquei parado na porta, sorrindo igual um idiota. Segui o caminho até meu apartamento, e pela primeira vez em 112 anos eu não me sentia tão entediado assim. Ela era incrível, cada detalhe dela me atraia. Sua timidez é algo que me faz cada vez mais... encantado. Eu não estava parecendo um vampiro, estava parecendo um babaca apaixonado.


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Notas finais do capítulo

E ai gente? O que acharam? *-* deixem reviews e obrigado por ler.